Balanço Final - Liga NOS 18/ 19

A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.

Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19

Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.

Balanço Final - Premier League 18/ 19

Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.

Os Filmes mais Aguardados de 2019

Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.

21 Novas Séries a Não Perder em 2019

Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.

10 de agosto de 2017

Dicas Fantasy Premier League - Jornada 1

É já amanhã. A Premier League arranca esta sexta-feira às 19:45, com o pontapé de saída a ser dado num interessante Arsenal-Leicester City, e inicia-se também o mais disputado Fantasy do mundo.
    Nos próximos dias publicaremos a nossa profunda e habitual antevisão à nova época, que incluirá previsão da classificação final e destaques individuais esperados, mas para já olhamos apenas para a jornada 1, numa óptica de Fantasy.
    Primeiro, uma novidade. A nível de chips, o Fantasy disse adeus ao All-Out-Atack (não fará muita falta, diga-se de passagem) e substitui-o por uma novidade bastante mais útil: o Free Hit. O Free Hit é basicamente um penso rápido. Um mini wildcard. De uma jornada para outra podemos fazer as transferências que quisermos, mas na jornada seguinte o nosso plantel volta àquilo que era antes do Free Hit. Chamemos-lhe: o efeito Cinderela.
    Com o mercado aberto até ao fim de Agosto, poderá fazer sentido olhar para o Fantasy a três jornadas, aplicando o primeiro wildcard entre as jornadas 3 e 4. Nessa altura, os plantéis estarão fechados, já conhecemos com maior detalhe os elencos e as ideias dos treinadores, e enquanto as selecções disputam o apuramento para o Mundial os nossos plantéis podem ficar a valorizar (£).
    Seja como for, nesta fase importa antecipar tendências. O calendário do Manchester United, por exemplo, deixa antever bons resultados; o Everton, pelo contrário, será fortemente testado e só a partir da jornada 6 abranda a nível de jogos grandes.
    Nesta primeira jornada, o Liverpool desloca-se à nova casa de Marco Silva, o Manchester United acolhe o regresso de Chicharito, e o regresso do Newcastle à Premier League faz-se logo diante da equipa que melhor futebol praticou nas últimas duas épocas (Tottenham).
    Como sempre, desejamo-vos boas escolhas, boa sorte, pensando sobretudo com a cabeça e com a razão mas deixando que um ou outro feeling pessoal vos leve. Senão isto não tinha graça nenhuma. O espectáculo está garantido, afinal, é a Premier League.
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Nesta primeira jornada, sugerimos:

Romelu Lukaku - Manchester United - 11.5
     É indiscutível que o United de Mourinho está mais forte. Perdeu (embora ainda possa recuperá-lo) Ibrahimovic, mas Lukaku, Matic e Lindelof acrescentam muita qualidade, entrando todos directamente no onze inicial. Estes reforços, conjugados com o popular "segundo ano de Mourinho" e com o calendário dos red devils em Agosto e Setembro tornam o nosso avançado belga preferido uma escolha quase obrigatória.
    O ex-Everton marcou ao Real Madrid, e na pré-época sobretudo deixou bons sinais, combinando bem com Mkhitaryan e Lingard. Depois de 221 pontos (25 golos e 6 assistências) em 2016/ 17, Lukaku - sim, ele tem apenas 24 anos - tem novas marcas para atingir, e dará muitas alegrias ao treinador português.
    Avaliado em 11.5, abaixo de Kane, acima de Gabriel Jesus e Lacazette, e em pé de igualdade com Agüero, Romelu quererá impressionar os adeptos na estreia oficial em Old Trafford, e as suas características convidam a equipa vermelha de Manchester a focalizar muito do seu jogo em servi-lo.
    Só na jornada 8 é que o Manchester United defronta uma equipa do Top-5 da época passada, e por isso as expectativas são altas para uma boa entrada em competição. Na temporada anterior perdeu o título de melhor marcador para Harry Kane nas últimas duas jornadas; desta vez Lukaku quer certamente embalar desde o apito inicial.


Kevin De Bruyne - Manchester City - 10.0    
     Outro belga. Ao contrário do seu ano de estreia, em relação ao qual esperávamos mais de Guardiola, Pep tem desta vez um plantel completamente feito à sua medida. A defesa foi reformulada, conta com o guarda-redes da actualidade que melhor serve o seu estilo de jogo, e o ataque continua avassalador. Quem tem Agüero, Gabriel Jesus, Sané, Sterling, Bernardo Silva e David Silva está basica e expressamente proibido de ficar em branco em qualquer jogo.
    O calendário do Manchester City é, tal como o rival United, relativamente acessível, embora tenha no espaço das primeiras sete jornadas, confrontos de peso contra Liverpool e Chelsea. Agüero ou Gabriel Jesus é uma das dúvidas dos jogadores de Fantasy, embora até possam jogar ambos, sobrando depois outras questões a meio-campo: o agora carequinha David Silva deve pegar no jogo atrás, Bernardo Silva (veremos se começa ou não a titular) deslumbrará pela magia mas pode ser decisivo no jogo mas não no Fantasy, e entre Sané e Sterling, o alemão está em clara vantagem pela forma como encerrou a temporada passada. Tudo isto nos traz a Kevin De Bruyne, o elemento mais consensual a nível de Fantasy deste City.
    O antigo jogador do Wolfsburgo é um assistente por excelência (21 assistências em 2016/ 17) e é uma escolha segura. Jogará de certeza, tem cantos e livres para si, e estará altamente envolvido na construção/ finalização de muitos lances. É bastante caro, mas faz sentido.


Wilfried Zaha - Crystal Palace - 7.0
    Honestamente, não esperávamos que Zaha renovasse pelo Crystal Palace depois da sua fantástica época passada. O extremo que representa a nível internacional a Costa do Marfim encantou os adeptos em Inglaterra, castigando adversários jogo após jogo, ou não fosse ele um dos jogadores mais fortes no capítulo do drible em terras de Sua Majestade.
    Em 16/ 17 foram 149 pontos (pode fazer melhor desta vez), com 7 golos e 11 assistências. Mas, pelo menos tendo em vista as primeiras cinco jornadas, é claramente apetecível convocar Zaha para as nossas equipas.
    Numa equipa agora orientada por Frank De Boer, que se passou durante a pré-época depois do jogo "amigável" com o West Brom em que acusou os adversários de tentarem lesionar Zaha, o craque tem espaço para explodir de vez. Embora Benteke seja o homem-golo da equipa, este Crystal Palace - a não ser que cheguem alguns reforços de um nível que não esperamos - viverá ofensivamente muito dependente da produção de Zaha. E são este tipo de jogadores que devemos ter no Fantasy.


Willian - Chelsea - 7.0
    Que voltas que o Chelsea deu nesta pré-época. Os blues, campeões em título, deixaram Matic sair, viram Conte dizer adeus a Diego Costa por mensagem, e na supertaça tiveram no guarda-redes Courtois e na novidade Morata dois jogadores a falharem penalties decisivos.
    No meio de tudo isto, Antonio Conte teve duas boas notícias. Willian e Batshuayi, jogadores que podiam estar fragilizados esta época, destacaram-se em praticamente todos os jogos da pré-época. O avançado belga com 5 golos e 3 assistências; o extremo brasileiro com 4 golos e uma assistência.
    Verdade seja dita, se no caso de Batshuayi, o homem do golo do título, esse rendimento foi uma surpresa, no caso de Willian foi apenas o regressar ao nível de outrora. Basta recordarmos o desempenho do brasileiro em 2015-16, ano em que praticamente só ele e Azpilicueta saíram ilesos do desastre que foi a época do Chelsea.
    O Chelsea-Burnley abre a época do campeão, e Willian será titular de certeza. Sem Hazard, é natural que a equipa volte a viver ofensivamente da dupla Batshuayi/ Willian, tendo o camisola 22 o bónus de cobrar os livres dos blues. Willian não é um reforço para longo-prazo, mas no imediato pode recompensar quem acreditar nele.


Christian Eriksen - Tottenham - 9.5
    Não tem muito que saber: Kane marcou 21, 25 e 29 (total de 75 golos) nas últimas três épocas, e parte na pole position para ser o melhor marcador da Premier League outra vez. Muitos utilizadores têm Kane, e tê-lo deveria ser considerado o primeiro passo do guia para um Fantasy tranquilo.
    No entanto, do Tottenham há ainda Dele Alli e Christian Eriksen. Se olharmos neste momento para a % de utilizadores que escolheram cada craque, vemos que quase 40% dos jogadores adquiriram Kane e Alli. Christian Eriksen, nem aos 20% chega.
    O subvalorizado craque dinamarquês é por isso um excelente diferencial. Altamente influente no jogo da equipa que melhor futebol tem praticado em Inglaterra, importa recordar que marcou 8 golos e fez 20 assistências na última época, terminando a apenas 7 pontos da pontuação final do companheiro Alli (218 contra 225).
    Newcastle (fora), Chelsea (casa) e Burnley (casa) são os três primeiros adversários do Tottenham, equipa que tem na sua nova casa - Wembley - um dos maiores desafios desta época.
   


Outras Opções:
- Guarda-Redes: Entre os postes, temos bastante curiosidade de ver a estreia de Ederson (5.5) em solo inglês. O guardião brasileiro brilhou na pré-época - que jogão contra o Tottenham! - e embora seja um dos guarda-redes mais caros do jogo, é também tudo o que se pode querer: um guarda-redes de equipa grande com elevada probabilidade de ter clean sheets, que certamente fará muitas defesas, podendo até fazer uma assistência num daqueles pontapés de super-herói.
    Depois, Asmir Begovic (4.5) é outro estreante que pode ser decisivo no WBA-Bournemouth. Pickford, Courtois, Forster e De Gea são nomes a considerar.

- Defesas: Na defesa, é sensato antecipar alto rendimento de Marcos Alonso (7.0), resta saber se compensa pagar tanto já por um defesa. Victor Lindelöf (5.5) é uma excelente opção - não é fácil encontrar um central titular de equipa candidata ao título por este preço -, Sead Kolasinac (6.0) mostrou na community shield que quer entrar já nas contas de Wenger, e o excelente calendário do Southampton leva-nos a olhar para Yoshida e Bertrand.
    Vincent Kompany (6.0) e Kyle Walker são os citizens mais tentadores, Charlie Daniels (5.0) leva ligeira vantagem sobre Aké, e o jovem Holgate pode preencher para já a vaga do lesionado de longa duração Coleman.

- Médios: Entre médios, já referimos quatro. De Bruyne, Zaha, Willian e Eriksen. Mas devem estar particularmente atentos ao ataque do Liverpool, sobretudo Sadio Mané (9.5) e Mohamed Salah (9.0), e Alex Iwobi (5.5) pode ser um diferencial bem interessante nestes primeiros jogos do Arsenal.
    Lukaku espera contar com Henrikh Mkhitaryan (8.0) ao nível que exibiu na pré-época, Sané e Bernardo Silva têm uma palavra a dizer na constituição dos vossos plantéis, e depois temos um feeling que Davy Klaassen (7.5) deve arrancar em grande a sua aventura inglesa.
    Tom Ince, Pedro e Tadic não são cartas fora do baralho.

- Avançados: Ter dois avançados entre o já referido Lukaku, e ainda Harry Kane (12.5), Antoine Lacazette (10.5) e Gabriel Jesus (10.5) parece o caminho para o sucesso sem complicar muito.
    A piada, no entanto, está em arriscar um pouco. E para ter um meio-campo de qualidade superior, será fundamental confiarem também em nomes como Manolo Gabbiadini (7.0) e Wayne Rooney (7.5). Benteke pode dar as boas-vindas ao Huddersfield, Batshuayi quer agarrar a oportunidade, partindo para já à frente de Morata, e Jay Rodriguez é um activo para terem nas vossas watchlists.


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11 (3-5-2): Ederson; Daniels, Lindelöf, Holgate; Mané, De Bruyne, Zaha, Eriksen, Willian; Gabbiadini, Lukaku

Atenção a (Clássico; Diferencial):
Arsenal v Leicester City - Antoine Lacazette; Alex Iwobi
Watford v Liverpool - Sadio Mané; Mohamed Salah
Chelsea v Burnley - Marcos Alonso; Michy Batshuayi
Crystal Palace v Huddersfield - Wilfried Zaha; Tom Ince
Everton v Stoke - Wayne Rooney; Davy Klaassen
Southampton v Swansea - Manolo Gabbiadini; James Ward-Prowse
West Brom v Bournemouth - Charlie Daniels; Asmir Begovic
Brighton v Manchester City - Kevin De Bruyne; Leroy Sané
Newcastle v Tottenham - Harry Kane; Christian Eriksen
Manchester United v West Ham - Romelu Lukaku; Henrikh Mkhitaryan

8 de agosto de 2017

Dicas Fantasy Premier League 17/ 18 - Os Avançados

A braçadeira está, normalmente, nos braços deles. São quase sempre os nossos capitães, à espera que um bis ou um hat-trick nos façam disparar nas nossas ligas privadas e na geral.
    É sempre melhor torcer pelo ataque, ver um jogo de Premier League a pedir golos marcados e não a desejar que determinada equipa não sofra. Embora o Fantasy nos faça festejar assistências, e tranquilizar quando o apito final garante uma clean sheet, não há sensação que se compare à da relação que se cria com um jogador que dá o toque final, o remate ou cabeceamento que faz o golo. Da equipa dele, da nossa equipa.
    No espaço dos últimos anos, Harry Kane afirmou-se como O Avançado, a referência em Inglaterra, melhorando os seus números de época para época. Continuará assim? Depois, 2017-18 marca ainda o "salto" na carreira de Romelu Lukaku, e a chegada de um avançado como o Arsenal precisava há muito. Algumas transferências internas (Rooney, Iheanacho, Defoe, Jay Rodriguez), o regresso de um ponta de lança entusiasmante como Chicharito e a possibilidade de acompanharmos a primeira época em full-time de Gabriel Jesus são alguns dos pontos fortes no capítulo dos goleadores de serviço.
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Avançados

  • Harry Kane (12.5, Tottenham), Romelu Lukaku (11.5, Man Utd), Kun Agüero (11.5, Man City), Alexandre Lacazette (10.5, Arsenal) - Querem que a vossa equipa marque golos todas as jornadas? Então contratem um ou dois destes homens.
        Ninguém contestará a justiça de Harry Kane ser o jogador mais caro desta temporada no Fantasy. O inglês do Tottenham destronou Agüero no lote de avançados, uma decisão do FPL que se compreende perfeitamente - Agüero não chegou aos 200 pts nas duas últimas épocas, e tem agora a titularidade ameaçada pelo fenómeno Gabriel Jesus. Já Kane, tem crescido de ano para ano. Em 2014/ 15, 191 pontos e 21 golos. Em 2015/ 16, 211 pts e 25 golos. E na época passada, 224 pontos, 29 golos. É ele o grande favorito ao título de melhor marcador do campeonato.
        Para além de Kane, que tem uma equipa que joga para ele, entende-se às mil maravilhas com Eriksen e Alli, e faz parte de um plantel que quase não sofreu alterações (só factores positivos), há Lukaku, Agüero e Lacazette. O possante avançado belga marcou 25 golos pelo Everton, vendo o furacão Kane ultrapassá-lo nas últimas jornadas de 16/ 17 e, desejo de representar uma equipa de Champions, rumou ao Manchester United de José Mourinho. E que bem fica Lukaku com as cores do United! O arranque dos red devils é tranquilo (só em Outubro é que a coisa começa a apertar) e por isso a adaptação de Lukaku ao clube deve ser rápida e fácil, beneficiando do facto de já conhecer o campeonato, e de ter agora jogadores com uma qualidade superior no apoio.
        Agüero parte em vantagem relativamente a Gabriel Jesus porque, ao contrário do brasileiro, tem a maturidade a seu favor, e todos sabemos que pode de um momento para o outro marcar 3 golos num ápice. A decisão poderia ser mais fácil se Gabriel Jesus fosse mais barato (9.5 em vez de 10.5, por ex), mas para já, por tudo o que Kun representou nos últimos anos e pela pujança ofensiva deste City, temos que o incluir neste grupo da frente.
        Por fim, Lacazette. O francês é a peça que faltava neste Arsenal, e não demorará a tornar-se um ídolo dos adeptos. Há muito que o queríamos no Emirates, e os seus números pelo Lyon em 2016/ 17 deixam altas expectativas - 45 jogos, 37 golos.
  • Gabriel Jesus (10.5, Man City), Álvaro Morata (10.0, Chelsea), Jamie Vardy (8.5, Leicester City), Chicharito (7.0, West Ham), Kelechi Iheanacho (7.0, Leicester City), Wayne Rooney (7.5, Everton), Jermain Defoe (8.0, Bournemouth), Christian Benteke (8.0, Crystal Palace), Manolo Gabbiadini (7.0, Southampton), Charlie Austin (6.5, Southampton) - Ao fim de poucas jornadas, podemos perfeitamente já considerar Gabriel Jesus o dono e senhor do lugar de Agüero naquele Top-4 de avançados. O brasileiro do Manchester City é um verdadeiro prodígio, nunca se esconde, tem uma excelente relação com o golo e os primeiros meses em Inglaterra chegaram para convencer qualquer adepto que está aqui o futuro do futebol canarinho, e das nossas equipas no Fantasy.
        No Chelsea, olhamos com algumas reticências para Morata, até porque não nos parece um claro upgrade em relação a Diego Costa. De qualquer forma, será o avançado titular do campeão em título.
        Jamie Vardy não deve fugir muito aos números da temporada passada, tendo agora um preço mais chamativo, e Chicharito por 7.0 é imperdível. O West Ham tem 4 jogos fora nas primeiras 5 jornadas, mas deixem os hammers embalar depois e verão o impacto de Javier Hernández neste regresso a Inglaterra.
        O rácio de minutos/ golo de Iheanacho no City permite adivinhar que Vardy ganhou um excelente companheiro de ataque, e Wayne Rooney vai mostrar no Everton que não "morreu", para o futebol e para o Fantasy. O ingresso de Defoe no Bournemouth retira espaço a Joshua King (uma das sensações da segunda metade de 16/ 17, agora classificado como avançado) e Benteke é sempre um nome a considerar, embora nos deixe sempre de pé atrás.
        As primeiras jornadas, com muito bom calendário para o Southampton, também ajudarão a perceber quem parte na frente para Pellegrino - Gabbiadini ou Austin.
  • Dwight Gayle (6.5, Newcastle), Andre Gray (6.5, Burnley), Troy Deeney (6.5, Watford), Fernando Llorente (7.5, Swansea), Jay Rodriguez (6.5, West Brom), Michy Batshuayi (8.5, Chelsea), Sandro Ramírez (7.5, Everton) - Um pouco abaixo, atenção a Dwight Gayle, que marcou 23 golos pelo Newcastle no Championship, e Andre Gray, que depois de um 2016/ 17 bastante abaixo do que antecipávamos, pode agora explodir definitivamente.
        Marco Silva ainda deve receber reforços, mas para já o capitão Troy Deeney é o homem-golo dos hornets do português, e Llorente acabou muito bem a última época, mas uma transferência de Sigurdsson para o Everton rapidamente reduziria o potencial do espanhol.
        Em relação a Jay Rodriguez, torcemos para que a vida lhe corra bem no WBA, podendo ser um bom 3.º avançado. Mas só estes primeiros tempos dirão se o ex-Southampton está fresco fisicamente ou se continua a ter recaídas à la Sturridge.
        A excelente pré-época de Batshuayi pode dar-lhe mais minutos no início de época do Chelsea do que todos prevíamos à partida. E Sandro Ramírez não deve ser uma opção vossa à partida, porque interessa ver como Koeman monta este Everton, mas por 7.5 pode ser uma boa escolha a médio-prazo, de acordo com a posição em que actuar e com o seu rendimento nas primeiras jornadas.

Dicas Fantasy Premier League 17/ 18 - Os Médios

Depois dos guarda-redes e dos defesas, chegam os maiores craques. É no meio-campo que acontece tudo. É aqui que está a fantasia, os criadores de oportunidades, as muitas assistências, os homens do último passe e do cruzamento tirado com regra e esquadro.
    Querem bons dribladores, aqui os têm; e é em muitos destes craques que a bola é colocada ao minuto 90 quando o jogo está empatado e a equipa sabe que precisa de o desbloquear e ganhar.
    No Fantasy da Premier League, ter um bom meio-campo é absolutamente crucial para realizar uma boa época. Mantendo o equilíbrio de todo o plantel, é muito importante encontrar um quinteto forte - claro que, a partir de Dezembro, Janeiro, Fevereiro, com a valorização dos plantéis, já poderão ter um quinteto de luxo, sem sacrificar o equilíbrio global do plantel.
    No início de época, é também aqui que devem arriscar num diferencial. Alguém como Mahrez há dois anos. Mas com os números não mentem, vamos olhar para as estatísticas finais de 2016/ 17: 3 dos 4 jogadores com mais pontos foram médios (Alexis Sánchez com 264, Dele Alli com 225 e Hazard com 224) e nos 10 jogadores que alcançaram maior pontuação, 6 eram médios, juntando-se aos três já referidos, Eriksen, De Bruyne e Sigurdsson.
    Quatro médios ultrapassaram ou igualaram a marca dos 200 pontos, ficando KDB a apenas 1 ponto de se juntar a esse grupo, e se considerarmos uma meta de 150 pts para considerar uma época bastante boa, vemos que nenhum guarda-redes a atingiu, que entre defesas só 3 o conseguiram, entre avançados foram 8, mas no meio-campo foram 11.
    O que é que se quer? Jogadores que assumam a equipa, e que se destaquem na última fase de construção, quer com golos ou com assistências. Para quem é novo nisto do Fantasy, é importante perceber que o rendimento colectivo pouco influencia a pontuação individual dos médios (N'Golo Kanté, por exemplo, por mais incrível que seja como jogador, não é o tipo de elemento que se quer no Fantasy).
    As primeiras jornadas serão importantes para perceber/ recapitular as dinâmicas das equipas, verificáveis através de padrões estatísticos, e conjugando isso com o facto do defeso só fechar dia 31 de Agosto (não será surpreendente se ainda chegarem vários craques a terras de Sua Majestade), pode ser útil utilizar o primeiro Wildcard da época na transição entre a 3.ª e a 4.ª jornadas.
    Vamos lá então analisar os médios de 2017/ 17.
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Médios

  • Kevin De Bruyne (10.0, Man City), Dele Alli (9.5, Tottenham), Alexis Sánchez (12.0, Arsenal), Sadio Mané (9.5, Liverpool), Eden Hazard (10.5, Chelsea), Christian Eriksen (9.5, Tottenham), Philippe Coutinho (9.0, Liverpool), Mohamed Salah (9.0, Liverpool) - Para se ter um médio muito bom, faz todo o sentido que se pague bastante. As grandes épocas de Alexis Sánchez, Riyad Mahrez e Eden Hazard em qualquer uma das três épocas só reforça que devemos investir no sector intermédio uma boa fatia do nosso orçamento.
        No decorrer da segunda metade da época será perfeitamente natural que já possam olhar para o vosso "cinco" de barriga cheia, conseguindo compatibilizar por exemplo, De Bruyne, Alli e Mané. Mas para já, há que escolher um ou dois.
        Kevin De Bruyne é uma bomba que vai explodir a qualquer momento na Premier League. Basta ver que o belga somou 199 pts na época passada (6 golos e 21 assistências), mas deixou a sensação que poderia perfeitamente melhorar esses números, sobretudo em termos de golos.
        Craques como Alexis Sánchez (não é por acaso que custa 12.0, veremos se fica no Arsenal ou não) e Eden Hazard dispensam apresentações, e Dele Alli passou de 166 pts em 2015-16 para 225 na última época. E tem só 21 anos...
        Para além destes nomes, importa falar do dinamarquês Christian Eriksen, jogador incrível e subvalorizado, que pode servir de diferencial considerando que a maioria dos utilizadores escolherão Alli quando quiserem um médio dos spurs; e aquele trio do Liverpool (Mané, Coutinho e Salah) deixa água na boca. Mané não tem CAN esta época, Salah demonstrou estar perfeitamente ambientado na pré-época, e em relação a Coutinho importa só perceber se fica ou se substitui Neymar no Barcelona. [Se por acaso Gareth Bale se juntar ao Manchester United, estará de caras neste grupo, pela brutal capacidade de decidir sozinho e por ser o tipo de jogador que cresce ao ser a figura da equipa]
  • Gylfi Sigurdsson (8.5, Swansea), Henrikh Mkhitaryan (8.0, Man Utd), Willian (7.0, Chelsea), Wilfried Zaha (7.0, Crystal Palace), Leroy Sané (8.5, Man City), Bernardo Silva (8.0, Man City), Son Heung-Min (8.0, Tottenham), Dusan Tadic (6.5, Southampton), Manuel Lanzini (7.0, West Ham), Davy Klaassen (7.5, Everton) - Como da categoria acima só devem conseguir contratar 1 ou 2 jogadores, significando esse segundo ou até um terceiro craque um trio de ataque mais fraco, importa olhar para o segundo nível de opções.
        Sigurdsson custa 8.5 e ultrapassou os 150 pts nas últimas três épocas. Se se transferir do Swansea para o Everton, é claramente um jogador apetecível depois do complicado arranque dos toffees. Analisando a pré-época dos grandes, duas notas: Mkhitaryan parece finalmente preparado para render o que achávamos que iria render na última época, e Willian aproveitou bem a lesão de Hazard para carregar o Chelsea no ataque, em conjunto com o improvável Batshuayi.
        Depois, Wilfried Zaha renovou com o Crystal Palace e é um exemplo claro de um jogador que terá uma equipa super-dependente dele, e no Manchester City, KDB é a melhor opção, David Silva será o jogador do "passe para o passe", mas Leroy Sané e Bernardo Silva são craques que merecem uma oportunidade nos vossos plantéis. Em relação a ambos interessa perceber a gestão de minutos que Guardiola fará no ataque, e quem é que ele prioriza neste momento, mas Sané pode começar 17-18 como acabou a época passada, e em relação ao génio Bernardo já todos sabemos quanta magia pode acrescentar ao esquema de Pep. Mas atenção, porque a genialidade do novo camisola 20 do City não é um goleador e pode revelar-se, a nível de Fantasy, um jogador mais na linha de David Silva do que Kevin De Bruyne.
        A completar este lote de talentos, Son Heung-Min foi uma surpresa em 16-17, Tadic é o pensador de jogo do Southampton, Lanzini tem tudo para fazer melhor do que nas últimas temporadas, e Klaassen é o tipo de jogador que se adapta a Inglaterra em segundos, podendo surpreender em termos de golos.
  • Anthony Knockaert (6.0, Brighton), Matt Ritchie (6.0, Newcastle), Aaron Mooy (5.5, Huddersfield), Tom Ince (6.0, Huddersfield), Robbie Brady (5.5, Burnley), Max Gradel (5.0, Bournemouth), Sofiane Boufal (6.0, Southampton), Alex Iwobi (5.5, Arsenal), Demarai Gray (5.5, Leicester City) - É aqui que moram alguns dos jogadores que vos vão dar mais gozo se explodirem. É com este tipo de médios que se podem diferenciar da concorrência, e é com jogadores deste preço (5.5, 6.0) que podem valorizar rapidamente o vosso orçamento.
        Anthony Knockaert foi o Melhor Jogador do Championship (15 golos, 8 assistências) e tudo indica que continuará a ser a figura do Brighton. Também do Championship, transitam com potencial Matt Ritchie (não correspondeu às nossas expectativas quando esteve na Premier League com o Bournemouth, mas desta vez com o Newcastle deve brilhar), e do Huddersfield o australiano Aaron Mooy e Tom Ince. Do primeiro espera-se o orquestrar de todo o jogo da equipa de David Wagner, e do segundo uma época de afirmação no principal escalão.
        Entre jogadores que já constavam da época passada, Robbie Brady por 5.5 pode ser uma boa escolha, por ser bastante superior à média no Burnley, Max Gradel tem mais futebol do que aquilo que já mostrou (prejudicado, é certo, por lesões), Sofiane Boufal tanto pode virar Mahrez como passar ao lado da época, e estejam também atentos às primeiras jornadas dos jovens Iwobi e Gray.

7 de agosto de 2017

Dicas Fantasy Premier League 17/ 18 - Os Guarda-Redes + Defesas

É já na próxima sexta-feira! Agosto ainda nem vai a meio mas a Premier League já está a chegar prevendo-se, como sempre, um ano extraordinário, com jogos apaixonantes e uma luta pelo título frenética, com um maior número de candidatos do que qualquer uma das outras grandes ligas da Europa.
    O regressar da competição dita também o regresso do Fantasy mais popular do mundo. Tal como nas últimas temporadas, vamos publicar semanalmente um artigo de antevisão a cada jornada, com palpites e sugestões (Dicas), mas até lá num conjunto de três artigos importa primeiro olhar globalmente para cada sector e perceber que jogadores são imprescindíveis e quais podem ser agradáveis surpresas.
    Os médios e os avançados serão analisados em separado, mas para guarda-redes e defesas - a retaguarda das equipas - podemos olhar em conjunto. Na baliza e nos quartetos defensivos ingleses, há algumas novidades que nós portugueses bem conhecemos. Leiam então o que temos a dizer sobre quem se foca mais na sua própria baliza do que na dos outros. Aqueles que calçam as luvas, e os seus fiéis ajudantes, que nos deixam tão contentes quando vão lá à frente e fazem um golo.
(Podem-se juntar à Liga Barba Por Fazer: Código - 2093875-496478)

Guarda-Redes
  •  Ederson (5.5, Man City), David De Gea (5.5, Man Utd), Hugo Lloris (5.5, Tottenham), Thibaut Courtois (5.5, Chelsea) - No conjunto de guarda-redes caros, há quatro que para nós se destacam dos demais. A escolha de um guardião de um dos grandes emblemas garante teoricamente um maior número de clean sheets (jogos sem golos sofridos) mas estes poderão não ser os melhores ímans de defesas e bónus. Escolher um guarda-redes de 5.5 implicará teoricamente dar-lhe como parceiro de plantel um de 4.5.
        Embora também pudéssemos incluir aqui Cech, os guarda-redes de Manchester City, Manchester United, Tottenham e Chelsea partem na frente para somar clean sheets. Três deles já são caras conhecidas em Inglaterra, Ederson é para nós, embora já esteja a deixar a sua marca (que jogão no Manchester City 3-0 Tottenham, da pré-época!).
        Na época passada, Lloris (143 pts), Courtois (141) e De Gea (136) só foram batidos pelo fenómeno Heaton. E foram os três com mais jogos sem golos sofridos - Courtois, "luvas de ouro" com 16 jogos, Lloris com 15 e De Gea com 14, tal como Forster. A nível de Bónus e defesas, no entanto, nenhum ficou no Top-5. Pela positiva, representaram as três melhores defesas do campeonato - Tottenham (26 golos sofridos), Manchester United (29) e Chelsea (33).
        A estes três guarda-redes, acrescentamos Ederson. O ex-Benfica, um dos jogadores com maior impacto na última Liga NOS, tem tudo para se afirmar em Inglaterra como um dos melhores do mundo. A defesa do City, em afinação nestes primeiros meses, pode expô-lo mais, e todos conhecemos as qualidades do brasileiro em situações de 1 para 1. Mais, se há algum guarda-redes que parte como favorito para somar alguma assistência esta temporada, esse guarda-redes é Ederson.
  • Tom Heaton (5.0, Burnley), Jordan Pickford (5.0, Everton), Joe Hart (4.5, West Ham), Ben Foster (4.5, West Brom), Asmir Begovic (4.5, Bournemouth), Jack Butland (5.0, Stoke) - Entre o comum dos mortais, há várias opções muito interessantes. Desde logo, Tom Heaton. O guarda-redes e capitão do Burnley custa "apenas" 5.0, um valor interessante considerando tratar-se do melhor na sua posição no Fantasy 16/ 17, com 149 pontos, sendo não só aquele que fez mais defesas (142) como o que teve mais pontos de Bónus (21), mais do dobro do segundo classificado.
        Se o jovem Pickford impressionou no despromovido Sunderland, merece claramente ser considerado agora que faz parte de um Everton determinado em intrometer-se na luta pelos primeiros lugares. As rotinas são bem diferentes entre ser um guarda-redes sempre "quente" numa equipa pequena, e um guardião de equipa (que se quer) grande, veremos como Pickford corresponde.
        De resto, Joe Hart é, entre guarda-redes, um dos achados da temporada. Agora na baliza do West Ham, é difícil encontrarem melhor relação qualidade/ preço do que os 4.5 de Hart nos hammers. Begovic (finalmente o Bournemouth tem um GR de qualidade) é a outra "pechincha".
        Por fim, deixando de parte alguns nomes igualmente fortes como Forster e Cech, olhamos para Ben Foster e Jack Butland. O primeiro pode ser uma boa opção, pelo preço e porque o WBA de Pulis defende sempre bem. O segundo, embora este Stoke nos pareça fraco, pode ser um rei nas defesas e bónus.

Defesas
  • Marcos Alonso (7.0, Chelsea), César Azpilicueta (6.5, Chelsea), Kyle Walker (6.5, Man City), Toby Alderweireld (6.0, Tottenham), Gary Cahill (6.5, Chelsea), Virgil van Dijk (5.5, Southampton), Seamus Coleman (6.5, Everton) - O que é que faz um bom defesa no Fantasy? Teoricamente, equilíbrio. Ser alguém que integra uma defesa com elevadas probabilidades de não sofrer golos, podendo contribuir depois e destacar-se do ponto de vista individual na grande área adversária.
        A época passada foi dominada pelos defesas do Chelsea - Cahill, Marcos Alonso e Azpilicueta. E os três têm que continuar a figurar entre as opções de topo. O Chelsea de Conte certamente não deixou de saber defender, e embora agora haja também Rüdiger, todos devem ter muitos minutos. Cahill porque é agora inclusive o capitão, Azpilicueta porque quase não falha e pode também roubar a ala a Moses, e Alonso porque - embora se tenha falado do interesse do Chelsea em Alex Sandro - não tem concorrência. Entre os três, justifica-se que Marcos Alonso custe 7.0. O espanhol juntou às 15 clean sheets de 2016/ 17, 6 golos e 5 assistências.
        Para além deste trio, há por exemplo Kyle Walker (6.5), agora ao serviço de Pep Guardiola e que pode perfeitamente bater o seu recorde de assistências numa época (6), e entre os spurs, Alderweireld parte na frente. Os números da época passada foram similares aos de Vertonghen, mas Toby é mais ameaçador nas bolas paradas ofensivas.
        A fechar este grupo de elite, dois nomes. Virgil van Dijk, por custar 5.5 e porque caso se transfira até ao fim de Agosto para um dos grandes ingleses, tornar-se-á um dos defesas mais atractivos deste Fantasy, pelo preço e pela brutal qualidade que tem. E o irlandês Seamus Coleman será bem-vindo a todas as equipas quando regressar da sua lesão a meio da época.
  • Vincent Kompany (6.0, Man City), David Luiz (6.0, Chelsea), Victor Lindelöf (5.5, Man Utd), Sead Kolasinac (6.0, Arsenal), Michael Keane (5.5, Everton), Gareth McAuley (5.0, West Brom), Charlie Daniels (5.0, Bournemoth) - Neste lote, alguns jogadores impõem alguma prudência, e outros são o tipo de activos que merecem a vossa atenção, caso queiram uma defesa mais barata.
        Se Kompany estiver fisicamente apto toda a época, há duas ideias-chave: a defesa do City será muitíssimo superior, e o belga emergirá como uma das melhores opções neste Fantasy. Kompany a 100% e a custar 6.0 pode compensar relativamente a nomes como Azpilicueta e Cahill. Depois, David Luiz pode ser uma alternativa para quem quer um defesa do Chelsea mas não quer gastar tanto. E Lindelöf, que muito crescerá com Mourinho, é um dos defesas mais interessantes na gama de 5.5.
        A época 2016/ 17 de Kolasinac no Schalke 04 deixa antever alto rendimento em Inglaterra, e o impressionante domínio do jogo aéreo de Michael Keane no Burnley vai melhorar a defesa do Everton, podendo Keane fazer melhor do que os 113 pontos da temporada anterior. McAuley custa 5.0 e marcou 6 golos na última época, embora já vá a caminho dos 38 anos, e Charlie Daniels é um exemplo de regularidade (130 e 134 pontos nas últimas épocas).
  • Nathan Aké (5.0, Bournemouth), Scott Dann (5.0, Crystal Palace), Harry Maguire (5.0, Leicester City), Lewis Dunk (4.5, Brighton), Jamaal Lascelles (4.5, Newcastle), Charlie Taylor (4.5, Burnley) - Nos defesas mais económicos, entre 5.0 e 4.5, Nathan Aké pode brilhar. Vendido pelo Chelsea ao Bournemouth, equipa que já representara na primeira metade da temporada passada, o holandês pode voltar a fazer golos, integrando uma defesa que com ele e Begovic atrás vai certamente apresentar maior segurança.
        Scott Dann é uma ameaça para os adversários, embora o Crystal Palace ainda seja um pequeno ponto de interrogação (que impacto terá de Boer na forma de jogar da equipa?), e Maguire é um caso semelhante a Michael Keane. Se já se destacava no Hull, a tendência será tornar-se ainda melhor no Leicester.
        Entre os defesas de 4.5, Lewis Dunk pode sugar muitos pontos de Bónus para ele; Lascelles parte na frente nas nossas escolhas da defesa do Newcastle, embora queiramos verificar o rendimento do quarteto defensivo de Rafa Benítez neste começo; e o ex-Leeds, Charlie Taylor, pode ser um diferencial engraçado. No entanto, ainda não é claro se começará como titular, e suspeitamos que o Burnley vá ressentir-se da saída de Keane.

6 de agosto de 2017

Antevisão da Liga NOS 2017/ 18

 Liga NOS - Volta o campeonato, voltam as emoções fortes. O sempre escaldante futebol português está aí, num ano que promete bom futebol em campo, e muita conversa fora dele. O tetracampeão Benfica defende o título numa temporada que marca a estreia do video-árbitro em Portugal e na qual, fruto das más prestações europeias dos clubes portugueses, só há duas vagas para a Champions. Sim, ao contrário dos últimos anos, um dos 3 grandes ficará irremediavelmente de fora da UEFA Champions League 18-19. Temos também curiosidade para verificar se alguma das dezoito equipas aposta num esquema táctico com três centrais, uma moda a que muitos treinadores têm aderido por essa Europa fora.
    Ao fazermos esta antevisão no dia em que a Liga NOS arranca, temos naturalmente que salvaguardar que a nossa leitura é feita com os plantéis actuais, incluindo depois um ou outro palpite (entradas no Benfica e saídas no Sporting, nomeadamente). Ainda muito acontecerá até dia 31 de Agosto, e todas essas movimentações poderão acabar por baralhar parte do nosso actual raciocínio.
    Depois de uma época em que os clubes portugueses trocaram de treinadores como nunca (em 16-17 só Benfica, Porto, Sporting, Vit. Guimarães e Vit. Setúbal mantiveram o mesmo treinador durante toda a competição), a esmagadora maioria dos emblemas apostou na estabilidade na transição para este novo capítulo. Apenas Porto (Sérgio Conceição), Rio Ave (Miguel Cardoso), Chaves (Luís Castro), Moreirense (Manuel Machado) e Aves (Ricardo Soares) escolheram novo homem do leme.
    Numa primeira análise, veremos como um Benfica que, até ver, ainda não agiu para reconstruir uma retaguarda actualmente frágil se safará na tentativa de assegurar o quase mítico pentacampeonato. Algo que só por uma vez aconteceu no futebol nacional, quando o Porto de Fernando Santos venceu em 1998-99. À espera de destronar as águias, está um Porto excitante e contagiado pela intensidade de Sérgio Conceição, e um Sporting que, entre os 3 grandes, foi aquele que mais se mexeu no defeso.
    Prever os lugares do meio da tabela é um valente trinta e um, mas apostamos no bom futebol de Chaves e Rio Ave, e em boas épocas dos recém-promovidos Portimonense e Aves. Certamente ainda chegarão alguns craques, e teremos que nos despedir de outros até ao final do mês, mas para já podemos dizer que a Liga NOS perdeu valores como Ederson, Lindelöf, Nélson Semedo, André Silva, Rúben Neves ou Rúben Semedo. Têm a palavra os substitutos, desafiados a provar que podem tornar as equipas mais fortes.

    Em 18 equipas, 18 treinadores portugueses. Os dados estão lançados, e o espectáculo vai começar. Esta é a nossa previsão em termos de destaques colectivos e individuais, sujeita como já dissemos às vicissitudes do mercado de transferências até final de Agosto:


 BENFICA (1)

   Tetracampeão. A palavra que melhor explica a nossa decisão em colocar o penta no caminho do clube encarnado. Todavia, e talvez de forma mais vincada do que nos últimos anos, a tarefa não se afigura fácil. Tendo perdido Ederson, Nélson Semedo e Lindelöf, três das principais promessas do futebol mundial nas suas posições, a "estrutura" acreditou que os substitutos estavam dentro do clube. Contudo, a pré-época mostrou tratar-se de um palpite errado. Hoje, Júlio César não tem a capacidade física de há uns anos e Pedro Pereira não tem no momento actual qualidade para ser titular. Mesmo no centro da defesa, parece faltar velocidade, condição física e segurança, embora Luisão e Jardel estejam bem longe de ser desconhecidos. Da equipa que melhor controlava a profundidade (perfeitamente natural, tendo um guardião como Ederson, e elementos rápidos e fortes tecnicamente como Lindelöf e Semedo que permitiam à equipa jogar subida, reagindo rápido à perda) o Benfica tem agora muito a trabalhar nesse capítulo. Acreditamos que os encarnados ainda corrijam a sua defesa, até porque Rui Vitória trabalha e tem mais influência no trabalho defensivo do que nos hábitos ofensivos da equipa.
    Do meio-campo para a frente, o Benfica continua a ser o clube que em Portugal tem maior número de soluções de qualidade. Falta apenas um substituto à altura de Fejsa, jogador talismã do Benfica e o elemento de que as águias mais sentiriam falta em caso de indisponibilidade. Este Benfica deve voltar a viver dos génios pensadores Pizzi e Jonas, achando nós que os principais reforços do ataque - mesmo considerando as excelentes indicações do suiço Seferovic - serão Zivkovic, Rafa e Cervi, todos num nível bem acima de 16-17. Diz a lógica que entre Mitroglou e Jiménez ainda sairá um, e de resto temos grandes expectativas para ver o croata Krovinovic de águia ao peito. Uma surpresa, a acontecer, poderá ser o eslovaco Chrien (infelizmente, lendo as tendências da pré-época parece difícil haver espaço a médio-prazo para miúdos como Diogo Gonçalves, João Carvalho, Pêpê ou Gedson).
    As pré-épocas devem ser sempre interpretadas com sensatez e sem alarmismo, como de resto a competitividade na Supertaça veio comprovar, mas há trabalho de casa para fazer até ao fim de Agosto. Afinal, os ataques ganham jogos, mas as defesas ganham campeonatos. Os dirigentes da Luz procuram passar tranquilidade aos adeptos, mas os sócios sabem quão urgente é ir ao mercado; e o impasse tem feito o Benfica perder os melhores alvos para outros clubes. No mínimo, para manter a pole position são necessários um guarda-redes e um lateral-direito.
    A hegemonia vermelha e branca está em risco, mas o estofo de campeão e a qualidade individual atacante podem chegar para conquistar o 37.º título nacional. A acontecer, será bastante suado.

Treinador: Rui Vitória
Onze-Base (4-4-2): Júlio César; A. Almeida, Luisão, Jardel, Grimaldo; Fejsa, Pizzi, Zivkovic (Salvio), Rafa (Cervi); Jonas, Seferovic

Atenção a: Pizzi, Jonas, Andrija Zivkovic, Haris Seferovic, Rafa

 PORTO (2)

    "Somos Porto". O cartoonista Nuno Espírito Santo repetiu a cassete à exaustão, mas o seu futebol calmo - já o futebol mastigado e de posse de Lopetegui tinha semelhantes traços - não convenceu. Essa calma foi agora substituída pela determinação e raça de Sérgio Conceição, que sem o dizer parece capaz de fazer o mais importante - fazer com que este Porto... seja Porto. O ponto de partida é positivo: os jogadores parecem gostar do treinador, e percebem-no.

    Pelo que vimos na pré-época goleadora dos dragões - que, importa referir, não incluiu testes de fogo - o futebol atractivo tem como traços evidentes a melhor transição ofensiva, maior verticalidade quando a bola é ganha, e uma procura de encurtar o campo dos rivais, ganhando a bola com pressão alta e constante, ritmo imposto pelos elementos da frente. Esta agressividade, que faz lembrar o Porto de anos gloriosos, é personificada desde logo nas características dos seus homens da frente: Soares e Aboubakar, uma dupla que será uma gigante dor de cabeça para muitas defesas.
    A equipa é praticamente a mesma, mas os processos são outros. Pode-se considerar inclusive que este Porto está mais forte. Ao contrário dos rivais de Lisboa, que terão que reconstruir as suas defesas, o Porto mantém todos os seus elementos, melhorando ao passar de Maxi para Ricardo Pereira. O plantel perdeu André Silva e Rúben Neves, mas a necessidade de cumprir o fair-play financeiro foi o empurrão certo para Conceição dar oportunidades a Aboubakar, Ricardo Pereira, Hernâni ou Marega.
    O 4-4-2 deverá ser o desenho preferencial deste Porto, que nos parece que terá em Brahimi e Óliver (o novo camisola 10) dois dos principais destaques. Ter um jogador como Otávio (que tanto rendeu com Conceição no Vit. Guimarães) oferecerá versatilidade táctica à equipa, que muitas vezes acabará por recorrer a um meio-campo de três unidades para gerir jogos e refrescar a sua abordagem.
    Financeiramente, a situação podia ser melhor, mas os dragões não se ajoelham por nada perante o domínio recente do Benfica. Sérgio Conceição já escolheu os seus guerreiros e é com eles que pretende ir à guerra. O salto qualitativo demonstrado no último mês impressionou e, a continuar assim, os azuis e brancos são sérios candidatos ao título. Neste momento, até poderíamos dar alguma vantagem dado o grupo coeso construído e a rapidez de assimilação de processos/ ideias, mas o factor "tetra" e a sensação que o Benfica ainda corrigirá as suas lacunas defensivas, levam-nos a optar por este 2.º lugar. Voltará o espírito de campeão a pousar sobre as asas do Dragão?

Treinador: Sérgio Conceição
Onze-Base (4-4-2): Casillas; Ricardo Pereira, Felipe, Marcano, Alex Telles; Danilo, Óliver, Corona, Brahimi; Aboubakar, Soares

Atenção a: Yacine Brahimi, Óliver, Vincent Aboubakar, Danilo, Ricardo Pereira

 SPORTING (3)

    O tudo ou nada de Bruno de Carvalho. O presidente leonino quer ser campeão, custe o que custar. Afinal, já não falta assim tanto para que a marca de 18 anos seja novamente atingida. Para conquistar o título, o Sporting acabou por ir ao mercado com tudo o que tinha. Jesus exigiu Fábio Coentrão e Mathieu, dois dos elementos da sua defesa renovada em 75%, e o que é certo é que ambos fazem hoje parte do plantel dos leões, algo que seria impensável há uns anos. Na antevisão desta temporada houve uma certa resignação de Jorge Jesus: sem deixar de se auto-considerar um dos melhores tacticamente, aceitou que não conseguia ser campeão com os jogadores que tinha.
    O actual elenco dá claras garantias e JJ não se pode queixar face ao bom trabalho feito (e atempadamente) pelo clube leonino no defeso. Aquilo que tem tudo para dar certo, será no entanto testado quando o mar estiver bravo. O Sporting não vive propriamente um clima de estabilidade, e por isso veremos como o grupo reagirá ao atravessar de um mau momento ou período, algo que todas as equipas eventualmente terão. Muito importante também será perceber como o mercado vai mexer até 31 de Agosto. E se no caso do Benfica imaginamos que ainda haja entradas, no Sporting deve ser desta que Adrien ou William rumam a outro campeonato. Importante depois não excluir o nome de Gelson (ficando, será uma das estrelas do campeonato), uma possível "vítima" colateral do dominó que se pode originar a nível de extremos com o negócio Neymar.
    Entre os dois titulares do miolo verde e branco, o mais provável é ser Adrien a sair. E, pessoalmente, achamos que a sua eventual saída será mais sentida do que seria a de William Carvalho. Battaglia teve uma pré-época em crescendo, mas entre médios foi o sub-21 Bruno Fernandes a confirmar-se como extraordinário reforço. O ex-Sampdoria acabará por reclamar o seu lugar no onze, tenha ao seu lado William (um verdadeiro médio defensivo) ou Adrien (pode recuar no campo, a intensidade que o capitão empresta à equipa não tem preço).
    Nesta fase, e sem excluirmos que Jesus possa ocasionalmente privilegiar a defesa a três que testou na pré-temporada, ainda parece faltar um lateral-direito capaz de estar ao nível do resto da equipa, e ter Gelson e Acuña nos flancos é muito promissor. Veremos depois como será gerido o dossier Iuri Medeiros. Na frente, Bas Dost é garantia de muitos, muitos golos, e se os dois se entenderem pode formar uma dupla de fogo com Doumbia. No entanto, o jovem Podence parece ter para já vantagem, dado o seu impacto nos jogos de preparação e as suas características, mais de acordo com o perfil que Jesus pretende para a posição.
    Para já, é indiscutível. O plantel do Sporting está bem mais forte. Permanecem as dúvidas: sairá algum jogador-chave até 31 de Agosto? Será o Sporting capaz de se apresentar maduro e regular toda a época? 

Treinador: Jorge Jesus
Onze-Base (4-4-2): Rui Patrício; Piccini, Coates, Mathieu, Coentrão; William Carvalho, Adrien (Bruno Fernandes), Gelson, Acuña; Doumbia (Podence), Dost

Atenção a: Bas Dost, Gelson Martins, Bruno Fernandes, Acuña, Fábio Coentrão

 BRAGA (4)

    Vamos colocar as coisas nestes termos: o Braga é a equipa, entre todas na Liga NOS, cuja diferença de qualidade entre o 1.º onze e a segunda linha de opções é menor. Abel Ferreira bem pode agradecer a António Salvador, determinado em redimir-se depois do falhanço de 16-17, ainda mais doloroso ao ver o rival Vit. Guimarães bem sucedido. Aquele que é, na teoria, o 4.º grande em Portugal reforçou-se a sério, mesmo depois do seu presidente ter gritado aos sete ventos que a culpa da má época passada se devera a más decisões dos árbitros.
    O bom defeso começou no regresso de dois jogadores que já representaram o clube: Danilo e Fábio Martins. O médio brasileiro vai certamente levar os adeptos do Benfica a questionar porque é que não foi mais utilizado, e o extremo ex-Chaves cresceu muito na época passada. Depois, como moeda de troca da venda de Battaglia ao Sporting, os bracarenses ganharam dois novos laterais (Esgaio e Jefferson). E, no triplo assalto ao Marítimo, ganharam um central goleador (Raúl Silva) que, embora tenha as suas limitações defensivas, é porventura o central mais decisivo nas bolas paradas ofensivas no futebol português.
    Abel tem ovos que chegue para, no mínimo, recuperar o quarto lugar que neste momento pertence aos vizinhos. Veja-se bem: nos flancos perdeu Pedro Santos mas tem Wilson Eduardo, Fábio Martins, Ricardo Horta e o híbrido Bruno Xadas; no ataque já contava com Rui Fonte, Stojiljkovic e Hassan, e ainda teve como reforços Paulinho e Dyego Sousa. A brutal qualidade oferece boas dores de cabeça ao treinador, que poderá gerir o plantel para as várias competições, sem deixar de dar alguns minutos ao prodígio Pedro Neto (17 anos) e fazendo do novo camisola 10, Xadas, uma das figuras da equipa. Aos 19 anos, pode ser uma das revelações desta época. É daqueles que não engana.
    Com jeitinho e, se Abel Ferreira se revelar um líder adequado, este Braga até poderia espreitar o Top-3. Com algumas reticências, acreditamos que, mesmo que não brilhem, com um plantel tão vasto em soluções e qualidade, o Braga acabará por cumprir a sua obrigação e instalar-se atrás dos 3 grandes.

Treinador: Abel Ferreira
Onze-Base (4-4-2): Matheus; Esgaio, Rosic, Raúl Silva, Jefferson; Xadas (Ricardo Horta), Danilo (Assis), Fransérgio, Fábio Martins (Wilson Eduardo); Rui Fonte (Hassan), Stojiljkovic (Paulinho)

Atenção a: Bruno Xadas, Danilo, Fábio Martins, Fransérgio, Rui Fonte

 VIT. GUIMARÃES (5)

    Este Vitória continuará a ter o carimbo de qualidade de Pedro Martins. Soldados em campo que tudo darão para superar os recordes da temporada passada. 
    Depois de perder Soares a meio da época passada, o Vit. Guimarães viu sair também Marega e Hernâni (ambos de regresso ao Porto após empréstimo), perdendo ainda o lateral-direito Bruno Gaspar para a Fiorentina. O plantel está mais fraco e, excepção feita a Estupiñán e Chico Ramos, parecem ainda faltar reforços. É claro que acreditamos na mais-valia que é ter Pedro Martins no banco, mas dá sempre jeito contar com grandes jogadores. Por isso, é claramente aconselhável que Júlio Mendes se movimente com o intuito de garantir 2/ 3 jogadores de bom nível, nomeadamente dos 3 grandes, que transformem este plantel e o aproximem do valioso elenco dos seus vizinhos minhotos.
    Depois de perder o "seu" 4.º lugar para o Vitória, o Braga não ficou quieto e movimentou-se, fazendo-se acompanhar por outros clubes (Rio Ave e Chaves, por exemplo) inteligentes na sua abordagem ao mercado de transferências. O ano pode ser complicado - confiamos nos golos de Estupiñán, na criativade de Raphinha e Hurtado e vemos em Hélder Ferreira uma possível revelação - mas, mesmo que o plantel esteja fechado, seria um erro menosprezar o clube da cidade-berço, que tem nas bancadas uma força tremenda.

Treinador: Pedro Martins
Onze-Base (4-3-3): Miguel Silva; João Aurélio, Josué Sá, Pedro Henrique, Konan (Vigário); Zungu, Celis (Rafael Miranda), Hurtado; Hélder Ferreira, Raphinha, Estupiñán (Rafael Martins)

Atenção a: Estupiñán, Raphinha, Hurtado, Pedro Henrique, Hélder Ferreira

 DESP. CHAVES (6)

    Que bem jogava o Rio Ave de Luís Castro... Embora Jorge Simão e Ricardo Soares tenham desempenhado bons trabalhos em Chaves (Simão deixou a equipa bem classificada, Soares apresentou um futebol refrescante, tendo que ultrapassar o êxodo de muitos jogadores para Braga), o anúncio de Luís Castro como treinador para 2017/ 18 foi um brilhante ponto de partida para a nova época.
    O clube do euromilionário Francisco Carvalho continua a demonstrar visão, e não será surpreeende se o treinador de 55 anos for capaz de dotar rapidamente a equipa da impressão digital do seu Rio Ave (bloco subido, agradável futebol de posse, e muita dinâmica no último terço). Embora nos pareça que aqui e ali este plantel ainda possa sofrer afinações, a matéria-prima actual é apelativa. Ricardo e António Filipe são as opções para a baliza, e quem tem Paulinho (novamente) e Rúben Ferreira terá dois corredores em perpétuo movimento. Entre Domingos Duarte, Anderson Conceição e Nuno André Coelho, Luís Castro deve edificar a sua dupla de centrais; no meio-campo, Pedro Tiba é titularíssimo, e o gigante Jefferson deve ser o trinco e farol defensivo deste Chaves.
    A liberdade oferecida ao criativo Renan Bressan deve ser similar ao espaço que Krovinovic tinha no Rio Ave de Luís Castro, e daí anteciparmos este Desp. Chaves mais num 4-2-3-1 do que num tradicional 4-3-3. O brasileiro naturalizado bielorusso, um dos melhores executantes de livres directos em Portugal, promete ser o playmaker da equipa, contando depois com grandes desequilibradores (Jorginho Intima, Matheus Pereira, Perdigão e Elhouni) junto a si.
    Platiny (mais goleador) e William (pressiona, luta mais) são opções para 9, parecendo no entanto o colombiano Wilmar Jordán quem está na pole position, podendo ter alto impacto na sua época de estreia em Portugal.

Treinador: Luís Castro
Onze-Base (4-2-3-1): Ricardo; Paulinho, Domingos Duarte, Anderson Conceição (Nuno André Coelho), Rúben Ferreira; Jefferson, Pedro Tiba; Jorginho (Perdigão), Renan Bressan, Matheus Pereira (Elhouni); Wilmar Jordán (Platiny)


Atenção a: Wilmar Jordán, Jorginho, Matheus Pereira, Renan Bressan, Jefferson

 RIO AVE (7)

    Tendo em conta que nos últimos anos os vilacondenses tiveram em Luís Castro, Pedro Martins e Nuno Espírito Santo apostas ganhas, a escolha do novato Miguel Cardoso merece claro voto de confiança. Adjunto de Paulo Fonseca no Shakhtar e de Domingos Paciência em quatro clubes diferentes, o técnico de 45 anos é o único (!) dos 18 sem qualquer CV como treinador principal.
    Depois do 7.º lugar na época passada, o Rio Ave quererá certamente melhorar a sua classificação. E as perspectivas para o clube que em tempos teve Oblak em campo e Ederson no banco são de terminar entre o 5.º e o 8.º lugares.
    Já não há Krovinovic, Gil Dias, Rafa, Roderick, Gonçalo Paciência e Petrovic, mas há outra fornada de talentos. A saber: somando guarda-redes e quarteto defensivo, 3 em 5 continuam (importante), a saída de Roderick deve abrir espaço para a afirmação de Nélson Monte (caso contrário, será o reforço Marcão a reclamar o lugar) e do emprestado Rafa Soares o Rio Ave passa a ter agora o emprestado Yuri Ribeiro na lateral-esquerda. No meio-campo, suspeitamos que Pelé voltará ao seu melhor nível, e se o Rio Ave 16/ 17 tinha a magia nas botas do croata Krovinovic, desta vez será o perfume e classe de Francisco Geraldes, génio incompreendido por Jesus, a pautar o jogo da equipa.
    A chegada de Geraldes pode "puxar" pelo indomável Rúben Ribeiro e por Nuno Santos (não explodiu em Setúbal, mas achamos que é desta), merecendo ainda muita atenção a meia distância e o brutal virtuosismo técnico do reforço Óscar Barreto. Pode até não começar a temporada no 11 inicial, mas tem tudo para terminá-la como indiscutível desde que se adapte bem ao nosso país. Por fim, Gabrielzinho foi um reforço dispendioso e o grego Tasos Karamanos deixou boas indicações no Feirense pelo que na sua 2.ª época em Portugal, secundado por um plantel com maior qualidade, pode melhorar os seus números.

Treinador: Miguel Cardoso
Onze-Base (4-3-3): Cássio; Lionn, Marcelo, Nélson Monte (Marcão), Yuri Ribeiro; Pelé, Tarantini, Francisco Geraldes; Rúben Ribeiro (Barreto), Nuno Santos, Karamanos (Guedes)

Atenção a: Francisco Geraldes, Óscar Barreto, Nuno Santos, Karamanos, Yuri Ribeiro


 FEIRENSE (8)

    E agora, Nuno Manta Santos? O nosso Treinador do Ano 2016/ 17 tem um desafio incrível na época que hoje se inicia. Como fazer melhor do que o impensável 8.º lugar da equipa-sensação da época passada? Para se perceber o valor do jovem técnico de 39 anos, homem da casa, basta referir que a partir da data de estreia de Nuno Manta Santos no Feirense (22 de Dezembro de 2016), só os 3 grandes pontuaram mais do que a equipa de Santa Maria da Feira.
    Entretanto, um dos grandes responsáveis desse feito, o guarda-redes Vaná, rumou ao Dragão; e o grupo perdeu ainda para a concorrência Vítor Bruno (Boavista), Rúben Oliveira (Vit. Guimarães), Platiny (Chaves) e Karamanos (Rio Ave).
    Verdade seja dita, a equipa de NMS valia pelo colectivo, solidário e combativo, e pelo processo de jogo, ambicioso e de ideias simples. O substituto de Vaná deverá ser Caio (embora Murilo conheça melhor os colegas, por ter chegado há mais tempo), e na defesa as laterais beneficiariam com um ou outro empréstimo. No miolo, Kódjo veio de Barcelos para acrescentar muito no momento sem bola, e oxalá Tiago Silva dê sequência aos últimos meses da época anterior.
    Acreditamos que esta será a época do nigeriano Peter Etebo, podendo as primeiras jornadas servir para se perceber se o colombiano José Valencia e o fenómeno de Football Manager, Luís Henrique, são reforços capazes de garantir os golos que a equipa tanto precisará.

Treinador: Nuno Manta Santos
Onze-Base (4-3-3): Caio (Murilo); Jean Sony (Barge), Flávio Ramos, Bruno Nascimento, Babanco; Cris, Kódjo, Tiago Silva; Edson Farias (Luís Machado), Etebo, Valencia (Luís Henrique)

Atenção a: Etebo, Tiago Silva, José Valencia, Flávio Ramos, Kódjo

 PORTIMONENSE (9)

    Foi desta! Depois de subir Arouca, Moreirense, União da Madeira e Chaves, entregando-os a outro treinador no primeiro escalão, o herói das subidas Vítor Oliveira viu no Portimonense o projecto certo para dar o salto e, coisa rara nos últimos anos, dar continuidade ao seu trabalho. Campeões da Ledman LigaPro (o domínio foi incontestável, mas várias lesões na defesa e as idas de Amilton e Lumor para o 1860 Munique de Vítor Pereira originaram uma segunda volta fraca e uma vantagem final de apenas 2 pontos sobre o Aves), os representantes do Sul do país têm qualidade para assegurar a manutenção com algum conforto.
    Em Portimão, Vítor Oliveira sabe bem quão coeso é o seu 11 inicial - a diferença em termos de qualidade das soluções vindas do banco é significativa. Em 2017/ 18 preserva-se grande parte do elenco que subiu. Ricardo Ferreira assumirá a baliza, com o experiente capitão Ricardo Pessoa na direita e Lumor (o ganês não convenceu em Munique mas vai fazer estragos na Liga NOS) na esquerda. No centro da defesa, Jadson deve ter ao seu lado o regressado a casa, Rúben Fernandes, embora haja ainda Lucas. Do meio-campo para a frente, Pedro Sá é o ponto de equilíbrio, e quem tem craques como Paulinho (Melhor Jogador da Ledman LigaPro 2016/ 17) e Fabrício, e ainda Ewerton, dificilmente descerá. Wellington é uma das novidades entusiasmantes para a nova época, contratado ao Penafiel, e na frente Pires (melhor marcador da II com 23 golos) é aos 36 anos o goleador da equipa.
    Vítor Oliveira está satisfeito com o plantel, mas certamente não torcerá o nariz a um negócio que encaminhe o bracarense Assis para Portimão. De resto, parece faltar apenas uma alternativa a Pires. Muita atenção a este Portimonense, muito forte em casa (na época passada, venceu 16 dos 21 jogos da Ledman) e uma equipa que vai complicar a vida aos grandes.

Treinador: Vítor Oliveira
Onze-Base (4-3-3): Ricardo Ferreira; Ricardo Pessoa, Jadson, Rúben Fernandes (Lucas), Lumor; Pedro Sá, Paulinho, Ewerton; Fabrício, Wellington (Bruno Tabata), Pires

Atenção a: Paulinho, Fabrício, Ewerton, Pires, Wellington

 MARÍTIMO (10)

    Em 2016/ 17, Daniel Ramos foi um dos treinadores do ano em Portugal. Basta relembrar que o técnico de 46 anos assumiu um Marítimo carregadinho de problemas (obrigado, PC Gusmão) à 6.ª jornada, e os insulares não mais perderam em casa.
    A seu favor, o Marítimo tem indiscutivelmente um treinador muito competente e muita confiança depois do sexto lugar conquistado recentemente. No entanto, é impossível não incluir neste raciocínio os jogadores-chave do plantel que disseram adeus: Raúl Silva, Fransérgio, Dyego Sousa, Patrick Vieira e, mais recentemente, Maurício. Culpas para o Braga, que roubou os três primeiros jogadores enunciados, um craque por sector.
    O único representante das ilhas, depois da Madeira perder em temporadas consecutivas União e Nacional para o segundo escalão, o Marítimo tem no seu novo estádio uma força, mas levantam-se vários pontos de interrogação face ao decréscimo de qualidade no plantel. Bebeto deve ser o sucessor de Patrick, e no centro depois de perder o central goleador Raúl Silva e Maurício, o mais sensato seria o clube adquirir um jogador para formar dupla com Zainadine. A manutenção do turco Erdem Sen é uma das boas notícias, tal como os reforços Fábio Pacheco e Ricardo Valente. Já relativamente aos jogadores vindos de Braga - Gamboa, Rodrigo Pinho e Piqueti - temos algumas reticências, embora algumas expectativas para o último.
    Lundberg e Ibson são outras das caras novas, e nesta fase a temporada do Marítimo depende de dois factores: a qualificação para a Liga Europa (a presença na fase de grupos seria proveitosa financeiramente, mas poderia custar uma primeira volta de qualidade por via do desgaste) e o reforço de um plantel que perdeu referências.

Treinador: Daniel Ramos
Onze-Base (4-3-3): Charles; Bebeto, Pablo Santos (Diney), Zainadine, Luís Martins; Erdem Sen, Éber Bessa, Fábio Pacheco (Gamboa); Edgar Costa, Ricardo Valente (Piqueti), Rodrigo Pinho (Lundberg)

Atenção a: Erdem Sen, Zainadine, Ricardo Valente, Rodrigo Pinho, Luís Martins

 DESP. AVES (11)

    Os campeões do defeso. Nenhuma equipa em Portugal, respeitando as devidas proporções, se reforçou tão bem como o Desportivo das Aves, novo projecto de Ricardo Soares (a nova época começou logo bem quando Soares foi o treinador escolhido).
    O grande desafio para o ex-Chaves é simples: conseguirá Ricardo Soares formar uma equipa que parte praticamente do zero? Achamos que sim. E para facilitar essa missão muito contribuiu o perfil das contratações: vários jogadores com muita experiência e cultura táctica, alguns que já tinham trabalhado com o técnico, e, na frente, desequilibradores com muita velocidade.
    Embora Quim (41 anos) seja hoje uma figura do Aves, a maior qualidade de Adriano Facchini pode entregar a baliza ao brasileiro no decorrer da época. Na defesa, Ponck e Lenho foram dos melhores nas suas posições pelo Chaves e prometem formar um sector forte. Quem tem Gonçalo Santos (tanto que ele jogava com Marco Silva no Estoril!), Vítor Gomes e Braga, sem esquecer Washington e Luís Alberto, tem a garantia que o meio-campo nunca será dado de barato.
    Na linha mais avançada, e embora até Demba Ba já tenha sido associado, temos máxima confiança em Alexandre Guedes. Aos 23 anos, o camisola 7 do Aves está no ponto para deixar finalmente a sua marca no futebol português, disputando o lugar com Derley e Arango. A ajudá-lo, Amilton (que reforço incrível), Salvador Agra e Sami.

Treinador: Ricardo Soares
Onze-Base (4-3-3): Adriano (Quim); Rodrigo, Diego Galo, Ponck, Nélson Lenho; Gonçalo Santos (Washington), Vítor Gomes, Braga; Salvador Agra (Sami), Amilton, Alexandre Guedes (Derley)

Atenção a: Amilton, Alexandre Guedes, Ponck, Salvador Agra, Gonçalo Santos

 PAÇOS FERREIRA (12)

    É sempre bastante difícil antecipar uma época do Paços de Ferreira. Especialmente nesta edição uma vez que 2016/ 17 não chegou para formarmos uma opinião sólida relativamente ao jovem treinador Vasco Seabra (aos 33 anos, o treinador mais jovem da Liga). Contribui ainda para o nosso grau de incerteza o facto de acharmos que um jogador-chave como Welthon ainda pode deixar o plantel...
    Até ver, a lógica diz que os castores reúnem os ingredientes para melhorar. O plantel, pelo menos, parece melhor. Na baliza, entre Mário Felgueiras e Rafael Defendi é escolher; na defesa, preservam-se os princípios e os intérpretes, e Quiñones pode ser um excelente reforço. Depois, a experiência dos bem conhecidos André Leão (médio defensivo, 32 anos) e Bruno Moreira (ponta de lança, 29 anos) só servirá para potenciar Vasco Rocha, dois pequenos grandes talentos como são Andrézinho e Pedrinho, e as várias soluções para os flancos - Barnes, Mabil, Diego Medeiros, Xavier.
    Tendo ainda Luiz Phellype nos quadros, caso o Paços consiga manter Welthon no plantel, não afastamos uma aposta num 4-4-2 com Welthon e Bruno Moreira. É difícil perceber onde acabará este Paços, mas seria muito estranho se acabasse envolvido na luta pela manutenção.

Treinador: Vasco Seabra
Onze-Base (4-2-3-1): Mário Felgueiras; Bruno Santos, Ricardo, Marco Baixinho, Quiñones (Filipe Ferreira); André Leão, Vasco Rocha; Andrézinho (Xavier), Pedrinho, Barnes (Mabil, Diego Medeiros); Welthon (Bruno Moreira)

Atenção a: Welthon, Pedrinho, Andrézinho, Quiñones, Vasco Rocha

 ESTORIL (13)

    O 10.º lugar da época passada, em que a equipa da Linha foi orientada por 3 treinadores (Fabiano Soares, Pedro Carmona e Pedro Emanuel), só foi possível graças a uma recta final inesperada e entusiasmante sob o comando do antigo treinador de Académica e Arouca. No Estoril, e com muito talento canarinho ao dispor, Pedro Emanuel parece ter enterrado o futebol enfadonho e muito conservador que caracterizara as suas antigas equipas, privilegiando sim um futebol de vertigem, ousado e intenso.
    Mattheus, Ailton, Licá, João Afonso e Bruno Gomes são alguns dos jogadores que o Estoril perdeu, esperando os adeptos que alguns dos destaques da segunda metada da época transacta (Carlinhos, Eduardo e Allano, nomeadamente) dêem sequência às boas exibições.
    Moreira deve partir em vantagem sobre Thierry Graça, e a defesa parece-nos apresentar margem para melhorias (Pedro Monteiro pode ter em 17/ 18 a sua temporada de afirmação). No entanto, o caminho para a sobrevivência na Liga NOS depende claramente do ataque: Kléber vale golos, André Claro é um jogador subvalorizado, e de resto encontrar uma boa dinâmica que inclua Eduardo, Lucas, Matheus Índio, Carlinhos, Allano ou Tocantins será fundamental.

Treinador: Pedro Emanuel
Onze-Base (4-3-3): Moreira; Mano, Gonçalo Brandão, Pedro Monteiro, Joel; Eduardo Teixeira, Lucas (Matheus Índio), Carlinhos; Allano, André Claro (Tocantins), Kléber

Atenção a: Kléber, Carlinhos, Allano, Matheus Índio, André Claro

 VIT. SETÚBAL (14)

    O pesadelo dos grandes na época passada. O Vit. Setúbal continua a confiar em José Peyroteo Couceiro e, com melhor ou pior futebol, acreditamos que a manutenção será novamente alcançada. O tempo dirá se os sadinos o conseguirão graças a exibições para mais tarde contar como frente a Benfica e Porto há um ano, ou se graças a empates a jogar para o ponto, como vários "espectáculos" aborrecidos que o Vitória apresentou no terço final do campeonato em 16/ 17.
    O apoio de Porto (Podstawski e Gonçalo Paciência) e Benfica (Patrick, César e João Teixeira) continua a revelar-se fundamental na edificação do plantel, num clube que mediante estes empréstimos demora a garantir a sua auto-sustentabilidade. Olhando para o possível onze, Tomás Podstawski e João Teixeira - dois casos de jogadores que se esperava que nesta fase das carreiras já estivessem noutro patamar - podem crescer muito com Couceiro, e no ataque, que terá como referência Paciência ou Edinho, as nossas maiores esperanças estão depositadas em João Amaral e Rafinha. Amaral tem crescido de ano para ano, e o pequeno Rafinha (ex-Amarante) tem pés para encantar meio mundo, graças à sua electrizante condução de bola, ziguezagueando com o esférico colado ao pé.

Treinador: José Couceiro
Onze-Base (4-3-3): Cristiano; Patrick, Frederico Venâncio, Vasco Fernandes, Nuno Pinto; Costinha, Podstawski, João Teixeira; João Amaral, Rafinha, Edinho (Gonçalo Paciência)

Atenção a: João Amaral, Rafinha, João Teixeira, Podstawski, Patrick

 BOAVISTA (15)

    Passo a passo, muito devagarinho, o Boavista vai procurando retomar o seu nível de outrora. Mas não é fácil quando Braga, Vit. Guimarães e Rio Ave apresentam orçamentos distantes, e mesmo equipas como Chaves e Aves sabem como usar o mercado da melhor forma.
    Os axadrezados têm em Miguel Leal o treinador certo para comandar os destinos do clube nos próximos anos, e a defesa deve ser novamente o ponto de partida para uma época segura. Para cada lateral, Leal tem duas boas opções - Edu Machado e Tiago Mesquita à direita, Talocha e Vítor Bruno à esquerda - e no centro o francês Sparagna é, tudo indica, um belo reforço.
    Será difícil para uma equipa tão Iuridependente reconstruir-se depois do extremo-direito voltar à casa-mãe (Sporting), mas uma mistura entre a continuidade de Fábio Espinho e Renato Santos, com os reforços Mateus e Leonardo Ruiz, e um salto a nível de rendimento de Bukia e Rochinha, pode escrever uma história positiva para os lados do Bessa.  

Treinador: Miguel Leal
Onze-Base (4-3-3): Spiegel (Vágner); Edu Machado (Tiago Mesquita), Raphael Rossi (Henrique), Sparagna, Talocha (Vítor Bruno); Idris, Tahar, Fábio Espinho; Renato Santos, Bukia (Rochinha), Mateus (Leonardo Ruiz)

Atenção: Renato Santos, Bukia, Sparagna, Leonardo Ruiz, Fábio Espinho

 BELENENSES (16)

    Quem é Domingos Paciência? A pergunta impõe-se, e esta temporada pode ajudar a oferecer uma resposta. Domingos é o treinador que foi vicecampeão português e finalista da Liga Europa em 2009/ 10? Ou essa época foi um acaso e o treinador de 48 anos é sim aquela versão que falhou em todos os projectos seguintes?
    Como sempre com um plantel muito português, o clube do Restelo tem algumas caras que, se a equipa for bem trabalhada, podem contribuir para uma época mais tranquila do que aquilo que inicialmente apontamos. Sasso e Pereirinha estão de volta ao futebol português, num sector que tem em Florent o seu elemento mais constante, e no meio-campo arriscamos que esta pode ser uma grande época para André Sousa, torcendo para que Filipe Chaby cale tudo e todos e mostre o pequeno génio que sempre foi. Temos algumas dúvidas relativamente à composição do sector intermédio, contando Domingos com Tandjigora, Persson e Yebda; no ataque parece-nos mais simples. Maurides acabou 16/ 17 bem, e a dupla Miguel Rosa e Diogo Viana promete. Há ainda Fredy, Juanto, Benny e Femi Balogun.

Treinador: Domingos Paciência
Onze-Base (4-3-3): Muriel; João Diogo (Pereirinha), Gonçalo Silva, Sasso, Florent; Tandjigora, André Sousa (Persson), Filipe Chaby; Diogo Viana, Miguel Rosa, Maurides

Atenção a: André Sousa, Miguel Rosa, Filipe Chaby, Maurides, Diogo Viana

 TONDELA (17)

    À terceira é de vez, ou não há duas sem três? É difícil colocar em palavras o que o Tondela viveu nas últimas jornadas de 2015/ 16 e 2016/ 17. Salvos, por Petit e por Pepa, no limite, os beirões têm demonstrado uma fibra sem igual. No entanto, idealmente já seria tempo de resolver a temporada o quanto antes, abdicando do sufoco final.
    Honestamente, não nos parece que a equipa de Viseu conseguirá fugir - uma vez mais - às contas da descida. Se é desta que o Tondela desce, não nos atrevemos a prever com certeza (ou não fosse a equipa orientada por Pepa um exemplo de sobrevivência e resiliência), mas numa fase em que tantas equipas "pequenas" se reforçam com cada vez maior qualidade, olhar para o elenco do Tondela equivale a olhar para muito trabalho por fazer (ou a nível de prospecção, ou então no dia-a-dia, com Pepa a fazer mais um milagre).
    O grande reforço de 2017/ 18 é talvez Cláudio Ramos, um dos principais responsáveis e heróis da manutenção. Depois, o veterano Ricardo Costa (36 anos) é um nome de peso para fazer companhia a Osorio no coração de uma defesa que contará ainda com Joãozinho, outro regressado ao futebol luso. Contrariamente à época passada, a equipa não poderá contar com Murillo (o Tondela dependia muito da qualidade do venezuelano nos duelos individuais), emprestado pelo Benfica ao Kasimpasa, mas outra jovem águia, Pedro Nuno, promete carregar a equipa. O ataque, e o próprio meio-campo, pedem novos jogadores, embora Joca, emprestado pelo Braga, possa finalmente mostrar a sua qualidade.
    Mesmo com alguns reforços mais, o Tondela deve andar até perto do fim na luta. Mas se o Benfica tem apresentado "estofo" de campeão, a verdade é que o Tondela tem apresentado "estofo" de sobrevivente.

Treinador: Pepa
Onze-Base (4-3-3): Cláudio Ramos; David Bruno, Osorio, Ricardo Costa, Joãozinho; Hélder Tavares, Tembeng (Bruno Monteiro), Pedro Nuno; Wagner (Joca), Miguel Cardoso (Murilo), Heliardo (Zachara, Tomané) 

Atenção a: Pedro Nuno, Cláudio Ramos, Ricardo Costa, Joca, Joãozinho

 MOREIRENSE (18)

    Pepa, Augusto Inácio e Pepa. Na última época foram três treinadores. Nesta, o treinador é Manuel Machado, o homem que treinou as duas equipas (Arouca e Nacional) que desceram para a Segunda Liga.
    Salvos in extremis, tal como o Tondela, os vencedores da última Taça da Liga têm muito provavelmente o plantel mais fraco da Liga NOS. E, quase sempre, quem tem os melhores jogadores é quem vence.
    Claramente dependente de uma super época em que Emmanuel Boateng se torne tudo aquilo que pode ser, bem entrosado com Dramé, o clube de Moreira de Cónegos bem se pode colocar em fila de espera à porta dos 3 grandes para garantir duas ou três promessas. Há duas temporadas foi Iuri Medeiros, na época passada foram Francisco Geraldes e Podence durante meia Liga, veremos quem será desta vez. Mas, para já, não se antevê vida fácil.

Treinador: Manuel Machado
Onze-Base (4-3-3): Makaridze; Sagna, André Micael, Iago, Rúben Lima (Bruno Silva); Neto, Alan Schons, Rafael Costa; Arsénio, Dramé, Boateng

Atenção a: Emmanuel Boateng, Dramé, Makaridze, Alan Schons, Sagna



por Miguel Pontares e Tiago Moreira