29 de maio de 2022

Prémios BPF Premier League 2021/ 22

    Que privilégio é poder assistir semanalmente à Premier League na era de Guardiola e Klopp! Trinta e oito jornadas depois, a liga inglesa conheceu o seu desfecho, guardando muita ansiedade e plot twists dignos das melhores séries da HBO até aos últimos minutos.
    Na luta titânica entre as duas melhores equipas do mundo nos últimos anos, ambas com uma regularidade impressionante, sorriu o Manchester City (4.º campeonato em 5 anos), com 1 ponto (93 contra 92) a fazer a diferença no topo da tabela, numa edição que trouxe à memória 2018/ 19, temporada em que no concurso "Quem Quer Ser Mais Perfeito?" o Liverpool somou 97 pontos, mas viu o rival azul celeste festejar com 98.
    2021/ 22 fica na História como época de emoções fortes. Afinal, quando os árbitros apitaram para se jogarem os dez embates da última jornada, ainda estava por decidir o 1.º lugar, quem garantiria a última presença no Top-4, e a manutenção. Pela primeira vez na História da competição, nenhuma das 20 posições da tabela já estava 100% entregue a um emblema quando a derradeira ronda arrancou.

    Além da nova corrida a dois, esta Premier teve um Chelsea que ficou longe de se intrometer na luta pelo título, prejudicado por algumas lesões (pagou a fatura ao perder os dois laterais, James e Chilwell, em simultâneo), pelo flop Lukaku e pela instabilidade gerada pela venda forçada do clube, há tantos anos nas mãos do oligarca Roman Abramovich; no Norte de Londres, o Tottenham bateu o Arsenal, com Antonio Conte a colocar os spurs de Harry Kane e Son Heung-Min (que dupla!) no caminho certo. O Manchester United caiu de 2.º para 6.º, mesmo depois de se reforçar com Ronaldo, Sancho e Varane, e em sentido inverso houve desempenhos sensacionais de Brighton, Brentford, Crystal Palace e, claro, do novo rico Newcastle.

    No plano individual, emergiram principalmente 3 figuras, dominantes em diferentes períodos da prova - Mohamed Salah foi o melhor jogador do Mundo durante a primeira volta, Kevin De Bruyne carregou o City rumo ao título a partir do momento em que deixou as lesões para trás, e Son Heung-Min esteve sempre com a corda toda, conseguindo mesmo a proeza de dividir a Bota de Prata com o craque egípcio do Liverpool.
    Bernardo Silva, Trent Alexander-Arnold, João Cancelo, Virgil van Dijk, Harry Kane, Rodri, Declan Rice ou Jarrod Bowen foram outros dos destaques superlativos numa Liga que recebeu fantásticos reforços como Luis Díaz, Kulusevski, Cristian Romero, Eriksen, Bruno Guimarães, Cucurella e José Sá, e em que ficámos impressionados com a evolução inesperada de atletas como Joelinton, Conor Gallagher ou Ramsdale.

    Como todos os anos, é chegada a altura de indicarmos aqueles que foram para nós os melhores do ano: o nosso 11, o Jogador do Ano e o Jovem Jogador do Ano, o Treinador do Ano, e ainda algumas categorias complementares.



Guarda-Redes: Num olhar global por toda a Europa, cremos que apenas Courtois, Maignan e Vicario estiveram esta época a um nível superior do que o melhor guarda-redes desta Premier League. De regresso ao seu melhor nível - o Liverpool em 20-21 acusou claramente os dossiers Alisson e van Dijk - o guardião brasileiro voltou a mostrar que é o melhor na sua posição em Inglaterra, sendo peça-chave na caminhada do Liverpool, dizendo presente nos momentos difíceis e acabando a partilhar as Luvas de Ouro (20 jogos sem sofrer golos) com o compatriota Ederson. O camisola 31 do City voltou a estar bem e a impressionar com a sua loucura e qualidade a distribuir, mas deixou pontualmente a sensação que poderia ter feito mais em alguns lances.
    No campo das surpresas estiveram José Sá e Aaron Ramsdale, brilhantes reforços de Wolves e Arsenal respectivamente. O inglês, para o qual olhávamos com bastante desconfiança, é bem capaz de ter sido o GR com maior número de intervenções espectaculares nesta edição, caindo no entanto o seu rendimento ao longo da segunda volta. Já o nosso José Sá revelou a melhor percentagem de sucesso na hora de travar remates, fazendo esquecer por completo Rui Patrício.
    Por fim, David De Gea. O espanhol evitou males maiores em Old Trafford, confirmando a sua tendência para render individualmente de forma inversamente proporcional ao desempenho colectivo do United.


Lateral Direito: Ninguém tem dúvidas, embora tenha apenas 23 anos (nos quais já soma 161 jogos na Premier League), que Trent Alexander-Arnold será um dos melhores da História na sua posição. O lateral britânico, dono dos melhores cruzamentos e passes longos a rasgar em Inglaterra, fechou a época com 2 golos e 12 assistências, sendo mesmo Top-5 dos candidatos a Jogador do Ano. As reticências em relação ao seu comportamento defensivo mantêm-se (do outro lado, por exemplo, Robertson é mais equilibrado), mas a atacar não há no mundo nenhum lateral direito ao seu nível.
    E se o título foi disputado a dois, também a rivalidade à direita da defesa parecia a dada altura um embate renhido. Reece James (5 golos e 9 assistências), do Chelsea, realizou uma 1.ª volta estratosférica, ombreando com TAA, mas um calvário de lesões impediu quase em absoluto o seu contributo entre as jornadas 20 e 32.
    Notável foi também o fulgor do inglês naturalizado polaco Matty Cash, sobretudo desde que Steven Gerrard assumiu o comando do Villa, enquanto que Kyle Walker (apenas 1756 mins) voltou a mostrar que nenhum DD defende tão bem como ele em Inglaterra, e Tino Livramento (família portuguesa do lado do pai) foi uma das revelações ao transitar da formação do Chelsea para os quadros do Southampton. 


Defesa Central: Numa das decisões mais difíceis deste 11, por mais que adoremos Rúben Dias, não há como não reconhecer a soberba época do sempre subvalorizado Joel Matip. Irrepreensível na suas acções, dominante e taco-a-taco com o colega van Dijk, o jogador dos Camarões nascido na Alemanha merece todos os elogios que finalmente está a colher, um pouco como aconteceu no último par de anos com Rüdiger.
    Rúben Dias continuou a ser um líder e um guerreiro na defesa do City (marcou e assistiu mais, mas esteve ausente na recta final, período em que Matip disparou), Cristian Romero provou ser um dos reforços do ano e um defesa raçudo para crescer muito com Conte, Thiago Silva foi um dos destaques da 1.ª volta e Max Kilman afirmou-se em definitivo e fixou-se no 11 do Wolverhampton com toda a confiança de Bruno Lage.


Defesa Central: Virgil van Dijk é um monstro no melhor dos sentidos da palavra. Centralão, presença de impor respeito, o neerlandês reemergiu como uma das figuras do Liverpool, tudo isto depois da uma época em que os reds caíram brutalmente, órfãos do seu patrão defensivo.
    Entre os restantes centrais, Aymeric Laporte reconquistou Guardiola e jogou o seu melhor futebol desde que está em Inglaterra, atirando John Stones (titularíssimo ao lado de Rúben Dias em 20-21) várias vezes para o banco; Rüdiger despediu-se dos palcos ingleses porventura na sua melhor versão, pelo menos a nível interno; Guéhi desvinculou-se do Chelsea para ser o pilar da defesa do rejuvenescido Crystal Palace de Patrick Vieira; e Mohammed Salisu, no seu Ano 2 em Inglaterra, mostrou finalmente aquilo de que é feito. 


Lateral Esquerdo: Quis o destino, ou quis Pep Guardiola, que o nosso Lateral Direito do 11 do ano passado fosse o nosso Lateral Esquerdo desta vez. João Cancelo, tal como o nosso escolhido em seguida para médio defensivo, prova que não há nada como o tempo. Tempo de adaptação, de compreensão do ritmo muito próprio do campeonato e de assimilação das ideias de Pep. O lateral luso de 28 anos foi o jogador de campo mais utilizado pelos campeões e foi o jogador do City com mais passes. Um dos principais responsáveis pelo título, com 1 golo e 7 assistências, números que ainda assim não ilustram de forma apropriada a forma como o polivalente Cancelo desequilibrou e castigou os adversários.
    Como concorrentes seus este ano: Andy Robertson, quiçá o lateral mais regular dos últimos anos no futebol mundial, quando somados os desempenhos defensivo e ofensivo; Marc Cucurella, uma espécie de super-Grimaldo e um exemplo da óptima prospecção do Brighton de Graham Potter; e ainda o destro convertido a lateral-esquerdo Kyle Walker-Peters e Tyrick Mitchell, chamado em Março pela 1.ª vez à selecção inglesa.


Médio Defensivo: O antigo seleccionador espanhol Vicente del Bosque popularizou a frase "quando olhas para o jogo não vês Busquets, mas quando olhas para Busquets vês o jogo todo". Guardiola teve o 5 do Barça e agora tem Rodri, um facilitador que faz da antecipação, do posicionamento e da inteligência as suas maiores armas. Com o bónus de ter marcado 7 golos (alguns deles, grandes golos), Rodrigo Hernández foi um regalo toda a época. Neste momento, executa e pensa como Guardiola, e toda a equipa reflecte e ganha com isso.
    Ao falar de médios defensivos e da Premier League, actualmente a conversa tem que ir parar a Declan Rice. O médio do West Ham, herdeiro de Mark Noble como capitão, é cada vez menos um mero recuperador e cada vez mais um médio faz-tudo (traz à memória Roy Keane, embora com mais elegância e menos dureza). Compreende-se que os grandes ingleses queiram perder a cabeça por ele, mas sentimos que ainda será hammer em 22-23.
    Nos vice-campeões, Fabinho encheu o campo, destacando-se ainda Bissouma e Rúben Neves, dois elementos que parecem prontos para dar o salto.


Médio Centro: Quando Mo Salah teimava em deliciar os adeptos fim-de-semana sim fim-de-semana sim, exibindo-se como melhor do mundo na primeira metade da Premier League, só Bernardo Silva lhe conseguia a espaços morder os calcanhares e incomodar na corrida a MVP. Entretanto, a dinâmica da época mudou bastante, e o próprio Bernardo Silva deixou de carregar a equipa, mas o melhor jogador português em 2021-21 foi sempre a fotografia perfeita deste Manchester City: um génio virtuoso capaz de aliar a toda a sua qualidade técnica uma inteligência ímpar para perceber o jogo e uma disponibilidade física/ intensidade/ sede competitiva inesgotáveis.
    No centro do campo, James Ward-Prowse cimentou o seu estatuto de melhor cobrador de bolas paradas da actualidade, Mason Mount foi sempre o jogador ofensivo mais esclarecido dos blues, Thiago Alcântara espalhou classe agora finalmente ambientado a terras de Sua Majestade e às intenções de Klopp, e o pouco valorizado Josh Brownhill fez mais do que suficiente para que algum clube sobrevivente o resgate e impeça de descer com o Burnley ao Championship.


Médio Centro: O melhor médio do mundo e, para nós, o Jogador do Ano desta Premier League 2021/ 22. O futuro melhor amigo de Haaland marcou golos como nunca (15, batendo o seu máximo anterior de 13) e carregou verdadeiramente os campeões ingleses quando a coisa apertou. Com um contributo reduzido nas primeiras 14 jornadas (nesse período, só cumpriu os 90 minutos em duas ocasiões), a partir do momento em que as lesões ficaram para trás, KDB foi o máximo destaque individual da Premier, impressionando sobretudo dois factores: a sua apetência para marcar em jogos grandes (marcou nas 2 voltas ao Liverpool, mas também ao Chelsea e ao Manchester United) e o facto de, num Manchester City-Liverpool com 22 estrelas em campo, mesmo aí De Bruyne conseguir destacar-se e parecer um jogador diferenciado. Cada vez mais o debate Gerrard-Scholes-Lampard vai ganhando um quarto elemento.
    Merece referência também a super-época de James Maddison (12 golos e 8 assistências), o brutal salto de rendimento de Conor Gallagher, os primeiros passos do prodigioso Jacob Ramsey e ainda Martin Odegaard, um líder sereno neste novo Arsenal.


Extremo Direito: Um dos 3 melhores jogadores do ano em Inglaterra, Mo Salah parecia lançado para competir pela Bola de Ouro e pela Bota de Ouro. Nas primeiras 17 jornadas, o craque egípcio marcou 15 golos, deixando-nos mal habituados a pensar que chegaria aos 30 e tal golos. Mas não. O pós-CAN (Salah perdeu a final frente ao Senegal de Sadio Mané, nas grandes penalidades) foi custoso e a queda de rendimento abrupta, fechando a temporada com um registo irreconhecível - marcou em apenas 2 dos últimos 10 jogos. Aquém das épocas globais de Benzema, Lewandowski ou Mbappé, Salah foi o melhor marcador (honra partilhada com Son Heung-Min, ambos com 23 golos) e o melhor assistente desta Premier League, mas podia ter feito muito mais.
    À direita do ataque, foi delicioso assistir à explosão de Jarrod Bowen (12 golos e 10 assistências, juntando-se nessa capacidade de fazer +10 tanto em golos como em assistências à elite composta por Mbappé, Benzema, Nkunku, Vinícius Jr., Salah, Berardi, Diaby, Payet, Milinkovic-Savic ou Bourigeaud), Saka reagiu da melhor forma ao traumático episódio no desfecho do Euro 2020 com uma época cheia de personalidade, Mahrez voltou a iludir os defesas contrários e Raphinha salvou o Leeds, sendo muitíssimo provável a sua transferência para outra realidade. 


Extremo Esquerdo: Depois de 9 jogadores do Liverpool ou do Manchester City, as últimas duas vagas do 11 do ano pertencem a um terceiro clube, aqui representado pela parceria mais produtiva na História da Premier League.
    O sul-coreano Son Heung-Min é um dos melhores jogadores do mundo. Poucas vezes o nome de Son surge quando se enumeram os grandes jogadores da actualidade, mas tem que ser feita justiça: o camisola 7, pela primeira vez dono da distinção de melhor marcador da Premier League, é um craque de finalização fria, meia distância potente e velocidade desconcertante. 23 golos, nenhum deles de grande penalidade.
    Igualmente desconcertantes foram Sadio Mané (próxima paragem Munique?), o diamante Phil Foden, e dois dribladores por natureza, Allan Saint-Maximin (cuidado com ele quando o nível médio de jogadores do Newcastle subir em 22-23) e Wilfried Zaha, eterno "prisioneiro" do Crystal Palace.


Ponta de Lança: Diogo Jota deslumbrou na 1.ª volta, perdendo algum peso e espaço com a chegada de Luis Díaz, Cristiano Ronaldo registou uns impressionantes 18 golos (marcados em 12 jogos) aos 37 anos mas, embora máximo destaque individual da época do United, "secou" e condicionou os colegas, Ivan Toney não acusou a transição para o 1.º escalão e a "pechincha" Emmanuel Dennis (custou 4 milhões de euros) é o nosso último destaque numa vaga que não ficaria mal entregue a Watkins ou Vardy.
    Acima de todos estes, esteve Harry Kane, uma vez mais o ponta de lança em destaque no campeonato inglês. Perturbado pela transferência gorada para o Manchester City, o 10 dos spurs demorou a "reencontrar-se", mas quando por fim limpou a cabeça, as super-exibições seguiram-se umas às outras. Com 17 golos e 9 assistências, foi o mais completo e influente dos avançados, contribuindo e muito para elevar o seu amigo Son Heung-Min a melhor marcador. Com 183 golos é o 5.º melhor marcador da História da Premier League; o recorde de Shearer (260) está ao alance, pelo menos Agüero e Andy Cole tudo indica serão ultrapassados na próxima época, e os adeptos do Tottenham podem descansar visto que Hurricane deve ficar no clube para sempre.



    Esta época, não nos faz comichão se alguém escolher Salah ou Son como máximo destaque, mas Kevin De Bruyne é o nosso Jogador do Ano da Premier League 2021/ 22. O melhor médio da actualidade disse presente quando a pressão aumentou (não é à toa que o City só desmoronou em Madrid frente ao Real na Champions quando KDB já tinha saído), carregou a equipa, picou o ponto nos jogos grandes, mostrou ser feito de outra matéria mesmo num Manchester City-Liverpool em que todos os jogadores são craques. Basicamente, De Bruyne foi o jogador que vimos apresentar um nível mais elevado durante mais tempo, quase não sofrendo de oscilações de rendimento como Salah ou Bernardo. A regularidade e o prazer que dá aos adeptos, não quantificável, têm que ser valorizados.
    Possibilitando diferentes ordenações, parece-nos consensual que o pódio de jogadores desta Premier League teria sempre que juntar ao médio belga os 2 melhores marcadores, Mohamed Salah e Son Heung-Min (23 golos para ambos), respectivamente o melhor jogador africano e o melhor jogador asiático da actualidade.
    Rodri, Cancelo, Bowen, Rice, van Dijk ou Matip não seriam escolhas descabidas para este nosso habitual Top-6, mas optámos por fechar com Trent Alexander-Arnold (super influente no Liverpool, com alto impacto e assinalável regularidade) e Harry Kane, que quando finalmente se "encontrou" acumulou super-exibições.



    Numa categoria outrora entregue a Mason Mount, Alexander-Arnold, Leroy Sané, Dele Alli ou Harry Kane, esta é a vez de Phil Foden. O craque de Stockport, com 22 anos acabinhos de fazer, já poderia ter ganho na época passada, mas a maior regularidade de Mount levou-nos a escolher o médio do Chelsea. Desta vez foi unânime. Os seus números estiveram longe de ser estratosféricos (9 golos e 5 assistências em 2133 minutos) mas a qualidade de Filth Foden vai muito além dos números: entre ziguezagues, recepções orientadas e o QI necessário para integrar o exigente onze do City, Foden é o grande talento inglês desta nova vaga, e acreditamos que não demore muito a justificar uma presença na categoria de Jogador do Ano.
    No ano em que Mason Greenwood foi riscado, brilhou Reece James na sua capacidade de surgir a partir da direita, Bukayo Saka com todo o seu atrevimento e agilidade, Conor Gallagher com um inesperado amadurecimento acompanhado por uma hábil chegada à área, Smith Rowe (faltou-lhe apenas conseguir instalar-se em definitivo no 11 inicial) com a sua qualidade em transição, e Jacob Ramsey, o box-to-box certo para ser laminado por Steven Gerrard.



Treinador do Ano: Numa perspectiva global, Jürgen Klopp foi até ao fim em todas as frentes - tão perto da inédita quadrupla, ficando a 1 ponto do campeão Manchester City, vencendo as duas taças e perdendo a final da Champions com o Real Madrid. No entanto, sempre foi nosso critério avaliar em exclusivo a Premier League e, nesse sentido, Pep Guardiola é uma vez mais o nosso eleito.
    O técnico espanhol de 51 anos consolidou a hegemonia do City conseguindo o 4.º título num intervalo de cinco anos, e preparando-se para tentar em 2022/ 23 um tricampeonato que, no formato Premier League, apenas o United de Sir Alex Ferguson conseguiu. Guardiola orientou um City que somou 93 pontos e marcou 99 golos praticamente sem contar com um avançado de raiz; passou João Cancelo para o lado esquerdo, mudou a dupla de centrais, confiou a Bernardo Silva maiores responsabilidades e viu Rodri ficar "no ponto". Guardiola gasta muito, sim com certeza (Grealish esteve longe de justificar o que custou, mas será melhor só nos pronunciarmos no final da próxima época), mas o investimento traduz-se em resultados, os jogadores evoluem e o futebol é contagiante. Falta, tanto para Pep como para o City, quebrar a maldição da Champions, mas avaliando uma prova de regularidade, o Manchester City é a melhor equipa da actualidade. Venha de lá esse Erling Haaland.
    Além dos treinadores de Manchester City e Liverpool, e com alguma pena de não podermos incluir Thomas Frank, Patrick Vieira, Bruno Lage ou até mesmo Mikel Arteta, os nossos 3 restantes treinadores são Graham Potter (o Brighton foi a equipa sensação, e temos muita curiosidade de acompanhar as próximas etapas da carreira do treinador com apelido de feiticeiro), Eddie Howe (incrível recuperação!) e Antonio Conte (garantiu o Top-4 e mostrou que com jogadores escolhidos por si a dedo, como Kulusevski e Bentancur, o clube deve confiar na sua visão).



Melhor Marcador: 1. Mohamed Salah (Liverpool) - 20
2. Son Heung-Min (Tottenham) - 20
3. Cristiano Ronaldo (Manchester United) - 18

Melhor Assistente: 1. Mohamed Salah (Liverpool) - 13
2. Trent Alexander-Arnold (Liverpool) - 12
3. Harvey Barnes (Leicester City) - 10

Clube-Sensação: Brighton
Desilusão: Manchester United
Most Improved Player: 1. Conor Gallagher, 2. Aaron Ramsdale, 3. Joelinton
Reforço do Ano: Luis Díaz (Liverpool)
Flop do Ano: Romelu Lukaku (Chelsea)
Melhor Golo: Mohamed Salah (Liverpool 2 - 2 Manchester City) (Link)






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