24 de maio de 2022

Prémios BPF Liga Bwin 2021/ 22


Trinta e quatro jornadas depois, chegou ao fim a edição de 2021/ 22 da Liga Bwin. Sensivelmente um ano depois do título do Sporting, o Porto pôde entoar "o campeão voltou" conseguindo os azuis e brancos e Sérgio Conceição o 3.º troféu em 5 anos sempre de forma alternada (2017/ 18, 2019/ 20 e agora 2021/ 22).
    Numa época em que o Benfica deixou de acreditar no menino Jesus, o Porto assegurou a primeira posição em novo inesquecível/ traumático "golpe de teatro" na Luz. A caminhada dos dragões teve apenas uma derrota (em Braga, com um golo de Ricardo Horta a retirar, à 31.ª jornada, o estatuto de invencibilidade ao clube da Invicta) e terminou com um máximo de pontos em Portugal. Com 91 pontos, este Porto de Otávio, Vitinha, Taremi, Uribe, Pepe e companhia distanciou-se do anterior recorde de 88, pertencente ao Porto de 17-18 e ao Benfica de 15-16.

    No geral, a luta foi sempre entre Porto e Sporting (repetiu os 85 pontos que há um ano atrás chegaram para festejar no Marquês), com o Benfica a guardar boas memórias apenas da sua prestação europeia, e do brutal rendimento em todas as competições de Darwin Núñez, a próxima grande venda do futebol português. Para as águias, segue-se a germanização, num horizonte de esperança e renovada intensidade.
    E se no exercício da época anterior todos os caminhos iam dar ao papel de Rúben Amorim, desta vez é inevitável elevar Sérgio Conceição. O técnico portista está longe de ser uma figura saudável para o ecossistema do nosso futebol, mas é inequívoco o seu mérito uma vez mais: sem deixar a equipa perder o seu ADN lutador e incansável na hora de pressionar, soube integrar os pequenos génios Vitinha e Fábio Vieira, deu oportunidades a sério à formação (aos 2 talentos já referidos, podemos juntar Diogo Costa e João Mário) e manteve a equipa num rendimento elevado - aqui e ali com decisões favoráveis difíceis de explicar - mesmo depois de perder um super-craque como Luis Díaz no mercado de Janeiro.

    No momento de escolher os melhores do ano, o 11 divide-se essencialmente entre dragões e leões, chegando de Braga e da Luz dois intrusos que se fartaram de jogar à bola. Em 2021/ 22, foi uma honra assistir ao prodigioso futebol do colombiano Luis Díaz (liderava destacadíssimo o Ranking de melhores jogadores da Liga quando rumou a Liverpool), destacando-se nos campeões o faz-tudo Otávio, o requintado Vitinha, os números impossíveis de ignorar de Taremi e a cada vez mais visível invisibilidade de Mateus Uribe. Este ano, Darwin foi sinónimo de golo, Sarabia (incrível como um titular do ataque da Espanha no Euro reforçou um clube português) espalhou qualidade, Ricardo Horta e Matheus Nunes fizeram por merecer outros voos, assistindo-se ainda à evolução de elementos como Matheus Reis, André Franco e Pêpê e às extraordinárias campanhas de Samuel Lino e Pedrinho no sensacional Gil Vicente.

    São os jogadores que fazem aquilo que o futebol é, e por isso os prémios abaixo são, praticamente, só deles. Abaixo encontrarão o nosso 11 do Ano, Jogador e Jovem do Ano, Treinador do Ano e algumas categorias adicionais. Vamos lá a isto:



Guarda-Redes: Entre os postes, esta edição não contou com nenhum destaque evidente. Matheus (Braga) somou as suas melhores exibições na Liga Europa, Samuel Portugal voltou a ser preponderante na segurança transmitida a toda a equipa do Portimonense, brilhando sobretudo 4 guardiões, dois dos "grandes" e dois que se fartaram de defender e "engatar" em equipas com menor responsabilidade e pressão.
    Antonio Adán não esteve tão irrepreensível como no ano do título, mas foi ainda assim o guarda-redes recordista de jogos sem sofrer golos (17); André Ferreira (enorme evolução!) foi objectivamente quem realizou um maior nº de defesas, fintando as expectativas (óptimo xG individual), coleccionando prémios de homem do jogo e tendo ainda o bónus de defender duas grandes penalidades; em penalties ninguém foi melhor do que Paulo Victor, que aos 35 anos foi um dos responsáveis pela assinalável campanha do Marítimo.
    No entanto, e apesar de ter arrecadado de forma injustificada um sem número de prémios oficiais da Liga de guarda-redes do mês, Diogo Costa merece ser considerado o melhor guarda-redes desta edição. Aos 22 anos, o campeão europeu de Sub-17 e Sub-19 e vencedor da Youth League em 2019, não tremeu quando lhe foi confiada a baliza portista, e agarrou a oportunidade com serenidade, maturidade e postura de guarda-redes de equipa grande, dizendo presente em momentos muito espaçados. Está iniciada a sucessão de Rui Patrício (José Sá, com a sua época monstruosa, era quem merecia mais) e até ver Fernando Santos rendeu-se ao escolhido de Sérgio Conceição. 


Defesa: Face à necessidade de encaixar no mesmo 11 todos os destaques ofensivos da prova, vimos como única solução o recurso a uma linha de 3 defesas, mesclando elementos que actuaram como laterais e como centrais. Pedro Porro esteve bastante tempo lesionado - jogou perto de 1.600 minutos quando no ano anterior tinha jogado 2.500 - mas a verdade é que quando o Sporting pôde contar com ele, foi substancialmente mais perigoso, chegando Rúben Amorim a admitir que em 22-23 um dos desafios dos leões passará por ser menos Porrodependente. Desequilibrador nato, por larga margem o melhor lateral direito em Portugal, mesmo com bastantes jogos a menos melhorou os seus números em comparação com a época transacta: marcou 4 golos e somou 4 assistências.
    Fazem-lhe companhia Mbemba, um dos dois melhores centrais da Liga; Otamendi, um dos poucos jogadores do Benfica que não merecem qualquer tipo de queixa por parte dos adeptos, importando referir que as suas melhores performances (o jogo de Otamendi em Barcelona foi o melhor jogo que vimos de um central esta época) foram na Liga Milionária; Gonçalo Inácio deu sequência ao seu progresso como projecto de central, acrescentando golos ao seu portefólio; e Zé Carlos explodiu, emprestado pelo Braga ao sensacional Gil Vicente.


Defesa: Num campeonato em que nenhum central exerceu influência comparável à de Coates em 20-21, os três principais destaques na posição foram o próprio uruguaio e a dupla de centrais do Porto. Mbemba contribuiu com bastantes mais minutos, mas a importância de Pepe nos 22 jogos em que liderou os campeões nacionais é impossível de ignorar. Julgamentos de carácter à parte, o central de 39 anos voltou a mostrar que a idade é só número, fazendo valer toda a sua experiência e, claro, todo o seu arsenal de provocações.
    Seba Coates não foi tão dominador nem se vestiu tantas vezes de herói como em 2021, Vertonghen melhorou sob as ordens de Veríssimo, Jackson Porozo foi o central-revelação desta Liga, e Matheus Costa foi, com 5 golos, o central goleador da Liga.


Defesa: À esquerda, o destaque só poderia ser um elemento que flutuou entre o corredor esquerdo e o lado canhoto do eixo de 3 centrais leoninos. Matheus Reis (o nosso Most Improved Player do ano) impressionou pela sua regularidade, conseguindo de forma consecutiva papel como um dos destaques do Sporting em cada jogo, e revelando tremenda disciplina (sobretudo quando foi agredido pelas costas por dois credenciados no Dragão) táctica, sabendo cumprir quando o flanco foi entregue a Nuno Santos, mas sabendo igualmente carrilar jogo e fazer tudo aquilo que se esperava que fosse Vinagre a fazer.
    De resto, Grimaldo foi o lateral da Liga com maior produção ofensiva (5 golos e 5 assistências), o trintão Antunes foi feliz nesta 3.ª passagem pela Mata Real, Hamache ficou a 1 golo de replicar os números de Grimaldo, ficando apenas a dúvida se salta já para outras paragens ou se explode em definitivo na próxima temporada no Bessa, e por fim Vitor Costa fez como poucos laterais o elementar que se pede a um defesa: defender bem, proteger o sector, anular os adversários e evitar oportunidades.


Médio Centro: Fazemos desde já um mea culpa em relação a Mateus Uribe. O médio defensivo colombiano foi peça-chave do Porto campeão, e sabemos que é um crime relegá-lo para um papel de segundo plano, ficando fora do 11 do ano, acabando por cair na injusta tendência de não o destacar na hora de identificar os craques deste Porto. Uribe brilha na sombra, é o mais visível dos invisíveis, só que simplesmente não conseguimos deixar de fora qualquer um dos restantes elementos que formam o nosso meio-campo e ataque.
    Colega de posição de Uribe, Vitinha (Jovem Jogador do Ano) foi talvez o jogador que mais prazer nos deu ver jogar neste campeonato. Um maestro da simplicidade, ousado e visionário, no ponto depois daquele tão importante estágio IEFP de 1 ano com João Moutinho e Rúben Neves. O jovem natural de Santo Tirso é um dos jogadores portugueses mais entusiasmantes da actualidade e é notável como aos 22 anos consegue, quase sozinho, ditar o ritmo de tudo em seu redor.
    Patamares abaixo dos médios portistas, Julian Weigl voltou a ser o alvo fácil da crítica encarnada, mesmo mostrando em campo ser um dos poucos elementos com QI futebolístico acima da média (o que, ironicamente e à primeira vista, o prejudica em vários momentos) e intensidade; Al Musrati demorou a reencontrar-se mas durante a 2.ª volta esteve ao nível que fez dele um dos titulares do nosso 11 do Ano de 20-21; e finalmente, o nipónico Hidemasa Morita, um 6-8 completo e astuto na ocupação dos espaços, na protecção dos colegas e sempre preocupado em construir a partir da recuperação.


Médio Centro: No miolo, juntamos a Vitinha um médio que actuou a esmagadora maioria das partidas a médio direito, embora com a nuance de tão bem combinar com/ preencher o corredor central. Otávio é muito provavelmente o jogador que melhor personifica, em todos os aspectos, este Porto de Sérgio Conceição: é super-dinâmico, intenso, combativo (nenhum jogador realizou tantos desarmes como Otávio nesta edição), odiado pelos rivais, mas tudo isso sem perder um futebol combinativo, de técnica apurada e rigor na decisão.
    Num leque muito interessante, Pedrinho (1 golo e 14 assistências pelo Gil Vicente) realizou a melhor época da carreira e ficou à porta dos nossos 6 escolhidos para Jogador do Ano; Matheus Nunes quebrou linhas, driblou em progressão e impressionou olheiros e Pep Guardiola com o seu fulgor; Pêpê foi um farol de clareza numa época esquisita do Famalicão, merecendo claramente uma oportunidade numa equipa Top-5; e Makouta levou tudo à frente, parecendo em muitas ocasiões estar uma mudança acima dos seus companheiros.


Médio Ofensivo: O melhor marcador da História do Sporting de Braga. O único jogador extra-grandes no nosso 11 do Ano foi um dos principais destaques individuais da Liga, liderando destacado em oportunidades de golo criadas e fixando-se no pódio (19 golos) dos melhores marcadores. Aos 27 anos, Ricardo Horta parece estar no momento certo para regressar ao clube do coração e manter o estatuto de um dos craques diferenciados a actuar em solo nacional.
    Nas costas do ponta de lança, ou por vezes ligeiramente descaídos, brilharam ainda André Franco (incrível como subiu de produção ao transitar da II Liga para a Liga Bwin, como Bruno Pinheiro previa), o sempre ágil e criativo Lincoln, Nuno Santos (melhora a cada empréstimo, recusando-se a estagnar ou desmotivar) e Rafik Guitane, o pequeno mágico franco-argelino dos insulares.


Extremo Direito: Só podemos estar agradecidos por termos sido brindados durante uma época com a qualidade de Pablo Sarabia, um titular da selecção espanhola que, sempre acarinhado e valorizado, viveu em Alvalade aquilo que vivera em Sevilha, depois de em Paris ser tratado como apenas mais um. Craque da cabeça aos pés, Sarabia somou na Liga 15 golos e 7 assistências, foi a novidade ou reforço do ano - embora por empréstimo - em terras lusitanas, e deixa saudades. O melhor jogador do Sporting em 2021/ 22.
    À direita, Rafa apresentou um nível ocasionalmente estratosférico com Jorge Jesus, destacando-se como máximo assistente da Liga, em correrias desenfreadas e tendo conseguido ser o melhor jogador da Liga depois de Luis Díaz, até à saída do colombiano, mas a troca de treinador do Benfica, e porventura a gestão marginal dos processos de Pizzi e André Almeida, contribuíram para uma queda abrupta de rendimento, afastando-o inclusive do nosso lote de candidatos a MVP.
    No Bessa, Gustavo Sauer brilhou nas suas diagonais com pontapé-canhão, acabando por rumar ao Botafogo de Luís Castro, Kiko Bondoso confirmou-se como um dos futebolistas mais tecnicistas em Portugal, e Kanya Fujimoto (mais ao centro que à direita, reconhecemos) contribuiu para o carrossel gilista.


Extremo Esquerdo: Agosto, Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro e Janeiro. Foram 6 meses, foram 18 jogos na Liga e 1507 minutos. Durante este tempo, o colombiano Luis Díaz fez o que quis da Liga Bwin, jogando barbaridades e correndo destacadíssimo na candidatura à distinção de MVP. O entretanto reforço do Liverpool, que ao chegar à cidade dos Beatles não pediu licença a ninguém e começou logo a render como se já fizesse parte da turma de Klopp há várias épocas, era um jogador demasiado especial para a nossa realidade. Quando nos deixou, levava 14 golos em 18 jogos. Tivesse cá ficado (saiu no momento certo, conseguindo o Porto reagir com novas soluções, e rumando Díaz aos palcos a que está destinado) e seria sem espinhas o Jogador do Ano.
    Entre os extremos esquerdos, merece também óbvia referência a explosividade de Samuel Lino (22 anos, contratado pelo Atlético Madrid, ficando os grandes a dormir e fazendo lembrar o que aconteceu no passado com Diogo Jota), a criatividade de Fábio Vieira (notáveis 14 assistências em cerca de 1300 minutos), a disponibilidade e versatilidade de Nuno Santos e o crescimento de Ricardinho, um jogador que deixa a ideia que poderá fazer bem mais no próximo campeonato.


Avançado: 20 golos e 12 assistências. Números impossíveis de ignorar. O dianteiro iraniano - um dos 3 repetentes do nosso 11 do Ano, juntamente com Pedro Porro e Pepe - foi o jogador desta Liga que esteve directamente ligado a mais golos (32) e embora lutemos bastante contra a ideia preguiçosa de que o futebol é uma mera folha de Excel, seria errado desvalorizar a importância de Taremi neste campeonato. Dos 20 golos, 6 foram de grande penalidade (só João Pedro, do Tondela, converteu mais), mas aquilo que faz realmente a diferença em Mehdi Taremi é a sua qualidade no último passe, sendo o avançado da Liga que mais oportunidades cria e um mestre na desmarcação dos colegas (leia-se Evanilson) nas costas das defesas.
    Entre homens-golo, Fran Navarro foi o negócio do ano em Portugal. O espanhol de 24 anos, formado no Valência, chegou a custo zero e marcou 16 golos. O segundo melhor Vitinha deste campeonato provou que em 22-23 será um dos favoritos a Jovem Jogador do Ano; André Silva acumulou golos espectaculares pelo Arouca, e Óscar Estupiñán, dominante nas alturas, conseguiu alguma consistência num Vitória muito irregular.


AvançadoÉ demonstrativo da fraca época do Benfica o facto dos encarnados apenas colocarem (tal como na época passada) 1 único representante no nosso 11 do Ano. No entanto, que representante! O uruguaio Darwin Núñez explodiu em definitivo e colocou toda a Europa de olhos postos nele, acumulando uns categóricos 26 golos nos 28 jogos que disputou. Foi o melhor marcador da Liga Bwin e será claramente a próxima grande venda do futebol português.
    Além do matador uruguaio, há que destacar Evanilson e Banza (ambos com 14 golos), Paulinho (apenas 11 golos é uma marca que deixa a desejar, convidando Amorim a afinar a táctica com falso 9) e o croata Petar Musa, que em breve se juntará a Yaremchuk, Henrique Araújo e Gonçalo Ramos no desafio de "Quem quer substituir Darwin?".



    Já entregámos o Jogador do Ano a Jonas, Bruno Fernandes, Enzo Pérez ou Corona, para nomear alguns dos vencedores anteriores, e desta vez a máxima distinção fica para Darwin Núñez.
    Referindo de antemão que nomes como Vitinha, Pedrinho, Uribe, Rafa, Matheus Nunes e Samuel Lino ficaram à porta deste Top-6, o que contribuiu para eleger Darwin é essencialmente o facto de Luis Díaz ter disputado apenas meio campeonato. Caso contrário, ninguém tem dúvidas que o prémio seria do colombiano. Darwin somou 26 golos, deslumbrou nas suas arrancadas a todo o gás principalmente com origem no flanco esquerdo, e é sintomático do seu valor e do seu singular rendimento o facto de se esperar que os encarnados arrecadem perto de 100 milhões com a sua transferência este Verão.
    Darwin beneficia ainda da divisão de argumentos entre os maiores destaques do Porto (Luis Díaz, Otávio, Taremi e Vitinha), ficando esta edição marcada ainda pelo brilhantismo de Ricardo Horta, mais do que nunca lenda viva do Braga, e de Pablo Sarabia, um craque cuja passagem pelo nosso futebol deixa muitas saudades.



    Numa categoria em que não considerámos para a discussão Darwin Núñez e Pedro Porro, pela maior experiência ao mais alto nível (embora cumpram igualmente o critério de idade, 22 anos como limite), Vítor Machado Ferreira, aka Vitinha, é o nosso Jovem Jogador do Ano 21/ 22 da Liga Bwin.
    O sucessor de Pote, Marcus Edwards, João Félix, Rúben Dias, Renato Sanches e William Carvalho, para referir alguns dos distinguidos anteriormente, afirmou-se como um dos principais obreiros do título do Porto, deslumbrando tanto os adeptos portistas como os rivais com o seu reportório técnico e ímpar capacidade de fugir a zonas de pressão, dando fluidez e critério à circulação, e mostrando quão completo é hoje e quão bem lhe fez aprender de perto com João Moutinho e Rúben Neves no Wolves.
    Os campeões nacionais colocam ainda Diogo Costa (aos 22 anos agarrou a baliza sem tremer) e Fábio Vieira (fartou-se de assistir, ganhando outra importância após a saída de Luis Díaz) entre os nossos 6 finalistas, com a companhia de Samuel Lino (temos muita curiosidade de acompanhar os próximos passos do reforço do Atlético, que possivelmente não serão em Madrid), Gonçalo Inácio e Vitinha (Vítor Oliveira, o intenso avançado do Braga que em 2022/ 23 pode surgir uns lugares acima).
    Além deste sexteto, merecem ainda ser referidos Gonçalo Ramos, Evanilson, Jackson Porozo, Filipe Relvas e Miguel Maga. 



Treinador do Ano: Não é o treinador com o qual mais nos identificamos, nem é uma personagem/ personalidade que contribua para um futebol português mais saudável, limpo e nobre, mas Sérgio Conceição foi sem margem para debates o Treinador do Ano em Portugal em 2021/ 22.
    Se outrora se podia apontar aos azuis e brancos um futebol muito físico e dependente de Marega, o Porto actual foge a todos esses rótulos: Conceição teima em fazer crescer jogadores, encontrando sistemáticas soluções para todas as saídas (só uma equipa muito bem orientada conseguiria manter índices altos depois da saída de um super-craque como Luis Díaz) e afinando um esquema muito difícil de bater (apenas 1 derrota nesta Liga), com muita dinâmica e intensidade, acrescentando ainda o Bónus de contar com mais elementos tecnicistas e apostando e confiando a sério em vários produtos do Olival.
    Nos restantes bancos, Ricardo Soares comandou o sensacional Gil Vicente, ficando cada vez menos dúvidas sobre a sua qualidade e sobre o futebol rendilhado e com óptima tomada de decisão na frente das suas equipas. É capaz de ser o treinador menos sexy do futebol português, merecendo a imprensa que outros têm por muito menos e uma oportunidade numa cadeira com maior pressão e outros orçamentos.
    Rúben Amorim repetiu os 85 pontos da época anterior, mas enfrentou várias dificuldades (menor rendimento de Pote e Palhinha, e a impossibilidade de contar com o desequilibrador Porro em vários jogos), acabando 2021/ 22 como uma época de aprendizagem para o treinador português mais promissor da actualidade.
    Finalmente, Bruno Pinheiro orientou o Estoril que, acabado de subir, realizou uma temporada mais do que tranquila, e Vasco Seabra, depois de falhar no Bessa e em Moreira de Cónegos, encontrou no Marítimo um espaço para explanar as virtudes que o colocaram no mapa enquanto treinador do Mafra.



Melhor Marcador: 1. Darwin Núñez (Benfica) - 26
2. Mehdi Taremi (Porto) - 20
3. Ricardo Horta (Braga) - 19

Melhor Assistente: 1. Rafa (Benfica) - 16
2. Fábio Vieira (Porto) - 14
3. Pedrinho (Gil Vicente) - 14

Clube-Sensação: Gil Vicente
Desilusão: Benfica
Most Improved Player: 1. Matheus Reis, 2. André Franco, 3. Pêpê
Reforço do Ano: Pablo Sarabia (Sporting)
Flop do Ano: Roman Yaremchuk (Benfica)
Melhor Golo: Rafa (Benfica 2 - 1 Estoril) (Link)




0 comentários:

Enviar um comentário