27 de maio de 2019

Prémios BPF Premier League 2018/ 19

Ninguém merecia perder. Manchester City (98 pontos) e Liverpool (97) escreveram juntos em 2018/ 19 uma das mais bonitas páginas do futebol inglês, proporcionando aos adeptos um fervoroso duelo de titãs. Para a História fica o primeiro bicampeonato dos citizens, numa Premier League que não se deixava vencer de forma consecutiva pela mesma equipa desde 2009; e será sempre impossível esquecer este Liverpool, que tornou este troféu "o mais complicado título da carreira de Guardiola" segundo o próprio.
    Com a mesma intensidade e emoção de sempre, exemplo máximo no futebol do Velho Continente, 18/ 19 teve no "português" Wolves e no Watford as principais sensações, mostrando que longo será o caminho do histórico Manchester United até voltar a ombrear com os maiores rivais.
    Tudo leva a crer que a Premier League tenha visto pela última vez Eden Hazard ziguezaguear entre os defesas contrários, ficando imortalizada nesta competição a categoria de Virgil van Dijk, o central que não se deixou driblar em momento algum ao longo da época, a magia e competitividade de Bernardo Silva, tantas vezes elogiado pelo melhor treinador do mundo na actualidade, e a vertigem e capacidade de aparecer na Hora H de Raheem Sterling, cada vez mais um jogador de topo mundial. A profundidade dada por Alexander-Arnold e Robertson, o significativo crescimento de Ryan Fraser e Wijnaldum, ou os golos de Aubameyang, Salah e Mané são alguns dos temas de destaque numa prova disputada até à última jornada, e vencida por quem acabou por revelar maior "estofo".

    Como todos os anos, é chegada a altura de indicarmos aqueles que foram para nós os melhores do ano: o nosso 11, o Jogador do Ano e o Jovem Jogador do Ano, o Treinador do Ano, e ainda algumas categorias complementares.



Guarda-Redes: Que época de estreia no futebol britânico! Contratado por 62 milhões de euros à Roma no Verão passado, Alisson foi um dos principais motivos (conjugado com a colossal regularidade de van Dijk) para a estabilidade e segurança defensiva do Liverpool. Galardoado com as luvas de ouro, o brasileiro nem precisava de ter sido o guardião com mais clean sheets (21) para ser o destaque máximo da posição na prova.
    Depois de Alisson, o compatriota Ederson. Abençoado Brasil, que hoje em dia tem 2 dos 5 guarda-redes em melhor forma no mundo. Ainda mais consistente do que em 2017/ 18, o ex-Benfica, jogador com as características perfeitas para o modelo de Guardiola, voltou a ser fantástico, perdendo tangencialmente para Alisson pela maior importância do 13 do Liverpool no percurso dos reds.
    De Gea desiludiu e embora tenha dado pontos desta vez também custou alguns, Kepa e Leno fizeram a sua aclimatização à Premier League, Lloris e Schmeichel estiveram ao nível habitual e Rui Patrício brilhou no 1.º terço do campeonato. Ainda assim, e uns furos abaixo de Alisson e Ederson, os principais destaques desta edição foram o filipino Etheridge (adiou ao máximo a descida do Cardiff, defendendo ao longo do trajecto 3 grandes penalidades), Fabianski (recordista de defesas com 148) e Ben Foster (um dos grandes responsáveis pela surpreendente época do Watford).


Lateral Direito: Com 20 anos, existem apenas 2 jogadores no mundo que já estão entre os melhores do planeta na sua posição - Mbappé... e Alexander-Arnold. O camisola 66 do Liverpool, lançado na temporada passada por Klopp, disparou para números estratosféricos (1 golo e 12 assistências, ficando ao lado de Eriksen e apenas abaixo de Hazard e Fraser no pódio dos melhores assistentes), apresentando uma brutal qualidade nos dois lados do campo, sempre com uma disponibilidade física muito acima da média. Imaginem este rapaz com 24/ 25 anos...
    Ao contrário de outras épocas, e mostrando-se como uma espécie de oásis entre os grandes campeonatos da Europa, a posição de lateral-direito reuniu esta época em Inglaterra um quinteto de excelentes performers. O irlandês Doherty, um dos jogadores mais queridos de Nuno Espírito Santo, foi um dos dínamos do Wolves, marcando 4 golos e fazendo 5 assistências; Wan-Bissaka (21 anos) foi uma das revelações da época; Azpilicueta revelou a consistência e experiência do costume (ano após ano revela ser um dos jogadores que melhor defende na Premier) e o nosso Ricardo Pereira foi o jogador do ano do Leicester, parecendo estar destinado a este futebol e merecendo a chamada de Fernando Santos para os 23 finais da Liga das Nações.


Defesa Central: Que monstruosidade, no melhor sentido possível da palavra. O melhor central do mundo, jogador intransponível e jamais driblado ao longo de 2018/ 19, marcou a fasquia em termos de qualidade e entrega em Anfield, contagiando todos os colegas de equipa. Recordamos que esta foi a 1.ª temporada completa do holandês de 27 anos pelos reds. E não lhe falta nada: poderoso fisicamente, dominante no jogo aéreo, um comandante que nunca perde a concentração, inteligente na antecipação dos comportamentos dos adversários, sabendo muitas vezes condicioná-los e levá-los para onde os quer, e juntando a tudo isto uma ocasional elegância. Troy Deeney disse na brincadeira odiar Van Dijk por ser tão forte em todos os aspectos, inclusive cheirando bem. Assim é o 4 do Liverpool, alguém que tem ao mesmo tempo a capacidade de impressionar como Vidic e Stam, e de saber colocar o pé como Ricardo Carvalho.
    Além de van Dijk, destacamos o incrível 1.º ano do suiço Schär no Newcastle, a fiabilidade defensiva daquele que em tempos foi o antecessor de van Dijk no Southampton, Alderweireld, e que hoje forma uma dupla completíssima com Vertonghen, provando Lindelöf (um dos poucos destaques da época do United) que é material de Premier League, e voltando Tarkowski a demonstrar que merece bastante mais do que um Burnley.


Defesa Central: A nossa pequena batota deste ano fez-nos separar os 2 melhores centrais da temporada em duas categorias distintas embora tenham os dois (Van Dijk e Laporte) actuado do lado esquerdo das respectivas defesas. Protótipo perfeito do central moderno, Aymeric Laporte - aquele jogador que aos 25 anos já consegue ser o 2.º melhor central da Premier League mas ainda não foi convocado por França ou Espanha - tem a melhor saída de bola de Inglaterra, podendo-se ver no seu jogo as evoluções de quem tem partilhado o balneário e tantos treinos com Kompany. Determinante na recta final, foi indiscutível para Pep nas 8 derradeiras jornadas e nessas o City não sofreu qualquer golo em 6.
    Depois de ser titular com Mourinho ou Conte, David Luiz voltou a mostrar toda a sua qualidade no exigente embora por vezes imperfeito modelo de Sarri, Vertonghen falhou vários jogos mas os spurs foram sempre mais seguros com ele em campo, Duffy formou uma excelente dupla com Dunk e marcou mais golos do que qualquer outro defesa (5) e o antigo central do Porto, Willy Boly, mostrou ter qualidade suficiente para ser um indiscutível na defesa da equipa-sensação.


Lateral Esquerdo: Há quem goste muito de Jordi Alba ou Marcelo, mas se tivermos em consideração apenas 2017/ 18 e 2018/ 19, Robertson tem que ser considerado o melhor lateral-esquerdo da actualidade. Fonte inesgotável de energia, o escocês que viajou para Anfield depois de brilhar sob o comando de Marco Silva foi desta vez um dos 8 melhores jogadores do campeonato, servindo os seus colegas por 11 ocasiões e oferecendo múltiplas soluções lance após lance, jogo após jogo.
    Fantástico foi também o rendimento de Lucas Digne em Goodison Park, baixando um pouco Marcos Alonso o seu rendimento em comparação com as últimas épocas. Já Ben Chilwell mostrou que podemos definitivamente contar com ele nos próximos anos, completando van Aanholt este Top-5 à falta de melhor opção.


Médio Defensivo: Quando comparado o nosso 11 deste ano com o da época passada, há apenas um repetente - Fernando Luiz Rosa, o homem que tantas vezes equilibrou quase sozinho o Manchester City bicampeão. Tantas vezes invisível e raramente presente para quem só vê os melhores momentos dos jogos, ficou ilustrada a importância de Fernandinho quando se lesionou em Dezembro, perdendo os citizens diante de Crystal Palace e Leicester na sua ausência, e quase hipotecando o título. Aos 34 anos, é o jogador mais velho deste 11 e um talismã para o qual Guardiola terá que encontrar herdeiro a curto-prazo (Gündogan é bom, mas não faz o mesmo).
    De resto, James Milner (impressionante principalmente na 1.ª volta) foi um dos responsáveis pela inigualável intensidade e elevada maturidade táctica do meio-campo do Liverpool, Milivojevic fartou-se de marcar (12 golos, embora 10 deles de grande penalidade), Declan Rice apresentou potencial para ser um dos grandes jogadores ingleses da sua geração, e entre Gueye e Ndidi, os números ajudaram à escolha da formiga trabalhadora do Everton. Uma palavra apenas para Jorginho, que após 10 jornadas parecia garantida a sua presença nestes prémios de final de época, desvalorizando entretanto.


Médio Centro: David Silva apresentou a espaços o perfume que sempre o caracteriza e diferencia, sendo o maestro do City e o role model perfeito para Bernardo Silva, Pogba jogou muito no pós-Mourinho, sendo impossível não colocar em causa o seu frouxo rendimento até então, mas para nós quem mais se destacou neste conjunto de médios interiores foi mesmo Georginio Wijnaldum, o nosso Most Improved Player desta edição da Premier League. Com poucos "números", o holandês traduz na perfeição aquilo que se pede a um médio no 4-3-3 de Klopp: qualidade no transporte e na chegada à área, incessante sede de reconquistar o esférico e de asfixiar o portador da bola e as suas linhas de passe.
    Um verdadeiro senhor, João Moutinho provou com 32 anos que consegue jogar a qualquer ritmo, pela inteligência que tem e pela capacidade de controlar o jogo, adaptando-o ao seu próprio batimento cardíaco, e Kanté (percebemos a intenção de Sarri, mas o francês como interior ou médio de ligação é apenas bom, enquanto que como médio defensivo consegue ser um dos melhores do mundo) cumpriu a sua função, sempre de sorriso no rosto e - ao contrário de outro francês entre estes cinco - procurando sempre ser uma ajuda e uma solução para o treinador, e nunca um problema.


Médio Centro: O que tu jogas, Bernardo... O melhor jogador português em 2018/ 19 (o pódio incluiria Ronaldo e Bruno Fernandes) tornou-se tudo aquilo que sonhávamos que seria sob o comando de Guardiola quando o City o contratou. O esquerdino, inúmeras vezes elogiado por Pep ao longo da época, alternou entre um posicionamento mais aberto à direita ou em terrenos mais centrais (foi um dos beneficiados com a época de De Bruyne, fustigado por lesões) e mostrou sempre a fome e a coragem de assumir responsabilidades que caracteriza os grandes jogadores. Quando alguém com as suas doses de magia e talento trabalha como Bernardo trabalhou, tem-se um verdadeiro exemplo.
    Embora um pouco abaixo das suas últimas épocas, Eriksen continuou a ser um dos principais criativos da Premier, podendo esta ter sido a sua última temporada em Inglaterra, Sigurdsson estabeleceu um novo máximo de golos (13) e James Maddison foi, na sua estreia no primeiro escalão inglês, o jogador que criou mais oportunidades. A fechar estes cinco, Rúben Neves. O médio português não correspondeu às nossas expectativas (porventura demasiado elevadas) mas terá aprendido muito com Moutinho, ficando evidente que continuará a brilhar, seja no Wolves seja num patamar acima.


Extremo Direito: Há um ano atrás ficou atrás de Salah (um dos 2 super-jogadores da Premier 17/ 18), mas desta vez nenhum extremo foi igual ou superior a Sterling. O extremo inglês tem evoluído todos os anos desde que é treinado por Guardiola e parece hoje cada vez mais perto de um nível Bola de Ouro. Assusta a margem de crescimento que ainda parece ter, surgindo quer à direita quer à esquerda como uma constante dor de cabeça para as defensivas contrárias, tornando-se (ainda) mais regular, melhorando a sua relação com o golo no conjunto das competições e mantendo-se fortíssimo no 1 para 1.
    Diz bastante da época de Mo Salah o facto de muitos terem considerado que desiludiu, fechando a época mesmo assim como melhor marcador (ex aequo com Mané e Aubameyang) do campeonato. O egípcio foi efectivamente inferior a 17/ 18 mas não deixou de ser um dos melhores da Premier, calando quem achava que seria um one season wonder. A completar estes destaques, Son Heung-Min (Jogador do Ano do Tottenham), Zaha (um dos mais entusiasmantes dribladores em Inglaterra, a merecer outros voos) e Deulofeu (oxalá consiga em 19/ 20 exibir-se de acordo com a sua segunda volta).


Extremo Esquerdo: Eden Hazard, foi um prazer acompanhar-te na Premier League. O extremo belga, provável reforço do Real Madrid, deixou uma vez mais (7.ª época ao serviço dos blues) os adeptos, tanto do Chelsea como os rivais, siderados a seus pés. Embora o clube de Stamford Bridge não tenha lutado pelo título, foi um dos 4 principais craques desta edição e o jogador, entre os grandes, que maior peso e responsabilidade teve sobre si. Em todos os jogos, foi Hazard + 10; e Sarri há-de estar grato, porque em muitos jogos o craque resolveu quase sozinho.
    Os elogios são poucos também para Sadio Mané (de longe a sua melhor época em Inglaterra!), Ryan Fraser cresceu como poucos, Leroy Sané foi decisivo no título (fez o 2-1 no embate caseiro com o Liverpool e mudou drasticamente o derby em Old Trafford) tendo um jogador tão especial que ser estimado, e Felipe Anderson mostrou algumas épocas depois da saída de Payet que os hammers voltam a ter um jogador capaz de carregar a equipa.


Ponta de Lança: Pela 5.ª época consecutiva, Agüero marcou mais de 20 golos na Premier League. E depois de 3 anos consecutivos com Harry Kane como titular no nosso 11 de final de época, o matador argentino voltou a conquistar-nos. Embora fique sempre a sensação que o 10 do City podia chegar facilmente aos 30 golos/ campeonato com outra regularidade, Agüero (com 164 golos, é o 6.º melhor marcador de sempre da Premier) foi novamente um dos homens do título e tem lugar cativo para toda a eternidade na memória dos adeptos dos citizens, sendo uma lenda viva do clube tal como Kompany ou David Silva.
    Em velocidade-cruzeiro, Aubameyang marcou 22 golos sendo o abono de família do Arsenal de Unai Emery, formando excelente dupla com Lacazette; Harry Kane continua a ser em condições normais o melhor avançado a actuar em Inglaterra, sendo razoável pensar-se que sem as lesões teria sido uma vez mais coroado melhor marcador; Raúl Jiménez foi um lobo eléctrico, e durante toda a época uma vitamina similar à que fora no Benfica quando saltava do banco; e, embora Vardy também merecesse aqui estar, Callum Wilson (que entendimento revelou com o companheiro Fraser!) fecha as nossas escolhas, quase dobrando os seus golos em relação ao ano anterior.




    A corrida ao título fez-se, emocionante e mais equlibrada que nunca, entre Liverpool e Manchester City. E a luta pela distinção de Jogador do Ano faz-se também entre atletas dos dois clubes. E só Virgil van Dijk, Raheem Sterling e Bernardo Silva nos parecem escolhas possíveis para MVP entre o nosso leque de 6 finalistas.
    Robertson ou Agüero também poderiam fechar as nossas opções, mas atribuímos as últimas vagas a Mané e Salah, os dois principais argumentos ofensivos dos reds e 2 dos 3 melhores marcadores desta Premier League. Entre elementos das duas equipas que ombrearam pelo 1.º lugar surge Hazard, um craque absoluto que destruiu defesas, encantou adeptos e, julgamos nós, despediu-se em grande.
    Bernardo Silva e Raheem Sterling brilharam e tiveram importância em doses idênticas. Ambos evoluíram para um patamar que hoje nos permite encará-los como dos melhores do mundo nas suas posições, aparecendo os dois em jogos e momentos cruciais, e colhendo dos seus pares e do seu técnico os maiores elogios possíveis.
    Mas, à imagem do que acontece frequentemente (os prémios PFA costumam ser bastante justos, ou pelo menos correspondem normalmente à nossa visão), van Dijk merece o destaque que teve após votos dos colegas de profissão. O melhor central do mundo liderou o Liverpool, jogo após jogo (o factor regularidade pesou na nossa decisão), impôs-se como exemplo, contagiou e fez acreditar toda a equipa. O título ficou a um ponto, mas não foi garantidamente por ele.



    E o sucessor de Leroy Sané é... Trent Alexander-Arnold. E quem mais poderia ser?! O lateral-direito do Liverpool, como acima dissemos o único jogador juntamente com Mbappé que aos 20 anos já é um dos melhores do mundo na sua posição, teve um contributo decisivo (12 assistências para um lateral na Premier League é muita fruta) na época de um candidato ao título, sendo também o mais novo elemento do nosso 11 do Ano.
    Entre as nossas 6 escolhas, mantendo como critério a idade máxima de 22 anos (a PFA estende a faixa etária a 24 anos), Wan-Bissaka colocou o seu nome na lista de desejos de vários emblemas de topo, Declan Rice confirmou que é mais 6 do que central, podendo proporcionar a curto ou médio-prazo uma transferência para um tubarão, e Diogo Jota deliciou Inglaterra, continuando a queimar etapas na sua evolução, e deixando-nos embevecidos com o seu rendimento, tendo sido há alguns anos um dos nossos Jovens Jogadores do Ano na Liga NOS quando despontou no Paços de Ferreira.
    David Brooks, Rashford, Dwight McNeil ou Rúben Neves  também podiam constar neste Top-6, mas preferimos James Maddison (maior nº de oportunidades criadas) e Richarlison (pelo Watford marcou 5, pelo Everton marcou 13).



Treinador do Ano: E escolher entre Guardiola e Klopp... que belo 31. Que Pep Guardiola é actualmente o melhor treinador do mundo julgamos que não restam grandes dúvidas, mas também nos parece evidente que a Premier League tem reunido os melhores dos melhores, e nestes cinco figuram mais dois (Klopp e Pochettino, os técnicos finalistas da Champions) que estarão hoje inclusive entre os 4 ou 5 melhores do mundo. O facto de nos nossos prémios privilegiarmos sempre o desempenho interno, funcionando a Europa apenas como critério pontual de desempate (por exemplo, ganhando a Champions, Klopp merece ser o Treinador do Ano FIFA, continuando Guardiola a merecer esta distinção em Inglaterra), conduz à vitória do espanhol pelo 2.º ano consecutivo.
    Depois de 100 pontos em 2018, o City conseguiu o 1.º bicampeonato da sua História e totalizou desta vez 98 pontos, conseguindo ainda a nível interno um inédito triplete (Premier, FA Cup e Taça da Liga). Parece-nos isto suficiente para que Pep mantenha este estatuto, continuando a potenciar elementos para um patamar de excelência, e tendo em 2018/ 19 o contratempo - que nunca foi nem poderia ser queixa face ao brutal plantel ao seu dispor - de não contar com o melhor jogador da equipa, Kevin De Bruyne.
    Jürgen Klopp morreu na praia com 97 pontos, mas apaixonou todo e qualquer adepto, tornando este título o mais difícil da carreira de Guardiola, e orientando uma equipa plena de intensidade, muito mais equilibrada do que na época anterior e sendo hoje o Liverpool a equipa que, pelas características dos seus jogadores e identidade, nos parece mais adaptável a enfrentar a generalidade das grandes equipas, e letal no mata-mata.
    Finalmente, o português Nuno Espírito Santo (com a sua incrível barba por fazer) levou o Wolves do Championship ao 7.º lugar, qualificando-se para as competições europeias; Pochettino conquistou um lugar no Top-4 da Premier (e, claro, uma presença na final da Champions) sem ter tido qualquer reforço; e Javi Gracia comandou um surpreendente Watford, que acabou muitos lugares acima do que prevíamos.


Melhor Marcador: 1. Mohamed Salah (Liverpool) - 22
1. Pierre-Emerick Aubameyang (Arsenal) - 22
1. Sadio Mané (Liverpool) - 22

Melhor Assistente: 1. Eden Hazard (Chelsea) - 15
2. Ryan Fraser (Bournemouth) - 14
3. Trent Alexander-Arnold (Liverpool) - 12

Clube-Sensação: Wolves
Desilusão: Manchester United
Most Improved Player: 1. Georginio Wijnaldum, 2. Ryan Fraser, 3. Moussa Sissoko
Reforço do Ano: Alisson (Liverpool)
Flop do Ano: Fred (Manchester United)
Melhor Golo: Andros Townsend (Manchester City 2 - 3 Crystal Palace) (Link)




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