Balanço Final - Liga NOS 18/ 19

A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.

Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19

Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.

Balanço Final - Premier League 18/ 19

Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.

Os Filmes mais Aguardados de 2019

Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.

21 Novas Séries a Não Perder em 2019

Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.

3 de setembro de 2017

TOP | Melhores Contratações da Liga NOS

Fizemo-lo numa liga que gastou 1,6 mil milhões de euros (Premier League), e fazemo-lo agora para o nosso modesto campeonato.
    Em Portugal, a maioria dos clubes da Liga NOS teve um defeso tímido. O facto do Porto ter feito dos regressados Aboubakar e Ricardo Pereira os seus principais reforços, abraçando uma contenção forçada, contribui para um TOP menos impressionante do que aquilo que seria habitual.
    O Sporting foi o campeão indiscutível do mercado em Portugal, acrescentando muita qualidade ao elenco de Jorge Jesus e tratando atempadamente de resolver a sua vida, enquanto que o Benfica contratou bem para o ataque... depois de perder quase toda a defesa (Ederson, Lindelöf e Semedo). Compreensível? Nem por isso.
    Embora na Premier League tenhamos identificado os 40 melhores negócios, neste exercício destacamos individualmente 25 casos. Em consideração tivemos a modalidade do negócio, o impacto que os jogadores podem ter no clube (tanto no imediato, como o seu potencial) e se a transferência responde ou não a uma necessidade do clube.
    Globalmente, o Sporting foi o principal destaque na nossa ocidental praia lusitana, mas também Rio Ave, Braga, Chaves ou Estoril tiveram visão e inteligência. Karamanos, João Silva, André Moreira, Jefferson e Esgaio, Lucão, Paulinho, Vaná, Chrien, Tomané, Rafael Costa, Wellington, Chaby, Chico Ramos, Kuca e Sparagna são alguns dos nomes que merecem ser referidos brevemente, sem esquecer alguns atletas do Chaves (Jordán, Jefferson e Djavan), Vit. Setúbal (Podstawski, João Teixeira, Djaló e Paciência) e o camião de contratações de qualidade que o Aves fez, podendo demorar no entanto o entrosamento dos novos activos do clube recém-promovido.

    Sem demoras, vamos então ao TOP de melhores contratações da Liga NOS para o Barba Por Fazer:


1. Bruno Fernandes (Sporting)
    De longe, o negócio do Verão em Portugal. Por 8 milhões e meio, o Sporting garantiu o capitão dos sub-21 portugueses e um jogador com pedigree de Serie A (Udinese e Sampdoria). O impacto de Bruno Fernandes nas primeiras jornadas não nos surpreendeu; afinal, trata-se de um jogador que já não imaginávamos que fosse um alvo possível para os clubes portugueses.
    O novo número 8 dos leões tem golo, incrível meia distância, técnica para dar e vender, e promete acumular muitas assistências. Basicamente, e com Gelson e Dost, liderará um dos três candidatos ao título. Com ele, o Sporting está mais perto de ser campeão, e neste palco, Bruno Fernandes está mais perto do Mundial 2018. Este é, para além de tudo o resto, um dos maiores candidatos a marcar o Golo do Ano nesta edição (dois golaços já estão).

2. Haris Seferovic (Benfica)
    Lembram-se quando o Benfica contratou Jonas, o jogador que mais impacto tem no futebol português na actualidade, por custo zero? Pois bem, os encarnados voltaram a fazer das suas, e Seferovic foi uma aposta (até ver) claramente ganha, novamente a "custo zero".
    O suiço está a marcar como nunca, parece um jogador novo, e o Eintracht Frankfurt não deve estar a conseguir perceber o que se está a passar. Ao lado de Jonas, e com o cérebro Pizzi no apoio, Haris Seferovic promete realizar a melhor época da sua carreira. E com Jiménez à espreita, o espectacular início de pouco servirá se "esferovite" secar. Convenhamos, claramente não é do ataque que os adeptos do Benfica se podem queixar.

3. Filip Krovinovic (Benfica)
    Aposta pessoal nossa. O croata, não-inscrito na Champions, foi o reforço mais caro do Benfica (módicos 3 milhões de euros) e, tendo presente o seu rendimento no Rio Ave, o rapaz que até já fala português fluentemente promete ser um "achado".
    Embora possa ter dificuldades a encaixar no actual 4-4-2 - o lugar de Pizzi é o que melhor serve as características do novo número 20, embora o melhor fosse mesmo RV começar a trabalhar uma variável 4-3-3 / 4-2-3-1 - o perfume de Krovinovic acabará por falar por si.
    A gestão da defesa do Benfica foi quase anedótica, mas no ataque esta época Krovinovic é reforço a todos os níveis, mas também Zivkovic e Rafa podem ser "reforços" com mais minutos e uma subida de desempenho.

4. Gabriel "Gabigol" Barbosa (Benfica)
    No lugar do Benfica, contratávamos Gabigol? Discutível. Trocávamos Mitroglou por Gabigol? Discutível também. Gabriel Barbosa foi um negócio que mostra como o Inter espera ainda retirar bastante dele (a opção de compra de 25 Milhões é uma apólice dos italianos), mas embora não sendo uma prioridade, sobretudo quando as posições de lateral-direito, defesa-central e guarda-redes obrigavam o clube da Luz a uma abordagem diferente, é importante não esquecer que Gabigol tem apenas 21 anos, e que há 1 ano atrás o Inter desembolsou perto de 30 Milhões por ele.
    O esquerdino, seja a extremo-direito ou no apoio ao ponta, tem qualidade técnica para passear no nosso campeonato. Resta verificar quão comprometido e focado está esta talento, que certamente terá uma adaptação mais fácil a Lisboa do que a Milão.

5. Fábio Coentrão (Sporting)
    O reboot da carreira de Fábio Coentrão é uma das grandes notícias do futebol português. A chegada a Alvalde, depois de JJ bater o pé por ele, tem todos os ingredientes para correr bem: o regresso a um campeonato onde há alguns anos era uma das principais figuras, e o reencontro com o treinador com o qual explodiu.
    Naturalmente, o único contra é o historial clínico do caxineiro, bem como alguns episódios de menor profissionalismo (adjacentes, não obstante, aos períodos de desmotivação longe dos relvados). Se escapar às lesões, Coentrão é um reforço incrível. Seria melhor se tivesse opção de compra.

6. Mile Svilar (Benfica)
    Atrevemo-nos a dizer que o miúdo Svilar, prodígio das balizas de apenas 18 anos feitos dia 27 de Agosto, vai assumir a baliza dos encarnados já esta época.
    Ao clube que teve Oblak e Ederson recentemente impunha-se a contratação de um guarda-redes preparado para o patamar (sugerimos há tempos nomes como Rajkovic e Zoet, preparando simultaneamente Svilar para o futuro), no entanto... o futuro de Svilar pode ser o presente.
    Bruno Varela deve continuar na baliza do Benfica por uns tempos, e há ainda Júlio César, mas mais tarde ou mais cedo Mile Svilar ganhará a titularidade de forma precoce. Terá o Benfica encontrado o seu mini Preud'homme?

7. Francisco Geraldes (Rio Ave)
    O primeiro jogador extra-Sporting e Benfica, é precisamente um jogador do qual o Sporting decidiu abdicar. Não fosse Jesus um treinador teimoso e de vistas curtas e Francisco Geraldes tinha lugar no actual plantel do Sporting, podendo surgir inclusive a titular em muitos jogos desta época.
    Depois de boa meia época no Moreirense, o rapaz que aprecia um bom livro no banco de suplentes mostrou nas primeiras jornadas que vai ser o maestro do fantástico Rio Ave de Miguel Cardoso.

8. Jérémy Mathieu (Sporting)
    Não somos fãs de Mathieu, e víamo-lo como um excedentário no Barça. No entanto, um elemento fora do prazo no clube de Messi, Suárez, Iniesta e Dembélé pode perfeitamente ser um patrão da defesa no futebol português.
    As primeiras jornadas deixaram excelentes indicações, mostrando-se Mathieu um excelente complemento para Coates, acrescentando qualidade na saída de bola a partir do lado esquerdo, e oferecendo toda a sua experiência à linha recuada. Contratação para poucos anos, mas inteligente.

9. Marcos Acuña (Sporting)
    É o quarto jogador do Sporting nos dez primeiros lugares, e ainda faltam mais dois leões neste TOP-25, o que atesta bem o defeso leonino.
    Acuña não é um jogador muito dotado tecnicamente, mas é um exemplo na raça e na solidariedade com os colegas. Tem tudo para ser um caso de sucesso nas mãos de Jorge Jesus, e não parece precisar de períodos de adaptação. O lado esquerdo é dele.

10. André Horta (Braga)
    A reunião de Ricardo e André. Aquilo que parece a descrição de um êxito pimba é na realidade uma bonita história futebolística em Braga. Sem espaço no Benfica, vá-se lá perceber porquê, André Horta foi emprestado aos bracarenses e pode rapidamente mostrar aquilo que o fez ser um caso sério nos primeiros meses na Luz em 16-17.
    A concorrência é bastante - Abel Ferreira tem para o centro do terreno Danilo, Vukcevic, Assis, Fransérgio, João Teixeira, e Bakic também foi inscrito - mas André Horta, tendo um perfil diferente de todas estas opções, pode ganhar o seu espaço. Garantidamente, é um ano importante na carreira do novo número 15 do Braga.

11. Raúl Silva (Braga)
    Defensivamente, apresenta várias falhas. É um central bastante limitado, e mais "duro" do que seria recomendável. No entanto, e apesar de privilegiarmos sempre um defesa que saiba... defender bem, não se pode ignorar o impacto que Raúl Silva tem do ponto de vista ofensivo. À la Sergio Ramos.
    Em 2016/ 17, foram 7 golos na Liga NOS ao serviço do Marítimo. Números impressionantes para um central. E os primeiros tempos em Braga já mostraram que a época passada não foi um acaso - no acesso à Liga Europa, marcou nos dois golos diante do AIK.

12. Ricardo Costa (Tondela)
    Embora o principal reforço do Tondela tenha sido a continuidade do guardião Cláudio Ramos, a aquisição de um líder nato como Ricardo Costa aproxima claramente os beirões da sempre difícil manutenção. O desafio de Pepa é uma vez mais um pequeno milagre, mas ter Ramos na baliza e o defesa com passagens pelo Porto, Wolfsburgo ou Valência, é uma grande ajuda. Mesmo tendo este senhor já 36 anos.

13. Matheus Pereira (Desp. Chaves)
    Um empréstimo com um ano de atraso. O Sporting geriu mal Matheus Pereira em 2016/ 17, mas a nova época pode ser de enorme crescimento para este talento puro. O Chaves de Luís Castro é a equipa perfeita para um extremo que vai humilhar muitos defesas.

14. Óscar Barreto (Rio Ave)
    No flanco direito do ataque do Rio Ave de Miguel Cardoso, salta a vista o potencial do colombiano com tiques de James Rodríguez. Já se estreou a marcar em Portugal, remata com qualidade de longe, e prometem ficar na retina as suas diagonais.

15. Jorginho Intima (Desp. Chaves)
    O ex-Manchester City foi uma das figuras na primeira metade de 16-17 quando representou o Arouca. Entretanto, o Arouca desceu, Intima esteve meia época na Ligue 1, mas volta agora ao futebol nacional para representar um clube que, tendo neste momento 1 ponto em 4 jogos, é um dos que apresenta maior potencial de crescimento. Ter Matheus Pereira num lado, e Jorginho no outro, não é para todos.

16. Fransérgio (Braga)
    Daniel Ramos adorava de certeza continuar a contar com ele. Figura no Marítimo, Fransérgio viajou para Braga com Raúl Silva e Dyego Sousa. Embora as opções para o miolo sejam muitas, dos médios-centro, Fransérgio é aquele que apresenta melhor chegada à área (chegou a jogar a falso 9 no Marítimo). Conhece bem o nosso futebol, sabe ler os momentos do jogo, e constrói com critério.

17. Rodrigo Battaglia (Sporting)
    O Sporting queria muito Battaglia. O suficiente para largar Jefferson e Esgaio, juntando alguns milhões ao negócio. O argentino, em constante crescimento e afirmação nos últimos anos (passados entre Moreirense, Chaves e Braga), tem um papel a cumprir esta época. Sem Adrien, o Sporting precisa de intensidade, energia e electricidade. Algo que William e Bruno Fernandes não têm tanto como Battaglia.

18. Rui Pedro (Boavista)
    Não há muito a dizer. O Boavista precisava de um avançado, e Rui Pedro precisava de minutos como titular numa equipa da Primeira Liga. 1+1.
    Desculpa, Leonardo Ruiz, mas este tem que ser o titular da equipa de Miguel Leal. E podemos estar perante uma agradável surpresa a nível de registo de golos marcados.

19. Pedro "Pêpê" Rodrigues (Estoril)
    Em condições ideais, o Benfica teria vendido Samaris e Rui Vitória não olharia para Filipe Augusto como o amor da sua vida. E nesse contexto, Pêpê podia ser a alternativa dos encarnados a Fejsa na posição seis. Posição que, em boa verdade, Pedro Rodrigues interpreta de forma bem diferente do sérvio.
    Um dos destaques do Benfica B na temporada anterior, Pêpê terá no Estoril uma nova etapa da sua evolução. Pode demorar a ganhar o seu lugar, mas depois será rei sem dificuldade.

20. Seydou Doumbia (Sporting)
    Sim, Doumbia é um nome de peso e um goleador de qualidade certificada. Porém, irregular. A vida correu-lhe bem no CSKA e em Basileia, mas nem por isso no Newcastle e em Roma. Em Alvalade, se há uns tempos parecia que a dupla de ataque podia vir a ser Dost+Doumbia, neste momento parece mais provável Doumbia ser apenas uma alternativa a Dost, apostando JJ - também dependendo dos jogos e dos adversários - numa estrutura com 3 médios, sendo Bruno Fernandes o mais próximo do avançado holandês. Doumbia pode, no entanto, vir a ser uma espécie de Jiménez do Sporting. Ou então não. O tempo o dirá.

21. Nuno Santos (Rio Ave)
    Esperávamos bastante mais de Nuno Santos na sua passagem por Setúbal. Em Vila do Conde, num Rio Ave para o clube o extremo rumou em definitivo, Nuno Santos tem Rúben Ribeiro e Barreto à sua frente na hierarquia. Está por isso nas suas mãos (pés) mostrar o incrível reforço que pode ser. Na temporada passada houve Krovinovic e Gil Dias, nesta pode ser a vez de Geraldes e Nuno Santos.


22. Wakaso (Vit. Guimarães)
    Saiu de Portugal em grande, partindo do Rio Ave para o Lorient de França.
    Wakaso volta a Portugal para estabilizar o meio-campo vimaranense. A posição de trinco nem era uma prioridade num plantel que nos parece inferior ao da época passada, mas há naturalmente espaço para Wakaso, automaticamente a melhor opção de Pedro Martins para 6.


23. Victor García (Vit. Guimarães)
    Foi um dos poucos destaques do Nacional da Madeira numa época para esquecer e, visto que o Porto tem Ricardo Pereira e vai começar a preparar Diogo Dalot para o futuro, fazer as malas para o Minho parece ter sido a decisão mais acertada do venezuelano Victor García.
    O novo camisola 42 do Vit. Guimarães assinou em definitivo, e promete ser uma locomotiva no corredor direito. Bruno Gaspar foi bem substituído.

24. Bruno Gomes (Estoril)
    Bisou contra o Benfica, bisou contra o Sporting. Bruno Gomes continua no Estoril e aos 21 anos é um reforço importante para Pedro Emanuel, podendo reeditar com Kléber e Allano (Carlinhos mudou-se para o Standard Liège) um ataque que fez o Estoril disparar na tabela nas últimas jornadas da temporada passada.

25. Rafinha (Vit. Setúbal)
    Vários jogadores podiam fechar este TOP, mas optámos por Rafinha. O pequeno jogador que os sadinos descobriram no Amarante, desde que bem orientado por Couceiro, pode ser uma das revelações do futebol português. Técnica não lhe falta, impressionando qualquer um pela capacidade de ziguezaguear entre adversários com a bola sempre colada ao pé.

2 de setembro de 2017

TOP | Melhores Contratações da Premier League

1,6 Mil Milhões de euros. Juntos os vinte clubes da Premier League bateram recordes e fixaram um novo gasto máximo conjunto num mercado de Verão.
    A Liga mais mediática e renhida do planeta, a rebentar pelas costuras de dinheiro graças aos recentes acordos de direitos televisivos, não tem primado pelo sucesso europeu (verdade seja dita, esta temporada há 5 equipas inglesas na Champions e o United de Mourinho venceu a Liga Europa) mas vários são os clubes que têm obrigação de deslumbrarem - a nível interno e na Europa. Afinal, todos os principais candidatos ao título estão mais fortes.
    Com o mercado fechado, podemos finalmente analisar as contratações de todos os clubes e eleger quais as melhores. Para tal, faz sentido contemplar algumas variáveis: o preço do jogador (num mercado que parece não conhecer limites, atingindo valores cada vez mais pornográficos), o impacto que poderá ter no clube e no futebol inglês no imediato, o potencial e o facto de ser ou não uma resposta a uma necessidade clara da equipa.
    Entre vários negócios, e deixando Naby Keita (que constaria no nosso TOP-10) para a próxima temporada quando se juntar efectivamente ao Liverpool, decidimos destacar os principais 40. Inglaterra viu chegar Bernardo Silva, Lacazette, Ederson ou Morata, recuperou nomes como Salah e Chicharito, e várias foram as transferências internas. Lukaku, Rooney, Matic, Sigurdsson, Iheanacho ou Kyle Walker são apenas alguns exemplos.
    Não incluimos abaixo o veterano Jermain Defoe no Bournemouth, Llorente, um interessante plano B para o Tottenham, ou Davinson Sánchez (40 Milhões) porque apesar do enorme potencial achamos que poderá demorar a instalar-se no onze inicial dos spurs. Adrien Silva (?) no Leicester, Mamadou Sakho no Crystal Palace, Drinkwater e Zappacosta (Chelsea), Solanke (Liverpool), Lemina e Hoedt (Southampton), o velocista Oliver Burke (WBA), Danilo (Man City), Lössl (Huddersfield) e Pascal Groß (Brighton) não surgem abaixo, mas não deixam de ser aquisições interessantes.
    Destaque obrigatório ainda para 4 jogadores que entregaram os seus transfer requests mas que continuaram nos seus clubes: Virgil van Dijk, Alexis Sánchez, Coutinho, Riyad Mahrez e Diego Costa. No caso de Coutinho, Mahrez e Costa, melhor para a Premier League; mas nos casos de van Dijk (Liverpool) e Sánchez (Manchester City) parece-nos que o melhor caminho para todas as partes teria sido a transferência.

    Muito bem, Everton e equipas de Manchester. Estas são as principais transferências deste defeso na Premier League para o Barba Por Fazer:


1. Bernardo Silva (Manchester City)
    Há Lukaku, Matic, Ederson, Lacazette, etc., mas para nós Bernardo Silva é a melhor contratação deste mercado na Premier League.
    A Premier League não era, em teoria, o melhor ecossistema para o pequeno mágico do Mónaco e da Selecção portuguesa, o Messizinho do Seixal, mas o Manchester City era sem dúvida a anomalia no sistema, a equipa na qual mais facilmente Bernardo encaixaria/ encaixará.
    A tomar notas do mentor David Silva, a aprender com Guardiola, e a destruir defesas com De Bruyne, Gabriel Jesus, Agüero, Sané, Silva, Sterling e companhia, Bernardo Silva pode até demorar até cimentar o seu estatuto de indiscutível, mas acreditem: o City garantiu um craque. Um daqueles que vai marcar os próximos anos.

2. Romelu Lukaku (Manchester United)
    Parece ter nascido para jogar no Manchester United. Mourinho pode agradecer ao empresário Mino Raiola - empresário de Pogba, Ibrahimovic, Mkhitaryan e Lukaku - o grupinho que se está a formar em Old Trafford.
    Um dos principais goleadores da actualidade, Lukaku fez por merecer este "salto" depois de uma época em que quase (maldito, Harry Kane!) foi o melhor marcador. No United, e ainda com 24 anos, Lukaku é o reforço perfeito, no momento perfeito, e um elemento capaz de puxar por todos à sua volta. Deixa água na boca pensar na dupla Zlatan-Lukaku na segunda metade da época.

3. Nemanja Matic (Manchester United)
    Num defeso em que o Chelsea cometeu várias asneiras e falhou vários alvos, "dar" Matic a um dos maiores rivais terá sido a maior estupidez.
    Mourinho esfregou as mãos e aproveitou, garantindo a peça perfeita, o médio defensivo que faltava ao Manchester United. Com Matic, a equipa está ligada, equilibrada, Pogba mais livre... No final da época, quando se fizer o balanço final, a transferência de Matic do Chelsea para o United poderá ser um dos tópicos abordados.

4. Ederson (Manchester City)
    Não chorem, benfiquistas. Guardiola apaixonou-se por ele, e da Luz saiu um guarda-redes sem igual, talvez o mais indicado para integrar a ideia de jogo de Pep.
    A Premier League recebe um guarda-redes único em alguns dos seus predicados, e que terá agora a oportunidade de provar fim-de-semana após fim-de-semana que já é um dos melhores do planeta na sua posição. Será criminoso se não for o titular do Brasil no Mundial 2018.

5. Antoine Lacazette (Arsenal)
    Há anos que queríamos que o Arsenal contratasse um avançado. E há anos que queríamos que Lacazette fosse esse avançado.
    O contexto da chegada do ponta de lança francês podia ser mais favorável - a recente derrota de 4-0 com o Liverpool exemplifica a falta de compromisso dos jogadores com o clube, parecendo sempre faltar ambição, e juntando-se a isto tudo o caso Alexis Sánchez. No entanto, remando contra a corrente, Lacazette é uma garantia de muitos golos no Emirates. Podia ter saído mais cedo de Lyon, e os 37 golos apontados na última época mostram o que o Arsenal comprou.

6. Gylfi Sigurdsson (Everton)
    Rooney, Michael Keane, Klaassen, Pickford, Sandro, Vlasic, Martina e Onyekuru. Um bom conjunto de reforços, mas o islandês Gylfi Sigurdsson é O Reforço de um dos clubes que melhor se movimentou neste Verão.
    No Swansea, Sigurdsson era dono e senhor das operações ofensivas. Pode-se mesmo dizer que se os swans não desceram nos últimos anos, muita responsabilidade teve Gylfi. O Everton fez tudo por ele, e garantiu um dos melhores executantes de bolas paradas no mundo, dando-lhe um habitat como ele merece, rodeado por jogadores com qualidade semelhante à sua.
    Ainda assim, acreditamos que Sigurdsson continuará a ser a principal figura da equipa que representa. Esperamos muito deste Everton, o Everton de Sigurdsson. E não é uma má carta de apresentação um golo de meio-campo na estreia...

7. Mohamed Salah (Liverpool)
    Jogador à Klopp. O egípcio, depois de uma temporada com números (golos e assistências) muito interessantes em Roma, voltou a Inglaterra - já representara o Chelsea - tendo tudo para desta vez arrasar.
    Com Mané, Firmino e Coutinho, Salah está entre os seus. Os reds sabem contratar, e Salah é uma das transferências mais entusiasmantes deste mercado. Não só em teoria, porque as primeiras jornadas do campeonato já o demonstraram.

8. Álvaro Morata (Chelsea)
    A prioridade era supostamente Lukaku, mas não se pode dizer que Morata seja uma má contratação. Muito, muito longe disso.
    O avançado que só chegou à Juventus quando Conte já saíra tem ainda muito para crescer, e merecia passar de suplente de Benzema para titular num clube de topo. Diego Costa (pessimamente gerido esse dossier por Conte) ainda está em Londres, Batshuayi realizou uma incrível pré-época mas o estado de graça esgotou-se rapidamente, e por isso Morata - pode-se discutir se é ou não um upgrade em relação a Diego Costa, dadas as características do hispano-brasileiro - há-de ser o goleador deste Chelsea.

9. Wayne Rooney (Everton)
    Nostálgico. Ver Wayne Rooney regressar a Goodison Park é emocionante. A casa da qual o melhor marcador de sempre de Inglaterra e do Manchester United saiu em 2004 viu o bom filho regressar.
    Aos 31 anos, e com toda a qualidade que tem, Rooney pode inspirar os colegas e carregar o Everton naquilo que se espera ser uma intromissão no grupo dos 6 grandes ingleses. Deixem-no estar na frente, perto da baliza, e verão o que acontece. A qualidade está lá, e estará sempre.

10. Kyle Walker (Manchester City)
    O melhor lateral-direito da última Premier League. Um dos melhores laterais-direitos (posição com carência de soluções de qualidade por essa Europa fora) nos principais campeonatos europeus. E uma transferência com a qual o City conseguiu enfraquecer um adversário na luta pelo título.
    A locomotiva Kyle Walker ao serviço de Guardiola. Tem tudo para resultar. E tinha que estar no nosso TOP-10.

11. Chicharito (West Ham)
    Desta vez, não é suplente de ninguém. Depois de uma passagem por terras britânicas em que Javier Hernández conquistou os adeptos do United, o mexicano está de volta para ser o goleador máximo do West Ham.
    Tal como Arnautovic ou Hart, contingências globais podem afetar o rendimento individual; mas quando se tem um jogador como Chicharito na frente, tem-se golos. É um dado adquirido.

12. Kelechi Iheanacho (Leicester City)
    Às vezes esquecemo-nos, mas Iheanacho tem apenas 20 anos. O nigeriano, jogador de impressionante rácio de minutos/ golo no Manchester City, rumou ao Leicester e promete formar uma dupla incrível com Vardy.
    Para a sua evolução, uma transferência em definitivo e um clube como o Leicester (com aspirações, achamos, para atingir o 8.º lugar) são boas notícias. 

13. Victor Lindelöf (Manchester United)
    É natural que o prodígio do Benfica demore a ganhar o seu espaço na defesa do Manchester United de Mourinho, mas o nosso feeling é que em Lindelöf os red devils têm um dos mais promissores defesas centrais do futebol europeu, e um possível titular durante uma década.

14. Alex Oxlade-Chamberlain (Liverpool)
    No futebol pós-Neymar, 38 Milhões por um jogador da qualidade de Chamberlain é bastante bom. O Arsenal perdeu um jogador do qual Wenger nunca soube espremer tudo, e The Ox terá inclusive rejeitado o campeão Chelsea, acreditando que sob a tutela de Klopp jogará em posições mais do seu agrado.
    Oxlade-Chamberlain, embora não sendo um reforço com um entrada directa no onze directo do Liverpool como é Salah, ou como será Naby Keita em 18-19, é uma extraordinária aquisição para o plantel. Opção para extremo, opção para interior, opção para médio centro. Os melhores anos da carreira do inglês estão ao virar da esquina, no clube do seu ídolo Steven Gerrard.

15. Benjamin Mendy (Manchester City)
    57,5 Milhões de euros. O Manchester City teve que pagar enormidades mas garantiu dois laterais (Walker e Mendy) que servem na perfeição a ideia de jogo de Guardiola, mais virados para o ataque do que preocupados com a sua baliza, e com muitos anos pela frente.
    Mendy impressionou no Mónaco, e embora tenha lacunas no seu jogo, vai certamente crescer muito neste novo desafio.

16. Serge Aurier (Tottenham)
    Se Aurier tivesse todos os parafusos na cabeça, diríamos mesmo que o lateral-direito do PSG era um dos melhores negócios do defeso em Inglaterra. No entanto, o compromisso com a causa e a interacção com os restantes elementos do balneário já teve episódios negativos no passado, embora Pochettino costume ter o plantel "na mão" graças ao bom futebol que consegue colocar a equipa a jogar.
    Comparativamente com Kyle Walker, Aurier é inferior fisicamente (embora as diferenças não sejam significativas) mas talvez superior tecnicamente. Na realidade, e caso corra bem - que acreditamos que correrá - era difícil os spurs encontrarem melhor substituto para o agora lateral do Manchester City.

17. Michael Keane (Everton)
    O Manchester United vendeu-o há anos, no Burnley fez-se homem, e é no Everton que pode reforçar o seu estatuto como um dos melhores defesas centrais ingleses e da Premier League nos próximos anos.
    No ar, há poucos como ele. E sob a orientação de Koeman, Michael Keane tem tudo para evoluir sem parar. Treinar todos os dias ao lado de Ashley Williams e Jagielka só ajudará nessa aprendizagem.

18. Renato Sanches (Swansea)
    Pensemos assim: quando no final de 2015-16 Renato Sanches rumou ao Bayern, foi Golden Boy, peça-chave na época do Benfica e da vitória de Portugal no Euro 2016, ninguém achava possível que no Verão seguinte o Swansea estaria a garantir os serviços de um médio que não deixou de ser um dos que apresenta maior potencial no mundo.
    O empréstimo, sem opção de compra e a um clube treinado por Clement, ex-adjunto de Ancelotti, demonstra que o Bayern conta com ele para o futuro. Mas é também fácil de antever que uma grande época de Renato na Premier League (a Liga que sempre pareceu a mais indicada para as suas características) pode deixar os grandes ingleses "loucos".
    Em Inglaterra, há espaço para correrias desenfreadas e lances divididos no corpo a corpo como o Bulo tanto gosta. Então se Clement estiver a pensar nele como médio mais solto, sem o amarrar, o futuro pode devolver o sorriso ao rosto do novo 35 do Swansea.

19. Sead Kolasinac (Arsenal)
    Custo zero. O Arsenal garantiu um dos melhores laterais-esquerdos da Bundesliga, pagando só comissões e prémio de assinatura. A época de 2016-17 do bósnio no Schalke 04 deixa antever grandes coisas na Premier, tratando-se de um jogador perfeito para actuar a ala esquerda no actual 3-4-2-1 do Arsenal.

20. Tiemoué Bakayoko (Chelsea)
    Inevitavelmente, Bakayoko não surge mais acima por dois motivos: 1) os grandes jogadores que outros clubes compraram, logicamente, 2) o facto de passar de Matic para Bakayoko não ser uma melhoria evidente.
    É terrível para os adversários pensar que terão que ultrapassar uma linha intermédia dos blues com Kanté e Bakayoko, mas adquirir um médio defensivo não era uma prioridade para Conte, e ao vender Matic a um rival directo, o Chelsea perdeu um médio com excelente capacidade de transporte, já adaptado ao futebol inglês e mais criativo do que o francês.
    Mas não nos enganemos. O médio de 23 anos demonstrou no Mónaco a força de natureza que é.

21. Davy Klaassen (Everton)
    Fica bastante claro quão bom foi o mercado de transferências do Everton quando um jogador da qualidade e potencial do holandês Davy Klaassen tem ainda trêss reforços dos toffees acima dele (Sigurdsson, Rooney e Michael Keane).
    Com 24 anos, o ex-capitão do Ajax chega a terras de Sua Majestade no momento certo, e embora a velocidade tão característica da Premier League seja um desafio para muitos jogadores, para Klaassen parece-nos que a tempestade pode ser mais fácil de dominar. Resta saber como Koeman irá gerir a nível táctico, trabalhando movimentações e referências posicionais, o trio Rooney, Sigurdsson e Klaassen, mas o holandês é craque, e torna aqueles à sua volta melhores.

22. Harry Maguire (Leicester City)
    Se há um ano atrás nos dissessem que iríamos colocar Harry Maguire numa lista de melhores contratações da Premier League acima de Krychowiak, Bony e Arnautovic, não acreditávamos.
    Impressionante o que cresceu o central inglês entretanto. Destaque maior no Hull City de Marco Silva, promete ser um jogador de confiança e um dos preferidos dos adeptos dos foxes nos próximos anos. E bem que a equipa que venceu a Premier League em 15-16 precisava de um central, com Huth e Morgan perto de colocarem os papéis para a reforma.

23. Richarlison (Watford)
    A Federação Inglesa demorou o seu tempo a autorizar a work permit do brasileiro Richarlison, mas Marco Silva recebeu o seu craque. E que craque! O ex-Fluminense, que já percebeu que em Inglaterra há menos tempo para pensar e executar, vai fazer mossa, quer jogue a segundo avançado ou a extremo.
    Para os bons jogadores há sempre espaço, por isso terá sempre lugar no onze inicial do treinador português, mas encontrar o melhor espaço para tirar o máximo possível de Richarlison pode ser um dos pontos-chave da temporada do Watford.

24. Andrew Robertson (Liverpool)
    Quando na nossa página de Facebook apresentámos como abordaríamos o defeso se estivéssemos no comando dos principais clubes ingleses, o escocês Andrew Robertson foi um dos jogadores que indicámos como bom reforço para os reds. Por aí fica evidente como achamos que a posição de lateral-esquerdo está bem entregue.
    Há Milner, mas o Liverpool "pedia" um lateral de raíz e o ex-Hull tem um potencial incrível. Daqui a um ano deveremos estar a falar de um indiscutível na defesa do Liverpool.

25. Grzegorz Krychowiak (WBA)
    O médio polaco está apenas emprestado, e foi um verdadeiro flop no PSG depois de ser um médio dominante ao serviço do Sevilha. Esses são os pontos negativos. No entanto, vendo o copo meio cheio, o West Brom garantiu um médio que na altura do Euro-2016 foi uma dos destaques e que nos seus dois anos de Sevilha se afirmou como um dos médios defensivos de maior qualidade no futebol europeu. Tem 27 anos, e desde que "encaixe" e perceba o ritmo da Premier League, pode estar aqui um monstro.

26. Jordan Pickford (Everton)
    Na época passada cedo percebemos duas ideias: o Sunderland ia descer, mas o seu guarda-redes Jordan Pickford não.
    Na panóplia de brilhantes contratações dos toffees, era prioritário encontrar um guarda-redes à altura do restante elenco. Pessoalmente, teríamos optado por Jack Butland, mas o clube de Liverpool escolheu Pickford. O rapaz de 23 anos é a aposta para ser a última barreira numa fase que se antevê de grande crescimento para o clube.

27. Wilfried Bony (Swansea)
    Bem-vindo de volta, senhor Bony. O incrível jogador, avançado matador que vimos no Vitesse e no Swansea, perdeu-se entretanto ao abraçar um patamar superior (Manchester City), também muito graças à concorrência. O empréstimo ao Stoke foi para esquecer, e por isso a prioridade actual do costa-marfinense deve ser ganhar forma e confiança. Difícil arranjar um contexto melhor do que um clube do qual saiu como um Deus. Se ainda há vida futebolística dentro de Bony, o Swansea é o melhor palco possível para este regresso.

28. Aaron Mooy (Huddersfield)
    Um jogador que dificilmente teria minutos no Manchester City, e que no Huddersfield é a figura número 1. Emprestado pelos citizens durante a época em que os pupilos de David Wagner garantiram a promoção à Premier League, passar a ter Mooy em definitivo foi muito, muito importante para o clube.
    Num negócio que favoreceu as três partes, o médio australiano será certamente referido como um dos obreiros de 2017-18, caso o clube assegure a manutenção.

29. Marko Arnautovic (West Ham)
    O imprevisível Arnautovic... Elemento capaz de fazer um jogão, ou de se expulsar de forma idiota. Na senda de contratações interessantes dos hammers, Arnautovic representou um investimento significativo - valor superior a 22 milhões de euros.
    Se o West Ham vivesse um período estável, a chegada do austríaco podia ter enorme impacto. Como as coisas estão, é natural que Arnautovic demore mais a encontrar-se, de acordo com aquilo que o clube também procura neste momento. Mas se no Stoke a produção ofensiva se limitava praticamente a Arnautovic, Shaqiri e Joe Allen, no West Ham Arnautovic tem muito mais qualidade à sua volta.

30. Nathan Aké (Bournemouth)
    O Chelsea geriu mal Nathan Aké. Na época passada os blues repescaram o central holandês no mercado de Janeiro, quando o poderiam perfeitamente ter deixado até ao fim da época nos cherries. E quando Aké merecia ser uma das opções (como suplente) no plantel de Conte, trabalhando para a médio-prazo integrar a linha de 3 centrais da retaguarda, o clube vendeu-o ao Bournemouth.
    Para o Bournemouth de Eddie Howe, trata-se de uma aquisição incrível. Aké é um dos centrais mais promissores da Premier League, marcou golos pelo clube durante a sua passagem, e tendo-o a ele e a Begovic, os cherries ficam bem mais perto de ser uma equipa de meio da tabela do que uma que luta pela manutenção.

31. Andre Gray (Watford)
    O novo clube de Marco Silva demorou a dar verdadeiros reforços ao técnico português, mas Richarlison e Andre Gray fizeram a espera valer a pena. Em Andre Gray (jogador que nos parece que irá explodir e render muito mais do que rendeu em 16/ 17 no Burnley), Marco Silva ganha um jogador que pode liderar a equipa num 4-3-3, mas também o parceiro perfeito para o capitão Deeney.
    A capacidade de remate fácil, o poderio físico e a qualidade a explorar as costas da defesa fazem de Gray um elemento muito importante caso o Watford queira ser uma das sensações desta edição.

32. Chris Wood (Burnley)
    Como substituir Andre Gray? Simples, contrata-se o melhor marcador do último Championship! O neo-zelandês de 25 anos esteve imparável ao serviço do Leeds United na época passada, marcando nada mais nada menos do que 30 golos.
    Tendo já passado por imensos clubes do futebol inglês (WBA, Barnsley, Brighton, Birmingham, Bristol City, Millwall, Leicester, Ipswich e Leeds) antes de chegar agora ao Burnley, Wood é o avançado perfeito para o esquema da equipa de Sean Dyche. Que o diga o Tottenham, que viu Chris Wood marcar o golo do empate em Wembley aos 90'+2, na sua estreia pelo novo clube na Premier League.

33. Asmir Begovic (Bournemouth)
    Que bom é ter o guardião bósnio de regresso à titularidade num emblema da Premier League. Depois de conquistar tudo e todos ao serviço do Stoke, Begovic rumou ao Chelsea para ser o nº 2 de Courtois e ganhar currículo. Saiu de Londres com o título de campeão, para passar a representar o Bournemouth de Eddie Howe, uma das equipas que em Inglaterra mais precisava de contratar um guarda-redes. Passar de Boruc para Begovic é um grande upgrade.

34. Jay Rodriguez (WBA)
    Em 2013/ 14, Jay Rodriguez marcou 17 golos pelo Southampton uma época de sonho, ao lado de Lallana e Lambert, e parecia ter as portas da selecção escancaradas no Mundial. Uma lesão num Manchester City-Southampton custou-lhe praticamente as épocas sucedâneas, embora em 16/ 17 já tenha voltado a figurar em muitos jogos, embora sem a confiança e a qualidade de antes.
    Tony Pulis acredita no avançado/ extremo que surpreendentemente já conta 28 anos, e torcemos para que esta nova vida do West Brom seja o renascer de um grande jogador. No entanto, ao comparar esta contratação com outras, é difícil não ter presente o historial de problemas físicos.

35. Sandro Ramírez (Everton)
    Custa perceber como é que o Barcelona (na realidade, com tantos erros da Direcção dos blaugrana nos últimos anos, não custa assim tanto) o deixou sair a custo zero para Málaga. É também difícil aceitar que, num mercado altamente inflaccionado, Sandro tenha custado ao Everton 6 milhões.
    Referência móvel da Espanha no último Europeu de Sub-21, Sandro tem características que nos levam a crer que pode resultar na Premier League. A adaptação pode ser um obstáculo, tal como o fantasma Lukaku. É certo que o Everton contratou muito e muito bem, mas não encontrou nenhum substituto directo para o seu goleador. Têm a palavra Rooney e Sandro.

36. Joe Hart (West Ham)
    Embora hoje em dia seja questionável se ainda é o guarda-redes número 1 em Inglaterra - há Butland, Heaton e Pickford começa a afirmar-se - um bom guarda-redes era uma das prioridades dos hammers. Emprestado pelo Manchester City, que tem Ederson e Claudio Bravo, Hart foi uma das aquisições do West Ham que levou Mourinho a dizer que o clube londrino se estava a reforçar para atacar o título.
    O último lugar da tabela, com 0 pontos neste início de época, não corrobora essa ideia. Mas o campeonato é longo, e o West Ham há-de reagir, com Bilic ou com novo treinador. E se Joe Hart quer ser o titular de Inglaterra no Mundial 2018, tem que fazer pela vida.

37. Steve Mounié (Huddersfield)
    Não há melhor cartão de visita para um ponta de lança do que um bis no primeiro dia do arranque oficial da temporada num novo clube. O impressionante Huddersfield - actual 3.º classificado, com 7 pontos em 9 possíveis e zero golos sofridos - pagou ao Montpellier 13 milhões pelo portentoso avançado de 1,90m do Benim. Depois de 14 golos em 16/ 17 na Ligue 1, Mounié promete ser uma dor de cabeça para os defesas, podendo fazer estragos com a sua supremacia no jogo aéreo.

38. Jesé Rodríguez (Stoke City)
    Primeiro, isto. Difícil imaginar o que Jesé irá sofrer no balneário do Stoke graças a esta sua faceta. Falando de futebol, a transferência de Madrid - onde era apontado como uma das promessas do clube merengue - para o PSG foi negativa, e o período em Las Palmas também não encantou o clube.
    A aventura em Inglaterra, por empréstimo do PSG, começou da melhor maneira com o golo da vitória na estreia (Stoke 1-0 Arsenal). Talento não lhe falta, mas globalmente é uma incógnita. Daí estar apenas em 38º lugar.

39. Tammy Abraham (Swansea)
    Brilhou pelo Bristol City, e tenta agora afirmar-se no primeiro escalão do futebol inglês. Aos 19 anos, Abraham continua ligado ao Chelsea e o facto dos swans lhe terem dado a camisola 10 diz bastante da fé que o clube do País de Gales deposita neste avançado. A contratação de Bony em cima do fecho do mercado pode retirar-lhe espaço, mas não é de todo impossível que o Swansea aposte num esquema com Wilfried Bony e Tammy Abraham na frente.
    Se tivesse sido adquirido em definitivo, estaria uns lugares mais acima. Mas o Chelsea, um anti-exemplo da aposta na formação nos últimos anos, ainda não o considera uma gordura.

40. Roque Mesa (Swansea)
    O homem que disse à sua mulher que só cortava o bigode quando fosse chamado à selecção espanhola. O Swansea retirou ao Las Palmas o seu dínamo e garantiu um exemplo de garra e intensidade, um pequeno poço de força e qualidade que entusiasma e acordo o mais indiferente dos adeptos. Aos 28 anos, Roque Mesa é um jogador feito, maduro, e por isso a adaptação poderá ser rápida. Pode estar aqui um dos novos melhores amigos de Renato Sanches.