Balanço Final - Liga NOS 18/ 19

A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.

Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19

Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.

Balanço Final - Premier League 18/ 19

Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.

Os Filmes mais Aguardados de 2019

Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.

21 Novas Séries a Não Perder em 2019

Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.

25 de maio de 2017

Prémios BPF Premier League 2016/ 17

O retomar da normalidade. Depois de uma temporada que pareceu escrita por Walt Disney, com o Leicester City a sagrar-se o mais improvável dos campeões num conto de fadas que o Futebol nunca esquecerá, a época de 2016-17 ficou marcada pela forma como os grandes emblemas ingleses voltaram a instalar-se no topo da classificação, sem margem para (grandes) surpresas.
    Numa Liga que, não tendo as equipas mais fortes do planeta (Real, Barcelona, Bayern, Juventus), tem o maior nº de equipas fortes, já se sabe o que a casa gasta - a Premier League é sinónimo de incrível competitividade, nenhuma equipa pode relaxar, e entre os 6 candidatos ao título (Chelsea, Tottenham, City, Liverpool, Arsenal e United) já de antemão sabíamos que 2 falhariam os seus objectivos. O que até nem se veio a verificar, com a vitória do Manchester United na Liga Europa.
    Num campeonato riquíssimo em treinadores - Guardiola, Conte, Pochettino, Klopp, Mourinho, Wenger, Koeman, etc. - o Jogador do Ano de 2016-17 foi o único atleta em Inglaterra que voltou a ser campeão. Como poderão ver abaixo, as épocas sensacionais de Chelsea e Tottenham têm um peso significativo nas nossas escolhas para o 11 do Ano, com três intrusos (guarda-redes, um dos extremos e um dos avançados). Comparativamente com a temporada passada, apenas dois repetentes, e só um ao serviço do clube que já representava.
    2016-17 fica na História graças a um Chelsea equilibrado e muitíssimo bem orientado, a um Tottenham que voltou a brindar os adeptos com um futebol fantástico, um Liverpool talhado para os jogos grandes, e um Manchester City que terá levado Guardiola a aprender bastante. West Brom, Bournemouth ou Burnley surpreenderam pela positiva, Manchester United, Leicester e West Ham pela negativa. Mas este momento é dos jogadores e por isso é chegada a altura de indicarmos as nossas preferências: o nosso 11 do Ano, o Jogador do Ano e Jovem Jogador do Ano, o Treinador do Ano e algumas categorias complementares.
    Bora lá.


Guarda-Redes: É certo que a imprensa e a generalidade dos comentadores britânicos dividiram as suas opiniões entre De Gea e Courtois na hora de escolher o guarda-redes para o 11 do Ano, mas para nós não houve guardião mais preponderante no percurso da sua equipa do que Tom Heaton, o capitão do Burnley. O guarda-redes com maior nº de defesas nesta edição foi peça fundamental para que a equipa de Sean Dyche sobrevivesse no primeiro escalão, sendo difícil esquecer a sua monumental exibição em Old Trafford. Aos 31 anos, Heaton não é - em termos qualitativos - o melhor guarda-redes em Inglaterra, mas foi o melhor e o mais determinante ao longo de 2016-17. Dez jogos sem golos sofridos no Burnley não é para qualquer um.
    David De Gea, não tendo sido tão "extraterrestre" como nas últimas duas épocas, é em termos de qualidade o melhor em terras de Sua Majestade (faz todo o sentido colocá-lo actualmente no patamar de nomes como Neuer, Buffon e Oblak) e veremos se na próxima temporada continua em Old Trafford ou viaja finalmente para Madrid.
    Courtois e Lloris lutaram até à última jornada pelas luvas de ouro (sinónimo de maior nº de jogos sem sofrer golos), vencendo o belga, e para tal muito contribuiu não só o talento individual de ambos mas também a suprema qualidade dos defesas à sua frente. Por fim, não foi de certeza por Jordan Pickford que o Sunderland desceu - o jovem guarda-redes inglês transcendeu-se em diversas ocasiões, fazendo os possíveis e os impossíveis pelos black cats, e não faltarão clubes da Premier interessados em garanti-lo. Destaque também para a boa época de Ben Foster, e para uma desilusão chamada Claudio Bravo.


Lateral Direito: Membro da defesa menos batida em prova (26 golos), Kyle Walker - uma autêntica locomotiva que nos parece que poderá ser o único jogador-chave que Pochettino deixará sair no Verão - merece vencer nesta categoria. Depois de no ano anterior ter perdido apenas para Bellerín (grande quebra, talvez com a cabeça noutras paragens), Walker subiu o nível, somou 6 assistências e quer a jogar como lateral no mais tradicional 4-2-3-1, quer a actuar como ala num 3-4-2-1, esteve quase sempre imparável. Na recta final, Trippier roubou-lhe a titularidade em alguns jogos, mas esse decréscimo não chegou para que fosse apanhado por nenhum outro lateral-direito, sobretudo porque o principal concorrente - Seamus Coleman - contraiu uma lesão grave (perna partida ao serviço da Irlanda) quando atravessava um momento fantástico.
    Antonio Valencia foi um dos elementos mais consistentes e da maior confiança para José Mourinho, Victor Moses sofreu uma brutal metamorfose nas mãos de Antonio Conte, evoluindo numa posição que parece feita para ele, e Craig Dawson juntou 4 golos ao facto de ter sido o segundo melhor defesa do WBA, depois do veterano McAuley.


Defesa Central (Lado Dto.): Invisível, silencioso, pouco exuberante. Azpilicueta não faz os desarmes heróicos de David Luiz, não arrasa nas alturas e marca golos decisivos como Cahill, nem se aventura pelo corredor como Alonso. Mas, fiável em todas as suas acções, faz tudo aquilo que lhe compete: defende, provavelmente com uma regularidade, inteligência e sentido posicional como nenhum outro defesa dos blues. Titular em todos os minutos desta Premier League, Azpilicueta é um sonho para Conte (pode jogar em todo o lado da defesa) e também graças a ele o título é, hoje, uma realidade.
    O nosso esquema de 4-4-2 e o facto do Chelsea ter actuado a maior parte da temporada com 3 centrais obriga-nos a incluir dois na mesma posição, e Cahill - herdou a braçadeira de John Terry - foi sinónimo de consistência e de golos (6), fazendo valer a sua alma guerreira. Alderweireld continuou a dar autênticas lições de como defender, brilhando sobretudo quando os spurs assumiram uma defesa a três, e o holandês Virgil van Dijk (claramente um dos melhores centrais fora das grandes equipas da Europa) só durou até à jornada 22, mas estava a ser um dos melhores em prova.
    A fechar este Top-5, Michael Keane. O defesa formado no Manchester United formou uma excelente dupla como Ben Mee, e apostamos que na próxima época vai estar a representar uma equipa de outro patamar.


Defesa Central (Lado Esq.): Quem diria... Muitos torceram o nariz quando o Chelsea decidiu fazer regressar David Luiz, pagando 35 Milhões pelo central que outrora pertenceu aos quadros do Benfica. Depois de perder alguma cotação no PSG e ao serviço da Canarinha, o central com cabelo de esfregona revelou-se um autêntico esteio da defesa dos campeões, assumindo-se como o patrão de serviço. Na função de líbero, David Luiz inibiu as suas correrias desenfreadas e, contido mas monstruoso, mostrou a todos nós quão bom é a defender.
    Dizer que Jan Vertonghen foi o melhor central dos spurs, quando ao lado teve Alderweireld, diz bastante do nível soberbo do belga; McAuley mostrou aos 37 anos que velhos são os trapos; Koscielny iniciou a época em força mas foi perdendo algum fulgor, e Ben Gibson (central do relegado Middlesbrough) foi uma agradável surpresa, e deve ter feito o suficiente para que algum clube "sobrevivente" o resgate.


Lateral Esquerdo: A 24 de Setembro de 2016, o Arsenal estava a ganhar 3-0 ao Chelsea quando Conte decidiu aos 55 minutos lançar Marcos Alonso (até aí sem qualquer minuto) na equipa. E o resto é História: sem que esse jogo já pudesse ser salvo, a alteração táctica que Alonso trouxe consigo deu forma ao Chelsea que venceu depois 13 jogos consecutivos (!), não sofrendo qualquer golo em dez dessas partidas. Perfeito para actuar a ala esquerdo no esquema de Conte, Marcos Alonso terminou a época com 6 golos e 5 assistências, e soube gozar da liberdade para atacar, e cumprir a responsabilidade de defender.
    Danny Rose apresentou-se em grande forma durante 2/3 do campeonato, até se lesionar; Bertrand voltou a mostrar que é um dos melhores na sua posição na Premier League, e Charlie Daniels foi um dos principais obreiros de mais uma época sensacional do Bournemouth. Baines e Brunt estiveram bem, mas entregámos a nossa última vaga ao escocês Andrew Robertson, um lateral que disparou com Marco Silva, e que só descerá ao Championship com o Hull se muitos clubes estiverem cegos.


Médio Centro: Cá está ele, o Jogador do Ano da Barclays Premier League 2016-17 e um dos 2 únicos jogadores que surgem novamente pelo segundo ano consecutivo no melhor onze Barba Por Fazer. Se há palavra que pode caracterizar este Chelsea, essa palavra seria equilíbrio. Os blues, orientados por um italiano louco e emotivo, mestre da táctica, souberam formar uma equipa que passou a controlar a generalidade dos momentos do jogo, revelando-se ainda um dificílimo adversário para qualquer equipa, mediante a disposição das peças e as características dos jogadores (jogador certo no lugar certo). N'Golo Kanté é um jogador especial, um vencedor nato (campeão pelo Leicester e agora pelo Chelsea) e alguém que compreende a velocidade e os timings da Premier League como ninguém. Mantemos a opinião que já tínhamos há um ano: quem tem Kanté, tem 12 jogadores em campo.
    De resto, Moussa Dembélé voltou a espalhar bom futebol (é claramente um dos jogadores a quem é mais difícil tirar a bola em Inglaterra), com a sua estampa física aliada a enorme classe e intensidade, Gueye foi um mini-Kanté, terminando inclusive com mais recuperações de bola do que o médio do Chelsea. Ander Herrera foi justamente considerado o Jogador do Ano do Manchester United e Oriol Romeu cresceu muito, tornando-se a âncora dos saints após a saída de Wanyama.


Médio Centro: Já não há palavras para este fenómeno. Depois de uma época de estreia fantástica (10 golos, 12 assistências), Dele Alli conseguiu fazer ainda melhor, somando 18 golos e 11 assistências. O médio ofensivo do Tottenham que, embora pareça impossível, tem apenas 21 anos, promete marcar uma geração na Premier League, desde que os spurs consigam resistir à cobiça de outros gigantes. Com números acima do que Lampard, Gerrard ou Scholes tinham com a sua idade, não houve muitos jogadores acima de Dele Alli em 2016-17, respirando futebol em sintonia perfeita com Kane, Eriksen e Son.
    Só um super-Dele Alli foi capaz de impedir Gylfi Sigurdsson (não é exagero afirmar que o Swansea não desceu graças a ele) de figurar no 11 do Ano. O islandês foi a personificação de uma one man team, e embora seja difícil Gylfi sentir-se tão valorizado noutra equipa, parece-nos que várias equipas do Top-8 ganhariam em contratá-lo.
     O melhor Manchester City surgiu quando David Silva apareceu em melhor plano, "pegando" na equipa bastante atrás e orquestrando o futebol que Guardiola (ainda) procura implementar; Paul Pogba naturalmente não correspondeu ao valor pago, mas esteve bem, embora Mourinho pareça não ter encontrado nesta primeira época a dinâmica colectiva certa para potenciar da melhor maneira o francês; e Lallana, com algumas lesões pelo meio, sacrificou-se em prol do colectivo, vincando-se como um dos jogadores mais queridos para Klopp. Joe Allen, Özil e Barkley tiveram os seus momentos, mas mesmo assim talvez seja Lanzini o elemento que esteve mais perto de figurar nestes 5 finalistas.


Extremo Direito: Sim, fizemos uma pequena batota. Para encaixar neste 11 quase todos os principais jogadores deste campeonato, encostámos Sánchez à direita (o chileno jogou lá, mas muito pouco), quando Alexis foi essencialmente falso 9 ou alguém que partiu do corredor esquerdo.
    Com 24 golos e 10 assistências, Alexis Sánchez carregou o Arsenal durante toda a época, revelando-se um exemplo a nível de atitude e "fome" de sucesso. Não tendo um técnico nem colegas ao seu nível, não será surpreendente se rumar a outras paragens (Bayern?), mas se o Arsenal ficou em 5.º a apenas 1 ponto do Top-4, muito o deve a Alexis Sánchez, um dos jogadores mais entusiasmantes desta edição.
    Depois, numa posição recheada de talento, o dinamarquês Christian Eriksen teve a melhor época da sua carreira, conseguindo ser eleito o Jogador do Ano nos prémios internos dos spurs, batendo Kane e Alli, e terminando 2016-17 como o jogador com maior nº de oportunidades de golo criadas. Já Kevin De Bruyne, um dos jogadores que pensávamos que poderia ser o MVP desta época, foi um dos melhores dos citizens, e o jogador com mais assistências (18 passes para golo) em prova.
    Sadio Mané encaixou na perfeição na filosofia de Klopp, dividindo protagonismo com Coutinho, e deixando a sensação que tanto ele como o brasileiro poderiam ser candidatos a Jogador do Ano se não tivessem falhado vários jogos por lesão; e, para rematar, embora Michail Antonio e Sterling tenham estado a bom nível, Pedro Rodríguez teve a sua importância no caminho do Chelsea para o título, sobretudo nos jogos caseiros.


Extremo Esquerdo: O campeão voltou. O "regresso" do Chelsea, depois do conto de fadas do Leicester, coincidiu com o regresso de Hazard ao seu melhor nível. Numa época ao nível do que nos habituara em Inglaterra (a excepção foi mesmo 2015-16), Hazard carregou a equipa ofensivamente, sem nunca se esconder nos jogos grandes. Kanté equilibrou o tabuleiro, mas foi Hazard (mais decisivo e mais regular do que Diego Costa) quem desequilibrou os adversários.
    Coutinho brilhou, conseguindo os melhores números da carreira e exibições capazes de deliciar qualquer adepto de Futebol, ficando a dúvida se continuará em Anfield, ou se viajará por exemplo para Barcelona. O sul-coreano Son Heung-Min superou as melhores expectativas (mais de 20 golos no total das competições esta época), Zaha tornou-se finalmente um jogador consistente, destruindo defesas com o seu reportório de fintas, e Leroy Sané realizou uma época positiva, tendo o alemão ainda muito para crescer nas próximas temporadas.


Avançado: Naquele que deve ter sido o seu último ano com a camisola do Everton, Romelu Lukaku (25 golos) foi durante algum tempo o principal favorito para Melhor Marcador, até à passagem de um furacão goleador chamado Harry Kane nas últimas jornadas de 2016-17. Orientado por Koeman, Lukaku marcou como nunca (nunca tinha sequer chegado aos 20 golos na Premier League) e tem tudo para ser uma das transferências mais mediáticas deste defeso, podendo aos 24 anos dar o salto para um grande inglês. Uma força da natureza.
    Aos 35 anos, Zlatan Ibrahimovic voltou a demonstrar porque é que é um dos melhores avançados do mundo, fazendo toda a diferença no ataque do United e vulgarizando defesas com o seu poderio físico e qualidade técnica, e só uma lesão grave manchou uma época em que todos gostaríamos de ter tido Zlatan até ao fim.
    Muito provavelmente não houve jogador a crescer tanto como o norueguês Joshua King (16 golos ao serviço do sensacional Bournemouth), Defoe voltou a mostrar que quem sabe não esquece, e Roberto Firmino - muitas vezes utilizado a falso 9 numa frente de ataque com Coutinho e Mané - não brilhou tanto como os seus colegas, mas brilhou o suficiente para aqui estar.


Avançado: Depois de Kanté, o nosso segundo repetente. O facto de ter marcado 7 golos nos seus últimos dois jogos da época diz muito sobre quão importante era para Harry Kane renovar o seu título de Melhor Marcador. Depois de 21 golos em 2014-15 e 25 golos em 2015-16, Kane terminou esta temporada com 29 golos, marca que se torna especialmente notável considerando que Kane só jogou 30 jogos, falhando 8 graças a duas lesões semelhantes. O jogador-referência do melhor ataque em Inglaterra, uma máquina de bom futebol ofensivo afinada por Pochettino, já provou a toda a gente que é do melhor que há em solo inglês, e caso nunca saia de Inglaterra pode muito bem colocar o extraordinário recorde de Alan Shearer no seu horizonte.
    A acompanhá-lo: Diego Costa, o MVP na primeira metade da temporada, caindo bastante com a entrada em 2017; Kun Agüero, numa época com 20 golos mas que acaba por saber a pouco; Jamie Vardy, a única raposa campeã que soube estar relativamente perto do nível apresentado na época do título, explodindo e revelando-se fundamental a partir do momento em que Shakespeare assumiu o comando técnico; e, finalmente, Benteke, num lugar que também poderia estar entregue a Llorente.



    A PFA (associação dos jogadores) escolheu Kanté, Hazard, Alexis, Kane, Ibrahimovic e Lukaku, entregando o prémio a N'Golo Kanté; a Premier League também distinguiu Kanté, colocando entre os finalistas Hazard, Alexis, Kane, Alli, Azpilicueta, Lukaku e Vertonghen.
    E é unânime: N'Golo Kanté foi o MVP de 2016-17. O pequeno, discreto e pacato médio do Chelsea, que pela 2.ª temporada consecutiva é por nós eleito o Reforço do Ano, impôs em campo a sua lei, ajudando os seus colegas a respirar, ao mesmo tempo que asfixiava qualquer adversário. Numa equipa muito bem orientada e em que todos os jogadores cumpriram a sua função, brilhando o colectivo, Kanté acabou por ser o jogador mais consistente ao longo da prova, podendo hoje gabar-se de ser o único jogador em Inglaterra que venceu os 2 últimos campeonatos. O jogador que engana, podendo-se pensar que estão dois gémeos em campo e em sintonia perfeita, é um jogador sem preço.
    Eden Hazard foi, do ponto de vista ofensivo, o maior responsável pelo título do Chelsea, beneficiando muito da maior liberdade que o 3-4-3 lhe deu, e Alexis Sánchez foi um campeão, sem que o seu balneário o conseguisse acompanhar na ambição e na qualidade futebolística.
    É verdade que Lukaku marcou muitos golos e que vários defesas poderiam constar aqui (David Luiz, Azpilicueta, Vertonghen), mas o mais justo é mesmo entregar as restantes vagas ao trio dos spurs, Dele Alli, Harry Kane e Christian Eriksen. Se o Tottenham é hoje a equipa que mais prazer dá ver jogar em Inglaterra, muito o deve ao fenómeno Dele, ao goleador que tem Shearer como meta, e a um dinamarquês que, ignorado por muitos, não podia ser ignorado por nós.


    Tendo nós um critério diferente dos ingleses, que nos leva a incluir aqui jogadores mais jovens (daí que para a PFA surjam nomes como Kane, Lukaku, Keane e Pickford e aqui não), é absolutamente indiscutível que Bamidele Alli tinha que ser o Jovem Jogador do Ano.
    Depois de ter sido uma revelação na época passada, Dele Alli continuou a sua evolução, acabando com números astronómicos (18 golos, 11 assistências) para um médio. Pochettino e o Tottenham têm uma pérola, e rumo a um crescimento sustentado e apoiado na base actual, devem fazer tudo para segurar o inglês mais talentoso da actualidade.
    Ao serviço de Guardiola, Leroy Sané e Gabriel Jesus (um prodígio que arrasou, tendo impacto imediato) deram os primeiros passos como futuros craques da Premier League, Tom Davies foi uma excelente aposta de Koeman, revelando um potencial imenso, Rashford aproveitou os minutos que teve, e Ward-Prowse continuou a queimar etapas no seu crescimento como jogador.


Treinador do Ano: Depois de em 2015-16 termos eleito, como não poderia deixar de ser, o homem do milagre, um ano mais tarde é outro italiano que tem que ser considerado o Treinador do Ano da Premier League.
    Enquanto os media (e nós também, diga-se) discutiam se seria Guardiola ou Mourinho a levantar o troféu em Maio, Antonio Conte chegou, viu e venceu. O técnico que já tinha deixado a sua marca na Juventus e na Selecção italiana, transformou o Chelsea, e encontrou a fórmula perfeita para espremer o melhor dos seus jogadores, num 3-4-3 que marcou esta temporada, inspirando inclusive outros treinadores a copiá-lo. É certo que os blues tiveram a "vantagem" de não ter competições europeias, mas é notável o trabalho do intenso e apaixonado Conte - os reforços (Kanté, David Luiz, Alonso) brilharam, mesmo o pouco utilizado Batshuayi teve o seu papel ao marcar o golo do título, um jogador como Moses transformou-se, o esquema permitiu garantir um Hazard fresco e focado naquilo em que é melhor (desequilibrar), e Conte forjou uma equipa de campeões com uma base de 14-15 jogadores.
    Depois, e pelo 2.º ano consecutivo, Mauricio Pochettino (o técnico cuja forma de olhar para o futebol e preparar a sua equipa mais se enquadra com as nossas ideias) é o nosso vice treinador. O Tottenham voltou a ser a equipa que mais se aproximou de ganhar a seguir ao verdadeiro campeão, e não é à toa que os spurs terminam a época como o melhor ataque, a melhor defesa e a equipa com menos derrotas.
    Tony Pulis transformou uma equipa que poderia lutar para não descer num 10.º classificado tranquilo e consistente defensivamente, Eddie Howe voltou a fazer evoluir o seu Bournemouth, com poucos recursos e bom futebol, voltando a demonstrar porque é que é o treinador inglês com mais potencial da actualidade; e, numa 5.ª posição que gostaríamos que estivesse entregue a Marco Silva, Sean Dyche operou um pequeno milagre com um Burnley que fez do seu estádio uma fortaleza e que, embora tenha terminado em 16.º, nunca esteve de facto nas contas da despromoção.


Melhor Marcador: 1. Harry Kane (Tottenham) - 29
2. Romelu Lukaku (Everton) - 25
3. Alexis Sánchez (Arsenal) - 24

Melhor Assistente: 1. Kevin De Bruyne (Manchester City) - 18
2. Christian Eriksen (Tottenham) - 15
3. Gylfi Sigurdsson (Swansea) - 13

Clube-Sensação: West Brom
Desilusão: Manchester United
Most Improved Player: 1. Joshua King, 2. Wilfried Zaha, 3. Victor Moses
Reforço do Ano: N'Golo Kanté (Chelsea)
Flop do Ano: Claudio Bravo (Manchester City)
Melhor Golo: Emre Can (Watford 0 - 1 Liverpool) (Link)



19 de maio de 2017

Dicas Fantasy Premier League - Jornada 38

Sim, é a última vez. Este Domingo chega ao fim mais uma extraordinária época da Premier League, e do seu Fantasy, e a dezena de jogos que se disputam às 15 horas põem também fim aos nossos artigos de antevisão.
    No momento próprio, publicaremos - como fazemos todas as temporadas - os nossos prémios BPF do campeonato inglês, e o respectivo Balanço do ano, analisando o percurso das equipas e destacando individualidades.

    Mas, por agora, seguem-se as nossas últimas sugestões. A nível de Fantasy, já nenhum jogador conseguirá apanhar o líder Alexis Sánchez (255 pontos; para efeitos de comparação, Mahrez, o jogador mais pontuado de 2015-16, fez 240), devendo também Heaton preservar o seu estatuto enquanto guardião com mais pontos somados. Na defesa, falta confirmar qual o defesa do Chelsea que terminará à frente, enquanto que no ataque, e depois de Lukaku passar várias jornadas na liderança, Harry Kane (agora o grande favorito para arrecadar, renovando-o, o título de melhor marcador) ameaça fechar a época como o avançado com maior pontuação.
    Olhando para a jornada, na qual poderá existir gestão de alguns treinadores cujas equipas não tenham muito em jogo nesta última jornada, a prioridade é contar com jogadores que ainda estejam a competir por algo. Nomeadamente, de equipas que ainda procurem garantir presença no Top-4: Manchester City, Liverpool e Arsenal. Com os 2 primeiros lugares fechados e o trio que desce (Sunderland, Middlesbrough e Hull) também já conhecido, ainda podem acontecer várias mexidas a meio da tabela. No topo, Manchester City e Liverpool são favoritos a assegurar lugares de acesso à Champions, deixando o Arsenal pela primeira vez fora do Top-4 no reinado de Wenger. O grande rival do Liverpool, o Everton, até pode dar uma "mãozinha" aos reds, embora a equipa de Klopp não deva precisar, e esse Arsenal-Everton é mesmo o jogo grande da jornada. Com a final da FA Cup (Chelsea-Arsenal) perto, Conte pode rodar novamente a equipa diante do Sunderland, Mourinho também deve colocar um onze diante do Crystal Palace a pensar na prioridade Liga Europa, e no Hull-Tottenham, Harry Kane procurará aumentar a sua marca de golos - actualmente, 26.

    Recuperando os principais destaques da maior double gameweek da época, Harry Kane arrasou tudo e todos ao conseguir 31 (!) pontos. O ponta-de-lança inglês de 23 anos marcou o último golo dos spurs em White Hart Lane, e depois fez um póker e uma assistência no vendaval de futebol ofensivo (6-1) do Tottenham em casa do Leicester. Com 31 pontos, Kane demonstrou ser a melhor opção possível para capitão (62) e triple captain (93 pontos só num jogador), embora Alexis Sánchez (27 pontos), uma escolha mais "tradicional" para a braçadeira, não tenha desiludido.
    Azpilicueta, Coutinho, Gabriel Jesus, Son Heung-Min e Giroud foram outros dos destaques numa jornada em que a pontuação média se situou nos 81 pontos, com a pontuação máxima a ser 223 pts.
(A todos os que acompanharam os nossos artigos durante esta época, em 2017-18, em princípio, há mais. Relativamente à nossa Liga Barba Por Fazer, os nossos Parabéns a Daniel Nunes e Rui Correia. O título decide-se entre eles, e ficará bem entregue.)


E são estas as nossas apostas para a última jornada de 2016-17:

Philippe Coutinho - Liverpool - 8.6
    Depois de uma época sem competições europeias (um dos factores que também contribuiu para o título do Chelsea), falhar o acesso à Champions seria um tremendo fracasso para o Liverpool.
    Orientados pelo intenso e "louco" Klopp, os jogadores do Liverpool sempre revelaram tendência para brilhar nos jogos contra as grandes equipas, vacilando depois contra adversários teoricamente acessíveis. A última jornada coloca o relegado Middlesbrough como último obstáculo para os reds na procura de carimbar um lugar de Champions (o 3.º dá acesso directo à fase de grupos, mas a não ser que aconteça algo de anormal no jogo do City, o Liverpool deve terminar em lugar de Play-Off).
    Ofensivamente, Coutinho e Sturridge são os jogadores da equipa de Anfield em que devem apostar. O avançado britânico é um diferencial mais exótico, mas que em dia sim e apto fisicamente continua a ser um furacão, enquanto que Coutinho é o diamante capaz de carregar a equipa nos momentos decisivos, especialmente depois da lesão de Sadio Mané.
    Mais. Podendo surgir uma proposta milionária neste Verão (Barcelona?), há uma pequena probabilidade deste poder ser o último jogo de Coutinho com a camisola do clube da cidade dos Beatles. Também por isso, Coutinho reúne todos os ingredientes para ter a motivação nos píncaros. Não tivesse estado lesionado 7 jogos, procurando reencontrar o seu ritmo noutros, e poderíamos estar perante um dos legítimos candidatos a Jogador do Ano.


Gylfi Sigurdsson - Swansea - 7.4
    O Swansea é, muito provavelmente, a equipa que encaixa melhor na designação de one-man-team. Ok, Alexis Sánchez tem carregado o Arsenal com a sua entrega e energia, Heaton foi preponderante na época do Burnley com as suas inúmeras defesas, Lukaku fartou-se de marcar golos pelo Everton, e Joshua King cresceu quando ninguém esperava. Mas não há ninguém tão influente no seu ecossistema como o islandês dos swans.
    Actualmente com 179 pontos (9 golos e 13 assistências no Fantasy), pode-se afirmar sem rodeios que Sigurdsson segurou o Swansea na Premier League. Homem das bolas paradas e do último passe, fez a sua melhor época em Inglaterra e procurará fechar a temporada junto dos seus adeptos chegando à dezena de golos.
    Depois, tal como Coutinho, há o factor "mercado". À semelhança do brasileiro do Liverpool, Gylfi parece sereno e feliz no seu clube, mas uma proposta de um clube de outro patamar pode levar o Swansea a perder o seu talismã.
    O West Brom é uma equipa forte no jogo aéreo, e por isso poderá saber anular os livres indirectos e cantos de Sigurdsson, mas não se admirem se o 23 do Swansea fizer ele próprio o gosto ao pé.


Jamie Vardy - Leicester City - 9.9
    Um ano mais tarde o campeão de 2015-16 está no 11.º lugar. Noutro contexto seria chocante. Neste caso, embora os foxes tivessem obrigação de ter terminado no Top-8, não tanto. Na melhor das hipóteses, Vardy e companhia terminarão 2016-17 no 9.º lugar, bastando uma vitória diante do Bournemouth para roubarem directamente um lugar à equipa de Eddie Howe.
    Comparando o rendimento individual, apenas Vardy soube aproximar-se (ligeiramente) do nível apresentado na época de sonho. Mahrez, Fuchs, Huth, Morgan ou Schmeichel ficaram todos bastante abaixo do que tinham feito, e mesmo no caso de Jamie o decréscimo foi claro - totalizou 211 pontos em 2015-16, devendo fechar esta edição com algo próximo dos 160.
    As prováveis ausências de Huth e Morgan levam-nos a crer que o jogo será equilibrado, e o norueguês Joshua King (Most Improved Player da época?) pode aumentar o seu nº de golos, mas estamos também confiantes que Vardy poderá despedir-se com algo acima dos seus actuais 12 golos.


Gabriel Jesus - Manchester City - 9.0
    Imaginem uma época inteira de Gabriel Jesus no Manchester City de Guardiola... tanto potencial no Fantasy.
    O prodígio brasileiro chegou a Inglaterra e mostrou estar de facto destinado a ser um jogador de classe mundial, e embora tenha estado em campo apenas 561 minutos, esse tempo foi suficiente para marcar 6 golos e fazer 3 assistências.
    Depois de 19 pontos na dupla jornada 37, Jesus deve voltar a figurar no onze do técnico espanhol numa deslocação ao reduto do Watford em que os citizens sabem que uma vitória vale a presença sem espinhas na fase de grupos da Champions.
    Aproveitem, porque Gabriel Jesus deve começar 2017-18 um pouco mais caro (10.0 ou 10.5 no Fantasy, possivelmente), dependendo também dos jogadores que o City compre no Verão.
    Podemos pôr as coisas nestes termos: sempre que esteve em campo mais do que 14 minutos, Gabriel marcou ou assistiu. O rapaz é uma máquina.


César Azpilicueta - Chelsea - 6.4
    Na luta pelo (matemático) título de defesa com mais pontos nesta edição do Fantasy, o trio do Chelsea - Alonso, Cahill e Azpilicueta - compete entre si. A gestão que Conte fará na defesa, sector no qual John Terry deve ser titular e fazer o seu jogo de despedida, acabará por ter influência nessas contas, mas parece-nos que o técnico italiano pode voltar a não dar descanso ao seu activo silencioso mas valioso, um dos 3 jogadores de campo que jogou os 90 minutos de todos os jogos até aqui.
    Reconhecido por quem sabe de futebol como um dos melhores defesas em Inglaterra, Azpilicueta (joga e bem em todo o lado, como qualquer treinador gosta), a pouca exuberância - não faz desarmes heróicos como David Luiz, não marca golos importantes como Cahill, nem apoia o ataque como Marcos Alonso - esconde-o dos olhares menos atentos.
    Mas César Azpilicueta foi um dos melhores defesas desta Premier League, e os 22 pontos de Bónus que soma por esta altura (nenhum defesa tem tantos) reforçam a qualidade do defesa silencioso.





Outras Opções:
- Guarda-Redes: Tom Heaton (5.1) merece que fechem a temporada com ele na baliza, por tudo o que foi ao longo de 2016-17. Ninguém defendeu tanto (140 defesas) como o guardião do Burnley, embora Pickford se tenha aproximado nas últimas jornadas do compatriota. E uma última clean sheet é um cenário possível diante de um pouco consistente West Ham.
    Thibaut Courtois (5.9) deve ser titular no Chelsea-Sunderland, porque as Luvas de Ouro deste campeonato ainda podem ficar entregues ou a ele ou a Lloris, com vantagem para o belga; e Forster, Caballero e Mignolet também nos parecem boas opções.

- Defesas: Falámos acima de Azpilicueta porque o defesa silencioso merece que alguém fale por ele, mas a verdade é que John Terry (5.2) até é o defesa do Chelsea mais promissor nesta jornada. O eterno capitão dos blues será certamente titular e tudo indica que este será o seu último jogo em Stamford Bridge. É claramente senhor para marcar um golinho no adeus.
    Matip, Lovren, Stephens, Yoshida, Naughton, Ake e Kompany são todos eles escolhas bastante válidas.

- Médios: Verdade seja dita, Alexis Sánchez (11.6) ainda tem uma pequenina palavra a dizer no âmbito do título de marcador. Com 23 golos, o chileno está a 1 de Lukaku e a 3 de Kane, e embora apostemos tudo em como o troféu vai novamente para as mãos do avançado do Tottenham, Alexis é menino para, pelo menos, ultrapassar Lukaku, sendo o belga seu opositor nesta ronda.
    Mencionámos Coutinho e Sigurdsson, e o facto do Leicester não dever contar com Huth-Morgan, leva-nos a incluir Joshua King (6.2) uma última vez. Dezasseis golos para um jogador do Bournemouth, fantástico.
    Özil está em forma, Willian deve surgir entre as escolhas de Conte, Eriksen foi poupado diante do Leicester portanto deve jogar contra o Hull, Wilfried Zaha (5.8) pode ser um dos destaques consoante maior seja a rotação de Mourinho, e do Manchester City, elementos como Kevin De Bruyne (10.5) e Sané continuam a caber em qualquer equipa.

- Avançados: Harry Kane (11.8). Este tem que ser o primeiro nome a surgir na vossa lista de jogadores para esta jornada 38. Depois de 5 golos (1+4) na jornada 37, o avançado do Tottenham deixou Lukaku frustrado, e a 2.ª distinção consecutiva de Melhor Marcador não lhe deve fugir. Não obstante, acreditamos que Kane - mais confiante do que nunca - não se deve ficar pelos 26 e pode mesmo fechar 2016-17 com 27 ou 28 golos. Não há limites para um ponta de lança desta qualidade.
    Lukaku quererá recuperar o terreno perdido, embora tenha pela frente um Arsenal que quer muito ganhar, e Daniel Sturridge (9.6), embora caro, parece-nos ser um dos diferenciais mais interessantes desta jornada.
    Para além dos já referidos Gabriel Jesus e Vardy, há ainda nomes como Diego Costa (se jogar), Benteke, Agüero, Vokes, e no Southampton veremos se o fraco rendimento de Gabbiadini não afecta a sua presença no 11, podendo Puel lançar Jay Rodriguez.


Da nossa parte, é tudo. E, a nível de Fantasy, até 2017-18!

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11 (3-4-3): Heaton; Matip, Terry, Stephens; Coutinho, King, Sigurdsson, Sánchez; Kane, Jesus, Sturridge

Atenção a (Clássico; Diferencial):
Arsenal v Everton - Alexis Sánchez; Mesut Özil
Burnley v West Ham - Tom Heaton; Sam Vokes
Chelsea v Sunderland - Diego Costa; Willian
Hull City v Tottenham - Harry Kane; Christian Eriksen
Leicester City v Bournemouth - Joshua King; Jamie Vardy
Liverpool v Middlesbrough - Philippe Coutinho; Daniel Sturridge
Manchester United v Crystal Palace - Christian Benteke; Wilfried Zaha
Southampton v Stoke - Dusan Tadic; Jay Rodriguez
Swansea v West Brom - Gylfi Sigurdsson; Nacer Chadli
Watford v Manchester City - Gabriel Jesus; Kevin De Bruyne

12 de maio de 2017

Dicas Fantasy Premier League - Jornada 37

Bem, vamos lá então. À penúltima jornada da época.
    A jornada 37 promete ser decisiva a vários níveis. Primeiro que tudo, há uma altíssima probabilidade do Chelsea se sagrar campeão (o primeiro matchpoint dos blues é esta sexta à noite, quando visitarem o West Brom; podendo, caso falhem, festejar sem estar em campo se Mourinho tramasse o Tottenham, ou então mais tarde no Chelsea-Watford). Seja como for, não há grande margem para dúvidas - esta é a jornada em que o Chelsea de Antonio Conte garante o título, sucedendo assim ao Leicester City. Depois, em termos de Fantasy, a 37.ª ronda reúne todos os ingredientes para proporcionar pontuações estratosféricas - muitos Bench Boost e Triple Captain activados, com 15 (!) jogos em vez dos habituais dez, e boas conjugações de jogos para Manchester City, Arsenal, Chelsea ou Tottenham, por exemplo.
    Há assim uma só jornada de Premier League de 12 até 18 de Maio, num non-stop que nos irá oferecer pelo menos um jogo em cada um destes 7 dias. Para além da oficialização do título, a jornada terá outros pontos de interesse: Liverpool, Manchester City, Arsenal e Manchester United lutam por uma presença no Top-4, tendo os reds um jogo absolutamente decisivo no terreno do West Ham, e sendo o City nesta altura a equipa com maiores probabilidades de fechar a época no 3.º lugar. Claro está que o Manchester United pode carimbar o acesso à Champions por outra via - caso vença o Ajax, na final da Liga Europa. A meio da tabela há pouco para mexer de relevante, mas nos últimos lugares e depois do Hull City perder de modo inesperado com o Sunderland, Marco Silva terá um confronto escaldante com o Crystal Palace, entrando em campo um dia depois do Sunderland-Swansea.
    Pessoalmente, achamos que não devem cometer loucuras nesta jornada a nível de transferências, mas é importante reunir um conjunto de 10-12 (se conseguirem 15, melhor) jogadores para os quais esta seja uma double gameweek. Mas atenção, porque elementos como Romelu Lukaku ou Joshua King podem fazer num só jogo tanto ou mais do que muitos craques com 180 minutos para pontuar.
    Na jornada 36, De Bruyne e Forster foram os reis dos pontos (17 pts), e fizeram-se acompanhar a nível de destaques por jogadores como Sánchez, Vokes, Fàbregas, Xhaka, Holding, Marcos Alonso, Gibbs ou Otamendi.
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Estas são as nossas apostas para a 37.ª jornada:

Harry Kane - Tottenham - 11.7
    Alexis Sánchez, Hazard, Harry Kane, Gabriel Jesus e De Bruyne parecem-nos ser as melhores opções para capitão nesta jornada.
    Manchester United (casa) e Leicester (fora) são os jogos da jornada para os spurs, com particular destaque para o facto do Tottenham-Manchester United ser o último jogo em White Hart Lane - a equipa de Pochettino irá jogar 2017/ 18 em Wembley, enquanto a casa estará em obras. O saudosismo, aliado às segundas linhas que Mourinho poderá colocar em campo depois da meia-final com o Celta disputada quinta-feira, pode "acordar" o melhor de Kane, Eriksen e Dele Alli.
    Actualmente a 7 pontos do líder Chelsea, e também a sete pontos do 3.º lugar, os spurs entrarão tranquilos nos seus jogos, focados no seu bom futebol e em dizer adeus a 2016/ 17 com exibições de encher o olho. Os actuais 21 golos de Kane deixam-no a 3 tentos do melhor marcador Lukaku, e por isso mesmo não será surpresa alguma se os spurs fizerem do seu matador o jogador-alvo da esmagadora maioria dos seus ataques. Kane, comparativamente com Lukaku, tem 1 jogo a mais até ao final do campeonato, mas o facto do belga entrar em campo já nesta sexta pode - caso o avançado do Everton marque uns 2 ou 3, naquele que deve ser o seu último jogo em Goodison Park com aquelas cores - deixar Kane com mais ou menos esperança de alcançar o primeiro posto.


Kevin De Bruyne - Manchester City - 10.4
    Dezoito assistências, 175 pontos. Kevin De Bruyne - jogador que apontávamos no início da época como potencial MVP desta edição, algo que não se veio a confirmar - chega à recta final da temporada como 8.º jogador com mais pontos. Só Sánchez, Lukaku, Hazard, Alli, Eriksen, Diego Costa e Kane estão acima do craque do Manchester City.
    Sujeito, como sempre, à constante rotação que Guardiola promove neste City, deve no entanto ser titular nos 2 jogos. Os citizens recebem Leicester e West Brom, e já é sabida a diferença de rendimento de KDB quando joga em casa desde que está em Manchester.
    Depois de 17 pontos contra o Crystal Palace, com 1 golo e duas assistências, o criativo pode também beneficiar do facto de Agüero não estar a 100% (é provável que Kun não actue em pelo menos 1 dos 2 jogos), não havendo assim uma centralização tão assinalável no ataque do City, que poderá assim ver os seus pontos mais distribuídos entre Gabriel Jesus, De Bruyne, Sané, Sterling e Silva.
    Não é fácil arranjar espaço para Kevin De Bruyne, uma vez que Sánchez e Hazard também costumam fazer umas gracinhas, mas é possível ter este trio. Recomenda-se.


Cesc Fàbregas - Chelsea - 6.9
    O primeiro jogador da História da Premier League a completar 10 ou mais assistências em 6 épocas da competição.
    O espanhol, inicialmente segunda escolha de Conte no seu esquema ficando a ver Kanté e Matic em campo, conquistou o seu espaço e vincou a sua importância ao oferecer ao Chelsea aquilo que mais nenhum jogador tem: a sua visão de jogo é única, a qualidade de passe longo é inigualável, e Diego Costa agradece.
    Cesc fez 4 assistências nos últimos 3 jogos e não será surpresa se voltar a assistir os seus colegas diante de WBA ou Watford.
    Fundamental, à sua maneira, em todos os clubes por onde passou, é curioso verificar a transformação/ evolução e o lado mais camaleónico de Fàbregas, no seu percurso Arsenal-Barcelona-Chelsea. Um daqueles jogadores com uma carreira excelente e um número impressionante de títulos, mas em relação ao qual fica a ideia que poderia ter deixado uma marca mais forte no Futebol (o Barcelona certamente gostaria agora de o ter, tendo vendido tanto Cesc como Thiago, elementos que muito jeito dariam agora a aproximar o Barça de um meio-campo com craques silenciosos como Kroos e Modric).
    Se Diego Costa marcar nesta jornada, é provável que a assistência seja deste homem.


Rob Holding - Arsenal - 4.0
    O Chelsea de Conte impôs o seu 3-4-3 no futebol inglês com sucesso. Entretanto o Tottenham de Pochettino trabalhou um 3-4-2-1 capaz de se moldar em campo para o habitual 4-2-3-1 dos spurs. E neste final da época Wenger decidiu apostar em 3 centrais.
    Jogar num esquema de 3 centrais é puxado. Difícil de executar para quem não está habituado, muito difícil de contornar para os adversários quando o esquema está bem assimilado. Não se pode dizer que o Arsenal saiba jogar no seu esquema actual, mas a verdade é que os 2 últimos jogos resultaram em duas clean sheets, numa fase em que os gunners ainda procuram chegar ao Top-4.
    Avaliado em 4.0, Rob Holding é não só um central com futuro (21 anos) como um achado nesta jornada - o Arsenal joga dois jogos, devendo alcançar pelo menos um jogo sem golos sofridos.
    Holding deve continuar no 11 inicial, e cabe aos gunners fazerem a sua parte, vencendo o Stoke e pressionando o Liverpool antes dos reds visitarem o West Ham.


Gylfi Sigurdsson - Swansea - 7.4
    O Sunderland complicou e muito a manutenção a Marco Silva. Fará o mesmo ao Swansea? Veremos.
    Com Sunderland (fora) e West Brom (casa) nas últimas duas jornadas, o Swansea - 1 ponto a mais do que o Hull - tem nas suas mãos conseguir sobreviver no primeiro escalão do futebol inglês. Basicamente, Sunderland-Swansea, Crystal Palace-Hull, Swansea-West Brom, Manchester United-Crystal Palace e Hull-Tottenham serão os 5 jogos que interessam às contas da manutenção, mas só se o Hull vencer o Crystal Palace. Num cenário em que Swansea e Palace vençam nesta ronda, o Hull dirá já olá ao Championship (nesse contexto, Marco Silva deve dar o "salto" para outro clube da Premier).
    Chegando a um momento de carácter tão decisivo, o islandês Gylfi Sigurdsson deve aparecer e embora não tenha como muitos outros 2 jogos para pontuar nesta jornada, é menino para brilhar na mesma. 173 pontos fazem desta a melhor época de Sigurdsson, jogador que nas últimas duas passou sempre os 150, e temos o feeling de que, fique ou não o Swansea, Sigurdsson não deve continuar de cisne ao peito.




Outras Opções:
- Guarda-Redes: Petr Cech (5.3) e Willy Caballero (4.8) têm a vantagem de entrar em campo duas vezes, com o bónus do argentino ao ter os 2 jogos em casa e ser 0.5 mais barato.
    Forster mostrou na jornada 36 que merece ser considerado, e Lloris ou Courtois também têm um bom calendário. Pickford vs Fabianski promete revelar-se um duelo à distância importante na luta pela manutenção, assim como Jakupovic e Hennessey também serão determinantes.

- Defesas: Falámos de Holding e não se deve ignorar o bom momento de Nacho Monreal (5.9). Caso Koscielny regresse ao 11 dos gunners, Holding ou Gibbs devem ser sacrificados, mas teria mais lógica Wenger abdicar de Gibbs, colocando Monreal a ala.
     Vincent Kompany (6.0) está em grande - que diferença que o capitão do City faz naquela defesa, e no futebol de toda a equipa! - e Otamendi tem crescido de forma clara com o belga ao seu lado, e Maya Yoshida (4.5) ganha tangencialmente a Stephens e Bertrand pelas características dos adversários desta jornada.
    Marcos Alonso voltou a fazer das suas na jornada passada, chegando aos 167 pontos; Adam Smith (4.5) e Toby Alderweireld (6.3) também podem pontuar a sério.

- Médios: Alexis Sánchez (11.6) e Eden Hazard (10.6) são obrigatórios, com vantagem para o chileno porque o Chelsea pode dar-se ao luxo de gerir a equipa na recepção ao Watford caso já se tenha sagrado campeão, que é o cenário mais provável.
    De Bruyne terá a companhia de Leroy Sané (7.7), Sterling e David Silva na procura de destruir as defesas de Leicester e West Brom, Joshua King é porventura juntamente com Sigurdsson a melhor opção entre os jogadores que só têm 90 minutos para pontuar, e do Tottenham Dele Alli é o mais expectável destaque a meio-campo.
    Coutinho e Lanzini prometem um duelo de mágicos, e de resto atenção a jogadores como Özil, Zaha e Chamberlain.

- Avançados: Romelu Lukaku (10.2) e Gabriel Jesus (8.9) são, em conjunto com Kane, os avançados mais promissores nesta jornada com 15 jogos. Diego Costa, Gabbiadini e Vardy também devem ser considerados.


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11 (3-4-3): Caballero; Monreal, Holding, Yoshida; Hazard, De Bruyne, King, Sánchez; Kane, Jesus, Lukaku

Atenção a (Clássico; Diferencial):
Everton v Watford - Romelu Lukaku; Tom Davies
West Brom v Chelsea - Eden Hazard; Cesc Fàbregas
Manchester City v Leicester - Kevin De Bruyne; Gabriel Jesus
Bournemouth v Burnley - Joshua King; Adam Smith
Middlesbrough v Southampton - Manolo Gabbiadini; Ryan Bertrand
Sunderland v Swansea - Gylfi Sigurdsson; Fernando Llorente
Stoke v Arsenal - Alexis Sánchez; Mesut Özil
Crystal Palace v Hull City - Wilfried Zaha; Christian Benteke
West Ham v Liverpool  - Philippe Coutinho; Manuel Lanzini
Tottenham v Manchester United - Harry Kane; Christian Eriksen
Chelsea v Watford - Eden Hazard; Willian 
Arsenal v Sunderland - Alexis Sánchez; Alex Oxlade-Chamberlain
Manchester City v West Brom  - Gabriel Jesus; Vincent Kompany
Southampton v Manchester United - Manolo Gabbiadini; Nathan Redmond
Leicester v Tottenham - Harry Kane; Jamie Vardy 

4 de maio de 2017

Dicas Fantasy Premier League - Jornada 36

Aproveitem, vem aí aquela que já é a antepenúltima jornada do Fantasy 2016-17. Numa jornada em que muitos Wildcards serão activados a pensar em aproveitar ao máximo a jornada 37 (quinze jogos em vez dos habituais 10), Arsenal e Southampton jogam duas vezes. É recomendável que os jogadores de gunners e saints, duas equipas que recentemente não têm enchido o olho, embora o Arsenal mesmo assim atravesse um momento melhor, tenham lugar marcado nos vossos plantéis. O jogo entre ambos acontece no estádio da equipa orientada por Claude Puel (fala-se na hipótese Marco Silva para seu sucessor, algo muito interessante), enquanto que antes disso o Arsenal recebe um Manchester United pós-meia-final da Liga Europa, e o Southampton visita Anfield.
    Nesta recta final, a boa utilização de Wildcard, Bench Boost e Triple Captain por parte dos jogadores irá alterar e muito a classificação geral. Noutro campo, a classificação da Premier League já não deve sofrer alterações no seu topo. O Chelsea passou em Goodison Park - vitória clara por 3-0 - e tem via aberta para o título. A equipa de Conte tem 3 dos seus últimos 4 jogos em casa, recebendo Middlesbrough, Watford e Sunderland, tendo pelo meio que visitar o West Brom. Parece-nos que o Tottenham não irá desarmar, e por isso mesmo espera-se que Kanté, Hazard, Diego Costa e companhia celebrem o seu 6.º título inglês durante a jornada 37.

    Para os mais distraídos, avisamos que a jornada 36 começa já nesta sexta-feira à noite, com o Tottenham a visitar o West Ham, e os fãs da Liga mais disputada do planeta terão nada mais nada menos do que 5 dias de Premier League: 5, 6, 7, 8 e finalmente 10 de Maio. O jogo grande acontece no Domingo à tarde, com o Arsenal a receber o Manchester United, numa altura em que a estrutura final do Top-6 ainda é uma incógnita, e numa perspectiva de manutenção, há 2 jogos fundamentais para seguir - Hull-Sunderland e Swansea-Everton. Com 2 pontos de vantagem, o Hull de Marco Silva está obrigado a vencer - e deve consegui-lo contra o já despromovido Sunderland - uma vez que nas jornadas seguintes o calendário do Swansea é teoricamente mais fácil.

    Na jornada passada, Jakupovic e Gary Cahill foram os principais destaques com 14 pontos. O guardião suiço do Hull segurou 1 ponto diante do Southampton ao defender uma grande penalidade no último minuto, e Cahill contribuiu para uma vitória-chave do Chelsea rumo ao título. Agüero, Negredo, Sigurdsson, Pedro, Emre Can (que golo!) e o cada vez mais habitual Joshua King também estiveram em bom plano.
(Podem-se juntar à Liga Barba Por Fazer: Código - 2518758-588128)


Estas são as nossas apostas para a 36.ª jornada:

Alexis Sánchez - Arsenal - 11.5
    Outrora incrivelmente destacado da concorrência, hoje não é tão certo que Alexis Sánchez termine a temporada como o elemento com mais pontos nesta edição do Fantasy Premier League. Actualmente com 214 pontos, o chileno já é avistado por jogadores como Lukaku (209), Hazard (207) ou Dele Alli (205) mas tem a vantagem de dispor ainda de duas double gameweeks.
    Não ter Alexis Sánchez nas jornadas 36 e 37 é um grande risco. Por um lado, o eléctrico 7 do Arsenal, que nas últimas 6 jornadas só marcou 1 golo, integra uma equipa que tem apresentado pouca chama. Mas por outro, é importante ter presente que os gunners ainda querem assegurar um lugar no Top-4, e vencer o rival United (espera-se uma postura bastante defensiva da turma de Mourinho) é um passo determinante para tal.
    Depois, temos o feeling que os rumores que ligam Alexis ao colosso Bayern podem materializar-se neste Verão. E, nesse sentido, não se transferindo o chileno para outro clube da Premier League, Alexis quererá terminar a época da melhor maneira possível, despedindo-se em grande de solo inglês. É verdade que Hazard tem-se exibido a um nível que relega Sánchez para segundo plano, mas para nós o melhor é mesmo apelarem à ginástica orçamental e garantirem que têm ambos no vosso plantel.


Eden Hazard - Chelsea - 10.5
    Se não fosse Kanté, o troféu de MVP desta Premier League iria para Hazard. Mais uma vez. Depois de um 2015-16 apagado, no qual só acordou a tempo de confirmar o título do Leicester, Eden Hazard voltou ao seu melhor nível e tem carregado ofensivamente a equipa na 2.ª metade da época, depois de Diego Costa baixar o seu rendimento individual.
    Tendo até hoje um recorde de 233 pts (2014/ 15) no Fantasy, é bem possível que haja novo máximo para Hazard, sendo que o 10 do Chelsea já fixou nova marca a nível de golos - 15 - sujeita, claro, a ser melhorada.
    Com Middlesbrough (casa), West Brom (fora), Watford (casa) e Sunderland (casa), esperam-se pontos do ataque do Chelsea, e Hazard tem sido o jogador em destaque nesse capítulo. É certo que na última jornada Conte poderá promover algumas alterações na equipa, caso o título já esteja assegurado, mas nesta fase e tendo inclusive 2 jogos na próxima jornada, é absolutamente obrigatório terem Hazard.


Manolo Gabbiadini - Southampton - 6.5
    Ter ou não ter Gabbiadini, eis a questão. Depois de um início apoteótico em Inglaterra - 4 golos nos seus primeiros três jogos - o italiano não mais marcou na Premier League. É certo que falhou alguns jogos, lesionado, mas numa fase em que há muitas e boas opções para edificar o trio de avançados, escolher Gabbiadini é um certo risco.
    A seu favor, o calendário. O Southampton joga duas vezes nesta jornada, e volta a fazê-lo na próxima. E se nesta os jogos não são fáceis (Liverpool fora e Arsenal em casa), o que não quer dizer que Gabbiadini não brilhe, na próxima a coisa melhora (Middlesbrough fora e Manchester United em casa), juntando a isso uma recepção favorável ao Stoke na última jornada.
    Claro está que há problemas. Com tantos jogos num curto espaço de tempo, e tendo o ex-Nápoles regressado há pouco tempo de lesão, não é um dado adquirido que Gabbiadini seja sempre titular. O Southampton tem Shane Long, e Charlie Austin já voltou aos treinos. Ainda assim, é muito tentador acreditar no potencial de Gabbiadini.


Harry Maguire - Hull City - 4.4
    Uma boa surpresa. O central britânico, nascido em Sheffield, cresceu tanto com Marco Silva, que até chega a fazer impressão.
    De um jogador pouco seguro, capaz de oscilar entre parecer ora um tosco ora um elemento capaz na saída com bola, passou a um dos centrais-Revelação desta Premier League, intransponível e pleno de recursos ofensivos.
    Não surpreende, por isso, a associação ao Tottenham de Pochettino, equipa que poderá precisar de contratar 1 central caso a aposta no 3-4-2-1 seja uma tendência para continuar.
    Numa jornada em que o Hull recebe o Sunderland, um jogo absolutamente decisivo para Marco Silva, que torcerá pelo Everton e pelos golos de Lukaku quando o seu jogo terminar, Maguire é bem capaz de ter clean sheet e os últimos tempos têm-no confirmado como um perigo na grande área dos adversários.
   Tem condições para ser um íman de Bónus. E, tal como Marco Silva, não acreditamos que esteja no Hull em 2017-18.


Jamie Vardy - Leicester City - 9.9
    Harry Kane é O Avançado neste momento no Fantasy. Lukaku é o melhor marcador em prova, e muitos continuam a confiar nele. Gabbiadini tem muitos jogos para disputar, Agüero vs Gabriel Jesus é um quebra-cabeças que pode ser simplificado se o argentino estiver realmente lesionado, e depois de tudo isto sobram nomes como Diego Costa e Jamie Vardy.
    O melhor jogador do Leicester em 2016-17, e o único capaz de se aproximar ligeiramente do nível da temporada passada, disparou a partir da jornada 26: em 9 jornadas, 7 golos. Quando não marcou (Hull, Everton e Arsenal), em dois desses jogos assistiu colegas, e muito se deve ao avançado inglês o facto do Leicester ter fugido à luta pela manutenção, figurando agora entre o lote de equipas que ainda ambicionam um lugar entre o Top-10.
    Um Leicester-Watford parece-nos a praia perfeita para Vardy, e embora os jogos da jornada 37 não sejam fáceis - visita o Manchester City e recebe o Tottenham - é importante não o ignorar.



Outras Opções:
- Guarda-Redes: Petr Cech (5.3) tem a vantagem de jogar por duas vezes, uma semana depois de ter evitado que o Arsenal fosse goleado pelo grande rival Tottenham. Entre os guarda-redes que só jogam uma vez, Tom Heaton (5.2) em casa é sempre especial, depois de uma clean sheet inesperada do inglês em casa do Crystal Palace, que pode ter-lhe garantido o estatuto de guardião nº 1 no final das contas da época no Fantasy.
    Jakupovic, Schmeichel e Courtois também são boas opções.

- Defesas: Com várias indefinições na defesa do Arsenal (ter Monreal é estranho, e na direita Bellerín muito provavelmente será suplente de Chamberlain, pelo menos num dos jogos), entre os double gameweekers talvez o Southampton seja mais interessante. Bertrand é quem melhor se projecta no ataque, Yoshida o alvo habitual das bolas paradas ofensivas, mas a verdade é que Jack Stephens (4.2) é que tem sugado pontos de Bónus, conseguindo 2+3+2 no espaço dos últimos 6 jogos.
    Um pouco na linha de Maguire, Michael Keane (5.1) tem sido outro dos centrais revelação desta época, tendo o seu "salto" ainda mais garantido. O Burnley-West Brom pode perfeitamente ser um jogo de poucos golos. Ou não. Afinal, estamos a falar da Premier League.
    Marcos Alonso (6.8) e Gary Cahill (6.6) custam o que custam por algum motivo, e esquerdinos como Robertson, Fuchs ou Daniels também têm uma palavra a dizer nesta jornada.

- Médios: Joshua King (6.2). Quando um jogador que começou a época a 5.5 contabiliza 164 pontos em 35 jornadas, duas coisas garantidas: trata-se de um dos "achados" da época, e é obrigatório tê-lo uma vez que recebe Stoke e Burnley nas próximas jornadas. O norueguês não tem double gameweeks, mas o facto de nas últimas 14 jornadas ter marcado em 9 delas, tratando-se de um jogador do Bournemouth, chega e sobra para nos convencer.
    Hazard e Sánchez já foram esmiuçados, e entre os spurs, Dele Alli (9.2) reúne vantagem relativamente a Eriksen e Son. Kevin De Bruyne, Grosicki, Mahrez, Sigurdsson, Coutinho (se estiver a 100%), Chamberlain e Tadic também podem ter uma boa jornada.

- Avançados: Harry Kane (11.6) não deve parar de marcar tão cedo, e numa segunda linha ao nível de Vardy e Gabbiadini surgem imediatamente 2 nomes - Romelu Lukaku (10.3) e Gabriel Jesus (8.7). O belga não é tão prolífico fora mas pode ser bastante complicado para o aflito Swansea conter o seu poderio físico, enquanto que Gabriel Jesus será ainda mais tentador caso Agüero não esteja pronto para combate.



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11 (3-4-3): Cech; Maguire, Stephens, Cahill; Hazard, Alli, King, Sánchez; Kane, Vardy, Gabbiadini

Atenção a (Clássico; Diferencial):
West Ham v Tottenham  - Harry Kane; Toby Alderweireld
Manchester City v Crystal Palace - Gabriel Jesus; Kevin De Bruyne
Bournemouth v Stoke - Joshua King; Ryan Fraser
Burnley v West Brom - Tom Heaton; Michael Keane
Hull City v Sunderland - Kamil Grosicki; Harry Maguire
Leicester City v Watford - Jamie Vardy; Riyad Mahrez
Swansea v Everton - Romelu Lukaku; Gylfi Sigurdsson
Liverpool v Southampton - Philippe Coutinho; Dusan Tadic
Arsenal v Manchester United  - Alexis Sánchez; Alex Oxlade-Chamberlain
Chelsea v Middlesbrough - Eden Hazard; Pedro
Southampton v Arsenal - Alexis Sánchez; Manolo Gabbiadini