SP. BRAGA (4) O futebol português acolheu um pupilo de Pep Guardiola. Ocasional ilha entre os 3 grandes e o resto dos clubes portugueses, o Sporting de Braga quer, como sempre, intrometer-se no pódio (aconteceu por duas vezes nos últimos 6 anos, em ambos os casos com o Sporting a escorregar). Carlos Vicens, espanhol de 42 anos que
bebeu da sabedoria de Pep nas últimas temporadas, foi o homem escolhido por António Salvador para liderar este novo Braga. Peseiro não fez um mau trabalho, mas era preocupante a seca de golos - uma equipa habituada a marcar +70 golos, ficou-se pelos 55.
Apostado em fazer uma gracinha, o Sporting de Braga investiu bem - gastou 11 milhões em Mario Dorgeles (médio todo-o-terreno oriundo do Nordsjaelland) e 12 milhões em Pau Victor, avançado que esteve às ordens de Flick no Barcelona no ano passado. A estes dois juntam-se Gabriel Moscardo, emprestado pelo PSG, clube com boas relações com os arsenalistas e que já tinha proporcionado a chegada de Gharbi ao Minho, e Lagerbielke, central sueco que certamente será primeira escolha caso Vicens mantenha o esquema de três atrás.
VIT. GUIMARÃES (5)
De 2018 para cá, o Vitória teve como treinadores, entre outros, Luís Castro, Tiago Mendes, Pepa, Álvaro Pacheco, Rui Borges, Daniel Sousa ou Luís Freire. O tempo médio de vida de um treinador na cidade-berço é curto, que o digam Tiago ou Daniel Sousa que parecendo ter o perfil certo duraram cada qual apenas 3 jogos no cargo.
Aos 36 anos, e depois de se sagrar campeão da II Liga com o Tondela, Luís Pinto teve a coragem de aceitar o tremendo desafio de António Miguel Cardoso. Os vitorianos têm um elenco interessante, uma massa adepta apaixonante e vibrante, sendo o mais frequente uma classificação final entre o 5º e o 7º lugar.
Quando analisado o plantel, é possível que elementos como Tiago Silva ou Bruno Varela ainda saiam até ao último dia do mercado. Luís Pinto não contará com João Mendes (merecia a renovação de contrato), que se tornou um jogador livre, ou Filipe Relvas, reforço do AEK. Mas há uma base (Borevkovic, Handel, Arcanjo, Gustavo Silva) à qual foi acrescentada a qualidade técnica de Fabio Blanco, os golos de Alioune Ndoye, a correção tática de Matija Mitrovic e aquele que poderá ser uma das contratações do ano, Oumar Camara. O extremo de 18 anos, formado no PSG, é um nome para os olheiros apontarem já no bloco de notas.
Acima de tudo, confiamos num bom trabalho de Luís Pinto, com um conjunto de jogadores que possibilita uma abordagem tática híbrida, ora com saída a três ora com linha de 4. Na frente, a nossa primeira curiosidade será perceber se Gustavo Silva (o ex-Nacional teve um ótimo rácio de golos por minuto em 24/ 25) será aposta vincada como homem mais adiantado.
Treinador: Luís Pinto
Onze-Base (3-4-3): Charles (Castillo); Maga, Borevkovic, Abascal (Paulo Vitor); Vando Félix, Tiago Silva (Mitrovic), Handel, João Mendes; Telmo Arcanjo, Gustavo Silva, Oumar Camara
Atenção a: Oumar Camara, Tiago Silva, Gustavo Silva, Telmo Arcanjo, Alioune Ndoye
FAMALICÃO (6)
Demore mais ou menos a integrar cada fornada de jovens talentos no futebol português, o Famalicão tornou-se crónico candidato a lutar pela última vaga europeia. Oitavo classificado em três temporadas consecutivas de 2022 a 2024, o Famalicão foi 7º na última edição e não é exagerado pensar que sob o comando de Hugo Oliveira pode ser repetida a classificação de 19/ 20 (sexto lugar), à época com João Pedro Sousa a orientar Pedro Gonçalves, Fábio Martins e companhia.
2024/ 25 ensinou-nos que o treinador de guarda-redes convertido em treinador principal, Hugo Oliveira, tem bons instintos quer na preparação de cada jogo, quer na reação às incidências do mesmo. Um especialista na posição 1, Oliveira terá uma boa dor de cabeça quando tiver que escolher entre entregar a baliza a Ivan Zlobin ou Lazar Carevic. Acreditamos que o russo, totalmente recuperado de uma lesão grave num rim, será o preferido.
A grave lesão do magistral Óscar Aranda (rotura de ligamentos do joelho) foi um duro golpe, que aumentará a importância na equipa da criatividade e verticalidade de Sorriso e de Gustavo Sá, um craque que prossegue o seu crescimento e vai vendo adiado o seu salto para outro patamar.
Léo Realpe é reforço para o centro da defesa, ter Rodrigo Pinheiro e Gustavo Garcia para a mesma posição é um luxo, e a venda de Topic ao Norwich deve convidar o reforço Marcos Peña a um lugar no onze. Depois de Banza ou Cádiz no passado, desta vez cremos que será o francês Simon Elisor a fazer balançar as redes contrárias em inúmeras ocasiões.
Treinador: Hugo Oliveira
Onze-Base (4-3-3): Zlobin; Rodrigo Pinheiro (Garcia), Realpe, de Haas, Rafa Soares; de Looi, Peña (de Amorim), Gustavo Sá; Sorriso, Elisor, Gil Dias
Atenção a: Sorriso, Simon Elisor, Gustavo Sá, Ivan Zlobin, Léo Realpe
ESTORIL (7)
Novamente com um plantel bastante evoluído tecnicamente, é difícil não apontar o Estoril a uma posição na tabela que não seja entre o sexto e o oitavo. O escocês Ian Cathro está mais ambientado, domina ainda melhor a língua portuguesa (e que bem fica o nosso calão nas suas conferências de imprensa...) e os canarinhos seguraram no plantel um ou dois jogadores que imaginámos que sairiam este Verão.
Wagner Pina e Pedro Álvaro foram as saídas mais relevantes, e em sentido contrário assinaram Ferro, Pizzi, Martin Turk (titular da Eslovénia Sub-21 e que pode roubar a baliza a Robles), Khayon Edwards (marcou 12 golos em 19 jogos pelo Arsenal na Premier League 2) e Patrick de Paula, médio brasileiro de fino recorte que, sem ter explodido como volante no Brasileirão, pode revelar-se um craque neste Estoril aos 25 anos de idade.
A estas movimentações junta-se a continuidade de João Carvalho, capaz de ainda fazer melhor do que no ano passado, e principalmente de Yanis Begraoui, um jogador que pode muito bem ser o melhor marcador extra-grandes do campeonato. Há expetativa relativamente ao "andamento" com que Pedro Carvalho poderá surgir nos corredores e quanto a Rafik Guitane, o argelino tornou-se um Kinder surpresa.
Treinador: Ian Cathro
Onze-Base (3-4-3): Joel Robles (Turk); Boma, Bacher, Ferro; Pedro Carvalho, de Paula, Holsgrove, Gonçalo Costa; Begraoui, Khayon Edwards (Lacximicant), João Carvalho
Atenção a: Yanis Begraoui, João Carvalho, Patrick de Paula, Khayon Edwards, Pedro Carvalho
MOREIRENSE (8)
Em Moreira de Cónegos, há uma reunião de ingredientes muito interessantes. Com os seus jogos em casa transmitidos em canal aberto (TVI), o Moreirense vai ter o seu futebol a chegar a uma audiência amplificada, um detalhe relevante quando cruzado com o previsível crescimento e investimento no clube, por via do fundo Black Knight Fooball Group (Bournemouth, Lorient, Hibernian e Auckland também estão sob a mesma alçada).
Junta-se a isto tudo o fator treinador. Vasco Botelho da Costa (36 anos) é um nome que seguimos desde os seus tempos nos Sub-23 do Estoril. Conquistou a Liga Revelação em 21/ 22, subiu a União de Leiria ao segundo escalão em 22/ 23 e trouxe o Alverca à primeira divisão na temporada passada. Os bons resultados e vitórias perseguem-no: não se trata de uma coincidência e até nos surpreende que só agora lhe tenha sido dada uma oportunidade na Liga Portugal.
Nas últimas 7 épocas, o Moreirense esteve em seis delas no primeiro escalão. Nessas seis, ficou por 4 vezes entre os oito primeiros classificados. Achamos que pode estar aqui a equipa-sensação da prova mas optámos por uma aposta prudente (8º) mediante a maior qualidade e profundidade dos plantéis das equipas que apontámos aos 3 lugares acima.
Em termos de jogadores, Sidnei Tavares rumou ao Blackburn, e nas entradas destacamos André Ferreira (se apresentar o nível com que se despediu de Portugal, pelo Paços de Ferreira, será titular indiscutível), o artista Kiko Bondoso, o inglês Jimi Gower, um miúdo das escolas do Arsenal, e ainda Rodrigo Alonso, formado no Villarreal e com boa rodagem na equipa B do submarino amarelo.
Treinador em ascensão, defesa estável (Marcelo e Maracás vão para o 3º ano juntos) e alguns jókers como Yan, Cédric Teguia e Joel. Gostamos do potencial que aqui vemos.
Treinador: Vasco Botelho da Costa
Onze-Base (4-3-3): Kewin; Fabiano, Marcelo (Ponck), Maracás, Frimpong; Ofori, Benny (Castro), Alanzinho; Madson, Pedro Santos, Guilherme Schettine (Asué)
Atenção a: Alanzinho, André Ferreira, Kiko Bondoso, Jimi Gower, Rodrigo Alonso
CASA PIA (9) Repetir o 9º lugar da última época não significará um Casa Pia estagnado ou incapaz de evoluir. Depois de bater vários recordes do clube em 24/ 25 (número de pontos, vitórias e golos marcados), os gansos arrancam para nova caminhada e o seu melhor reforço foi... João Pereira. Em condições normais, o jovem treinador português (33 anos) teria dado o salto. Interessados terão surgido mas nenhum convincente o suficiente.
Com um arranque mediático (Sporting e FC Porto nas 3 primeiras jornadas), os casapianos surgirão sem Leonardo Lelo (saiu a custo zero para o Braga), encaixando também quase 4 milhões com Ruben Kluivert, uma ótima quantia por um jogador que nem era indiscutível na defesa. Achamos provável que Patrick Sequeira (melhor guarda-redes da Liga em 24/ 25) saia até ao fecho do mercado, e caso o costa-riquenho se mude para um clube de uma liga Top5 o substituto já está no plantel - o croata de 22 anos e 1,96m, Ivan Mandic.
Além do veterano sempre combativo Cassiano, um exemplo para os colegas, o Casa Pia continua a contar com a locomotiva Larrazabal, e elementos interessantes como Renato Nhaga, Livolant ou Max Svensson. A transferência de Lelo pode abrir espaço à afirmação do franco-argelino Fahem Benaissa, e entre os reforços Kelian Nsona é quem nos chama mais a atenção.
Não excluímos a hipótese de João Pereira surgir como grande candidato ao banco de um clube mais cotado durante a época, mas uma época completa de JP deve significar novo trabalho de autor e bom futebol, uma vez mais com um coletivo acima da valia das individualidades.
Treinador: João Pereira
Onze-Base (3-4-3): Patrick Sequeira (Mandic); Goulart, Kaique, Duplexe Tchamba; Larrazabal, Mohamed, Nhaga (Seba Pérez), Benaissa; Livolant, Cassiano (Max Svensson), Nsona
Atenção a: Kelian Nsona, Patrick Sequeira, Fahem Benaissa-Yahia, Gaizka Larrazabal, Jérémy Livolant
SANTA CLARA (10) Na última equipa, os açorianos foram a equipa-sensação da prova. Vasco Matos (técnico subvalorizado que terá possivelmente achado que seria o escolhido de Varandas em vez de Rui Borges) levou o Santa Clara ao quinto lugar, com um plantel em teoria inferior a Vit. Guimarães, Famalicão e até Estoril.
O mercado de Verão não prejudicou a equipa de forma significativa, ao contrário do que usualmente acontece às equipas que superam em larga escala as expetativas em Portugal. Ricardinho mudou-se para o futebol mexicano, mas Gabriel Silva, Vinícius, MT ou Gabriel Batista continuam todos por cá.
Há bom treinador, uma ideia consolidada (por vezes com abordagem excessivamente defensiva) e os jogadores conhecem-se uns aos outros. Porquê então um 10º lugar, cinco lugares abaixo de 2024/ 25? Essencialmente por acreditarmos que o Santa Clara conseguirá apurar-se para a fase de grupos da Liga Conferência. O desgaste de atuar sistematicamente à quinta-feira, para um plantel com poucas rotinas dessas andanças, pode ser prejudicial na primeira volta.
Não excluímos ainda que Gabriel Silva ou Vinícius Lopes possam sair até ao encerrar do mercado. E estaremos de olho nas primeiras exibições do australiano Anthony Carter (30 anos e 1,92m). O ex-goleador do Alverca levou consigo Brenner Lucas para o meio do oceano.
Treinador: Vasco Matos
Onze-Base (3-4-3): Gabriel Batista; Sidney Lima, Luís Rocha, Venâncio; Brenner Lucas, Serginho, Adriano Firmino, MT (Matheus Pereira); Vinícius, Wendel (A. Carter), Gabriel Silva
Atenção a: Gabriel Silva, Vinícius, Anthony Carter, MT, Gabriel Batista
GIL VICENTE (11)
Têm sido raros os clubes que dão tempo a César Peixoto. O treinador de 45 anos colecionou experiências de 18/ 19 para cá mas, sem ser um técnico iluminado, tem feito crescer jogadores e é usual associar-lhe uma imagem de futebol positivo e descomplexado, com personalidade e sem autocarros.
Barcelos perdeu Félix Correia por um valor recorde (7,5 milhões de euros) para o Lille, acrescentado-se ainda a mudança de Kanya Fujimoto para o Championship, mais concretamente para o ambicioso Birmingham de Tom Brady.
Poderemos estar a ser exagerados na avaliação que fazemos deste Gil, mas desde logo é valiosa a continuidade de Mohamed Bamba (médio defensivo costa-marfinense de 20 anos destinado a outros voos), do espanhol Santi García e do trio que tão bem anulou Gyökeres na temporada transata - Buatu, Elimbi e Mutombo.
Como novidades, os galos terão Luís Esteves (ex-Nacional) como novo epicentro criativo, não será uma surpresa de Gustavo Varela (Benfica B) retirar Pablo Felipe do onze inicial com o decorrer da primeira volta, e parece-nos promissor o tecnicista uruguaio Martín Fernández.
Vemos competência em todos os parâmetros e momentos do jogo para que a época seja tranquila.
Treinador: César Peixoto
Onze-Base (4-3-3): Andrew; Mutombo, Elimbi, Buatu, Konan; M. Bamba, Cáseres (Santi Garcia), Luís Esteves; Martín Fernández (Bermejo), G. Varela (Pablo), Touré
Atenção a: Martín Fernández, Mohamed Bamba, Gustavo Varela, Jonathan Mutombo, Luís Esteves
ALVERCA (12)
Passaram-se 21 longos anos. Na última vez que o Alverca esteve entre os maiores do futebol português, o campeonato chamava-se SuperLiga Galp Energia e o seu plantel tinha, por exemplo, Bruno Aguiar, Veríssimo (atual treinador do Benfica B), Manú, Rodolfo Lima, Yannick Quesnel e Filipe Falardo.
Ficou célebre há pouco tempo a fotografia de Vinícius Júnior, Travis Scott, Camavinga e Chase B. com a camisola do Alverca. O craque brasileiro do Real Madrid é coproprietário do clube de Alverca do Ribatejo, juntamente com investidores brasileiros e espanhóis.
Geralmente, não somos fãs de equipas que sobem e mudam quase tudo. Mas temos que reconhecer que alguém sabe o que está a fazer no Alverca: Vasco Botelho da Costa (mudou-se para o Moreirense) e João Pereira (Casa Pia) foram os jovens treinadores valorizados nas últimas temporadas, o que leva a crer que Custódio pode ser o próximo treinador a dar o salto.
Em sentido inverso, há um número: 28. O Alverca reforçou-se nada mais nada menos do que com vinte e oito (!) jogadores novos, mantendo-se no clube apenas Diogo Martins e Talisca.
Entre as quase três dezenas de novidades, a principal atração é Chiquinho. O extremo não vingou na Premier League e na La Liga mas, como figura máxima e com o dorsal 10, tem tudo para deixar uma marca maior do que aquela que conseguiu no Estoril e no Famalicão. Como coadjuvantes, estamos interessados em acompanhar o belga Cédric Nuozzi (excelente pré-época) e na posição mais adiantada o sérvio Marko Milovanovic (1,98m) é o favorito para agarrar o lugar, mas Tiago Leite (bons números ao serviço do Fafe) está à espreita de uma oportunidade.
Não estamos capacitados para avaliar corretamente os nomes que compõem a defesa, esperando-se rivalidade entre André Gomes e Mateus pela baliza.
Entrosar tanta gente e encontrar rapidamente o melhor 11 são os primeiros desafios de Custódio. Mas parece existir talento de sobra para evitar a descida.
Treinador: Custódio Castro
Onze-Base (4-3-3): André Gomes; Kauan (Gonçalo Esteves), Sergi Gómez, Meupiyou, Isaac James; Davy Gui, Diogo Martins, Alex Amorim; Chiquinho, Milovanovic (Tiago Leite), Nuozzi
Atenção a: Chiquinho, Marko Milovanovic, Cédric Nuozzi, Davy Gui, André Gomes
RIO AVE (13) O clube presidido por Alexandrina Cruz, mas com dedo de Evangelos Marinakis (Nottingham Forest e Olympiacos), está mais grego do que nunca. A helenização do Rio Ave tem sido um processo gradual mas a escolha de Sotiris Silaidopoulos como sucessor de Petit marca uma nova etapa.
Vrousai, Ntoi, Athanasiou (lateral esquerdo com 3 golos e 6 assistências na liga grega), Bakoulas e Papakanellos (esquerdino criativo) são os cinco helvéticos do plantel onde Clayton Silva continua a ser o ativo mais valioso. O ponta de lança marcou 14 golos na Liga e 4 na Taça de Portugal, e continuamos a achar que até ao fecho do mercado sairá para outro clube, dando o salto merecido. Miszta na baliza e o costa-riquenho Aguilera no centro do terreno de jogo são jogadores confiáveis e de extrema regularidade.
Os vilacondenses têm andado pelo 11º e 12º lugares, mas uma hipotética inadaptação de Sotiris (muito trabalho desenvolvido nos escalões de formação do Olympiacos) pode ter elevada fatura, e a previsão de 15º lugar inclui naturalmente a especulação (por confirmar) que Clayton Silva rumará a outras paragens, obrigando a equipa a reinventar-se no caminho para o golo.
Treinador: Sotiris Silaidopoulos
Onze-Base (4-3-3): Miszta; Vrousai, Ntoi, Panzo, Athanasiou; Bakoulas, Aguilera, Pohlmann; André Luiz, Papakanellos, Clayton
Atenção a: Clayton, Antonis Papakanellos, Brandon Aguilera, Nikos Athanasiou, Marious Vrousai
ESTRELA DA AMADORA (14)
O Estrela da Amadora ficou somente 2 pontos acima de Farense (despromovido) e AFS (salvo no Play-Off) e, com poucos destaques individuais e um treinador com pouca imprensa, faria o seu sentido apontarmos os lisboetas a uma posição com respiração menos tranquila.
Na Amadora, já não há Diogo Travassos, João Costa, Ferro ou Chico Banza, mas elementos como Jovane, Kikas, Rodrigo Pinho, Nilton Varela, Fábio Ronaldo ou o gigante Dramé prosseguem. O que nos deixa mais entusiasmados com a nova época do clube que tem Patrice Evra como acionista são mesmo as caras novas - o cabo-verdiano Sidny Cabral vem do terceiro escalão germânico para fazer todo o corredor direito, Ianis Stoica (novo número 10) tem rasgo e golo e acabou de disputar o Euro Sub-21 pela Roménia, e os melhores momentos deste Estrela podem surgir com a intervenção de Alan Godoy, avançado espanhol canhoto que militava no Barça B.
Temos dúvidas entre quem calçará mais vezes as luvas entre Renan Ribeiro e Diogo Pinto (ex-Sporting) mas acima de tudo estamos convictos que José Faria pode tornar-se mais respeitado e reconhecido esta temporada, numa relação de proporcionalidade direta com o talento e impacto de Stoica e Godoy.
Treinador: José Faria
Onze-Base (3-4-3): Renan Ribeiro (Diogo Pinto); Luan Patrick, Commey (Dramé), Schappo; Sidny Cabral (Encada), Amine, Robinho (Paulo Moreira), Nilton Varela; Stoica, Fábio Ronaldo, Godoy
Atenção a: Alan Godoy, Ianis Stoica, Sidny Cabral, Robinho, Semeu Commey
AROUCA (15)
À trajetória descendente - 5º lugar em 22/ 23, 7º lugar em 23/ 24 e 12º lugar em 24/ 25 - segue-se no nosso entender uma época difícil, não se podendo excluir este Arouca da luta pela manutenção.
Vasco Seabra é bom treinador mas precisamos de algumas jornadas para verificar se 2 ou 3 reforços que têm "bom aspeto" podem efetivamente ser dignos herdeiros de Mújica, Cristo González ou Jason (saiu para o futebol saudita). Valorizado pelo Europeu de Sub-21, Chico Lamba foi transferido a troco de 6 milhões (50% para o Arouca, 50% para o Sporting) para o Saint-Étienne, e Henrique Araújo regressou ao ninho para ter quiçá a maior dosagem de minutos de águia ao peito da sua carreira.
Já adaptados ao futebol português, pode-se esperar mais de Trezza e Nandín, e é sabido que a bola é sempre bem tratada nos pés de Taichi Fukui. O nipónico poderá agora tricotar o futebol ofensivo na companhia do sul-coreano Lee Hyun-ju, jogador de 22 anos com "escola" de Bayern Munique.
Os adeptos torcerão para que Arnau Solà seja tão competente à esquerda como Tiago Esgaio costuma ser à direita, e Nandín terá a concorrência de Barbero e do bielorrusso Marozau. No meio de tudo isto, olhamos para o Naïs Djouahra como a mais provável revelação deste plantel. Com formação em Espanha e alguns anos a crescer na Croácia, parece um atleta para seguir de perto.
Treinador: Vasco Seabra
Onze-Base (4-3-3): Nico Mantl; Tiago Esgaio, Popovic, Jose Fontán, Solà; Loum, David Simão (Hyun-ju), Fukui; Trezza, Djouahra, Nandín (Barbero)
Atenção a: Naïs Djouahra, Alfonso Trezza, Dylan Nandín, Arnau Solà, Taichi Fukui
TONDELA (16)
Após 3 temporadas a habitar na Liga Portugal 2, o Tondela está de volta. Os beirões sagraram-se campeões da II Liga com Luís Pinto, mas viram o jovem técnico rumar a Guimarães. O seu sucessor é Ivo Vieira, treinador que não deixámos de apreciar apesar de menos bem-sucedido nos últimos projetos.
Tirando Ricardo Alves, Costinha e Roberto, as principais caras da subida continuam no clube. O guardião brasileiro Bernardo Fontes (1,97m), eleito o melhor do ano na Meu Super, permanece e até poderá renovar apesar de ter sido apontado ao Vitória, e saudamos a chegada ao primeiro escalão de André Ceitil, médio defensivo com qualidade a mais para continuar nas divisões secundárias do futebol nacional.
Yarlen cheira a craque, Pedro Maranhão e Rodrigo Cascavel podem ter um papel a cumprir espaçada e alternadamente, e é muita a fé depositada no ponta de lança angolano Miro. O avançado de 22 anos acabou 24/ 25 de pé quente e tem as caraterísticas adequadas para se destacar e muito. Ao falar deste Tondela convém ainda sublinhar o significativo investimento feito no central Brayan Medina - o colombiano de 23 anos custou 2 milhões e meio, uma quantia invulgar para clubes deste patamar.
Treinador: Ivo Vieira
Onze-Base (4-3-3): Bernardo Fontes; Bebeto, João Afonso, Medina, Maviram; Ceitil, Hélder Tavares, Hodge (Cícero); Pedro Maranhão (Rodrigo Cascavel), Yarlen, Miro
Atenção: Miro, Yarlen, André Ceitil, Brayan Medina, Bernardo Fontes