28 de junho de 2014

Mundial 2014: 11 da Terceira Jornada

    Após um dia de pausa no Campeonato do Mundo, chegou ao fim mais uma jornada. E como é hábito, fizemos o nosso 11 ideal desta última ronda disputada. A táctica que escolhemos não é a mesma que as anteriores. Face às boas exibições de alguns médios, optámos por um 3-5-2 com 5 médios com características ofensivas. Quanto às restantes posições, não foi uma jornada rica de grandes exibições, mas ainda assim deixamo-vos os seguintes destaques:
    Não havendo uma exibição de encher as medidas, o escolhido para titular foi Raïs M'Bolhi. A par de Alexander Domínguez do Equador, foi o guardião que mais se destacou. Domínguez até fez mais defesas, mas o argelino teve mais impacto no jogo já que foi fulcral na passagem aos oitavos-de-final da Argélia. Parou tudo o que havia para parar da ofensiva russa.
    Na defesa, dois jogadores continuam a destacar-se neste Mundial. Um deles é - provavelmente - um dos 5 melhores da prova - Rafael Márquez. O mexicano continua a imperar na defesa da sua equipa e - para além de assegurar terrenos defensivos com uma tranquilidade incrível - é fulcral em lances ofensivos. Márquez acabou por fazer 1 golo e 1 assistência neste jogo frente à Croácia que foram fundamentais para vencer. O outro é Diego Godín... O uruguaio continua um monstro defensivamente e parece ter ganho o jeito para marcar golos decisivos. Já o fazia no Atlético e volta a fazer na selecção. Um jogo envolto em alguma polémica, mas Godín marcou o golo que valeu a passagem à próxima fase com mais uma cabeçada vitoriosa. Por fim, mais um repetente. Ricardo Rodríguez voltou aos nossos destaques onde se apresentou a grande nível frente às Honduras. Lançou vários ataques com passes longos e deu bastante profundidade ao corredor esquerdo da Suiça. Mais um jogo a grande nível de Rodríguez.
    Chegando ao centro do terreno, os nossos médios mais recuados - que de características defensivas nada têm - são Héctor Herrera e Giorgios Samaras. O mexicano tem sido dos mais constantes do campeonato e tem somado boas exibições atrás de boas exibições. Bem que já merecia um golo e neste jogo contra a Croácia foi superior a qualquer mexicano do meio campo para a frente. Quanto a Samaras foi o jogador mais influente na passagem sofrida da Grécia. Esteve envolvido em praticamente todos os lances de ataque. Assistiu Samaris no primeiro golo e teve a pressão de ter que marcar uma grande penalidade no último minuto que valia a passagem da Grécia. Não vacilou e por isso merece constar no nosso 11. Em terrenos mais ofensivos temos Ahmed Musa. O nigeriano esteve endiabrado no jogo contra a Argentina e marcou dois golos à selecção alviceleste - tendo o primeiro sido de belo efeito. Bom jogo do médio. Não são todos os dias que se marcam 2 golos à Argentina... James Rodríguez volta a repetir-se no nosso 11. Bastaram 45 minutos para fazer a segunda melhor exibição individual da jornada. Recordou a qualquer adepto do futebol português os estragos que fazia quando Vítor Pereira o lançava no decorrer dos jogos. Duas assistências perfeitas para Jackson (a segunda de maior qualidade) e um golo com classe pura, para os tubarões começarem a abrir as pastas e a tirar o dinheiro. Três golos e duas assistências em 3 jogos, e vem aí um Uruguai sem Suárez... Por fim temos o jogador da jogador da jornada - Xherdan Shaqiri. Um hat-trick quando o seu país precisava de ganhar para chegar aos oitavos e um golo às Honduras que mereceu ser classificado como o melhor desta ronda. Um poço de força, finalmente a aparecer verdadeiramente (e de que maneira!) no Mundial. A Argentina que se cuide...
    Na frente temos dois craques. Ele tem vindo a marcar todas as jornadas, mas tem-se limitado a apenas isso - marcar. Leonel Messi tem vindo a aparecer apenas nos golos, mas desta vez marcou dois. Ame-se ou odeie-se - apesar de ainda não estar ao nível a que nos habituou -, a verdade é que Messi tem decidido jogos. Já lhe passaram os nervos e saiu-lhe um peso gigante dos ombros por ter começado a marcar. Por isso - imaginando que esta enfadonha Argentina crescerá na fase a eliminar, mesmo sem Agüero – vai ser interessante acompanhá-lo agora. A verdade é que vai precisar de Di María e de Lavezzi porque se com as equipas do grupo conseguia decidir sozinho, a partir de agora vai ficar mais difícil de jogo para jogo. Por fim temos Neymar Jr. O jogador que esteve atrás de Oscar no primeiro jogo, foi o melhor no segundo - mas Ochoa ofuscou-lhe a exibição - e voltou a ser o melhor em campo neste terceiro jogo. Mais 2 golos, muita confiança e acaba por estar neste momento no conjunto de melhores do Mundial atrás de Robben, James, Messi, Rafa Márquez e num nível a par do Müller e acima do Benzema.




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