13 de junho de 2014

Espanha 1-5 Holanda: Super-Laranja vinga-se e goleia a campeã

Espanha  1 - 5  Holanda (Xabi Alonso (pen.) 27'; Van Persie 44' 72', Robben 53' 80', De Vrij 64')

    Já temos a primeira surpresa do Mundial 2014. Na reedição da final do Campeonato do Mundo de 2010, o Grupo B teve uma diabólica e avassaladora Holanda a destruir a Espanha. A equipa de Van Gaal soube defender, anulou o enfadonho estilo de jogo espanhol e arrasou em excesso de velocidade. Havia algumas dúvidas sobre que equipa Vicente Del Bosque iria apresentar e o seleccionador acabou por escolher Xabi Alonso e Xavi perto de Busquets, e Iniesta e David Silva no apoio a Diego Costa. Já a Holanda escolheu o 11 que era 100% esperado, inclusive com os jogadores com os primeiros 11 números do plantel.
    A 1.ª parte foi genericamente fraca, bem longe da emocionante 2.ª metade. A Espanha teve mais bola, mas o jogo manteve-se fechado. O primeiro aviso até foi holandês, mas só aos 27 minutos surgiu um golo, com Xabi Alonso a marcar de grande penalidade, após falta de De Vrij sobre Diego Costa (ficou a dúvida se não terá sido o avançado do Atlético Madrid a provocar o contacto). A Espanha ainda ficou perto do 2-0 - Cillessen evitou um chapéu de David Silva depois de um passe incrível de Iniesta - mas foi a Holanda a empatar ao cair do pano. Daley Blind fez um passe longo/ cruzamento extraordinário, com a bola a cair no sítio certo, mas muito melhor ainda foi o cabeceamento de Van Persie, um chapéu sem hipóteses para Casillas. Um lance de difícil execução, um golaço! E porventura para já o melhor golo do Mundial.
    Com 1-1 no marcador, nem o mais optimista adepto da Laranja Mecânica esperaria a avalanche que viria a acontecer. Poder-se-ia entender que a chuva viria a ajudar a Holanda e aos 53' surgiu a reviravolta. Novamente Daley Blind com um passe incrivelmente bem colocado, Robben aprimorou na recepção, brincou com os defesas e estoirou para o 2-1. O golo motivou e soltou os holandeses que, depois de um portentoso remate à barra de RVP em fora-de-jogo, manteve o rolo compressor entre os 64 e os 80 minutos. Primeiro foi De Vrij a marcar de cabeça, na sequência de um livre indirecto de Sneijder, num lance em que Iker Casillas esteve mal embora tenha sido tocado ligeiramente por Van Persie (de decisão dúbia e difícil, compensando o penalty); depois chegaram números de goleada com o 4-1 - Casillas cometeu uma fífia monumental, ofereceu a bola a Van Persie e o matador do Manchester United não perdoou. Como hoje para os holandeses não havia 4 sem 5, foi então que Sneijder lançou a velocidade (absolutamente astronómica) do velocista Arjen Robben e o homem do jogo arrasou no sprint, na forma como trabalhou o lance sobre Casillas e sobre os defesas, fazendo um golo incrível. A Espanha nunca soube responder e até ao fim até valeu Casillas a redimir-se com 2 boas defesas, a remates de Wijnaldum e Robben.
    Talvez até fosse previsível, considerando o modelo táctico e os intérpretes (e o seu perfil) que Van Gaal escolheu para a sua Holanda e a falta de motivação espanhola, que o jogo de hoje pudesse dar empate, mas ninguém preveria que terminasse com a Holanda a golear a Espanha por 5-1. Arjen Robben e Van Persie - perfeitamente encaixados nas boas ideias do seleccionador - foram os 2 maiores destaques, ambos endiabrados e a deixar água na boca para o que ainda farão neste Mundial; Daley Blind brilhou com 2 assistências, Nigel De Jong foi incansável nas suas tarefas e não se pode hoje destacar nenhum espanhol. Casillas, Piqué e surpreendentemente Sergio Ramos foram vulgarizados, a equipa não funcionou bem com Diego Costa na frente, e veremos se nos próximos jogos não surgem caras novas em campo.


Barba Por Fazer do Jogo: Arjen Robben (Holanda)
Outros Destaques: Blind, De Jong, Sneijder, Van Persie

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