Os gregos jogaram com menos um desde os 36 minutos, mas conseguiram aguentar os nipónicos os 90 minutos tendo ainda ficado com os melhores lances para marcar. Grande consistência defensiva dos gregos a parar por completo os ataques adversários com uma entrega fenomenal.
A primeira parte foi dominada pelos japoneses. Desde cedo se mostraram muito dinâmicos e em transições rápidas chegavam com facilidade ao meio campo adversário. Contudo, de uma forma um pouco desequilibrada. Pouca organização por parte dos asiáticos que resultava em desperdícios ofensivos. A primeira grande ocasião foi de Osako. O jogador japonês disferiu um remate colocado obrigando o voo de Karnezis. A bola saiu a rasar o poste e o guardião grego parecia estar batido. O Japão tentava tudo, mas esbarrava sempre nos defesas helénicos que permaneciam muito tranquilos. Honda ainda tentou bater Karnezis num livre directo, mas o guarda-redes defendeu a dois tempos com alguma dificuldade. Para complicar tudo, Katsouranis viu dois cartões amarelos em 10 minutos e foi tomar banho mais cedo. Duas faltas muito idênticas e algo desnecessárias. Katsouranis parou ambas as vezes um contra-ataque japonês, mas em momentos muito precoces já que o esférico se encontrava ainda em meio campo adversário e a sua defesa estava composta. Ainda assim - com esta grande contrariedade - é a Grécia a criar as melhores ocasiões de golo. Perto do fim da primeira parte, Torosidis - após boa recuperação de bola - disfere um remate fortíssimo para defesa apertada de Kawashima.
Era de se prever que o Japão iria cair em cima dos gregos com tudo o que tinha, mas as previsões saíram furadas. Eram os europeus a criar as melhores oportunidades do jogo e ainda asseguravam a defesa com alma e muito coração. Gekas que no fim do primeiro tempo tinha sido (mal) apanhado em fora-de-jogo foi o autor da primeira ocasião de golo ao cabecear forte - após canto de Karagounis - com Kawashima a ir ao chão fazer uma enorme defesa. O Japão controlava a posse de bola, mas só nos últimos 20 minutos é que conseguiu incomodar esta muralha helénica. Numa boa triangulação, Okubo - com a baliza toda escancarada - falhou incrivelmente o golo para desespero dos seus companheiros. Seguiu-se Uchida que não conseguiu aproveitar um erro de Sokratis rematando ao lado e ainda um remate do meio da rua de Okubo para grande defesa de Karnezis! Os nipónicos começavam a desesperar e os ataques saiam cada vez mais precipitados. Tanto que o último lance de relevo saiu dos pés de Endo, num pontapé livre, em mais uma grande defesa do guardião grego.
As duas selecções necessitavam de vencer e com este empate complicaram as contas no grupo. Ainda assim, é a selecção grega quem pode aspirar pela passagem. Para isso tem que vencer a Costa do Marfim no último jogo do grupo, selecção essa que não vai contar com os irmãos Touré que receberam a triste notícia da morte do irmão mais novo. Os gregos demonstraram grande coração durante toda a partida e a verdade é que têm a liberdade de sonhar com a passagem.
Outros Destaques: Kawashima, Okubo; Karnezis, Manolas, Torosidis.
Apenas um reparo, a selecção grega vai jogar contra a Costa do Marfim e não contra os Camarões, de resto excelente artigo, continuem o bom trabalho ;)
ResponderEliminarObrigado pelo reparo. Já está devidamente corrigido
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