Argentina 2 - 1 Bósnia (Kolasinac (A.G) 3', Messi 65'; Ibisevic 85')
A Argentina esteve longe de se
mostrar uma candidata ao título. Tem dos melhores jogadores do mundo, mas tem
um seleccionador indeciso. Sabella optou por arriscar num 3-5-2 com Garay,
Federico Fernández e Campagnaro a serem os homens mais recuados e um meio campo
com Zabaleta, Maxi Rodriguez, Mascherano, Rojo e Di María. Na frente, Messi e
Agüero foram os escolhidos. Um sistema táctico confuso, que só fez sentido na
cabeça do seleccionador. Do outro lado, Susic optou por deixar de fora Ibisevic
colocando Besic e Pjanic mais recuados e com Hajrovic, Misimovic e Lulic a
apoiarem Dzeko. O estádio era o da final, mas se a Argentina pretende voltar ao
Maracanã tem que melhorar e muito o seu futebol.
Os alvicelestes entraram a ganhar sem saber como. Num livre cobrado por Messi, Rojo desvia o suficiente para que Kolasinac introduza o esférico na própria baliza num momento de tremenda infelicidade. Um golo que podia muito bem desestabilizar a moral dos bósnios, mas isso não aconteceu. O fraco sistema táctico da Argentina mostrava grandes debilidades e a Bósnia assumiu o jogo com naturalidade. Boa circulação de bola com Misimovic a destacar-se nos dribles e passes. O primeiro lance de perigo nasceu mesmo nos pés de Misimovic que num grande passe isolou Hajrovic que não conseguiu dominar de feição e por isso possibilitou a defesa de Romero. Perto do fim do encontro, Lulic colocou novamente Romero à prova com um cabeceamento forte após canto de Pjanic. Messi teimava em não aparecer no jogo e o sistema de Sabella não ajudava a vida da Argentina.
No segundo tempo fez-se luz na cabeça do técnico e lá decidiu voltar aos 4 defesas com a entrada de Gago e Higuaín que permitiram a descida de Rojo e Zabaleta para as laterais. O jogo dos argentinos melhorou, mas não muito. Os europeus entraram novamente melhor e criavam cada vez mais oportunidades de golo. Hajrovic era o mais inconformado e rematou por várias vezes, mas sem grande perigo para Romero. Com um meio campo mais equilibrado, a Argentina começou a ter mais bola e aí surgiu o Messi de outros tempos. O astro argentino pegou a bola no meio campo, tabelou com Higuaín, fintou dois defesas deixando-os no chão e rematou para o fundo das redes sem hipóteses para Begovic. Sem fazer muito, os sul-americanos viram-se com dois golos de vantagem. Agüero e Messi ainda tiveram nos pés a oportunidade de dilatar o resultado, mas foram os bósnios a marcar. Lulic recebeu a bola a meio campo, correu uns metros e fez um passe magistral que se aliou à boa desmarcação de Ibisevic. O avançado não teve meias medidas e rematou por baixo das pernas do guarda-redes argentino. Um golo que poderia dar alguma esperança, mas a verdade é que o marcador não se alterou.
A Argentina somou assim os primeiros pontos do grupo com muito suor e com muitas notas a ter que tirar da partida. Já a Bósnia mostrou ter a atitude certa que - a manter-se - poderá muito bem sonhar com a passagem à fase seguinte.
Barba Por Fazer do Jogo: Lionel Messi (Argentina)
Outros Destaques: Mascherano, Agüero; Hajrovic, Lulic, Misimovic;