Nova decepção para os portugueses num jogo atípico na Amazónia. Um autêntico inferno que obrigou à primeira paragem técnica para os jogadores se refrescarem em Mundiais e que presenciou o adeus quase definitivo de Portugal ao Mundial 2014. Equipa sem ideias de jogo e com uma descoordenação incrível nas saídas para o ataque. Os Estados Unidos permaneceram organizados, dominaram o meio campo todo e aproveitaram as oportunidades.
O jogo começou a todo o gás com Nani a inaugurar logo o marcador aos 4 minutos. Numa insistência vinda da esquerda, André Almeida deu para trás para Veloso cruzar tendo a bola ultrapassado toda a defensiva norte-americana - com uma tentativa de corte a sair furada a Cameron - e a acabar nos pés de Nani. O extremo português dominou e - já com Howard no chão - fuzilou por completo a baliza norte-americana. O jogo acabou por ficar mais lento. Portugal a trocar a bola com muita calma e com os Estados Unidos a aproveitar os contra-ataques para criar perigo. Os norte-americanos tentavam a meia distância, mas sem grande êxito. Fabian Johnson teimava em fazer incursões da direita para o centro para rematar, mas foi Bradley o primeiro a criar dificuldades a Beto de meia distância. O meio campo era dominado pelos E.U.A. onde predominava um buraco gigante entre o meio campo português e a sua defesa. Os americanos iam arriscando e Ricardo Costa negou mesmo o golo a Clint Dempsey num grande corte. Nani era dos mais inconformados e tentou a sua sorte perto do fim da primeira parte com Tim Howard a fazer boa defesa. Em cima dos 45, novamente Nani a rematar forte para enorme defesa de Howard batendo ainda - com estrondo - no poste e na recarga Éder tentou o remate em jeito, mas Howard novamente a negar o golo. Chegava o intervalo com os E.U.A. a dominarem o centro do terreno, a terem mais remates, mas as melhores oportunidades a serem da equipa lusa.
Para o segundo tempo mais uma baixa. Depois de Postiga ter dado lugar a Éder nos momentos iniciais do jogo, foi a vez de André Almeida - que jogou a primeira parte em esforço - a dar lugar a William Carvalho, relegando Miguel Veloso para defesa esquerdo. Jogo tranquilo de Almeida, sem cometer qualquer erro durante o jogo e obrigado Johnson a procurar terrenos centrais para poder ter espaço. Jogo novamente muito parado e com a selecção portuguesa a não mostrar muitas melhorias desde o jogo contra a Alemanha. Os norte-americanos iam carregando e o lado esquerdo da defesa portuguesa começava a ser uma autêntica auto-estrada. Num lance de insistência pelo lado direito e após má saída de Beto, Bradley teve a baliza toda aberta para fazer o golo, mas Ricardo Costa surgiu para fazer um enorme corte em cima da linha. Já salvara a equipa das Quinas por duas vezes neste jogo. Portugal respondeu com um contra ataque com Éder a soltar para a desmarcação de Ronaldo pela direita, mas o capitão a atirar muito torto aquando da sua entrada na área. Tantas vezes o cântaro vai à fonte que os Estados Unidos marcaram mesmo. Após canto da direita, a bola sobra para a entrada da área onde Jones disferiu um remate forte e colocado que deixou Beto pregado ao chão. Um bom golo do médio - que estava a ser o melhor em campo -, mas que merecia pelo menos a tentativa de defesa... Beto preferiu ficar onde estava. Os lusos saiam sempre muito descoordenados para o ataque e - numa insistência - Meireles atirou para nova boa defesa de Howard. Nani voltava a ser o melhor destaque português tentando de tudo, mas o golo acabou por surgir para o outro lado. Golo nascido do lado direito onde Yedlin apareceu solto de marcação, o número 2 cruzou para a área, Bruno Alves cortou, Bradley rematou, o esférico ressalta para Zusi e o mesmo cruzou para Dempsey colocar o sonho americano em marcha. A eliminação de Portugal era eminente, mas Varela acabou por empatar nos descontos após centro de Ronaldo da direita.
Nova má partida da selecção portuguesa. Houve melhorias no jogo, mas apenas deveu-se à qualidade inferior do adversário. Uma selecção sem chama, com muitas lesões, muitos jogadores sem vontade e outros sem a boa forma habitual. Uma selecção a precisar de sangue novo. Com jogadores que queiram dar tudo pelo seu país e não que estejam acostumados a apenas representar o seu país. As malas estão feitas, mas a esperança ainda está presente. Pelo menos matematicamente. Portugal necessita de ganhar ao Gana pelo maior número de golos possível e esperar que a Alemanha ajude com uma vitória perante os E.U.A. O objectivo agora são os 3 pontos e reduzir a desvantagem de 5 golos perante os americanos.
Comentário muito brando para uma exibição sem chama, lenta, horrível.
ResponderEliminarNão podemos deixar de concordar consigo. Ainda assim, vamos esperar pelo embate decisivo contra o Gana para tecer um comentário mais elaborado.
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