Costa do Marfim 
2 - 1 
Japão (Bony 64', Gervinho 66'; Honda 16')Esta foi a prova em que o Mundial é especial em todos os jogos. Numa partida em que os intervenientes não são tão apelativos, assistiu-se de novo a um grande jogo com os costa-marfinenses a levarem os japoneses de vencidos em apenas dois minutos. Drogba foi o talismã da equipa, mas não foi - na prática - fulcral nos dois golos marcados. Mas já lá vamos... Os dois conjuntos já sabiam que a Colômbia era o líder do grupo, após ter aniquilado os comandados de Fernando Santos por 3-0, esta tarde. Os dois técnicos apresentaram algumas (poucas) surpresas em que do lado da selecção africana, Lamouchi optou por deixar Drogba no banco e lançar Bony de início. Já do lado da selecção asiática, Zaccheroni deixou o defesa Konno de fora e apostou no central Morichige do FC Tokyo.
O segundo jogo do grupo C foi recebido com uma temperatura alta e com chuva torrencial na Arena Pernambuco, em Recife. Os costa-marfinenses tentavam jogar com maior objectividade, saindo rapidamente para o ataque sempre que se encontravam com a bola. Porém, do outro lado estava uma selecção serena. Os nipónicos aguentaram o caudal ofensivo dos africanos - que era algumas vezes displicente - e quando se encontraram com a bola nos pés, fizeram mesmo o golo. O lance iniciou-se num lançamento de linha lateral vindo da esquerda e culminou - numa jogada rápida - nos pés de Honda. O japonês do Milan fez uma recepção orientada após passe de Nagatomo para o interior da área e atirou forte e colocado perfazendo um golo de belo efeito, sem qualquer hipótese para Barry. Os primeiros minutos após o golo foram de alguma aflição para a Costa do Marfim que acabou por consentir o golo marcado na primeira oportunidade dos adversários. Só a partir da meia hora de jogo é que os africanos conseguiram agarrar a partida e podem muito bem agradecer a Boka. O lateral esquerdo foi o elemento em maior evidência do lado dos costa-marfinenses na primeira parte a disferir dois remates que assustaram Kawashima e ainda a cruzar de forma exímia para Kalou que acabou por desperdiçar uma boa oportunidade de golo.
A segunda parte começou praticamente com Drogba a aquecer. Os jogadores da Costa do Marfim entraram decididos a dar a volta ao jogo, mas até à entrada da estrela da equipa, não houve lances de grande relevância. O jogo estava a ser bem disputado, com ligeiro ascendente dos marfinenses, mas com o Japão a controlar o jogo defensivamente. Todavia, tudo mudou com a entrada de Drogba. O veterano avançado entrou aos 62 minutos e aos 64 estava feito o empate. Fantástico cruzamento de Sèrge Aurier - com todo o espaço do mundo na direita - com Wilfried Bony a ter que meter apenas a cabeça e desviar o esférico para o fundo das redes. Como se não bastasse, dois minutos depois surge a reviravolta quase a papel químico. Grande triangulação entre Gervinho, Bony e Aurier com o último a cruzar para Gervinho fazer o segundo golo da partida. Mais uma enorme assistência de Sèrge Aurier, que para além de ter sido exemplar defensivamente, foi fulcral no ataque onde assistiu de forma formidável para os dois golos da sua equipa. Até ao término do jogo, os nipónicos nada conseguiram fazer para contrariar os africanos. O desgaste físico era notório nos asiáticos, ao contrário dos costa-marfinenses que mantiveram a sua boa condição física.
Um bom jogo de futebol entre duas equipas muito distintas, onde o Japão apresentou um sistema de jogo mais contido e que deu resultado até à entrada de Didier Drogba. Como referimos, não foi fulcral na prática, mas deu confiança aos seus companheiros. De elogiar também o risco do técnico Lamouchi que retirou um médio defensivo para colocar Didier, baralhando um pouco as marcações da equipa de Zaccheroni.
Barba Por Fazer do Jogo: Sèrge Aurier (Costa do Marfim)
Outros Destaques: Gervinho, Boka; Honda.
