Porto 3 - 1 Sporting (Josué (pen.) 11', Danilo 62', Lucho 74'; William Carvalho 60')
Eram grandes as expectativas de qualquer adepto do futebol português
para o jogo de hoje. O Porto não tem enchido o olho, o Sporting tem
surpreendido os mais optimistas e qualquer benfiquista sabia após a vitória
frente ao Nacional que hoje era Clássico para ganhar pontos. A ausência de
Quintero podia preocupar quem achasse que o Porto precisaria da magia do
colombiano para desbloquear o jogo, mas viu-se genericamente uma exibição
característica dos dragões nestes momentos - psicologicamente fortes, coesos, a
encarar o jogo do 1.º minuto ao último com competitividade e consciência da
importância de "mais 3 pontos".
O jogo começou vivo e interessante, com um bom ambiente no Dragão e duas equipas a sentirem a importância do encontro. O Sporting embora não se assuma como candidato sabia que uma vitória ou empate neste jogo podiam ajudar a mudar o discurso e o Porto entrou com um miolo de Fernando, Herrera e Lucho, soltando nos flancos Varela e Josué (embora ele renda mais no centro do terreno). O jogo acabou por ser desbloqueado por... Maurício. O central brasileiro chegou tarde a um lance e abalroou Alex Sandro dentro de área - um daqueles penalties que não dá discussão em nenhum café. Com a pressão nos ombros, Josué atirou para o lado esquerdo e provou a sua frieza. O Sporting procurou nos minutos seguintes ter mais bola, mas sempre com algumas dificuldades em construir, enquanto que no Porto Josué ia procurando bater Patrício pela 2.ª vez e William Carvalho tirou "o pão da boca" a Cha Cha Cha Martínez. À saída para o descanso, o resultado ajustava-se, embora dê sempre pena quando um Clássico é decidido por uma grande penalidade.
Embora a segunda metade tenha começado com uma saída em falso após um canto, o Sporting e os seus adeptos começaram gradualmente a acordar e aos 60' o empate chegou mesmo. André Martins cruzou, William Carvalho rematou para a baliza e um desvio em Fernando traiu Hélton. Os leões festejaram muito mas logo a seguir mostraram uma falta de maturidade e capacidade competitiva tremenda. O Porto teve alma e caiu em cima após o golo sofrido e, praticamente no minuto seguinte, Josué colocou a bola em Danilo e o lateral direito (faz alguma confusão vê-lo longe de zonas onde possa brilhar mais) fintou Rojo e fez um grande golo. O golo deixou os verde-e-brancos quase K.O., mas ainda tiveram forças para dar trabalho a Hélton - Capel rematou com perigo, Montero obrigou o guarda-redes brasileiro a uma boa defesa depois de um cabeceamento e Piris também pôs o keeper portista à prova. A corrente estava para um lado, mas o golo surgiu do outro - transição perfeitamente executada e completamente consentida pela defensiva leonina. Jackson Martínez cruzou, Silvestre Varela ganhou a bola de cabeça e assistiu Lucho para o 3-1, o ponto final no jogo.
Viu-se hoje o tipo de exibição que faz, ano após ano, manter-se regular. Não houve uma personalização de Paulo Fonseca, houve sim uma exibição de uma equipa que sabe o que quer e o que tem que fazer/ jogar para o conseguir. Josué foi talvez o melhor elemento, num jogo em que o momento-chave surgiu na incursão de Danilo. O Sporting foi inferior, teve azar ao ter sofrido os golos da 2.ª parte em momentos em que até estava melhor, mas revelou estar verde, não beliscando em nada o seu bom percurso até agora.
Barba Por Fazer do Jogo: Josué (Porto)
Outros Destaques: Hélton, Danilo, Lucho; William Carvalho
Golos:
1-0 Josué (pen.) 11'
1-1 William Carvalho 60'
3-1 Danilo 62'
4-1 Lucho 74'