15 de julho de 2014

Os 23 do Mundial

    Não podíamos despedir-nos do Mundial 2014 sem antes deixarmos, em jeito de balanço, as nossas considerações sobre quem foram os melhores da competição do Brasil. Entre tantas outras coisas, este Mundial - ganho com justiça pela Alemanha - ficará para sempre na memória dos adeptos pelas boas exibições de vários guarda-redes, pelo futebol perfumado de James Rodríguez, pela mestria e ousadia de Van Gaal a orientar a Holanda, pela surpreendente Costa Rica, pela queda precoce de várias selecções fortes (Itália, Portugal, Inglaterra e, sobretudo, a Espanha) e, mais do que qualquer outra coisa, pelo histórico e imortal 7-1 que a campeã Alemanha aplicou ao anfitrião Brasil.
    Ao longo deste mês elegemos o melhor 11 de cada ronda. Não o faremos para a final e para o jogo de atribuição da medalha de bronze, optando sim por apresentar agora aqueles que foram para a equipa do Barba Por Fazer os 23 jogadores deste Mundial: a convocatória com os jogadores em maior destaque ao longo da competição, evidenciando claro a constituição do melhor 11 global. Para além disso, abaixo podem também encontrar a distinção do nosso Bola de Ouro, do Melhor Guarda-Redes, Melhor Jovem, Melhor Seleccionador e Melhor Golo.

Os 23 do Mundial

Guarda-Redes: Keylor Navas (Costa Rica), Manuel Neuer (Alemanha), Sergio Romero (Argentina)
Defesas: Philipp Lahm (Alemanha), Mats Hummels (Alemanha), Ezequiel Garay (Argentina), Ron Vlaar (Holanda), Stefan De Vrij (Holanda), Giancarlo González (Costa Rica), Daley Blind (Holanda), Marcos Rojo (Argentina)
Médios/ Extremos: Javier Mascherano (Argentina), Toni Kroos (Alemanha), James Rodríguez (Colômbia), Ángel Di María (Argentina), Arjen Robben (Holanda), Neymar Jr. (Brasil), Alexis Sánchez (Chile), Juan Cuadrado (Colômbia)
Avançados: Thomas Müller (Alemanha), Lionel Messi (Argentina), Enner Valencia (Equador), Karim Benzema (França)


    Começando pela baliza, os nossos 3 eleitos foram os três guardiões que a FIFA também destacou, e bem: Navas, Neuer e Romero. Foi um Mundial com exibições monumentais de vários GR (Ochoa, Ospina, Tim Howard, Bravo ou M'Bolhi saíram valorizados da Copa) sendo fácil no entanto evidenciar 3, sobretudo dois deles bem distantes de toda a concorrência. Sergio Romero, como verão abaixo na distinção do Melhor Guarda-Redes, merece o bronze. O keeper argentino esteve seguro, foi decisivo em dois jogos (Irão e Holanda) e conseguiu sofrer apenas 1 golo na fase a eliminar, o golo de Götze na final. No entanto, e contra si, tem o facto do mérito defensivo da Argentina ter tido grande influência da defesa e do meio-campo defensivo, não o testando tanto. Assim, os 2 melhores guarda-redes deste Mundial foram Keylor Navas e Manuel Neuer. Optámos por eleger Navas como o melhor do torneio porque de facto foi o mais extraordinário - na fase de grupos sofreu apenas 1 golo, e de grande penalidade, defrontando Uruguai, Itália e Inglaterra e esteve extraordinário contra Grécia e Holanda. Foi o GR com defesas mais espectaculares e mais difíceis neste Mundial e por isso mesmo o nosso eleito. Relativamente a Neuer, apenas podemos dizer que o escolhido podia também ter sido nele e se Navas foi o melhor da competição, Neuer recuperou neste Mundial o estatuto de melhor guarda-redes do Mundo. Ninguém vai esquecer o "Beckenbauer com luvas" , como alguém se referiu a ele, da Mannschaft. Para melhor líbero só haveria uma hipótese.
    Na defesa não foi muito complicado chegar aos 4 titulares, embora tenha havido uma boa % de bons centrais neste Mundial. Philipp Lahm, Mats Hummels, Ezequiel Garay e Daley Blind compõem a nossa defesa. O lateral alemão começou o Mundial a médio mas foi com a sua passagem para a sua posição de origem - no decorrer do jogo com a Argélia - que a Alemanha exponenciou o seu futebol para outro patamar. Um lateral perfeito, o jogador que mais merecia erguer o troféu na final. Em termos de centrais, Mats Hummels foi indiscutivelmente o melhor: marcou a Portugal e França, e esteve num nível absurdo a antecipar-se e a ganhar os duelos tanto com bola no relvado como pelo ar. A sua melhor exibição terá sido sem dúvida contra a França. A acompanhá-lo optámos por Garay pela sua regularidade. Sobretudo a partir dos oitavos esteve brilhante em termos de posicionamento, leitura de jogo e antecipação, desarme e jogo aéreo. Um dia talvez alguém explique como saiu do Benfica por 6 Milhões. Com Garay a titular, deixamos no banco Ron Vlaar (um jogador que teve algum hype mas que foi monumental contra a Argentina), o colega Stefan De Vrij (cresceu muito com este Mundial, foi extremamente regular, nunca conseguiu uma super-exibição como Vlaar mas esteve impecável nos 3 jogos finais) e Giancarlo González (o patrão da defesa da Costa Rica, claramente a pedir o salto para um bom clube, irrepreensível nas suas acções). Em todo o caso há outros 2 defesas centrais que merecem ser referidos: Rafa Márquez e David Luiz. O central mexicano esteve irreconhecível - pela positiva - nos 4 jogos do México, sendo determinante em todo o jogo da equipa, ficando infelizmente ligado ao adeus mexicano; David Luiz estava muito bem posicionado para figurar nos nossos 23 (e inclusive no 11) até às meias-finais mas depois caiu a pique nos últimos 2 jogos. Prejudicou-se a si próprio por ser um jogador bastante emotivo, coleccionou erros mas para nós isso não chegou para o considerarem um dos piores do Mundial como muitos querem fazer crer. Na esquerda houve 3 excelentes laterais - Blind, Rojo e Ricardo Rodríguez. O lateral suiço abandonou a competição muito cedo e não a conseguiu marcar o suficiente para o privilegiarmos relativamente a Blind e Rojo. O jogador do Sporting surpreendeu pela forma como se exibiu a lateral, foi um dos melhores jogadores argentinos, mas esteve inferior a Daley Blind. O jogador do Ajax acabou o Mundial com 1 golo e 3 assistências e demonstrou a sua polivalência, a sua qualidade técnica e táctica, conseguindo sempre bastante impacto no esquema holandês.
    Chegando ao meio-campo, havia 2 elementos essenciais: Javier Mascherano e Toni Kroos. Mascherano foi a alma da Argentina quando a genialidade de Messi perdeu fulgor. Houve uma Argentina que viveu dos rasgos de Messi (até ao jogo com a Bélgica, inclusive) e outra com Mascherano em evidência, a combater pelos seus, incansável e omnipresente. Uma Argentina com outros rasgos, diga-se. Já Toni Kroos, embora tenha sido uma das desilusões da final, esteve intocável até aí: decisivo na construção alemã, com uma super-exibição no Mineiraço e um exímio marcador de bolas paradas. Em terrenos mais adiantados merecem destaque James Rodríguez e Arjen Robben - os dois jogadores com maior impacto individual neste Mundial. James perfumou o Brasil com a sua magia, o seu futebol alegre. O 10 colombiano - um dos jogadores do qual por acaso esperávamos mais antes do Mundial mas não tanto, confessamos - encantou em todos os jogos, marcou 6 golos (melhor marcador), fez 2 assistências e saiu com o Mundo de olhos nele e com o planeta-futebol a respeitá-lo. Um 10 puro, mas com golo nos pés. Arjen Robben deixou tudo e todos para trás, e vacilou apenas na meia-final. Bateu recordes de velocidade, apresentou um fulgor e intensidade superiores a qualquer outro jogador, foi o motor da Holanda e o grande desequilibrador da selecção de Van Gaal. Para além destes elementos houve ainda espaço para Neymar (acabou por ser o brasileiro mais regular, e o Brasil sofreu pela dependência que desenvolveu relativamente a ele), Di María (veneramo-lo mas a verdade é que só começou a aparecer na partida com a Nigéria, fez um jogão com a Suiça e lesionou-se cedo frente à Bélgica, o que acabou por ser curto e um jogador do seu calibre não merecia ficar de fora dos 2 últimos jogos). Premiámos também o Mundial de Alexis Sánchez, novo reforço do Arsenal, pelo enorme impacto que teve no futebol do Chile, destacando-se contra Austrália, Espanha e Brasil (Brasil e Espanha desorientaram-se sempre que Alexis espalhou magia e recuou para destruir as defesas adversárias). A fechar e a premiar a boa campanha da Colômbia colocámos o "melhor amigo" de James, Juan Cuadrado, o jogador que termina o Mundial com mais assistências.
    No ataque os dois jogadores merecedores de maior destaque foram Thomas Müller e Lionel Messi. O alemão - que a seu tempo, se não for prejudicado por nenhuma lesão, irá bater o recorde de Klose - fez 5 golos, 3 assistências e, por muito que passe muito tempo a barafustar e a protestar com os árbitros, é um exemplo pelo empenho que deixa em campo. É um predestinado para os grandes palcos mas não é por isso que se sente mais importante que os outros; é um jogador de equipa, que corre que se farta, com faro de golo e muito inteligente a ocupar espaços. Depois, Lionel Messi. Quer queiramos quer não a Argentina marcou 8 golos neste Mundial e Messi esteve envolvido em 7 deles. É indiscutível que foi caindo de rendimento, que no mata-mata devia ter feito muito mais, que não merecia ter-lhe sido entregue a Bola de Ouro da competição, mas é também claro que sem Messi a Argentina nunca teria chegado à final e se qualquer outro jogador tivesse tido o trajecto de Messi neste Mundial, neste momento toda a gente se perderia em elogios para com esse jogador, mas os parâmetros de avaliação e exigência para um jogador como Messi (ou como Ronaldo, também) são diferentes. Numa opção que não será certamente consensual integrámos também nos nossos 23 Enner Valencia, por ter sido uma revelação ao serviço do Equador e pela marca que deixou. A fechar as nossas escolhas, Karim Benzema é o porta-estandarte do bom futebol que a França apresentou até sucumbir frente à Alemanha. O avançado do Real Madrid foi o principal destaque dos gauleses onde Valbuena e Pogba também estiveram a bom nível

    Estes foram os 23 que escolhemos com base na qualidade que apresentaram ao longo do Mundial. Fica, no entanto, uma menção a jogadores como Ochoa, Ospina, Tim Howard, Medel, Aurier, Juan Carlos Paredes, Ricardo Rodríguez, Brahimi, Sneijder, Celso Borges, Tejeda, van Persie, Herrera, Valbuena e Pogba. Alguns destes jogadores acabaram por abandonar o Mundial cedo demais - Pjanic e Gervinho foram também exemplos disso, enquanto que também houve elementos como Schweinsteiger ou Wijnaldum cujo impacto foi maior nos jogos finais, apresentando no entanto menor regularidade.

Bola de Ouro (Melhor Jogador)

    Como podem ver, para nós não foi Messi. Num Mundial em que elementos como Kroos, Lahm, Mascherano e Messi estiveram bem, houve 3 que estiveram ainda melhor, dois deles atingindo o Olimpo do futebol com a bola nos pés, mas infelizmente sem conseguirem festejar no fim. Thomas Müller foi o melhor dos alemães. Depois de em 2010 ter sido o melhor marcador e o melhor jogador jovem, 4 anos depois consegue ser campeão do mundo. Ofensivamente sempre o jogador mais esclarecido e esforçado, uma carga de trabalhos para qualquer equipa. Acima dele, os 2 melhores jogadores do Mundial 2014. Se James tivesse chegado às meias-finais (perdurando assim até aos últimos dois dias de competição), seria um verdadeiro crime a FIFA não o distinguir. Neste contexto, percebe-se que se procure premiar um jogador que esteve entre os semi-finalistas e nesse caso o melhor do Mundial pela FIFA deveria ter sido Robben. Uma vez que temos os nossos próprios critérios, tendo avaliado jogador a jogador, jogo a jogo, durante todo o Mundial, James Rodríguez é para nós o Bola de Ouro do Mundial 2014. Até ser eliminado foi o maior destaque da competição e nenhum jogador mesmo assim veio a atingir, no conjunto dos jogos realizados, o nível do colombiano e um impacto tão grande no jogo da sua equipa. James encantou, perfumou o Brasil com o seu futebol alegre, com a magia de um 10 que o Mundo inteiro passou a conhecer. Para além disto, acabou ainda como melhor marcador com 6 golos em 4 jogos e meio. A nossa medalha de prata ficou para Arjen Robben. O holandês teve enorme responsabilidade no percurso e sucesso da Holanda (3.º lugar). O extraordinário jogador holandês foi em todos os jogos o dinamizador da Holanda, o motor da equipa, um velocista com um trajecto e uma "fome" incrível. Deixou tudo e todos para trás, com a bola nos pés, e merecia uma distinção que tanto podia ir para ele como para James. Este foi um Mundial sem medo, com futebol ofensivo e por isso mesmo a Bola de Ouro merecia ficar entregue a um dos 2 jogadores que mais deslumbraram e que assumiram sempre a sua equipa em alto nível, do primeiro minuto ao último. Este foi o Mundial dos 7-1 e o Mundial de James, mas compreendíamos que para a FIFA e para a generalidade da imprensa Robben fosse uma opção que gerasse consenso. Arjen sim, Lionel não. Para nós, El Bandido. Génio, craque, o Mundo rendeu-se a James Rodríguez.

Melhor Guarda-Redes

    Pelo que acima já dissemos, na justificação dos 3 guarda-redes dos nossos 23, a escolha recaiu nos mesmos elementos da FIFA. Romero com o último lugar do pódio, Manuel Neuer a recuperar o estatuto de melhor guarda-redes do mundo na actualidade e Keylor Navas como o melhor guarda-redes do Mundial propriamente dito, juntando à melhor média de golos sofridos/ jogo (0,4 melhor que os 0,57 de Neuer e Romero) a maior quantidade de intervenções de elevado grau de dificuldade. De qualquer forma, muito renhido e muito difícil de escolher entre Navas e Neuer. Se fosse possível dividir o troféu a meias, talvez o fizéssemos.

Melhor Jogador Jovem

    Não se pode dizer que este tenha sido um Mundial para a juventude. Considerando que o prémio se destina a jogadores com 21 anos (máximo), as melhores performances nesta faixa etária ficaram bem longe do nível de Thomas Müller em 2010 ou Lukas Podolski em 2006. Nenhum jogador entre os jovens candidatos foi um destaque claro do Mundial e por isso as nossas opções acabaram por recair nas 3 alternativas menos más.
    Sterling foi contagiado pela má prestação inglesa, Ross Barkley, Kovacic ou Draxler não tiveram espaço nem minutos suficientes, Quintero e Green deixaram uma marca muito pequena, e elementos como José María Giménez e Omeruo acabaram por tombar cedo. Romelu Lukaku era um dos mais fortes candidatos e desiludiu (apareceu ao nível esperado apenas no prolongamento frente aos EUA, a decidir o jogo) e quem ganhou com o fraco rendimento de Lukaku foi Divock Origi. O jogador do Lille foi uma revelação, deu-se a conhecer com este Mundial e foi útil ou decisivo em todos os jogos da fase de grupos. Acima dele, esteve Memphis Depay - o jovem craque holandês (em 2016 poderá ter um peso superior na selecção de Hiddink) esteve muito bem contra Austrália e Chile, amealhando 2 golos e 1 assistência nos poucos minutos que teve mas não conseguiu manter o nível quando teve oportunidade na fase a eliminar. Com isto, Paul Pogba acabou por ser - tal como a FIFA premiou - o melhor jovem do Mundial 2014. Não esteve brilhante contra as Honduras, com a Suiça Deschamps castigou-o deixando-o no banco mas conseguiu ainda deixar a sua marca quando entrou, frente ao Equador foi o melhor elemento francês no bom jogo de Domínguez, atingiu o seu apogeu com a Nigéria (Valbuena e ele foram os melhores franceses) e depois caiu, como toda a França, contra Hummels, Neuer, contra a Alemanha campeã do mundo. Em 2016 teremos Pogba mais maduro, Pogba a jogar o europeu em casa. À beira do pódio ficou, efectivamente, Varane.

Melhor Seleccionador

    Foi, em certa medida, um Mundial de treinador. Um Mundial de preparação, de estudo, culminado depois nas prestações brilhantes de alguns jogadores. Caiu por terra a monarquia espanhola, acabou por não ganhar o futebol crente na individualidade e com falta de orientação a partir do banco (exemplos de Sabella e Scolari), vingando sim quem melhor se preparou: quer ao longo de anos a fio (Alemanha), quer jogo a jogo (Holanda, entre outros). Parece unânime que Louis Van Gaal foi o melhor seleccionador entre os 32. Teve a inteligência de fazer uma brilhante análise à matéria que tinha em mãos e trabalhou a Holanda para um esquema que protegeu algumas fragilidades e potenciou elementos. O seu 3-4-1-2 tornou uma selecção tipicamente inocente e quase exclusivamente ofensiva num colectivo forte, coeso, com grande flexibilidade táctica, inteligência e eficácia. Para tudo isto Van Gaal foi astuto, inteligente, fez em 90% das situações a melhor leitura a partir do banco e transformou Kuyt ou Wijnaldum, ficando para sempre a sua cartada ao lançar Krul aos 120 frente à Costa Rica. A completar o pódio optámos por Jorge Luis Pinto (incrível trajecto dos ticos magnificamente bem organizados defensivamente) e Joachim Löw (determinante ao leme da Alemanha, a afinar uma máquina onde todos os jogadores sabiam sempre o que fazer em campo, e onde o valor da equipa foi sempre o mais alto). O careca Sampaoli merece também a referência positiva numa competição que valorizou esquemas com 3 centrais (Holanda, Costa Rica, Chile e México contribuíram para isso).

Melhor Golo

    A lista poderia ser superior - de 10 golos, por exemplo - mas preferimos focar os 5 melhores golos deste Mundial. A arte, a espontaneidade, a magia e o génio de James Rodríguez ocupa o 1.º lugar com um golaço frente ao Uruguai que representou o Bola de Ouro (para o BPF) deste Mundial a tocar no céu. Uma boa jogada colombiana com James a matar no peito e, rodeado por um quadrado uruguaio, a disferir um remate espectacular, perfeito, com toda a naturalidade que caracterizou James no torneio.
    Compusemos o pódio também com o golo de cabeça de van Persie à Espanha - talvez o golo de todos com execução mais complexa e difícil de repetir, um cabeceamento em "peixinho" a fazer um chapéu a Casillas depois de um cruzamento milimétrico de Blind. Provavelmente um dos 2 melhores golos de cabeça que já vimos. Depois, o golo de Tim Cahill - novamente um lance genial sem pensar 2 vezes, um golo que se "vê mais" mas que não deixa de ser incrível pelo momento, pela trajectória da bola. Não conseguimos escolher apenas 3 golos porque ficariam assim de fora Robben e Shaqiri. Arjen Robben bateu o recorde de velocidade de um futebolista, contra a Espanha, numa correria infernal seguida de toda a calma e técnica para humilhar Casillas e os defesas espanhóis, sem saberem como parar o 11 da Holanda. Por fim, Xherdan Shaqiri encerra o nosso lote de escolhas com um míssil teleguiado. Um golo à Hulk, pressionado por um defesa das Honduras, num remate indefensável e de potência extrema depois de uma movimentação a partir do flanco.


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