Olá portugueses! Alô Brasil! Damos hoje início à nossa cobertura do Mundial 2014. Durante os próximos tempos temos garantidas diversas surpresas e iniciativas únicas que vão marcar a diferença na abordagem à maior competição internacional de futebol.
Nas próximas semanas iremos partilhar convosco aqueles que seriam para nós os 23 convocados de 10 selecções que escolhemos por serem as que entendemos como mais interessantes e cujo papel de seleccionador era mais desafiante. A título exemplificativo, o Uruguai embora esteja provavelmente num lote alargado de candidatos com algumas aspirações neste Mundial não será por nós abordado porque embora tenha diversos craques, os eleitos não poderiam fugir muito a determinado conjunto, não ficando ninguém de fora de forma escandalosa.
Como não poderia deixar de ser, iniciamos esta aventura com os anfitriões da Copa. O Brasil não realizou qualificação como os outros, por receber o Mundial, mas tendo Luiz Filipe Scolari a rédea será curta e o modelo de jogo é um e só um. Como os portugueses e os brasileiros sabem, "Felipão" sabe como ninguém montar um grupo forte e coeso numa Selecção. No entanto, o que interessa aqui são as nossas opções, o que seria o Brasil connosco ao leme. Primeiro justificaremos os nossos 23 eleitos, que em muitos casos diferem da convocatória já divulgada (iremos publicar os nossos 23 de algumas Selecções mesmo sem se saber ainda a convocatória final das mesmas) e, por fim, indicaremos qual seria o nosso 11 titular e porquê. Vamos lá então, galera.
A Convocatória
Em termos de guarda-redes, connosco Júlio César não calça. Foi um grande guardião no ano em que o Inter de José Mourinho venceu tudo, mas actualmente joga no Toronto e isso é francamente pouco face à concorrência que existe. Os nossos 3 eleitos são Diego Alves, Neto e Jefferson. O guarda-redes do Valência, que voltou recentemente de uma lesão que deixou Guaita a defender as redes da equipa espanhola é para nós o melhor redes brasileiro da actualidade. Ágil, com bons reflexos, corajoso a sair e muitas vezes a fazer alguns milagres entre os postes. A titularidade seria sempre entre ele e Neto, importante na Fiorentina e ainda com grande margem de progressão. Jefferson, único dos 3 escolhidos a actuar no Brasil, encerra as nossas opções. Para qualquer eventualidade, Victor estaria inserido no leque de 7 jogadores de contenção.
A defesa do Brasil dá pano para mangas, sobretudo porque houve vários jogadores com grandes desempenhos esta época, tanto nos seus campeonatos como nas competições europeias. Thiago Silva e David Luiz são a justa dupla de centrais titular do Brasil. Complementam-se bem, fazem parte do conjunto de melhores centrais da actualidade e formarão - na realidade - uma boa dupla na Copa caso Scolari opte por eles (relativamente à titularidade do capitão Thiago Silva há 0% dúvidas). Relativamente aos outros 2 centrais, escolhemos 2 jogadores que apresentaram um nível incrível esta temporada: Miranda e Luisão. O central do Atlético Madrid brilhou em Espanha e na Champions, em grandes palcos, com grande intensidade de jogo e frente aos melhores do mundo. Luisão fez a melhor época da sua carreira no Benfica, liderou as águias na Liga ZON Sagres e na Liga Europa, e ambos foram sem dúvida superiores a Dante, Henrique, Réver e a Dedé.
Do lado esquerdo, Marcelo e Filipe Luís seriam as nossas opções para a canarinha. O lateral do Real foi recentemente "encostado" por Coentrão mas tem todo o talento para fazer um excelente Mundial. Filipe Luís, num mundo justo, tinha obrigatoriamente que integrar os 23 do Brasil na actualidade. Por fim, Dani Alves seria o nosso lateral direito e, face à injustiça que seria deixar o jovem Marquinhos de fora, acabámos por adaptá-lo ao lado direito da defesa. Dedé, a quem ainda falta ritmo europeu, faz parte da nossa contenção.
No meio-campo a qualidade é muita. Muita mesmo. Há primeiro que ter em conta que o nosso modelo seria o mesmo que Scolari irá utilizar (um 4-2-3-1, com dinâmica mas bastante rigor táctico). Os nossos 4 escolhidos para competir por um lugar no duplo pivô são Ramires, Luiz Gustavo, Fernandinho e Fernando. É muito provável que na realidade Felipão mantenha Luiz Gustavo e Paulinho (dupla na Taça das Confederações) e até tenha bons resultados com isso, mas nós íamos por outro caminho. Qualquer um destes 4 jogadores é fortíssimo do ponto de vista táctico e físico. Ramires tem 5 pulmões e é um dos jogadores mais cultos tacticamente hoje em dia, Fernandinho fez a diferença na forma como soltou Yaya no campeão City, Luiz Gustavo é um jogador tremendamente fiável e regular e, por fim, optámos por Fernando porque o sonho dele sempre foi jogar pela canarinha (como ele próprio afirmou, e por isso mesmo nunca o consideraríamos para a Selecção portuguesa) e é o melhor trinco puro brasileiro, sendo útil ao Brasil contar com ele para determinados jogos e, sobretudo, momentos do jogo.
Oscar faz naturalmente parte das nossas escolhas, ainda para mais pelo facto de ser um jogador que aparece sempre nos grandes palcos e grandes jogos, sendo Coutinho uma boa alternativa ao médio do Chelsea - também com elevada criatividade e talvez até maior qualidade de último passe. Willian é, na nossa Selecção brasileira, solução para qualquer 1 dos 3 lugares mais adiantados do meio-campo e Douglas Costa uma excelente opção para os flancos. Os 2 jogadores que mais nos custaram deixar fora foram Hernanes e Lucas Moura. No 1.º caso preferimos os 4 elementos que referimos, também pelo que apresentaram esta temporada (o próprio Paulinho nem surge na nossa contenção) e relativamente a Lucas, quando confrontados com o duelo Douglas Costa vs Lucas, embora Lucas tenha grandes arrancadas dignas de Youtube, Douglas Costa é um jogador mais maduro, que decide melhor e no qual confiamos mais.
Assim, para além de Lucas e Hernanes, estariam ainda de contenção Bernard e Éverton Ribeiro. Que Éverton é craque ninguém duvida, mas falta-lhe mostrar mais. Destaque ainda para Roberto Firmino, craque do Hoffenheim de 22 anos que fez uma grande Bundesliga e está preparado para voos mais altos, tendo ficando mesmo "à porta" da nossa contenção. Alguém disse recentemente que um Brasil sem Kaká e Ronaldinho era um "Brasil sem alma". São e foram jogadores únicos, mas na construção de um grupo para um Mundial, também não os incluímos.
Ponto prévio: percebemos que Scolari opte por Fred no sentido de trabalhar bem com a equipa, segurar bem a posição e os centrais etc, mas... Fred e Jô? Connosco não. Primeiro que tudo, Hulk e Neymar Jr. eram jogadores com lugar cativo. Neymar é a figura do Brasil, e mostrou na Taça das Confederações que consegue lidar bem com esse estatuto e Hulk "acordou" desde que AVB chegou ao Zenit. É certo que ambos seriam opções para a faixa, tal como Willian ou Douglas Costa (e mesmo Coutinho e Oscar podem jogar descaídos) mas o mind-set de Hulk e Neymar inclui certamente menos corrida para trás.
As nossas opções para servirem de referência ofensiva seriam portanto Luiz Adriano, do Shakhtar, e Lima, do Benfica, ficando Alan (grande época no Salzburg) de contenção. Oxalá Alexandre Pato - um desperdício - estivesse em forma e em boa condição física e poderíamos ter pensado também nele. Luiz Adriano e Lima são jogadores superiores tecnicamente a Fred e Jô, têm também rotinas a coexistir e integrar-se bem com a construção de jogo por parte do meio-campo ofensivo, e assentam na perfeição para o que pretenderíamos fazer com este lote de 23.
O Onze
Justificados os nossos 23 escolhidos para a "canarinha", podemos agora fazer o exercício de explicar qual seria o nosso 11 inicial, como faremos também para as restantes 9 selecções que iremos abordar nas próximas semanas.
Diego Alves seria o nosso guarda-redes (ou goleiro, já que estamos a falar da Selecção do Brasil). A dúvida seria entre ele e Neto, mas a nossa confiança recaiu no jogador do Valência pelas razões mencionadas acima.
O nosso quarteto é o quarteto pelo qual Scolari deverá optar. Dani Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo formam uma defesa de excepção, das melhores do Mundial. Dois centrais fortíssimos e dois laterais que conjugam o saber defender com o saber atacar. A inspiração dos laterais seria fulcral na dinâmica deste Brasil.
Os nossos escolhidos para o duplo pivô são Ramires e Fernandinho. Ramires é um jogador que qualquer treinador adora e Fernandinho um bom e muitas vezes silencioso complemento. Claro que alguns jogos poderiam pedir Luiz Gustavo, outros Fernando. A nível do tridente ofensivo, simplificámos consoante o talento. Oscar, Hulk e Neymar são os 3 maiores craques (ofensivos) deste Brasil e será do talento deles que dependerá um bom Mundial 2014, tal como seria no nosso esquema. Ter Willian, Douglas Costa e Coutinho prontos a sair do banco permitiria uma abordagem diferente no desenrolar do jogo, sendo alternativas seguras perante a necessidade de descansar alguém.
Na frente, o lugar mais avançado seria entregue ou a Lima ou a Luiz Adriano. Ambos se encaixariam bem neste modelo, sendo que Lima talvez fosse mais útil ao processo ofensivo da equipa, enquanto que Luiz Adriano talvez conseguisse mais golos na sua conta pessoal.
Diego Alves seria o nosso guarda-redes (ou goleiro, já que estamos a falar da Selecção do Brasil). A dúvida seria entre ele e Neto, mas a nossa confiança recaiu no jogador do Valência pelas razões mencionadas acima.
O nosso quarteto é o quarteto pelo qual Scolari deverá optar. Dani Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo formam uma defesa de excepção, das melhores do Mundial. Dois centrais fortíssimos e dois laterais que conjugam o saber defender com o saber atacar. A inspiração dos laterais seria fulcral na dinâmica deste Brasil.
Os nossos escolhidos para o duplo pivô são Ramires e Fernandinho. Ramires é um jogador que qualquer treinador adora e Fernandinho um bom e muitas vezes silencioso complemento. Claro que alguns jogos poderiam pedir Luiz Gustavo, outros Fernando. A nível do tridente ofensivo, simplificámos consoante o talento. Oscar, Hulk e Neymar são os 3 maiores craques (ofensivos) deste Brasil e será do talento deles que dependerá um bom Mundial 2014, tal como seria no nosso esquema. Ter Willian, Douglas Costa e Coutinho prontos a sair do banco permitiria uma abordagem diferente no desenrolar do jogo, sendo alternativas seguras perante a necessidade de descansar alguém.
Na frente, o lugar mais avançado seria entregue ou a Lima ou a Luiz Adriano. Ambos se encaixariam bem neste modelo, sendo que Lima talvez fosse mais útil ao processo ofensivo da equipa, enquanto que Luiz Adriano talvez conseguisse mais golos na sua conta pessoal.
A rubrica "Os Nossos 23" volta na próxima quarta-feira, com outra Selecção. Até lá!