Nacional da Madeira 1 - 1 Porto (Wagner 62'; Tello 45')
O Porto entrava para o jogo sabendo já da derrota do rival e podia encurtar a distância para apenas 1 ponto. Contudo, um mau jogo dos dragões ditou que apenas encurtassem mais 1 ponto, ficando assim a 3 do Benfica e - apesar de haverem algumas condicionantes pelo meio - passam a depender de si próprios para vencer o campeonato nacional.
Julen Lopetegui optou por colocar Evandro no lugar de Oliver e na ausência de Fabiano (expulso no último encontro) apostou em Helton. O treinador espanhol fez ainda regressar Maicon ao eixo da defesa, deixando Martins Indi no banco de suplentes. Já o Nacional da Madeira estava ainda mais condicionado que o vice-campeão nacional. Não tendo os argumentos do adversário, ficou privado de Marçal por lesão e ainda de Marco Matias por acumulação de amarelos. Tiago Rodrigues supostamente também teria visto o seu quinto amarelo no último jogo, mas a FPF esclareceu que o jogador havia limpo os cartões amarelos ao transferir-se para o clube madeirense. Contudo, como o jogador pertence aos quadros do Porto, sofreu uma gastroenterite um dia antes do jogo por mera coincidência.
A primeira parte foi fraca e o único momento de deslumbre foi o golo de Cristian Tello. Os azuis e brancos tomaram as rédeas do jogo e não deixaram os visitados jogar. Notava-se alguma ansiedade por parte dos jogadores do Porto em tentar marcar, mas todos os tiros à balizam saíam furados. Casemiro, Aboubakar e Brahimi bem tentaram, mas só Tello conseguiu colocar a bola no fundo das redes aproveitando a desvantagem numérica da equipa de Manuel Machado por lesão de Willyan. O jogo estava parado, mas o árbitro não autorizou a substituição e os dragões acabaram por explorar (e bem) a ala desprotegida. Tello driblou um adversário com uma movimentação da direita para o centro e com o pé esquerdo atirou ao ângulo da baliza de Gotardi. O guardião brasileiro bem voou, mas foi um remate indefensável e - por sua vez - um fantástico golo do espanhol. O apito para o descanso viria segundos depois, com a sorte a sorrir para os dragões neste fim de primeira parte.
A segunda metade foi bem mais agitada com um Nacional da Madeira a participar mais no jogo e a aproveitar as transições rápidas para criar perigo ao adversário. O Porto até entrou melhor num livre de Maicon à barra, mas Christian também respondeu de livre para grande defesa de Helton. Os dragões começavam a errar mais passes e a equipa liderada por Manuel Machado começava a avançar no terreno com mais velocidade e mais unidades. Até que surgiu o golo do empate. Num contra ataque pela esquerda, Sequeira foi à linha e cruzou para o recém-entrado Wagner encostar ao segundo poste. Delírio nas bancadas e balde de água fria para os adeptos azuis e brancos que se deslocaram à ilha da Madeira. O Porto tentou reagir e foi mesmo Gottardi a negar o golo a Danilo e Aboubakar com duas excelentes intervenções. O Nacional não se deixou intimidar e arrancou de novo para o ataque quase virando o resultado. Sequeira foi à linha cruzar e Lucas João - com a baliza aberta e Helton no chão - atira a bola para os céus. Perdida inacreditável do avançado... Até ao fim, o Nacional acabou por abrandar e o Porto a depender de um truque de magia de Ricardo Quaresma... Apesar das boas jogadas individuais do Harry Potter do norte, o truque de magia não aconteceu ficando o jogo empatado a uma bola.
O Porto acabou por responder mal à derrota do rival Benfica e não aproveitou para encurtar a distância para um ponto. A equipa encontrava-se partida em campo e só um lance brilhante de Tello deu vantagem aos dragões. Contudo, a boa reacção da equipa da casa não só conquistou o empate como quase virou o resultado. A sorte acabou por sorrir - de certa forma - aos dragões com este ponto precioso conquistado na Madeira, que acaba por colocar a equipa do norte a depender de si própria para ser campeã, embora - como dissemos anteriormente - com algumas condicionantes pelo meio.
Quanto às individualidades, João Aurélio foi o jogador que encheu o campo. Tanto no ataque como a defender foi um jogador exímio. Foi o espelho deste Nacional que tanto lutou na segunda parte. Sequeira fez esquecer completamente um dos melhores laterais da liga portuguesa - Marçal. E do lado do Porto, Tello era o único a conseguir desequilibrar, sendo que depois de ficar esgotado fisicamente foi Quaresma a figura atacante.
Grande segunda parte do Nacional que juntamente com os vila-condenses acabaram por apimentar ainda mais a Liga NOS.
Barba Por Fazer do Jogo: João Aurélio (Nacional da Madeira)
Outros Destaques: Sequeira, Wagner, Gottardi; Tello, Quaresma.