Depois de já se terem qualificado Real Madrid, Porto, PSG e Bayern, esta noite ficámos a conhecer mais duas equipas que figurarão no quadro dos quartos-de-final: Mónaco e Atlético Madrid. Na 1.ª mão os dois jogos de hoje tinham dado surpresa e meia, com a conclusão a dar-se hoje. O Mónaco qualificou-se no limite, e o Atlético Madrid-Bayer Leverkusen decidiu-se apenas grandes penalidades.
Mónaco 0 - 2 Arsenal (Giroud 36', Ramsey 79')
Foi à tangente mas o Mónaco de Leonardo Jardim garantiu a passagem para os quartos-de-final da Champions. O agregado final foi de 3-3, mas o facto do Mónaco ter marcado mais golos fora do que a equipa londrina qualificou os monegascos.
O jogo, no entanto, foi bem diferente do da 1.ª mão. Se em Londres houve um Mónaco que soube defender e contra-atacar com excelência e um Arsenal apático e irreconhecível, esta noite a equipa de Leonardo Jardim preocupou-se praticamente em exclusivo com a defesa da sua vantagem na eliminatória e o Arsenal, que já sabia que teria que marcar três golos, arriscou tudo, mostrou o seu real valor e ficou muito perto de estar no Top-8 europeu.
O Arsenal apresentou consistência e vontade praticamente desde o arranque do jogo, encostando aos poucos a equipa da casa, com Cazorla e Alexis sem medo de "pegar" na equipa e Welbeck muito interventivo mas sem sucesso. Era importante para o Arsenal marcar cedo, e foi aos 36 minutos que aconteceu. Welbeck assistiu Giroud e o avançado francês, no segundo remate consecutivo, rematou sem contemplações colocando a bola onde ninguém a podia ir buscar. Naturalmente, o golo motivou o Arsenal e até ao fim da 1.ª parte Subasic chegou para as encomendas, e o apito para o intervalo surgiu numa altura em que o Mónaco desesperava por uma paragem para se reorganizar e recuperar o oxigénio da sua defesa.
A 2.ª parte foi semelhante à primeira, com Subasic a revelar-se importante (grande defesa a um livre directo!) perante as investidas de Özil, Welbeck e Giroud, enquanto que o Mónaco tentava responder à base do pontapé para a frente e fé na velocidade de Ferreira-Carrasco. A pressão do Arsenal foi-se intensificando com o passar dos minutos e, como não há fome que não dê em fartura, o 0-2 chegou mesmo com dois jogadores lançados por Wenger envolvidos na jogada. Theo Walcott rematou ao poste da baliza de Subasic e, na recarga, Ramsey teve a frieza suficiente para rematar de forma letal. Pouco depois o Arsenal esteve pertíssimo de completar a reviravolta na eliminatória mas Subasic travou um cabeceamento de Giroud no limite, com a bola a transpor quase na totalidade a linha. Os 10 minutos finais foram de tremendo sofrimento para o Mónaco, com as linhas juntas e recuadas e a conseguir segundos para respirar em cada alívio para o meio-campo do Arsenal, e os londrinos, embora com uma teia bem montada no fim, não conseguiram desvendar o caminho para o tão desejado 3.º golo.
Claro está que uma eliminatória faz-se pelo conjunto das 2 mãos e o péssimo desempenho (sofrer aquele terceiro golo fez toda a diferença) da 1.ª mão condenou o Arsenal. Leonardo Jardim não vai ganhar a Ligue 1 (PSG, Lyon e Marselha são mais fortes internamente) mas atingir os quartos é um feito incrível. Interessante ainda o facto de no conjunto das 8 melhores equipas da Champions constarem duas equipas francesas - PSG e Mónaco - ambas a conseguirem o seu bilhete após eliminarem ingleses.
O jogo, no entanto, foi bem diferente do da 1.ª mão. Se em Londres houve um Mónaco que soube defender e contra-atacar com excelência e um Arsenal apático e irreconhecível, esta noite a equipa de Leonardo Jardim preocupou-se praticamente em exclusivo com a defesa da sua vantagem na eliminatória e o Arsenal, que já sabia que teria que marcar três golos, arriscou tudo, mostrou o seu real valor e ficou muito perto de estar no Top-8 europeu.
O Arsenal apresentou consistência e vontade praticamente desde o arranque do jogo, encostando aos poucos a equipa da casa, com Cazorla e Alexis sem medo de "pegar" na equipa e Welbeck muito interventivo mas sem sucesso. Era importante para o Arsenal marcar cedo, e foi aos 36 minutos que aconteceu. Welbeck assistiu Giroud e o avançado francês, no segundo remate consecutivo, rematou sem contemplações colocando a bola onde ninguém a podia ir buscar. Naturalmente, o golo motivou o Arsenal e até ao fim da 1.ª parte Subasic chegou para as encomendas, e o apito para o intervalo surgiu numa altura em que o Mónaco desesperava por uma paragem para se reorganizar e recuperar o oxigénio da sua defesa.
A 2.ª parte foi semelhante à primeira, com Subasic a revelar-se importante (grande defesa a um livre directo!) perante as investidas de Özil, Welbeck e Giroud, enquanto que o Mónaco tentava responder à base do pontapé para a frente e fé na velocidade de Ferreira-Carrasco. A pressão do Arsenal foi-se intensificando com o passar dos minutos e, como não há fome que não dê em fartura, o 0-2 chegou mesmo com dois jogadores lançados por Wenger envolvidos na jogada. Theo Walcott rematou ao poste da baliza de Subasic e, na recarga, Ramsey teve a frieza suficiente para rematar de forma letal. Pouco depois o Arsenal esteve pertíssimo de completar a reviravolta na eliminatória mas Subasic travou um cabeceamento de Giroud no limite, com a bola a transpor quase na totalidade a linha. Os 10 minutos finais foram de tremendo sofrimento para o Mónaco, com as linhas juntas e recuadas e a conseguir segundos para respirar em cada alívio para o meio-campo do Arsenal, e os londrinos, embora com uma teia bem montada no fim, não conseguiram desvendar o caminho para o tão desejado 3.º golo.
Claro está que uma eliminatória faz-se pelo conjunto das 2 mãos e o péssimo desempenho (sofrer aquele terceiro golo fez toda a diferença) da 1.ª mão condenou o Arsenal. Leonardo Jardim não vai ganhar a Ligue 1 (PSG, Lyon e Marselha são mais fortes internamente) mas atingir os quartos é um feito incrível. Interessante ainda o facto de no conjunto das 8 melhores equipas da Champions constarem duas equipas francesas - PSG e Mónaco - ambas a conseguirem o seu bilhete após eliminarem ingleses.
Barba Por Fazer do Jogo: Santi Cazorla (Arsenal)
Outros Destaques: Subasic, Toulalan, João Moutinho; Koscielny, Ramsey, Özil, Alexis, Giroud
O 1-0 favorável ao Bayer Leverkusen não surpreendeu por completo na primeira mão dada a qualidade da máquina ofensiva de Schmidt, mas o Atlético Madrid, campeão espanhol e vice-campeão europeu, mantinha o estatuto de favorito. No fim acabou por passar quem mereceu e a equipa que tem capacidade para complicar mais a vida a um futuro adversário. Este Atlético Madrid, com a alma de Simeone, é feito para jogos a eliminar.
Esperava-se um jogo durinho e foi o que aconteceu, embora com uma boa arbitragem do italiano Rizzoli, com pulso firme sobre os jogadores. O jogo demorou a ter oportunidades e por volta dos 20 minutos Simeone viu-se obrigado a trocar de guarda-redes: saiu Moyà, entrou o esloveno ex-Benfica Jan Oblak. A organização das duas equipas parecia inquebrável mas o empate da eliminatória chegou - depois de um livre, Cani amorteceu para Mario Suárez e o médio espanhol conseguiu bater Leno, com o seu remate a ser desviado ligeiramente por Toprak. O Atlético, mesmo sem Tiago e Gabi, conseguiu apresentar sempre maior qualidade no controlo das operações a meio-campo, e no Leverkusen Wendell e Spahic tiveram muito trabalho na defesa, enquanto que o tridente Son-Çalhanoglu-Bellarabi desta vez não trocou as voltas aos espanhóis.
Tanto que não foi um jogo de oportunidades que a 2.ª parte, embora intensa e sempre a exigir enorme concentração por parte dos jogadores, foi passando sem grandes momentos. Esteve melhor o Atlético, superior sobretudo quando Arda Turan e Griezmann acrescentavam algo com a sua maior capacidade técnica. O 1-0 passou os 90 minutos, e perdurou até ao final da meia hora de prolongamento, num período onde Leno deu estabilidade à sua equipa e Rolfes quase marcou o golo de uma vida. Nas grandes penalidades, Raúl Garcia e Çalhanoglu começaram ambos por falhar; Griezmann e sobretudo Rolfes marcaram com enorme qualidade; Suárez marcou, Toprak atirou por cima depois de uma corrida saltitante que não augurava nada de bom, Leno defendeu o penalty de Koke e, no fim, Fernando Torres marcou mas Kiessling atirou uma bola para fazer companhia às de Sergio Ramos e David Beckham.
Genericamente passou a equipa que é mais forte e que está melhor preparada para estes momentos. O Leverkusen deixou uma boa imagem, embora esta noite tenha estado a anos-luz do bom futebol que mostrou em casa, e segue para os quartos o actual vice-campeão europeu.
Temos já 2 equipas espanholas, 2 francesas, 1 portuguesa e 1 alemã nos quartos. Amanhã devemos acrescentar mais uma equipa espanhola à lista, com a decisão entre Dortmund e Juventus a ser mais difícil de prever. Só um jogo histórico do Manchester City pode evitar a ausência de equipas inglesas nas 8 melhores da Champions.