Noite mágica no melhor futebol da Europa. Na primeira mão o Chelsea de Mourinho sobreviveu em Paris, mas no segundo acto (jogo de emoções fortes, com erros de arbitragem e um argumento impensável) os franceses justificaram a qualificação. Já o Bayern, que tinha empatado a zeros na Ucrânia, não fez a coisa por menos e ganhou.. por 7-0.
Chelsea 2 - 2 PSG (Cahill 81', Hazard (pen.) 96'; David Luiz 86', Thiago Silva 114)
Há um ano atrás seguiu em frente o Chelsea, desta vez foi o PSG. Em Stamford Bridge viveu-se hoje um dos grandes jogos da temporada 2014/ 15. A equipa de José Mourinho jogou desde os 32 minutos contra dez, mas a heróica equipa parisiense lutou e acreditou até ao fim, levando o jogo a prolongamento e carimbando a passagem para os quartos ao marcar mais golos do que o Chelsea fez em sua casa (1-1 contra 2-2).
O jogo teve como constante os atritos criados por Diego Costa (normalmente entre ele e David Luiz), que começaram cedo e apimentaram um embate já de si bélico. Começou melhor o PSG, menos preocupado do que o Chelsea em defender, mas aos 32' o jogo perdeu um dos seus craques - Zlatan Ibrahimovic viu injustamente o cartão vermelho depois de um lance com Oscar em que, no máximo, se aceitava o amarelo. Se o jogo já estava "durinho", ainda mais se tornou a partir daí, com diversas picardias e muitas entradas no limite.
Para a 2.ª parte Mourinho lançou Willian em vez de Oscar, e o 0-0 arrastou-se por longos minutos. Chegou a parecer que teríamos um desfecho "à Mourinho" a segurar um empate sem golos depois de garantir o 1-1 fora. No quarto de hora final dos 90 minutos o batimento cardíaco voltou a ficar mais acelerado, com Diego Costa (entrada mais perigosa do que a de Ibrahimovic) a ser finalmente punido com um cartão amarelo, e David Luiz a ver igual admoestação ao simular uma agressão do 19 do Chelsea. Todo o contexto parecia favorável ao Chelsea - o resultado e a superioridade numérica - e ainda mais favorável se tornou quando Gary Cahill fuzilou a baliza de Sirigu na sequência de um canto. O PSG parecia condenado à eliminação mas aos 86 minutos a História começou a ser escrita noutro sentido - após canto de Lavezzi, David Luiz cabeceou de forma fulminante num cabeceamento que nem 3 guarda-redes defenderiam! O golo do ex-jogador do Chelsea (que, levado pelas emoções, não se coibiu de festejar) levou o jogo a prolongamento, e a magia voltou a acontecer minutos depois. Os 30 minutos adicionais jogaram-se a ritmo frenético e com o coração na garganta, e Thiago Silva cometeu uma grande penalidade aos 96' numa abordagem infantil e despropositada com a mão. Eden Hazard, com nervos de aço como normalmente, converteu e fez o 2-1. Até ao final do prolongamento Courtois negou o bis a David Luiz, evitou um aviso de Thiago Silva, mas nada pôde fazer aos 114 minutos. Thiago Motta marcou um canto, John Terry e Cahill optaram por se abraçar um ao outro cheios de medo, e Thiago Silva conseguiu o cabeceamento perfeito, num arco perante o qual Courtois pouco ou nada podia fazer.
O jogo foi intenso (até demais), a equipa de arbitragem cometeu erros, houve quem devesse ter sido expulso (Diego Costa) e quem não devesse ter sido (Zlatan) mas no final passou a equipa que mereceu, pelo conjunto da eliminatória. O Chelsea de Mourinho teve tudo a seu favor, mas os centrais brasileiros do PSG, David Luiz e Thiago Silva, apuraram o campeão francês de forma incrível.
O jogo teve como constante os atritos criados por Diego Costa (normalmente entre ele e David Luiz), que começaram cedo e apimentaram um embate já de si bélico. Começou melhor o PSG, menos preocupado do que o Chelsea em defender, mas aos 32' o jogo perdeu um dos seus craques - Zlatan Ibrahimovic viu injustamente o cartão vermelho depois de um lance com Oscar em que, no máximo, se aceitava o amarelo. Se o jogo já estava "durinho", ainda mais se tornou a partir daí, com diversas picardias e muitas entradas no limite.
Para a 2.ª parte Mourinho lançou Willian em vez de Oscar, e o 0-0 arrastou-se por longos minutos. Chegou a parecer que teríamos um desfecho "à Mourinho" a segurar um empate sem golos depois de garantir o 1-1 fora. No quarto de hora final dos 90 minutos o batimento cardíaco voltou a ficar mais acelerado, com Diego Costa (entrada mais perigosa do que a de Ibrahimovic) a ser finalmente punido com um cartão amarelo, e David Luiz a ver igual admoestação ao simular uma agressão do 19 do Chelsea. Todo o contexto parecia favorável ao Chelsea - o resultado e a superioridade numérica - e ainda mais favorável se tornou quando Gary Cahill fuzilou a baliza de Sirigu na sequência de um canto. O PSG parecia condenado à eliminação mas aos 86 minutos a História começou a ser escrita noutro sentido - após canto de Lavezzi, David Luiz cabeceou de forma fulminante num cabeceamento que nem 3 guarda-redes defenderiam! O golo do ex-jogador do Chelsea (que, levado pelas emoções, não se coibiu de festejar) levou o jogo a prolongamento, e a magia voltou a acontecer minutos depois. Os 30 minutos adicionais jogaram-se a ritmo frenético e com o coração na garganta, e Thiago Silva cometeu uma grande penalidade aos 96' numa abordagem infantil e despropositada com a mão. Eden Hazard, com nervos de aço como normalmente, converteu e fez o 2-1. Até ao final do prolongamento Courtois negou o bis a David Luiz, evitou um aviso de Thiago Silva, mas nada pôde fazer aos 114 minutos. Thiago Motta marcou um canto, John Terry e Cahill optaram por se abraçar um ao outro cheios de medo, e Thiago Silva conseguiu o cabeceamento perfeito, num arco perante o qual Courtois pouco ou nada podia fazer.
O jogo foi intenso (até demais), a equipa de arbitragem cometeu erros, houve quem devesse ter sido expulso (Diego Costa) e quem não devesse ter sido (Zlatan) mas no final passou a equipa que mereceu, pelo conjunto da eliminatória. O Chelsea de Mourinho teve tudo a seu favor, mas os centrais brasileiros do PSG, David Luiz e Thiago Silva, apuraram o campeão francês de forma incrível.
Barba Por Fazer do Jogo: David Luiz (PSG)
Outros Destaques: Cahill, Hazard; Thiago Silva, Verratti, Pastore
Bayern Munique 7 - 0 Shakhtar Donetsk (Müller (pen.) 4' 52', Boateng 34', Ribéry 50', Badstuber 63', Lewandowski 75', Götze 88')
Depois de um jogo francamente mau na primeira mão, o Bayern (habitualmente fortíssimo em sua casa) despachou o Shakhtar. Não por 1, nem por 2, mas por 7-0. A missão dos ucranianos já se antevia impossível e ainda mais complicada ficou quando logo aos 3 minutos Kucher foi expulso ao provocar penalty. Thomas Müller, um dos jogadores mais subvalorizados da actualidade, não deu hipótese. Para ligeiro alívio da equipa de Donetsk, Robben pediu para ser substituído cedo, mas os golos continuaram. Ribéry e Lewandowski ameaçaram, mas foi o central Boateng a fechar o resultado da 1.ª parte ao confirmar quase em cima da linha uma jogada de insistência.
O segundo tempo arrancou com o Bayern a todo o gás, e sempre com o francês Ribéry envolvido. Primeiro combinou com Alaba e finalizou ele próprio fazendo o 3-0, e depois assistiu Müller para o 2.º golo do especialista de golos em Mundiais. O Shakhtar só desejava que o jogo acabasse, e o Bayern não tirou o pé do acelerador fazendo mais três golos até ao fim: Badstuber (tanto tempo esteve lesionado) teve o seu momento, Lewandowski fez o 6-0 depois de um excelente passe de Schweinsteiger, e Götze conseguiu a clássica goleada (um 7-0 é sempre um 7-0) perto do fim.
O jogo foi bastante diferente do primeiro ensaio, e o Bayern voltou a mostrar que em dia sim é capaz de atropelar violentamente o seu adversário. A equipa de Guardiola é uma das favoritas à conquista da Champions - em termos qualitativos não há quem esteja ao nível de Bayern, Real Madrid e Barcelona, mas desta tríade os merengues são a única equipa a atravessar um momento menos bom.
O segundo tempo arrancou com o Bayern a todo o gás, e sempre com o francês Ribéry envolvido. Primeiro combinou com Alaba e finalizou ele próprio fazendo o 3-0, e depois assistiu Müller para o 2.º golo do especialista de golos em Mundiais. O Shakhtar só desejava que o jogo acabasse, e o Bayern não tirou o pé do acelerador fazendo mais três golos até ao fim: Badstuber (tanto tempo esteve lesionado) teve o seu momento, Lewandowski fez o 6-0 depois de um excelente passe de Schweinsteiger, e Götze conseguiu a clássica goleada (um 7-0 é sempre um 7-0) perto do fim.
O jogo foi bastante diferente do primeiro ensaio, e o Bayern voltou a mostrar que em dia sim é capaz de atropelar violentamente o seu adversário. A equipa de Guardiola é uma das favoritas à conquista da Champions - em termos qualitativos não há quem esteja ao nível de Bayern, Real Madrid e Barcelona, mas desta tríade os merengues são a única equipa a atravessar um momento menos bom.
Barba Por Fazer do Jogo: Thomas Müller (Bayern Munique)
Outros Destaques: Boateng, Ribéry, Götze, Lewandowski