Manchester City 2 - 1 Liverpool (Kompany 31', Negredo 45'; Coutinho 24')
Manchester City e Liverpool proporcionaram um excelente
final de Boxing Day, num
jogo muito equilibrado (nenhuma equipa tinha conseguido jogar no terreno do
City esta época como o Liverpool conseguiu) e do qual o Liverpool pode sair com
algumas razões de queixa do árbitro Lee Mason. Citizens e reds lançaram os onzes
esperados - Pellegrini não complicou e colocou o trio Navas, Silva e Nasri nas
costas de Negredo - e a 1.ª parte foi marcada pelo melhor futebol do Liverpool.
Os comandados de Brendan Rodgers mantiveram-se concentrados a defender e
souberam explorar as transições com boa troca de bola e rapidez do trio
Coutinho, Sterling e Suárez, muitas vezes com o apoio de Henderson, à imagem
dos últimos jogos.
Navas foi o primeiro a ficar perto do golo e aos 18
minutos Lee Mason ganhou algum protagonismo. Suárez desmarcou com um excelente
passe Raheem Sterling que, com a sua estonteante velocidade, ficou isolado na
cara de Joe Hart, driblou-o e marcou. O golo não contou porque foi assinalado
fora-de-jogo, embora Sterling estivesse claramente em jogo, talvez mesmo 1
metro. Sterling não marcou aí mas foi dele o último toque antes de golo de
Coutinho 24 minutos depois. A jogada do pool começou
no brasileiro, teve Suárez envolvido e Sterling, numa tentativa de se enquadrar
com a baliza, acabou por fazer uma assistência para o remate certeiro de
Coutinho. A vantagem não durou muito porque 7' depois, na sequência de um canto
de David Silva, o central Kompany - que estava até então a travar um
interessante duelo com Suárez - conseguiu cabecear para golo. O Liverpool não
baixou os braços e continuou com o seu bom futebol. Numa jogada com elevada
"nota artística", o trio da frente ficou novamente muito perto do
golo, mas foi mesmo em cima do intervalo que as redes mexeram pela última vez.
Álvaro Negredo, lançado por Navas num contra-ataque perfeito do City, fez o 2-1
num remate ao qual Mignolet correspondeu com... um frango. A vantagem do City
era injusta ao intervalo, uma vez que até seria o Liverpool a merecer estar na
frente e ainda para mais tendo toda a equipa visto Simon Mignolet vacilar num
lance de resolução simples.
O 2.º tempo não teve golos, mas teve muita emoção e luta. Sakho teve momentos e decisões absurdas, mas felizmente para o Liverpool Martin Skrtel compensou. Fernandinho e Yaya estiveram mais uma vez em bom plano com a sua consciência táctica e força, mas o Liverpool é que criou as oportunidades de perigo. Glen Johnson e sobretudo Sterling, este depois de um grande cruzamento de Suárez, tiveram oportunidades clamorosas nos pés mas desperdiçaram-nas. O uruguaio foi bastante penalizado na segunda parte: sofreu uma clara falta de Joleon Lescott (ficaram dúvidas se seria fora ou dentro da área, mas pareceu fora) que não foi assinalada, nos minutos finais sofreu uma grande penalidade ao ser ostensivamente puxado por Lescott e ainda viu um amarelo injusto num lance em que embora tenha levantado muito o pé, conseguiu evitar o contacto com Joe Hart.
O endiabrado Luis Suárez bem se esforçou e lutou pela sua equipa, bem apoiado por Sterling e Coutinho e o Liverpool merecia, pelo menos, o empate em Etihad. O estatuto de equipa que esta época mais dificuldades criou ao City já não lhes tiram. O Manchester City de Pellegrini teve o mérito de ser eficaz, contou com a ajuda de Mignolet e ganhou 3 pontos muito importantes, posicionando-se no 2.º lugar. O Arsenal acaba este Boxing Day líder com 39 pontos, seguido de City (38), Chelsea (37) e Liverpool (36). Num jogo em que não houve uma figura de proa, talvez David Silva tenha sido um dos principais destaques, pela importância na qualidade de passe e decisão que confere ao meio-campo do City.
Outros Destaques: Hart, Kompany, Navas, Negredo; Skrtel, Coutinho, Sterling, Suárez
Golos:
0-1 Coutinho 24'
1-1 Kompany 31'
2-1 Negredo 45'