14 de dezembro de 2013

Espectáculo entre City e Arsenal (6-3) deixa a Premier League ainda mais viva

Manchester City  6 - 3  Arsenal (Agüero 14', Negredo 39, Fernandinho 50' 88', Silva 66', Yaya Touré (pen.) 90'; Walcott 31' 63', Mertesacker 90')

    Ter mais golos só em casa do que qualquer outra equipa somando os golos casa e fora faz alguém favorito ao título? Sim, terá que fazer. O Manchester City continuou hoje a demonstrar que em casa é simplesmente avassalador e revela uma fome de golos impressionante e imparável. Os citizens receberam o líder Arsenal (honestamente era esperado que goleassem a equipa de Wenger) e encurtaram a distância para 3 pontos. Tivesse este City fora a regularidade e metade da força que tem em casa e a Premier League seria um passeio. Mas certamente não o será.
    Para o jogo de hoje - comandado por dois "senhores" nos bancos (Pellegrini e Wenger) - Silva foi titular, deixando Navas no banco, Clichy ganhou o lugar a Kolarov e, no Arsenal, Walcott regressou ao onze, no qual Monreal e Flamini também figuraram. Num jogo com 9 golos marcados, os festejos começaram ao minuto 14 - Nasri bateu um canto, Demichelis ganhou de cabeça e assistiu Agüero que com um excelente volley fez o primeiro. O City foi coleccionando oportunidades com Silva em destaque como playmaker e Negredo a ficar perto do golo, mas acabou por ser o Arsenal a empatar. Yaya Touré (talvez com excesso de confiança na sua habitual força e boa protecção da bola) perdeu a bola para Ramsey, o galês jogou para Özil e o nº 11 do Arsenal assistiu Walcott, que empatou o jogo com a ajuda de um muito ligeiro desvio de Demichelis. A resposta do City chegou com Yaya Touré a redimir-se. A bola caiu no costa-marfinense e melhor jogador africano da actualidade, foi-lhe dado imenso espaço e, como é frequente neste City, impressionou a capacidade de acelerar uma jogada colectivamente num ápice. Touré encontrou Zabaleta na direita e o lateral argentino cruzou para o desvio de Negredo - estava feito o 2-1 para o Manchester City e foi com esse resultado que as equipas recolheram aos balneários.
    Koscielny lesionou-se no fim do 1.º tempo no lance do golo de Negredo e, no recomeço, também Agüero teve que sair lesionado. Aos 50' surgiu então o brilhantismo de Fernandinho - uma oferta do Arsenal, materializada num grande remate em arco, sem hipóteses para Szczesny. Mas 12 minutos depois foi a vez do Arsenal voltar a "acordar" o jogo, numa altura em que esse golo já parecia iminente. Ramsey picou a bola para Walcott que fez outro dos bons golos do jogo, num bis que Pantilimon não podia deter. O golo mais importante da partida chegou então aos 66' com David Silva a marcar, após cruzamento de Navas, e a anular de vez o possível ímpeto dos gunners. A partir iniciou-se um período em que o City procurou apenas explorar o erro e transições rápidas, desperdiçando em vários momentos, mas acabando por marcar novamente por Fernandinho. O ex-Shakhtar coroou o seu melhor jogo pelo City num lance em que contou com alguma sorte e com o seu talento natural. Mertesacker ainda reduziu perto do fim depois de um bom cruzamento de Sagna, mas foi Yaya Touré (bem que merecia aquele golo) a fechar o marcador em 6-3 da marca de grande penalidade.
   
    Foram 7 golos ao Norwich, 6 ao Tottenham e agora ao Arsenal, 4 a Manchester United e ao Newcastle, 3 ao Everton e ao Swansea. É assim o Manchester City em casa. O Arsenal, em todo o caso, mostrou boa atitude ao lutar sempre pelo jogo e será interessante ver a reacção da equipa no Arsenal-Chelsea da próxima jornada. Quanto ao City é indubitável que tem o plantel mais forte da Premier League, quando se tem Kompany, Silva, Yaya Touré, Agüero, Negredo e afins há sempre o risco de o jogo correr como este.

    Brilhante jogo da dupla Fernandinho e Yaya Touré. O brasileiro adicionou 2 golos à forma impressionante como se posiciona, soltando Touré. David Silva foi outro dos claros destaques, a provar que ainda vai deixar a sua marca neste campeonato e Kompany encheu o campo com a sua presença física e a qualidade a sair a jogar. No Arsenal, Özil acusou a intensidade do jogo (espectacular, de qualquer forma, a sua calma na assistência para Walcott), Ramsey lutou muito e Walcott foi um dos melhores em campo ao bisar. Giroud voltou a demonstrar que o Arsenal precisa de outro avançado, oxalá para os gunners que Lewandowski optasse por eles em vez do Bayern.

Barba Por Fazer do Jogo: Fernandinho (Manchester City)
Outros Destaques: Zabaleta, Kompany, Yaya Touré, Silva; Ramsey, Walcott
Resumo:

0 comentários:

Enviar um comentário