20 de dezembro de 2013

Crítica: The Hobbit - The Desolation of Smaug

Realizador: Peter Jackson
Argumento: J.R.R. Tolkien, Peter Jackson, Guillermo del Toro, Fran Walsh, Philippa Boyens
Elenco: Martin Freeman, Ian McKellen, Richard Armitage, Benedict Cumberbatch, Ken Scott, Aidan Turner, Evangeline Lilly, Orlando Bloom, Luke Evans
Classificação IMDb: 7.9 | Metascore: 66 | RottenTomatoes: 74%
Classificação Barba Por Fazer: 77


    Fãs de Tolkien, fãs de Senhor dos Anéis, a magia de Peter Jackson e da sua equipa (com a ajuda ligeiramente gigante dos épicos e emocionantes enredos de J.R.R. Tolkien) regressou aos tempos da trilogia do anel, bem melhor do que a 1.ª parte de Hobbit, exibida há um ano. No primeiro filme desta nova - e anterior, cronologicamente falando na Terra Média - saga, as expectativas do público eram muito elevadas, tal o patamar em que ficou "O Regresso do Rei". Por vários factores desde o facto de ter sido o 1.º impacto com a apresentação dos vários anões, por ter tido talvez demasiados momentos engraçados, cinefilamente bastante comerciais, e claro pelo saudosismo de Frodo, Aragorn e companhia. Obrigado Gandalf por estares sempre presente.
    Acontece-me frequentemente gostar menos de segundas partes do que das primeiras, mas a verdade é que à imagem do que aconteceu recentemente com 'The Hunger Games: Catching Fire' este 'The Desolation of Smaug' é claramente superior ao filme anterior (a discrepância é maior neste caso do que no da aventura de Katniss Everdeen). Este Hobbit hipnotiza-nos como Senhor dos Anéis conseguiu e faz qualquer espectador desesperar quando o filme acaba. Continua então neste filme a aventura de Thorin (Richard Armitage) e dos anões para tomar a Montanha Solitária, guardada por um gigante dragão chamado Smaug. Gandalf, por sua vez, segue o seu caminho de velhote solitário e corajoso (é o Avô de todos nós, o Gandalf) e tem um confronto com o Necromancer (ou Sauron). Os elfos têm também um papel importante neste filme, com Tauriel (Evangeline Lily) e Legolas (Orlando Bloom) a ajudarem os anões na sua cruzada. A personagem Tauriel que foi introduzida por Peter Jackson e que não existe nos livros. Bilbo Baggins (Martin Freeman) é novamente a figura central da história, continuando portador do Anel e tendo neste filme a missão de roubar ao dragão Smaug a Arken Stone. Destaque ainda para o papel de Bard (Luke Evans) que, sem ter lido o livro, suponho que no 3.º filme será o responsável por derrubar Smaug.
    Qualquer filme baseado nos livros de Tolkien fica pobre descrito por mim em jeito de sinopse, mas incrivelmente rico no grande ecrã. Peter Jackson conseguiu um filme muito mais confiante e que, se os espectadores forem justos, tê-los-á agarrado e de que maneira para um fim em grande. Resta ainda dizer que Smaug é muito provavelmente o melhor dragão concebido na História do Cinema. Eu estava reticente às cenas em que ele surgisse porque acharia que ficaria mal feito, que não o levaria a sério ou que ficaria esquisito. Mas não, de todo. Bastantes ricos os diálogos entre Bilbo e Smaug, juntando a dupla de "Sherlock" - Martin Freeman e Benedict Cumberbatch. O 'Sherlock Holmes' dá também a voz a Necromancer. Já agora, fãs da série 'Arrow' - o Azog deste filme é Manu Bennett, que em 'Arrow' é Slade Wilson.

    É um filme que vale e bem o bilhete de cinema, qualitativamente acima do anterior e a aguçar o apetite para 2014. Inesperado, de facto, mas bom o final com 'I See Fire' de Ed Sheeran a introduzir os créditos quando Smaug desaparece no grande ecrã. Há filmes de 2 horas que desejamos que passem rápido; este Hobbit tem 2 horas e 41 e deixa-nos com vontade que fossem quatro. A ser nomeado para óscares provavelmente só será a sério o último filme, mas em princípio este deverá constar nos próximos óscares ao lado de Gravity nos nomeados para melhores Efeitos Visuais. Smaug merece. Bom trabalho, Peter Jackson.

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