Benfica 2 - 1 PSG (Lima (pen.) 45', Gaitán 58'; Cavani 37')
O Benfica venceu esta noite na Luz o PSG - sem Ibrahimovic,
Thiago Silva, Van der Wiel e Verratti (e com Matuidi e Lavezzi a entrarem
apenas no decorrer do jogo) - conseguindo perfazer um total de 10 pontos, mas
sendo relegado para a Liga Europa. Em condições normais 10 pontos chegariam (9
chegam, normalmente) mas o Benfica deve atribuir única e exclusivamente esta
qualificação falhada para os oitavos. Jorge Jesus, do ponto de vista do
discurso (e não só), não encarou jogos anteriores como decisivos e a águia
chegou à derradeira jornada a depender de um difícil falhanço do Olympiakos,
que Javier Saviola não deixou que acontecesse. A super-exibição de Roberto na
Grécia ficará irremediavelmente ligada a esta Champions do Benfica, que pode
naturalmente ter maiores ambições na Liga Europa, e que não podia ter feito
apenas 1 ponto nos dois jogos com a equipa grega - automaticamente um outsider nos oitavos.
Na Luz hoje o Benfica entrou
bem, em ritmo alto, e foi Enzo Pérez o 1.º a testar Sirigu, valendo os reflexos
do guarda-redes italiano. Nos minutos iniciais viu-se Sílvio bastante
interventivo (pela faixa esquerda, que é onde se torna um jogador decente) e o
PSG procurou em transições lançadas por Rabiot/ Pastore, a velocidade
desconcertante e os desequilíbrios do seu trio da frente - Cavani, Lucas e
Menez. O jogo baixou de ritmo até voltar a ser o Benfica a cheirar o golo: primeiro
Gaitán num remate desde o lado direito e depois Matic num cabeceamento
ligeiramente ao lado. Mas foi então que marcou o PSG. Castigando (mais) uma
deficiente e displicente abordagem da defesa encarnada, Menez conseguiu depois
de alguma confusão oferecer um golo cantado a Cavani. Não era um resultado
justo para o Benfica, mas antes do intervalo o lateral direito Kalifa Traoré
tratou de colocar justiça no marcador. Em vez de cabecear a bola, optou por
cabecear o Sílvio. Grande penalidade marcada e Lima - à Simão Sabrosa - converteu.
O 2.º tempo começou
novamente com um Benfica a querer agarrar o jogo. Enzo Pérez sistematicamente a
ser o motor do Benfica, magnificamente apoiado nas suas costas por Fejsa (que
intensidade até ao último minuto!) e Matic, ainda que o 21 surgisse muitas
vezes lado a lado com Enzo; Markovic a querer soltar um pouco do seu
desaparecido talento e Lima a vacilar na hora H uma e outra vez. Até que
finalmente, com Enzo novamente envolvido na jogada, Maxi Pereira fugiu pelo
flanco direito e, depois de um corte, Gaitán fez o 2-1. Até ao final muitas das
energias na Luz conduziram-se para a Grécia, rumo aos cada vez menos jogadores
do Anderlecht no decorrer do jogo, enquanto que no relvado da nossa capital
Lavezzi ainda pregou um valente susto, Lima continuou muito mal e Ivan
Cavaleiro entrou em alta rotação.
O Benfica não merecia seguir
em frente nesta Champions, pelo que (não) fez, pelo que falhou e pela forma
como abordou alguns jogos. Naturalmente custa ver uma equipa portuguesa a ser
eliminada com 10 pontos, ainda para mais com Roberto e Saviola (jogadores dos
quais os benfiquistas guardam memórias bem diferentes) a serem determinantes.
Hoje Enzo Pérez voltou a
carregar a equipa. Recuperou bolas, criou oportunidades de golo, movimentou-se
como outros o deviam fazer, etc. Sempre com Matic e Fejsa a disputarem com ele
o estatuto de melhor em campo. Maxi Pereira fez o seu melhor jogo desta época,
Gaitán surgiu ocasionalmente mas podia ter feito mais e Markovic tem que ser
arriscar mais, procurar o 1 para 1, cair em cima dos adversários e castigá-los.
Ser quem ele pode ser. Cavaleiro mostrou mais uma vez que, neste momento,
poderia muito bem encostar o sérvio, tal como - jogando só com 1 referência -
essa deve ser Rodrigo agora e não Lima. No PSG, faltaram muitas estrelas, mas a
melhor exibição foi do jovem Rabiot - incrível maturidade, posicionamento,
primeiro toque e capacidade de ler o jogo. É dos que não engana. Uma palavra ainda para a arbitragem de Mark Clattenburg - árbitro inglês que por vezes até tem umas travadinhas, mas que hoje manteve o critério, deixou jogar, esteve bem.
Em Fevereiro haverá Liga Europa. E lá se foi o sonho de - pelo menos chegar mais longe, havia óbvias obrigações disso - lutar pela edição da Champions com final na Luz.
Em Fevereiro haverá Liga Europa. E lá se foi o sonho de - pelo menos chegar mais longe, havia óbvias obrigações disso - lutar pela edição da Champions com final na Luz.
Barba Por Fazer do Jogo: Enzo Pérez (Benfica)
Outros Destaques: Maxi Pereira, Fejsa, Matic; Rabiot, Pastore, Cavani
Outros Destaques: Maxi Pereira, Fejsa, Matic; Rabiot, Pastore, Cavani
Resumo: