Argumento: Danny Strong, Wil Haygood
Elenco: Forest Whitaker, David Oyelowo, Oprah Winfrey, Cuba Gooding Jr., Lenny Kravitz, Robin Williams, Alan Rickman, Jane Fonda, James Marsden, Elijah Kelley
Classificação IMDb: 7.2 | Metascore: 66 | RottenTomatoes: 71%
Classificação Barba Por Fazer: 71
Ei-lo 'O Mordomo', nome do filme de Lee Daniels nos cinemas portugueses. Com Rodrigo Leão como responsável pela banda sonora e distribuído pela The Weinstein Company, o filme conta a história de um homem - Cecil Gaines no filme, mas na realidade chamado Eugene Allen - que se tornou mordomo da Casa Branca e serviu 8 diferentes presidentes.
Naturalmente, a super-produção dos irmãos Weinstein (eles que produziram filmes como Django Unchained, Silver Linings Playbook, The Artist, The Fighter, The King's Speech, Inglourious Basterds, Pulp Fiction e a trilogia do Senhor dos Anéis) aumentou e muito as expectativas sobre 'The Butler', embora também tenha sido o selo Weinstein a garantir a maior mediatização que o filme teve, bem como o elenco de luxo que nunca mais acaba. Aos nomes ditos lá em cima, acrescentam-se, entre outros: Mariah Carey, John Cusack, Alex Pettyfer, Vanessa Redgrave, Terrence Howard, Liev Schreiber ou Minka Kelly. O trabalho de Lee Daniels e, sumariamente, o filme em si é bom e melhor do que tem sido avaliado. 'The Butler' podia muito bem ser o chamado "filme do coitadinho", como um amigo meu o projectou porque era de facto o que o trailer transparecia. No entanto, acaba por ser um filme acima de tudo sobre a relação de um pai e de um filho, contextualizada numa autêntica viagem pela realidade norte-americana e pela forma como o racismo e a sociedade evoluíram, influenciando a vida deste mordomo e da sua família.
O filme baseia-se num artigo de Wil Haygood e tem um argumento sólido, congruente, com uma evolução interessante, que nos abana, ensina e mantém acordados durante as 2 horas e 10 minutos. Não será em princípio candidato ao óscar de melhor filme (e em princípio não o indicaríamos, também) embora seja dos que vai ficar "à porta" da nomeação principal. O selo Weinstein poderá fazer com que se mexam uns cordelinhos nos bastidores de Hollywood, embora a mesma distribuidora seja também responsável por alguns "rivais" como 'August: Osage County' ou 'Fruitvale Station', num ano em que a Columbia Pictures está forte. No entanto, Oprah Winfrey está neste momento bem colocada para ser nomeada para o óscar de melhor actriz secundária. Francamente, não é um papel do outro mundo embora já se tenham visto nomeações mais chocantes/ estranhas. De dar carros a toda a gente numa plateia, a potencial nomeada para óscar. Oprah, Oprah..
Forest Whitaker faz um bom papel. Não ao nível de 'The Last King of Scotland' mas certamente um dos melhores papéis da sua carreira, com aquele seu olhar esquisito. Desculpa Forest, ofendi-te. De qualquer forma, com a concorrência apertada, não deve ter aspirações ao óscar. Um dos destaques do filme e que injustamente nem se fala por esta altura como possível candidato ao óscar de melhor actor secundário é David Oyelowo (filho do mordomo). Também Cuba Gooding Jr. e Lenny Kravitz - os companheiros de Whitaker a servir na Casa Branca - dão alguns momentos engraçados ao filme, mas certamente não mais do que o jovem Elijah Kelley, um nome interessante para filmes de comédia nos próximos anos.
Uma palavra de elogio para a banda sonora do Rodrigo Leão - já se ouviram melhores, mas não deixa de ser um excelente trabalho e ainda por cima de um talentoso músico português. No filme vemos 5 diferentes presidentes, testemunhamos o evoluir da condição humana e da sociedade norte-americana, a partir de 2 perspectivas diferentes - a de Cecil Gaines e a do filho, Louis. Uma boa história, não um filme do outro mundo, mas um bom filme sobre um homem que cumpriu impecavelmente o seu trabalho, que serviu o seu país embora tendo ficado na sombra, que se manteve íntegro e que rejubilou com a vitória de Obama em 2008, tendo mesmo sido (já aposentado nessa altura) recebido pelo actual presidente dos EUA.
Naturalmente, a super-produção dos irmãos Weinstein (eles que produziram filmes como Django Unchained, Silver Linings Playbook, The Artist, The Fighter, The King's Speech, Inglourious Basterds, Pulp Fiction e a trilogia do Senhor dos Anéis) aumentou e muito as expectativas sobre 'The Butler', embora também tenha sido o selo Weinstein a garantir a maior mediatização que o filme teve, bem como o elenco de luxo que nunca mais acaba. Aos nomes ditos lá em cima, acrescentam-se, entre outros: Mariah Carey, John Cusack, Alex Pettyfer, Vanessa Redgrave, Terrence Howard, Liev Schreiber ou Minka Kelly. O trabalho de Lee Daniels e, sumariamente, o filme em si é bom e melhor do que tem sido avaliado. 'The Butler' podia muito bem ser o chamado "filme do coitadinho", como um amigo meu o projectou porque era de facto o que o trailer transparecia. No entanto, acaba por ser um filme acima de tudo sobre a relação de um pai e de um filho, contextualizada numa autêntica viagem pela realidade norte-americana e pela forma como o racismo e a sociedade evoluíram, influenciando a vida deste mordomo e da sua família.
O filme baseia-se num artigo de Wil Haygood e tem um argumento sólido, congruente, com uma evolução interessante, que nos abana, ensina e mantém acordados durante as 2 horas e 10 minutos. Não será em princípio candidato ao óscar de melhor filme (e em princípio não o indicaríamos, também) embora seja dos que vai ficar "à porta" da nomeação principal. O selo Weinstein poderá fazer com que se mexam uns cordelinhos nos bastidores de Hollywood, embora a mesma distribuidora seja também responsável por alguns "rivais" como 'August: Osage County' ou 'Fruitvale Station', num ano em que a Columbia Pictures está forte. No entanto, Oprah Winfrey está neste momento bem colocada para ser nomeada para o óscar de melhor actriz secundária. Francamente, não é um papel do outro mundo embora já se tenham visto nomeações mais chocantes/ estranhas. De dar carros a toda a gente numa plateia, a potencial nomeada para óscar. Oprah, Oprah..
Forest Whitaker faz um bom papel. Não ao nível de 'The Last King of Scotland' mas certamente um dos melhores papéis da sua carreira, com aquele seu olhar esquisito. Desculpa Forest, ofendi-te. De qualquer forma, com a concorrência apertada, não deve ter aspirações ao óscar. Um dos destaques do filme e que injustamente nem se fala por esta altura como possível candidato ao óscar de melhor actor secundário é David Oyelowo (filho do mordomo). Também Cuba Gooding Jr. e Lenny Kravitz - os companheiros de Whitaker a servir na Casa Branca - dão alguns momentos engraçados ao filme, mas certamente não mais do que o jovem Elijah Kelley, um nome interessante para filmes de comédia nos próximos anos.
Uma palavra de elogio para a banda sonora do Rodrigo Leão - já se ouviram melhores, mas não deixa de ser um excelente trabalho e ainda por cima de um talentoso músico português. No filme vemos 5 diferentes presidentes, testemunhamos o evoluir da condição humana e da sociedade norte-americana, a partir de 2 perspectivas diferentes - a de Cecil Gaines e a do filho, Louis. Uma boa história, não um filme do outro mundo, mas um bom filme sobre um homem que cumpriu impecavelmente o seu trabalho, que serviu o seu país embora tendo ficado na sombra, que se manteve íntegro e que rejubilou com a vitória de Obama em 2008, tendo mesmo sido (já aposentado nessa altura) recebido pelo actual presidente dos EUA.