O Estoril travou o campeão nacional com uma belíssima exibição deixando o técnico dos azuis e brancos um pouco fulo e acabou mesmo por atribuir as culpas a... Jorge Jesus. É verdade. Paulo Fonseca disse que as declarações de Jorge Jesus (onde afirmou que os rivais estavam a ser beneficiados) condicionaram os resultados do Porto e do Sporting na presente jornada. Paulo (um treinador de quem gostamos) foi a hipocrisia em pessoa porque neste mesmo jogo viu ser perdoada uma expulsão a Otamendi logo nos primeiros minutos e a grande penalidade que foi assinalada a favor do Estoril fora de área, também já ele tinha beneficiado com um lance igual no Dragão contra o Marítimo. Leonardo Jardim teve uma postura exemplar quando o confrontaram com um lance que o prejudicou, já Paulo teve o descaramento de disparar contra quem está mais a jeito ao invés de disparar contra o Estoril.
O Porto entrou bem na partida, nomeadamente com Lucho a causar calafrios aos adeptos estorilistas por duas vezes. Aos 12 minutos começa a polémica na Amoreira. Luís Leal seguia em velocidade e isolado quando Otamendi decide abalroar o avançado do Estoril. O árbitro Rui Silva entendeu que nem falta foi... Má decisão já que era falta e respectivo cartão vermelho para o argentino. No lance seguinte surge o golo do Porto. Magnífico passe de Varela a descobrir Licá - que contou com a ajuda de Babanco no domínio do esférico - tendo o extremo portista aproveitado da melhor maneira desviando a bola do ex-companheiro Vagner. Na resposta, Bruno Miguel cabeceia ao poste após grande livre de Evandro. O jogo tornava-se cada vez mais partido e surge o golo do Estoril numa grande penalidade mal assinalada. Grande lance de ataque do Estoril que Otamendi decidiu acabar com o seu braço, embora fora de área. Rui Silva não teve dúvidas e apontou para a marca de grande penalidade que Evandro concretizou sem problemas. Em cima do intervalo, Fernando ainda meteu à prova as qualidades de Vagner com um grande cabeceamento que levava selo de golo.
A intensidade da primeira parte manteve-se, mas o jogo tornou-se ainda mais partido com ocasiões para ambos os lados. O golo dos dragões surge ao minuto 65 por intermédio de Jackson Martinez que apenas teve de desviar a bola de Vagner para dentro da baliza. Apesar do golo ser atribuído ao colombiano, os louros vão todos para Lucho Gonzalez que fez um passe de primeira magistral(!) desmarcando por completo o avançado portista. Logo no lance seguinte, Jackson levanta para Lucho que volta a dar o golo de bandeja desta feita a Varela. O extremo português respondeu à magia do capitão com um pontapé muito por cima. Aos 80 minutos Luís Leal mete justiça no marcador. Balboa cruza, Sebá cabeceia e Luís Leal desvia para dentro da baliza sem qualquer hipótese para Helton. O Porto inclinou-se ainda mais para o ataque, mas era o Estoril a criar as melhores ocasiões de golo. Luís Leal por duas vezes ia marcando, sendo que o segundo remate dava um grande golo. Já nos descontos, Alex Sandro obrigou a uma grande defesa de Vagner após ter rematado com extrema violência.
Acima de toda a polémica, assistimos a um grande jogo de futebol disputado pelas duas equipas. Do lado do Porto Lucho foi claramente o homem mais inspirado e foram os pés dele a desbloquear o nulo desta partida. Alex Sandro e Jackson Martinez também merecem nota positiva. Já o Estoril jogou melhor em equipa. Destaque para Evandro que comandou as tropas canarinhas no ataque e também para Sebá que esteve muito bem na partida. Contudo, foi Luís Leal o homem do jogo. Enorme disponibilidade física do início ao fim do estorilista dando constantes dores de cabeça à defesa do Porto. Enorme trabalho de Marco Silva que colocou Paulo Fonseca de cabeça perdida fazendo com que disparasse na direcção de Jorge Jesus ao invés de dar os parabéns pelo trabalho feito pelo técnico do Estoril.
Barba Por Fazer do Jogo: Luís Leal (Estoril)
Outros Destaques: Evandro, Sebá, Vagner; Lucho, Jackson, Alex Sandro.
Golos:
0-1 Licá 26'
1-1 Evandro (Pen) 35'
1-2 Jackson 67'
2-2 Luís Leal 81'