Filme: Garden State
Actor: Zach Braff
por Tiago Moreira
Zach Braff, meus amigos. Para quem o conhece não precisa de grandes explicações. Actor, realizador e argumentista de Garden State - um pedaço de arte um pouco subvalorizado. Zach meteu as mãos na massa e acabou por construir um esqueleto que se completou com as presenças fulcrais de Natalie Portman e Peter Sarsgaard. Uma película que se baseou nas vivências pessoais do próprio Zach Braff e que conta com algum drama, romance e até alguma comédia. Uma história simples e com representações genuínas. Há momentos até um pouco estranhos, mas a verdade é que a própria vida real é mais feita desses momentos do que aqueles que aparecem na maioria dos filmes. A vida não é um arco-íris perfeito como a maioria dos filmes fazem passar. Somos todos diferentes, somos todos estranhos em certos aspectos e situações.
Mas falemos mais da nossa personagem - Andrew Largeman. Um rapaz de 26 anos - actor - que tem uma vida algo complicada como se apercebe mais perto do fim do filme. Largeman volta à terra natal 10 anos depois sem ter tido qualquer contacto com a família. A razão? O funeral da sua mãe. Fruto de uma família bastante controladora e com valores bastante rígidos, Andrew acabou por se tornar num rapaz introvertido e sem grandes reacções. Não só a família o tornou assim, como os medicamentos que o pai o obrigava a tomar. Andrew tornou-se quase que um robô. Quase sem sentir. Sem viver. Todo este "filme" porque aos 9 anos, Largeman acabou por colocar acidentalmente a sua mãe numa cadeira de rodas. Foi considerado perigoso para as outras pessoas e o pai colocou-o num colégio interno. Ao voltar à sua terra natal, a nossa personagem largou os medicamentos e reencontrou-se com velhos amigos. E não só. Também conheceu Sam (Natalie Portman) numa clínica e rapidamente se sentiu ligado - de certa forma - à sua personalidade. Com um sorriso sempre genuíno e sempre extravagante, Sam conquistou Andrew. O facto de também ela ser um pouco fora do vulgar criou uma ligação entre os dois. E a história é à volta da nova vida de Andrew Largeman. Desta vez vivo e a partilhar a sua vida com outras pessoas.
Não é aquela personagem bombástica, mas que com a sua simplicidade e com os seus momentos estranhos acaba por nos conquistar. Nem todos somos enérgicos e extrovertidos. Também existem pessoas como Andrew Largeman. Introvertidos e pensativos. Mas tal como Andrew aprendeu, todos precisamos dessa actividade para nos sentirmos vivos. Nós comandamos a nossa vida. O rumo somos sempre nós quem o decide.
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Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Daniel Machado, Lorena Wildering, Nuno Cunha, Sara Antunes Santos e Carolina Moreira.
Foram tidos em consideração filmes lançados até 20 de Novembro de 2014. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou aos filmes que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.
Mas falemos mais da nossa personagem - Andrew Largeman. Um rapaz de 26 anos - actor - que tem uma vida algo complicada como se apercebe mais perto do fim do filme. Largeman volta à terra natal 10 anos depois sem ter tido qualquer contacto com a família. A razão? O funeral da sua mãe. Fruto de uma família bastante controladora e com valores bastante rígidos, Andrew acabou por se tornar num rapaz introvertido e sem grandes reacções. Não só a família o tornou assim, como os medicamentos que o pai o obrigava a tomar. Andrew tornou-se quase que um robô. Quase sem sentir. Sem viver. Todo este "filme" porque aos 9 anos, Largeman acabou por colocar acidentalmente a sua mãe numa cadeira de rodas. Foi considerado perigoso para as outras pessoas e o pai colocou-o num colégio interno. Ao voltar à sua terra natal, a nossa personagem largou os medicamentos e reencontrou-se com velhos amigos. E não só. Também conheceu Sam (Natalie Portman) numa clínica e rapidamente se sentiu ligado - de certa forma - à sua personalidade. Com um sorriso sempre genuíno e sempre extravagante, Sam conquistou Andrew. O facto de também ela ser um pouco fora do vulgar criou uma ligação entre os dois. E a história é à volta da nova vida de Andrew Largeman. Desta vez vivo e a partilhar a sua vida com outras pessoas.
Não é aquela personagem bombástica, mas que com a sua simplicidade e com os seus momentos estranhos acaba por nos conquistar. Nem todos somos enérgicos e extrovertidos. Também existem pessoas como Andrew Largeman. Introvertidos e pensativos. Mas tal como Andrew aprendeu, todos precisamos dessa actividade para nos sentirmos vivos. Nós comandamos a nossa vida. O rumo somos sempre nós quem o decide.
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Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Daniel Machado, Lorena Wildering, Nuno Cunha, Sara Antunes Santos e Carolina Moreira.
Foram tidos em consideração filmes lançados até 20 de Novembro de 2014. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou aos filmes que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.