Barclays Premier League - É o regresso da melhor liga do mundo! A liga inglesa recomeça este Sábado e traz consigo os jogos mais emocionantes, as maiores surpresas e reviravoltas, revelações, confirmações e acima de tudo uma disputa pelo título com mais candidatos do que qualquer outro campeonato. Na Premier League há 7 equipas que querem estar no Top-4 (Manchester City, Liverpool, Chelsea, Arsenal, Manchester United, Everton e Tottenham) e percebe-se precisamente por este raciocínio que um dos primeiros 5 colossos referidos não conseguirá lugar na liga milionária.
O campeonato que nos diz todos os anos to follow is to love perdeu o seu melhor jogador tal como no ano anterior para a Liga BBVA, mas as saídas tanto de Luis Suárez como anteriormente de Gareth Bale têm sido compensadas trazendo um número ainda maior de craques para solo inglês: sai um super-craque, entram 10 craques, basicamente. Para além da frenética luta pela manutenção até à última jornada, da tentativa de se ser a equipa-sensação (um Southampton que encanta tudo e todos levando ao êxodo de meia equipa, um Crystal Palace que sobe sem parar, um Sunderland que se salva milagrosamente, embora esta época a equipa digna dessa menção será provavelmente a 8.ª classificada, a não ser que Everton ou Tottenham conseguissem figurar no pódio) este ano os principais candidatos estão todos mais fortes. O campeão em título Manchester City tem 2 onzes de qualidade, Mourinho não tem desculpas e tem uma equipa perfeita e à sua imagem, o Liverpool perdeu Suárez mas tem um plantel mais amplo e o "factor Van Gaal" também terá o seu peso.
Acompanhem-nos então numa viagem à antevisão desta Premier League, equipa a equipa:
CHELSEA (1)
Para nós há sobretudo 3 equipas que reúnem mais ingredientes para erguer o troféu em Maio: Chelsea, Manchester City e Liverpool. José Mourinho tem esta temporada um plantel de campeão ao seu dispor, porventura a equipa mais equilibrada entre os principais candidatos. Diz a tradição que as equipas de Mourinho são mais fortes nas segundas temporadas em que ele as treina. O Special One, agora sem desculpas - ele próprio já admitiu que tem finalmente o plantel exactamente que quis -, conta com a melhor defesa em Inglaterra (entre Cahill, Ivanovic, Terry, Azpilicueta e Filipe Luís 1 ficará de fora da defesa-base), podendo esta temporada ter ainda o melhor guarda-redes jovem do mundo, Courtois. Do meio-campo para a frente há uma vastidão de soluções, sobretudo para a tríade de apoio ao avançado, e é de esperar que Matic dê sequência à excelente meia época que fez em 2013/ 14. Na temporada passada faltou ao Chelsea poder ofensivo (marcou menos 30 golos que o Liverpool, e menos 31 que o City) porque não tinha um avançado de topo e para colmatar isso chegou Diego Costa, um jogador que parece ter nascido para ser treinado por Mourinho. Pode-se esperar que Eden Hazard (vai continuar a evoluir e a ter mais números) e Diego Costa sejam os principais marcadores de serviço mas a peça-chave desta época pode ser Césc Fábregas. O médio espanhol está de regresso ao campeonato onde foi verdadeiramente feliz e tem tudo para elevar este Chelsea para outro patamar, ajudando inclusive a moldar o estilo de jogo. E sim, neste raciocínio faltaram nomes como Oscar, Schürrle, Willian, Ramires ou Drogba.
Atenção a: Eden Hazard, Césc Fabregas, Diego Costa, Nemanja Matic, Gary Cahill
MANCHESTER CITY (2)
A lógica diz que o City tem que ser encarado como o verdadeiro favorito. Pellegrini é um treinador inteligente, que não inventa e é o homem certo para procurar um bicampeonato que os citizens nunca festejaram, procurando ainda fugir a uma maldição da Premier League: nunca uma equipa que venceu o campeonato em ano de Mundial, ganhou no ano seguinte. Fernando, Mangala, Caballero e Sagna foram os principais reforços, mas talvez acabe por ser o montenegrino Stevan Jovetic (que no ano passado quase não deu o seu contributo) o verdadeiro "reforço". Os jogadores já se conhecem, o meio-campo e ataque é estrondoso e garantidamente veremos várias equipas goleadas em Etihad. Ainda assim, este Manchester City é uma equipa que se ressente quando Kompany se lesiona e a nível ofensivo aparece no seu melhor quando Kun Agüero e David Silva destroem defesas com a sua capacidade técnica. Pelo sim pelo não, está lá Yaya Touré e veremos se a lógica impera, ou se a fome de Chelsea e Liverpool tem uma palavra a dizer.
Atenção a: Kun Agüero, Yaya Touré, David Silva, Stevan Jovetic, Vincent Kompany
Os reds perderam a figura de 2013/ 14, Luis Suárez, mas apresentam esta época um plantel superior, com maior número de soluções, maior qualidade, num plantel que terá desta vez Europa (Champions) nas pernas. Steven Gerrard mantém a confiança e a fome de se sagrar campeão pela 1.ª vez e capitaneia a equipa mais diabólica em transição da Premier League. No ano passado o Liverpool foi a equipa que melhor futebol praticou (aceita-se quem considere que foi o City), surpreendeu e a filosofia imposta por Brendan Rodgers está para durar, com ambições legítimas e colocando o título desta vez em ponto de mira. Pressão, boa troca de bola e muita velocidade é o que se deve esperar de um Liverpool que conjugará Sturridge, Sterling e Markovic, acrescentando-lhes a mestria de Lallana e Coutinho e uma retaguarda este ano mais forte (Manquillo e Moreno foram boas contratações para lugares em que era preciso investir, e Lovren vai justificar cada euro pago). Contrariamente ao ano passado o Liverpool tem desta vez um arranque complicado (vai a Etihad e White Hart Lane na 2.ª e 3.ª jornadas) e, embora tenha mais opções, haverá jogos - aqueles em que o brutal talento individual de Suárez fazia a diferença - em que o uruguaio fará muita falta, podendo a equipa ainda precisar de um super-reforço. De qualquer forma, Sturridge vai ondular os seus braços em festejos por muitas vezes, Sterling tem tudo para explodir e há como dissemos vários outros jogadores que vão fazer dos jogos do Liverpool um regalo para os olhos. Em confidência, podemos dizer que aqui no Barba Por Fazer se pudéssemos escolher o campeão, seria este.
Atenção a: Daniel Sturridge, Raheem Sterling, Coutinho, Steven Gerrard, Adam Lallana
Aloysius Paulus Maria van Gaal. Em boa hora (antes do Mundial) o United garantiu aquele que tem tudo para ser o legítimo sucessor de Ferguson. O determinado, inteligente e disciplinador treinador holandês foi um dos maiores reforços da Premier League e tem uma missão simples: recolocar o Manchester United em lugar de Champions, embora internamente no clube haja mesmo a ambição de alcançar o título. O facto dos red devils estarem fisicamente mais folgados, por não marcarem presença nas competições europeias, poderá ajudar, um pouco à imagem da condição que o Liverpool teve o ano passado. Para além disso, será curioso ver como o 3-4-1-2 holandês que van Gaal está a impor encaixa no futebol inglês, embora a táctica faça sentido - não como um capricho por ter funcionado na Holanda, mas sim porque é talvez o único modelo que permite tirar o melhor de Rooney e van Persie, ao mesmo tempo. E muito se pode esperar destes 2 esta temporada, ambos candidatos a melhor marcador. Ander Herrera e Luke Shaw foram os melhores reforços até agora, van Gaal já revolucionou Ashley Young, espera-se muito também do playmaker Juan Mata mas ainda faltam 2/3 reforços de peso - caso o United garantisse Hummels, Blind/ Rojo e Di María ou Vidal passaria a ser visto doutra forma - para que o United possa de facto discutir o título. Neste momento na sua linha de 3 homens mais recuados não há um que seja um líder da defesa e nenhum é claramente forte a sair com bola, 2 condições importantes numa linha num esquema como este 3-4-1-2. Será ainda interessante ver como evolui Januzaj (o herdeiro da camisola de Giggs neste sistema parece encaixar-se apenas, para já, no lugar de Mata) e se James Wilson terá ou não oportunidades para ir crescendo.
Atenção a: Wayne Rooney, Robin van Persie, Ander Herrera, Ashley Young, Luke Shaw
ARSENAL (5)
É injusto e parece errado colocarmos o Arsenal fora dos 4 primeiros lugares, mas é representativo da qualidade do campeonato. Pode acontecer que os gunners fiquem pela 1.ª vez fora do Top-4 sob o comando de Wenger (no clube desde 1996) mas a linha entre isso ou ser campeão é ténue. Este Arsenal só aumentou a sua qualidade e por isso acabará por ser determinante o boletim clínico. Tradicionalmente o Arsenal acumula lesões ao longo da época e para ser campeão precisa de contar com todos os seus melhores jogadores na máxima força. Alexis Sánchez tem tudo para ser a estrela da equipa, embora Aaron Ramsey já tenha deixado de surpreender, sendo já uma certeza. Jogadores como Wilshere, Walcott, Oxlade-Chamberlain ou Özil têm que durar a época toda, num clube que conta ainda com elementos como Cazorla, Giroud, Arteta ou Campbell. A baliza vai ser bem disputada e a defesa, para além da boa dupla de centrais (interessante Wenger querer fazer de Chambers um central, como alternativa a Koscielny-Mertesacker), na lateral direita houve melhorias ao passar de Sagna para Debuchy. Do 1.º ao 5.º lugar, a condição física poderá pisar, mas o futebol espectacular vai ser frequente em Emirates.
Atenção a: Alexis Sánchez, Aaron Ramsey, Theo Walcott, Jack Wilshere, Laurent Koscielny
EVERTON (6)
No dia em que o Everton gastou 35 Milhões para garantir Romelu Lukaku, disse basicamente: nós já não somos a mesma equipa, queremos estar entre os 4 melhores. O Everton esteve muito perto de se qualificar para a Champions na temporada passada, e conta com um dos melhores treinadores em Inglaterra, sendo uma equipa regular e muito inteligente em campo. O problema é que a concorrência é muita. Ainda assim, este defeso foi brilhante para os toffees pela forma como seguraram Ross Barkley, Seamus Coleman, Leighton Baines e James McCarthy, garantindo a título definitivo Lukaku e Barry, fazendo de Atsu o sucessor de Deulofeu. 2014/ 15 é um excelente teste a este Everton, e cuidado porque o Tottenham está mais forte.
Atenção a: Romelu Lukaku, Ross Barkley, Seamus Coleman, Leighton Baines, Kevin Mirallas
TOTTENHAM (7)
No ano passado o Tottenham ressentiu-se da perda de Gareth Bale e da forma como este decidiu jogos sozinho em cima do apito final. Foram contratados inúmeros jogadores com qualidade, mas a equipa só funcionou a espaços como um todo, acabando a missão por ser dificultada pela adaptação de alguns jogadores e pelas lesões de outros. Mauricio Pochettino, o homem do leme do Southampton 13/ 14, é o treinador certo para esta equipa. Os spurs contrataram pouco (apenas Ben Davies, Vorm e Dier) e este ano alguns reforços do ano passado poderão aparecer em definitivo. Lloris transmite segurança a uma defesa onde Vertonghen tem que ser o patrão e Ben Davies pode suprir uma lacuna clara; no meio-campo há muitas soluções e Pochettino terá apenas que retirar o melhor de Lamela, Holtby, Eriksen, e Townsend se o aproveitar. Por esta altura, o Tottenham parece necessitar apenas de um avançado de outro nível, um goleador feito, alguém como Wilfried Bony.
Atenção a: Erik Lamela, Christian Eriksen, Jan Vertonghen, Lewis Holtby, Ben Davies
STOKE (8)
O Stoke City versão 2014/ 15 pode ser uma agradável surpresa. Depois de longas temporadas apresentando um futebol verdadeiramente inglês (uma defesa alta e corpulenta a impedir o jogo do adversário, e um ataque à base do jogo aéreo) o Stoke evoluiu na época passada com Mark Hughes, mas poderá continuar a transformar-se. Em casa são uma equipa bastante forte, que defende sempre muito bem e o Stoke juntou a peças como Begovic (um dos melhores GR da Premier League), Shawcross, Arnautovic (poderá afirmar-se em Inglaterra esta época), algumas caras novas como Sidwell e sobretudo 2 homens de ataque: Mame Biram Diouf e Bojan Krkic. O avançado senegalês parece feito para a Premier, mas é de Bojan que - surpreendentemente, porque os seus últimos anos não o fariam crer - se pode esperar bastante. É possível que a sociedade Arnautovic-Bojan-Diouf coloque este Stoke a ser visto duma forma diferente. E supostamente ainda está para chegar Victor Moses..
Atenção a: Bojan, Marko Arnautovic, Asmir Begovic, Mame Biram Diouf, Ryan Shawcross
NEWCASTLE (9)
Lembram-se do Newcastle de 2011/ 12? Este Newcastle tem condições para recuperar a qualidade do futebol dessa temporada, mas certamente não a classificação (ficou na altura em 5.º, acima de Chelsea, Everton e Liverpool). Depois de uma época em que o Newcastle nunca conseguiu reagir bem à perda de Cabaye, este defeso a Direcção teve olho a contratar. Entre as várias caras novas, Siem de Jong (já merecia isto!) e Rémy Cabella poderão ser os 2 jogadores capazes de levar este Newcastle às suas costas. Talvez a equipa demore um pouco a carburar mas, ao ter Krul, Janmaat, Sissoko, Colback e uma frente onde Pardew terá que escolher entre Rivière, Ferreyra, Ayoze e Papiss, este Newcastle há-de se encontrar. É pena, no entanto, terem chegado tantos avançados ao invés de um central de créditos firmados e um bom número 8.
Atenção a: Siem de Jong, Rémy Cabella, Tim Krul, Emmanuel Rivère, Moussa Sissoko
SOUTHAMPTON (10)
Sabiam que em 2013/ 14 o Southampton foi a equipa com maior % média de posse de bola? 58,6. Um valor superior a City, Swansea, Arsenal e Liverpool. É importante que os adeptos dos saints percebam que a equipa vai mudar muito, demorar a entrosar-se e mesmo assim não deverá chegar ao nível de antes. Nenhuma equipa conseguiria do dia para a noite recuperar a química daquele Southampton, e a importância de Lallana, Shaw, Lambert, Lovren e, embora menos, Chambers. Não achamos que o Southampton vá lutar pela manutenção como se tem dito uma vez que se tem reforçado bem e ainda poderão chegar mais reforços (para já, os laterais não estão ao nível do restante elenco). O principal inimigo dos saints é neste momento o tempo e o facto de Koeman ter muitos jogadores novos e ter que fazer com eles uma nova equipa pode fazer com que o Southampton piore a sua classificação final, comparativamente com a época passada. Dusan Tadic e Graziano Pellè foram excelentes contratações, James Ward-Prowse tem tudo para ser uma das grandes revelações da época e passar as luvas de Boruc para Forster é muito positivo. As mais recentes aquisições foram Florin Gardos, central romeno que pode ser visto como o sucessor de Lovren e pode ser uma das boas surpresas da Premier; chegando ainda o irlandês Shane Long e Taïder para acrescentar soluções ofensivas. Veremos se Ramírez aproveita as saídas para mostrar o seu futebol, e a equipa certamente melhorará quando Jay Rodriguez regressar da sua lesão. Isto se ele - e Schneiderlin - não saírem entretanto. A capacidade de adaptação e o trabalho de Ronald Koeman serão fundamentais porque não é impossível este Southampton repetir o 8.º lugar, mas também não é impossível que surja uns 3 lugares abaixo que este que prevemos.
Atenção a: Dusan Tadic, Jay Rodriguez, Graziano Pellè, James Ward-Prowse, Florin Gardos
SWANSEA (11)
A gestão do Swansea nos últimos tempos tem sido.. estranha. Em 2011/ 12, com Brendan Rodgers, e em 2012/ 13 (1.º ano de Laudrup) tudo estava bem, e nada melhorou com a saída do dinamarquês. A equipa do País de Gales perdeu neste defeso Vorm (Fabianski é um GR que tanto faz boas defesas como tem episódios bizarros), Ben Davies, emprestou Michu ao Nápoles e veremos se Wilfried Bony se mantém ou não no clube, embora pareça provável que saia. Sem Bony, terá que ser Gomis a calçar as chuteiras do costa-marfinense. A defesa precisa de ser reforçada pois o grande capitão Ashley Williams não chega para tudo, falando-se no ingresso do internacional argentino Federico Fernández, e a esperança do Swansea reside no meio-campo onde Sigurdsson e Jefferson Montero podem brilhar. Isto num meio-campo onde já se sabe o que dão Britton, Routledge, Dyer e Shelvey, tendo regressado Ki. Resumidamente, manter ou não Bony e reforçar a defesa parecem ser 2 pontos essenciais para que o Swansea consiga terminar num 11.º lugar. Caso contrário ficará abaixo.
Atenção a: Wilfried Bony, Gylfi Sigurdsson, Jefferson Montero, Bafétimbi Gomis, Ashley Williams
WEST HAM (12)
Mourinho acusou Allardyce do "futebol de século XX" praticado pelo West Ham. Felizmente para os adeptos de futebol, isso deverá mudar esta temporada. Colocando as equipas grandes fora da equação, talvez este West Ham seja a equipa que melhor se reforçou este defeso. A baliza estará bem entregue quer lá esteja Adrián ou o quase quarentão Jaaskelainen; a defesa já era razoável mas ganhou um lateral e um central com potencial (Cresswell e Kouyaté, embora o último possa jogar no meio-campo pela sua boa capacidade a sair com bola), e entre médios e atacantes, as principais novidades são Diego Poyet (filho do treinador do Sunderland) e sobretudo a dupla Enner Valencia e Mauro Zárate, que tem tudo para - lá para Novembro - estar afinada a criar e marcar.
Atenção a: Enner Valencia, Mauro Zárate, Cheikhou Kouyaté, Aaron Cresswell, Diego Poyet
LEICESTER CITY (13)
Não é fácil sair vivo do Championship, mas mais difícil é acabá-lo com 102 pontos. O Leicester não se reforçou muito nesta subida à Premier League, mas a equipa coesa que já apresenta deve chegar para garantir a manutenção. O mundo do futebol vai ganhar respeito pelo herdeiro de Schmeichel, e no ataque para além de David Nugent (parece ser o momento certo para estar na Premier) e Vardy, chegou outro goleador do Championship - o argentino Leonardo Ulloa. O meio-campo acabará por ser decisivo e nesse sentido terão uma palavra a dizer dois jovens jogadores ambos dotados de um pé esquerdo fantástico - o francês Knockaert e o argelino Mahrez, se conseguirem estar focados e apresentar regularidade vão ser uma dor de cabeça para muitos defesas. Há ainda elementos mais discretos como Drinkwater e Andy King, e esta é a oportunidade certa para Albrighton provar o seu valor.
Atenção a: David Nugent, Kasper Schmeichel, Anthony Knockaert, Riyad Mahrez, Leonardo Ulloa
HULL CITY (14)
É muito provável que o Hull ande por estes lugares no final do campeonato, ou acima. Depois de um mercado de Inverno em que os tigers se focaram no ataque (Jelavic e Long, embora o irlandês tenha rumado agora ao Southampton), neste Verão chegaram flanqueadores de qualidade - Robert Snodgrass e Tom Ince, potenciais figuras da equipa. Steve Bruce tem uma equipa equilibrada ao seu dispor, continuando a ter Huddlestone e Livermore e um líder defensivo chamado Curtis Davies. Veremos se se mantém o 3-5-2 com que o Hull terminou a época e, caso isso aconteça, o Hull ainda deverá investir num substituto para Long. Por esta altura e depois de reforçada a equipa, também parece que a melhor linha de 3 seria composta por Davies, Chester e pelo recém-chegado Harry Maguire, o que obrigaria Steve Bruce a "sentar" o filho Alex Bruce. Até ao fim do mercado talvez ainda chegue um novo avançado que catapulte o Hull para outra dimensão.
Atenção a: Robert Snodgrass, Curtis Davies, Nikica Jelavic, Tom Ince, Tom Huddlestone
CRYSTAL PALACE (15)
Era uma das grandes curiosidades deste ano verificar o que é que o Manager of the Year Tony Pulis conseguia fazer desta vez com o seu Crystal Palace. No entanto, por divergências com a Direcção relativamente às contratações neste defeso (Pulis queria, por exemplo, Sigurdsson e Caulker) o técnico que salvou sempre as suas equipas de serem despromovidas, abandonou o cargo. O Crystal Palace foi um dos clubes-sensação da época passada mas convenhamos, Pulis transformou uma equipa banal e cujo destino parecia a descida numa equipa muito sólida defensivamente e confiante. Neil Lennon ou Mackay podem ser escolhas interessante mas para já, e por acharmos que Tony Pulis representava uma elevada % no sucesso do Palace, descemo-lo relativamente às nossas previsões iniciais. E a verdade é que por vezes na Premier a diferença entre um 15.º lugar e um 18.º é muito pouca no fim. Tirando Pulis, em termos de plantel praticamente nada mudou em Selhurst Park. O Crystal Palace vinha sendo uma equipa exímia no processo defensivo, difícil de bater em sua casa e manteve peças fundamentais como Puncheon, Ward, Ledley, Jedinak e Speroni. Para o ataque chegou Fraizer Campbell, embora Gayle (veremos se continua a evoluir) e Murray também sejam opções decentes, Hangeland trará maior experiência à defesa, Martin Kelly também se juntou ao plantel e a direcção terá ainda 2 alvos de meio-campo: Steven N'Zonzi (Stoke) e Jack Cork (Soutampton). Seria bom ver o galês Jonathan Williams despontar esta temporada. É muito complicado prever o trajecto deste Crystal Palace sem o seu homem do leme.
Atenção a: Jason Puncheon, Joel Ward, Yannick Bolasie, Fraizer Campbell, Mile Jedinak
SUNDERLAND (16)
Gustavo Poyet tem uma equipa decente, e com potencial para mais, nas suas mãos. O treinador uruguaio salvou o Sunderland quando parecia impossível e esta época deverá salvar outra vez, quem sabe com maior conforto. O elenco mantém-se, tendo ganho alguma qualidade. Vito Mannone é um dos GR que mais defesas por jogo faz no campeonato inglês, a defesa não é deslumbrante mas Van Aanholt é um bom reforço e no meio-campo a fórmula certa pode pôr a equipa a jogar bem - ter Adam Johnson, Rodwell, Jordi Gómez e Giaccherini contribui para isso. No ataque o maior "reforço" é poder contar com Steven Fletcher a 100%, seria excelente Wickham manter o nível com que se despediu dos fãs da Premier League, e ainda há Altidore.
Atenção a: Adam Johnson, Connor Wickham, Steven Fletcher, Vito Mannone, Jack Rodwell
QPR (17)
Uma equipa que deverá andar na corda bamba é o Queens Park Rangers, e não surpreenderia se se salvasse, podendo até conseguir algo mais dependendo da consistência que conseguir apresentar. Redknapp conseguiu subir por via do play-off, destruindo o sonho do Derby County, e a direcção premiou-o com vários reforços interessantes: Caulker e Ferdinand (que poderão tornar o QPR numa equipa difícil de bater no jogo aéreo), Mutch e Isla. Continuar a contar com o desequilibrador Junior Hoilett e o homem-golo Charlie Austin é muito útil, e caso Loïc Rémy acabe por ficar no plantel torna-se o maior reforço de todos. Há ainda um pormenor interessante neste QPR, o facto de Redknapp com a ajuda do seu novo adjunto (Glenn Hoddle) estar a modificar o desenho táctico, o que poderá fazer com que a Premier League desta época tenha três equipas a partirem de um 3-5-2, ou suas variantes próximas.
Atenção a: Charlie Austin, Loïc Rémy, Junior Hoilett, Steven Caulker, Jordon Mutch
BURNLEY (18)
A manutenção é um objectivo difícil para o Burnley, até por não ter a capacidade de investimento bruto que por exemplo um recém-promovido QPR apresenta (oxalá ficasse Burnley e descesse QPR). O Burnley terá que mostrar que aguenta jogar a este nível e as únicas certezas que os adeptos podem ter é que o avançado Danny Ings e o lateral Kieran Trippier vão-se dar a conhecer, e mesmo que o clube desça, eles certamente não o farão. A aquisição de Lukas Jutkiewicz parece poder ter impacto imediato, ele que terá que substituir o goleador Vokes no arranque do campeonato.
Atenção a: Danny Ings, Kieran Trippier, Lukas Jutkiewicz, Scott Arfield, Sam Vokes
ASTON VILLA (19)
Tendo que apontar à partida os 4 mais prováveis candidatos a descer, esses seriam QPR, Burnley, Aston Villa e West Bromwich. O Aston Villa tem um "problema" chamado Christian Benteke. O avançado belga é de longe o melhor jogador da equipa mas, quando a equipa não pode contar com ele, é quase como se não existisse. E sim, más notícias, o A. Villa arrancará sem Benteke. Sem o belga terão que aparecer Weimann e Agbonlahor (ou Kozák), bem como Delph e Bacuna. Chegaram Cissokho, Senderos, Richardson e Joe Cole, e Albrighton foi desperdiçado - rumando ao Leicester - o que só seria desculpável caso se inicie a aposta no jovem Jack Grealish.
Atenção a: Christian Benteke, Fabian Delph, Andreas Weimann, Jack Grealish, Ron Vlaar
WEST BROMWICH (20)
Tendemos a antipatizar com este WBA. A aposta em Alan Irvine foi arriscada e a política de mercado invulgar: Pocognoli, Gamboa, Davidson, Lescott, Wisdom chegaram todos para a defesa, e mudar quase toda uma linha é complicado e normalmente tem consequências a curto-médio prazo. O meio-campo continua a ter as mesmas soluções que chegam para alguns jogos (casos de Sessegnon, Mulumbu, Morrison ou Brunt) e no ataque Anichebe tem agora um compatriota consigo (Ideye Brown) embora tenhamos mais fé na evolução do jovem inglês Saido Berahino, caso lhe sejam dados minutos.
Atenção a: Saido Berahino, Ben Foster, Ideye Brown, Youssouf Mulumbu, Stéphane Sessegnon