Foi uma jornada atípica a 17.ª da Liga ZON Sagres. O Porto foi o primeiro a entrar em campo e perdeu na Madeira frente ao Marítimo. Benfica e Sporting podiam ter-se distanciado mas desperdiçaram ambos essa hipótese, empatando.
Sporting 0 - 0 Académica
Sabendo os resultados de Porto e Benfica no dia de ontem, os leões entraram hoje em campo com a liderança isolada como objectivo. A "Briosa", em boa forma nos últimos tempos (expressa na subida na classificação), deixou os reforços Salvador Agra e Rafael Lopes no banco, enquanto que no Sporting o treinador Leonardo Jardim optou por Carlos Mané e Wilson Eduardo para os flancos. O jogo iniciou-se com as bancadas de costas voltadas à corrupção, e na 1.ª parte o Sporting teve muita bola mas não soube o que fazer com ela. A defesa da Académica deu sistematicamente bem conta do recado e o momento de maior perigo acabou por acontecer na baliza de Patrício quando Marcelo atirou uma bomba que parou na barra.
No 2.º tempo o Sporting manteve o domínio absoluto do jogo, procurando demasiadamente o jogo directo para destruir a defesa estudante - ainda para mais depois da crónica entrada de Slimani. Ricardo foi-se agigantando com o passar dos minutos parecendo intransponível, magnificamente protegido pelos seus centrais (fortíssimos no jogo aéreo) e pelo trabalho incansável de Makelele e Fernando Alexandre. Num contra-ataque Cleyton falhou uma oportunidade clamorosa e Slimani, que desta vez não resolveu, ficou perto do golo mais do que uma vez, vendo os defesas da Académica evitarem o golo leonino. O jogo seguiu com 0-0 até final. William Carvalho viu um cartão amarelo por travar Djavan numa transição e falhará o derby do próximo fim-de-semana na Luz. Jefferson saiu muito queixoso, veremos qual a gravidade da lesão. A nível de arbitragem ambas as equipas ficaram com 1 grande penalidade por ser assinalada. É o 3.º jogo seguido em casa para a Liga que o Sporting não vence.
Foi um excelente jogo defensivo da Académica, muito organizada, combativa e a procurar beliscar os leões com a velocidade dos seus laterais (Djavan é um jogador bastante interessante) e de extremos verticais como Marinho, Ivanildo ou Salvador Agra. O Sporting teve pouca inspiração e criatividade, talvez tenha acusado a pressão, e permitiu que Ricardo saísse de Alvalade sem golos sofridos. O guarda-redes da Académica merece figurar nos 3 escolhidos por Paulo Bento para o Mundial do Brasil. Por fim fica ainda o elogio ao Sporting por ter hoje entrado em campo com um onze onde constavam 7 jogadores formados no clube.
Barba Por Fazer do Jogo: Ricardo (Académica)
Outros Destaques: William Carvalho; Djavan, Capela, João Real, Fernando Alexandre, Makelele
Marítimo 1 - 0 Porto (Derley (pen.) 13')
Pinto da Costa pode negá-lo, Paulo Fonseca pode continuar a ter uma "confiança cega" mas este Porto é irreconhecível. Os dragões entraram em campo ontem mais cedo que o rival Benfica e um dia antes do Sporting, e pretendiam redimir-se da má exibição frente ao Marítimo (terminada em polémica) para a Taça da Liga, vencendo precisamente a equipa insolar. Fernando foi baixa e a sua ausência fez-se notar na dinâmica do meio-campo dos dragões.
O Marítimo entrou a todo o gás e Derley fez a cabeça em água à defesa portista. O avançado brasileiro criou desequilíbrios, fugindo a Mangala e Maicon, e acabou por inaugurar o marcador aos 13' numa grande penalidade convertida depois de Danilo derrubar o jovem Danilo Pereira. A 1.ª parte pouca história teve e os melhores lances foram de livre directo: Ricardo Quaresma e Márcio Rozário ficaram perto de marcar.
A 1.ª parte do Porto foi muito má (geralmente na nossa opinião as primeiras partes dos azuis-e-brancos são mais fracas) e na 2.ª pouco melhorou. Ricardo Quaresma foi o portista mais inconformado e testou a atenção de Salin, tendo o guarda-redes brilhado também ao negar o golo a Josué. O Marítimo conseguiu manter a sua vantagem e Derley ainda teve mais um excelente momento ao rematar à entrada da área para uma grande defesa de Hélton.
Pouco há a dizer. O Porto de Paulo Fonseca está muitos furos abaixo da regularidade e competitividade de outros anos e resta aos dragões tentarem encontrar-se. Na próxima jornada será uma boa oportunidade, uma vez que há Benfica-Sporting e os dragões recebem o Paços de Ferreira. Na Madeira notou-se a falta de Fernando, o trio de meio-campo Carlos Eduardo-Defour-Josué não esteve bem e ninguém perceberá muito bem como é que se pode desperdiçar o talento de Quintero. O Marítimo mereceu a vitória, teve Danilo Dias e Artur bastante abaixo do nível apresentado dias antes no Dragão mas valeu Derley, que foi a principal figura, chegando aos 10 golos (apenas menos 3 que Montero e Jackson).
Barba Por Fazer do Jogo: Derley (Marítimo)
Outros Destaques: Salin, Danilo Pereira; Ricardo Quaresma
Gil Vicente 1 - 1 Benfica (Vitor Gonçalves 73'; Lima (pen.) 61')
Como dissemos anteriormente, o Benfica também não se conseguiu distanciar do actual campeão nacional. Os encarnados encontravam-se novamente contra o Gil Vicente - que recentemente venceram por duas vezes com facilidade -, mas desta vez num "campo". Entre aspas porque era mais lama do que campo propriamente dito, o que prejudicou o jogo de ambas as equipas. Jesus apostou no onze mais regular deixando o recuperado Oscar Cardozo no banco.
Com tanta lama, a nota artística teve que ficar logo de parte. Ainda assim, o Benfica tentou adiantar-se no marcador com Luisão a não acertar bem no esférico e a permitir o alívio do defensor gilista. Logo a seguir grande contra-ataque do Benfica com Lima a ficar isolado e a oferecer o golo a Rodrigo. Contudo, o brasileiro - que recentemente foi vendido a Peter Lim - foi atraiçoado pela lama e o remate saiu mal. Já com dificuldades de chegar à baliza adversária por bola corrida, Enzo e Siqueira tentaram a sua sorte através da meia-distância, mas ambos remates saíram ligeiramente ao lado do alvo. No segundo tempo o jogo não melhorou, mas teve golos. Siqueira viu o segundo amarelo logo ao travar em falta Brito. Contudo, o mesmo Brito confundiu o equipamento do Benfica com a bola e pontapeou as costas de Nico Gaitán dentro da sua área. Grande penalidade que Lima - após fazer um montinho como se faz no futebol praia - converteu com êxito. O Gil na sua única oportunidade de golo, fá-lo mesmo. Canto batido da direita, corte da defensiva encarnada e Vitor Gonçalves de primeira a fuzilar Oblak. Oblak que neste mesmo jogo bateu o record de minutos sem sofrer golos de Michel Preud'homme. Já nos minutos finais, Cardozo falhou dois lances de golo iminente. O primeiro com a bola a cair perto de si - só com Adriano pela frente - em que o Tacuara remata violentamente contra o guardião brasileiro. O último foi de grande penalidade atirando novamente violentamente contra Adriano e permitindo que a equipa gilista fosse para casa com 1 ponto.
Mau jogo de futebol onde o terreno de jogo influenciou imenso o desempenho das duas equipas. O Benfica podia ter-se distanciado dos rivais, mas acabou por apenas distanciar-se pela margem mínima do grande rival Porto. Na próxima jornada temos um escaldante Benfica-Sporting que poderá aquecer ainda mais a nossa Liga.
Barba Por Fazer do Jogo: Adriano Facchini (Gil Vicente)
Outros Destaques: Vitor Gonçalves, Brito; Gaitán, Markovic, Enzo.
Outros Destaques: Salin, Danilo Pereira; Ricardo Quaresma
Gil Vicente 1 - 1 Benfica (Vitor Gonçalves 73'; Lima (pen.) 61')
Como dissemos anteriormente, o Benfica também não se conseguiu distanciar do actual campeão nacional. Os encarnados encontravam-se novamente contra o Gil Vicente - que recentemente venceram por duas vezes com facilidade -, mas desta vez num "campo". Entre aspas porque era mais lama do que campo propriamente dito, o que prejudicou o jogo de ambas as equipas. Jesus apostou no onze mais regular deixando o recuperado Oscar Cardozo no banco.
Com tanta lama, a nota artística teve que ficar logo de parte. Ainda assim, o Benfica tentou adiantar-se no marcador com Luisão a não acertar bem no esférico e a permitir o alívio do defensor gilista. Logo a seguir grande contra-ataque do Benfica com Lima a ficar isolado e a oferecer o golo a Rodrigo. Contudo, o brasileiro - que recentemente foi vendido a Peter Lim - foi atraiçoado pela lama e o remate saiu mal. Já com dificuldades de chegar à baliza adversária por bola corrida, Enzo e Siqueira tentaram a sua sorte através da meia-distância, mas ambos remates saíram ligeiramente ao lado do alvo. No segundo tempo o jogo não melhorou, mas teve golos. Siqueira viu o segundo amarelo logo ao travar em falta Brito. Contudo, o mesmo Brito confundiu o equipamento do Benfica com a bola e pontapeou as costas de Nico Gaitán dentro da sua área. Grande penalidade que Lima - após fazer um montinho como se faz no futebol praia - converteu com êxito. O Gil na sua única oportunidade de golo, fá-lo mesmo. Canto batido da direita, corte da defensiva encarnada e Vitor Gonçalves de primeira a fuzilar Oblak. Oblak que neste mesmo jogo bateu o record de minutos sem sofrer golos de Michel Preud'homme. Já nos minutos finais, Cardozo falhou dois lances de golo iminente. O primeiro com a bola a cair perto de si - só com Adriano pela frente - em que o Tacuara remata violentamente contra o guardião brasileiro. O último foi de grande penalidade atirando novamente violentamente contra Adriano e permitindo que a equipa gilista fosse para casa com 1 ponto.
Mau jogo de futebol onde o terreno de jogo influenciou imenso o desempenho das duas equipas. O Benfica podia ter-se distanciado dos rivais, mas acabou por apenas distanciar-se pela margem mínima do grande rival Porto. Na próxima jornada temos um escaldante Benfica-Sporting que poderá aquecer ainda mais a nossa Liga.
Barba Por Fazer do Jogo: Adriano Facchini (Gil Vicente)
Outros Destaques: Vitor Gonçalves, Brito; Gaitán, Markovic, Enzo.