Na jornada seguinte ao derby da Luz, Sporting e Benfica ganharam ambos, pressionando o Porto (que iniciou há minutos o seu jogo em Barcelos). Os leões jogaram ontem, num jogo em que contaram com alguns regressos importantes e retomando ao seu esquema habitual de jogo. Os encarnados entraram hoje em campo e resolveram o jogo na 2.ª parte com atitude de quem quer o título.
Foram duas partes completamente diferentes as que se viram
na Mata Real. O Benfica jogou com o onze que seria expectável, com Ruben Amorim
a "fazer de Enzo", sendo que Óscar Cardozo foi baixa (estando
inclusive em dúvida a sua disponibilidade para o jogo da Liga Europa). A equipa
de Jorge Jesus teve muitas dificuldades na 1.ª parte frente a um Paços de
Henrique Calisto que se manteve sempre organizado e com uma pressão alta
incrivelmente eficaz - o Benfica nunca soube construir e as balizas podiam
muito bem ter ido tomar um café durante os primeiros 45 minutos. Houve muitas
faltas, cartões a mais (exagero de Duarte Gomes) e futebol a menos. Com Rodrigo
e Lima bem anulados, os destaques do 1.º tempo acabaram mesmo por ser o central
Flávio Boaventura, o incansável Seri e a capacidade exaustiva de Romeu em
pressionar o portador da bola a meio-campo. No Benfica, era necessária uma
injecção de confiança, de acutilância para o 2.º tempo, e foi o que aconteceu.
Foi um Benfica "à
campeão" que voltou dos balneários. Os jogadores regressaram com muito
maior intensidade, colocando maior velocidade em todas as jogadas e procurando
mudar o rumo do jogo. Ao fim de 9 minutos do 2.º tempo surgiu então Ruben
Amorim. O médio português, numa daquelas suas típicas incursões pelo lado
direito, tirou um cruzamento brilhante e encontrou a cabeça de Garay. Calisto
mexeu mal no jogo, retirando Rodrigo António e Seri, e o Benfica sentenciou o
jogo aos 68'. Foi novamente o "motor" Ruben Amorim a recuperar uma
bola a meio-campo, Rodrigo tentou disparar mas a bola acabou por sobrar para
Markovic. O sérvio pegou na bola, correu desenfreadamente e rematou com força
(o que lhe falta muitas vezes) e colocação para o poste mais próximo. Grande
golo, grande arrancada, à Markovic.
A partir do 2-0 o Benfica
baixou a intensidade, controlou o jogo e Oblak voltou a não sofrer golos (até
agora sofreu apenas 1 golo, no empate em Barcelos). Mérito evidente para o
quarteto defensivo dos encarnados que tem feito com que Oblak pouco trabalho
tenha.
O Benfica conseguiu assim
uma boa vitória e, com a vantagem pontual que tem e o calendário que lhe resta
(teoricamente o mais favorável entre os 3 grandes) mantém-se como o principal
favorito a sagrar-se campeão. No entanto, como já vimos esta história por duas
vezes, nunca se sabe. Ruben Amorim foi determinante numa exibição em que encheu
o campo, esteve na origem dos 2 golos e seria interessante que o Benfica -
talvez não na Grécia mas no jogo na Luz frente ao Guimarães - experimentasse a
dupla Amorim-Enzo no meio-campo. Garay voltou a ser decisivo nas alturas e
forma neste momento com Luisão aquela que é de longe a melhor dupla de centrais
do nosso campeonato e os restantes destaques vão para 2 talentos que têm
crescido a olhos vistos tornando-se mais operários. Gaitán e Markovic defendem
muito mais do que quando cada qual chegou a Portugal e quando um treinador
consegue que jogadores com esta capacidade ofensiva ajudem vindo atrás, o
sucesso fica mais perto.
Barba Por Fazer do Jogo: Ruben Amorim (Benfica)
Outros Destaques: Garay, Markovic, Gaitán; Flávio Boaventura, Romeu, Seri
Ontem o Sporting
jogou perante os seus adeptos com a preocupação de dar boa resposta à derrota
(conjugada com má exibição) na Luz. O jogo começou com várias boas notícias:
William Carvalho e Jefferson voltaram a estar disponíveis; e o regresso do
esquema habitual, deixando Slimani no banco e permitindo o treinador que o
jovem Carlos Mané fosse titular.
Frente a um Olhanense que, até ver, merece descer (tal a destruição que a direcção está a levar a cabo na estrutura do clube algarvio e na total descaracterização do mesmo), o Sporting entrou forte, pressionante, rápido e com vontade de resolver cedo o jogo. Com o trio de ataque bem mexido, e apoiado por Adrien e André Martins, os lances foram-se sucedendo. Fredy Montero, André Martins, Maurício e Carlos Mané ficaram todos perto de marcar, mas foi mesmo o miúdo que desfez o nulo. Aos 13 minutos surgiu então o único golo do jogo. Após um lançamento do lado esquerdo, Fredy Montero tirou um defesa do caminho com um pormenor delicioso e depois fez um cruzamento-remate que encontrou o desvio providencial de Carlos Mané. O Sporting manteve o pé no acelerador e, numa excelente 1.ª parte, ainda voltou a ameaçar a baliza de Belec com Adrien e André Martins muito activos no último terço. Aos 27' Fredy Montero marcou mesmo (deitando para trás o seu longo jejum sem golos) mas o árbitro anulou erradamente - o avançado colombiano marcou de cabeça na sequência de um livre, mas o golo foi anulado por pretenso fora-de-jogo. Montero não estava, mas o fiscal deixou-se iludir pelo fora-de-jogo de dois "leões" que se fizeram ao lance. Nos minutos finais valeu Belec a tirar um golo a Rojo, e Patrício disse também presente no dia do seu 26.º aniversário.
Na segunda parte o Sporting baixou o ritmo, esteve longe da intensidade apresentada nos 30 minutos iniciais, mas melhorou novamente quando Carrillo e Wilson Eduardo entraram, sobretudo pelas acções do 1.º. O avançado Dionisi do Olhanense ainda provocou alguns pequenos sustos, mas ou a bola não chegou sequer à baliza ou Rui Patrício cumpriu.
Os leões ganharam fruto de uma boa 1.ª parte onde fizeram um golo mas podiam ter feito uns três. Montero voltou a não marcar mas com a técnica e preponderância que tem marcará em breve. William Carvalho provou a falta gigantesca que fez na Luz, uma vez que lê o jogo e ocupa a posição 6 como mais ninguém no plantel consegue, sendo que Jefferson (deu muita profundidade, tal como Cédric) também teve um regresso feliz. Carlos Mané acabou por decidir o jogo e continua a demonstrar que, embora não tenha um talento assombroso como alguns jogadores portugueses desaproveitados, tem um treinador que confia nele e que poderá fazê-lo crescer e atingir um patamar que normalmente não atingiria. Os jovens jogadores crescem em campo, e inseridos entre os melhores.
Na próxima jornada os leões terão uma complicada deslocação ao terreno do Rio Ave.
Na segunda parte o Sporting baixou o ritmo, esteve longe da intensidade apresentada nos 30 minutos iniciais, mas melhorou novamente quando Carrillo e Wilson Eduardo entraram, sobretudo pelas acções do 1.º. O avançado Dionisi do Olhanense ainda provocou alguns pequenos sustos, mas ou a bola não chegou sequer à baliza ou Rui Patrício cumpriu.
Os leões ganharam fruto de uma boa 1.ª parte onde fizeram um golo mas podiam ter feito uns três. Montero voltou a não marcar mas com a técnica e preponderância que tem marcará em breve. William Carvalho provou a falta gigantesca que fez na Luz, uma vez que lê o jogo e ocupa a posição 6 como mais ninguém no plantel consegue, sendo que Jefferson (deu muita profundidade, tal como Cédric) também teve um regresso feliz. Carlos Mané acabou por decidir o jogo e continua a demonstrar que, embora não tenha um talento assombroso como alguns jogadores portugueses desaproveitados, tem um treinador que confia nele e que poderá fazê-lo crescer e atingir um patamar que normalmente não atingiria. Os jovens jogadores crescem em campo, e inseridos entre os melhores.
Na próxima jornada os leões terão uma complicada deslocação ao terreno do Rio Ave.
Barba Por Fazer do Jogo: Fredy Montero (Sporting)
Outros Destaques: Jefferson, Adrien, William Carvalho, Carlos Mané; Belec