Nem de propósito. Deixámos a análise e antevisão do Grupo B para o fim, por se tratar do nosso, e graças a isso podemos algumas linhas abaixo colocar Fernando Hierro como seleccionador espanhol e não Julen Lopetegui. Curioso.
O grupo B inclui o embate da Península Ibérica, as duas últimas selecções a sagrarem-se campeãs da Europa. Portugal e Espanha medem forças num grupo em que, se os favoritos se desleixarem, Irão e Marrocos, duas selecções muito competentes, estarão à espreita de qualquer erro.
No apuramento asiático, ninguém pontuou tanto como o Irão (22 pontos, marca acima de Japão, Coreia do Sul, Arábia Saudita ou Austrália) podendo-se considerar a selecção orientada por Carlos Queiroz a mais forte do continente. Já em África, Marrocos impediu a Costa do Marfim de marcar presença na Rússia. Chega como aviso. A juntar a tudo isto, o comportamento defensivo imaculado: o Irão sofreu apenas 2 golos em 10 jogos, e Marrocos cumpriu toda a fase de grupos sem qualquer golo sofrido! Considerando o registo dos dois favoritos - a Espanha sofreu 3 golos no caminho até ao Mundial, e Portugal apenas mais um - fica claro que todas as equipas deste grupo sabem o que têm a fazer na hora de defender.
Com um período de sonho entre 2008 e 2012 (altura em que a Espanha conquistou dois europeus e um mundial), La Roja poderá surgir com ganas renovadas, depois da hecatombe de 2014, naquela que será a despedida de Andrés Iniesta da alta roda do futebol. E que peso terá o "escândalo Lopetegui"? Instabilidade em cima da competição nunca faz bem, mas a experiência dos jogadores espanhóis - selecções como Espanha ou Alemanha gozam hoje quase de um estatuto de piloto-automático - e a resposta que o balneário órfão poderá querer dar obriga Portugal a máxima concentração e não hipoteca por completo as hipóteses de sucesso hispânicas.
Portugal tem um histórico bem mais favorável em europeus do que em mundiais, e destas quatro selecções até poderá ser aquela que demorará um pouco mais a encontrar o seu melhor 11. No entanto, ao contrário do que a teoria poderia indicar, depois de ter conquistado o Euro-2016 a pressão é menor sobre os ombros de Cristiano Ronaldo e companhia. Convém recordar que em 29 jogos oficiais como seleccionador nacional, Fernando Santos perdeu apenas 1. E, com um elenco que ganha em doses de talento e criatividade ao de 2016, a postura pode manter-se: podemos não ser melhores do que os outros, mas ninguém será melhor que nós.
Naturalmente, quando desenhámos o quadro deste Mundial não imaginávamos este abanão que a Espanha sofreria a dois dias de entrar em competição. Assim, por uma questão de coerência e para não sermos obrigados a modificar os destinos por exemplo de Alemanha e Brasil, mantemos a previsão inicial de apontar os nossos vizinhos ao título, essencialmente por instinto e por não nos largar a imagem de Andrés Iniesta a levantar a copa no adeus à selecção. Diríamos até: racionalmente Brasil e Alemanha são nesta fase os verdadeiros favoritos, com destinos interligados. O Brasil quer vingar-se dos 7-1 de 2014, e a Alemanha quer igualar o número de títulos do recordista Brasil (5). E se Portugal não ganhar, que vença a Argentina (nenhuma selecção reúne tantos factores contra, até às cozinheiras da Federação chegou o pesadelo na ante-câmara deste Mundial argentino).
O grupo B inclui o embate da Península Ibérica, as duas últimas selecções a sagrarem-se campeãs da Europa. Portugal e Espanha medem forças num grupo em que, se os favoritos se desleixarem, Irão e Marrocos, duas selecções muito competentes, estarão à espreita de qualquer erro.
No apuramento asiático, ninguém pontuou tanto como o Irão (22 pontos, marca acima de Japão, Coreia do Sul, Arábia Saudita ou Austrália) podendo-se considerar a selecção orientada por Carlos Queiroz a mais forte do continente. Já em África, Marrocos impediu a Costa do Marfim de marcar presença na Rússia. Chega como aviso. A juntar a tudo isto, o comportamento defensivo imaculado: o Irão sofreu apenas 2 golos em 10 jogos, e Marrocos cumpriu toda a fase de grupos sem qualquer golo sofrido! Considerando o registo dos dois favoritos - a Espanha sofreu 3 golos no caminho até ao Mundial, e Portugal apenas mais um - fica claro que todas as equipas deste grupo sabem o que têm a fazer na hora de defender.
Com um período de sonho entre 2008 e 2012 (altura em que a Espanha conquistou dois europeus e um mundial), La Roja poderá surgir com ganas renovadas, depois da hecatombe de 2014, naquela que será a despedida de Andrés Iniesta da alta roda do futebol. E que peso terá o "escândalo Lopetegui"? Instabilidade em cima da competição nunca faz bem, mas a experiência dos jogadores espanhóis - selecções como Espanha ou Alemanha gozam hoje quase de um estatuto de piloto-automático - e a resposta que o balneário órfão poderá querer dar obriga Portugal a máxima concentração e não hipoteca por completo as hipóteses de sucesso hispânicas.
Portugal tem um histórico bem mais favorável em europeus do que em mundiais, e destas quatro selecções até poderá ser aquela que demorará um pouco mais a encontrar o seu melhor 11. No entanto, ao contrário do que a teoria poderia indicar, depois de ter conquistado o Euro-2016 a pressão é menor sobre os ombros de Cristiano Ronaldo e companhia. Convém recordar que em 29 jogos oficiais como seleccionador nacional, Fernando Santos perdeu apenas 1. E, com um elenco que ganha em doses de talento e criatividade ao de 2016, a postura pode manter-se: podemos não ser melhores do que os outros, mas ninguém será melhor que nós.
Naturalmente, quando desenhámos o quadro deste Mundial não imaginávamos este abanão que a Espanha sofreria a dois dias de entrar em competição. Assim, por uma questão de coerência e para não sermos obrigados a modificar os destinos por exemplo de Alemanha e Brasil, mantemos a previsão inicial de apontar os nossos vizinhos ao título, essencialmente por instinto e por não nos largar a imagem de Andrés Iniesta a levantar a copa no adeus à selecção. Diríamos até: racionalmente Brasil e Alemanha são nesta fase os verdadeiros favoritos, com destinos interligados. O Brasil quer vingar-se dos 7-1 de 2014, e a Alemanha quer igualar o número de títulos do recordista Brasil (5). E se Portugal não ganhar, que vença a Argentina (nenhuma selecção reúne tantos factores contra, até às cozinheiras da Federação chegou o pesadelo na ante-câmara deste Mundial argentino).
Fiquem então com a análise completa do Grupo B:
1. ESPANHA
(Previsão: Vencedor)
(Previsão: Vencedor)
- Guarda-Redes: David De Gea (Manchester United), Kepa (Athletic Bilbao), Pepe Reina (Nápoles)
- Defesas: Dani Carvajal (Real Madrid), Álvaro Odriozola (Real Sociedad), César Azpilicueta (Chelsea), Gerard Piqué (Barcelona), Sergio Ramos (Real Madrid), Nacho Hernández (Real Madrid), Nacho Monreal (Arsenal), Jordi Alba (Barcelona)
- Médios: Sergio Busquets (Barcelona), Andrés Iniesta (Barcelona), Thiago Alcântara (Bayern), Saúl Ñíguez (Atlético Madrid), David Silva (Manchester City), Isco (Real Madrid)
- Extremos: Marco Asensio (Real Madrid), Lucas Vázquez (Real Madrid), Koke (Atlético Madrid)
- Avançados: Diego Costa (Atlético Madrid), Rodrigo (Valência), Iago Aspas (Celta Vigo)
Ausências: Álvaro Morata, Marcos Alonso
Equipa-Base (4-1-4-1): De Gea; Carvajal, Piqué, Sergio Ramos, J. Alba; Busquets; David Silva, Thiago, Iniesta, Isco; Diego Costa
O que Florentino Pérez e Lopetegui foram arranjar... Num caso inédito (jamais um dos 3 principais favoritos à conquista de um Mundial perdeu o seu treinador a dois dias do jogo de estreia), a Espanha perdeu o seu líder, colocando a Hierro um excelente desafio. Mas já vimos coisas mais estranhas do que Hierro pegar agora na selecção e levar a Espanha ao título.
Com uma filosofia enraizada, futebol de posse com constante oferta de linhas de passe e inteligência de quem sabe para onde e quando soltar a bola, a Espanha deseja recuperar a sua hegemonia de 2008-2012. Supomos que Hierro vá mexer o menos possível na estrutura. De Gea terá à sua frente uma defesa muito experiente e com jogadores de Real Madrid e Barcelona, embora a lesão sofrida por Carvajal na final da Champions deva obrigar à utilização de Azpilicueta ou Odriozola no arranque do torneio. O meio-campo tem Busquets como pêndulo, e a Iniesta, David Silva e Isco juntar-se-á Thiago ou Koke, sem afastar a hipótese de Asensio (numa assunção mais vertical dum flanco) ganhar esse lugar, interpretando-o de modo diferente. Diego Costa, Rodrigo e Iago Aspas são as opções para liderar o ataque, numa Espanha à qual parece mesmo só faltar uma maior garantia de golos. Vemos Silva, Isco e Iniesta a fazerem a bola sentir-se em casa, mas equipas como o Brasil e a Alemanha parecem ter maior capacidade para fazer golos. Apesar da má época no Chelsea, Morata encaixava organicamente neste ataque, como de resto mostrou na qualificação.
Destaques Individuais (Previsão):
Embora abanados na véspera do começo do Mundial, a experiência e a brutal qualidade técnica dos jogadores espanhóis pode chegar para ultrapassar este momento invulgar. Num Mundial que ou segue a lógica (vitória de Brasil ou Alemanha) ou distingue uma equipa em crise (vitória de Espanha ou Argentina), sem esquecer potenciais vencedores como França ou Portugal, ter Isco e David Silva no nível em que acreditamos que apareçam, pode fazer a diferença. Ao lado de nomes como Neymar, Messi, Kroos ou Ronaldo, Isco é inclusive para nós um dos candidatos a Bola de Ouro do Mundial.
Há o factor Lopetegui, mas também há o factor Andrés Iniesta. O melhor jogador da História do futebol espanhol, autor do golo que deu o Mundial-2010 à Espanha, é um ser especial; e não duvidamos que a vontade de lhe dar a melhor despedida possível sirva de foco extra para todos os jogadores do balneário.
David De Gea e Sergio Ramos (não costuma impressionar tanto na Espanha como no Real Madrid, é verdade) vão obrigar os adversários a subirem o nível, e Marco Asensio tem escrito no rosto e nas botas que pode servir de abre-latas em vários jogos, saltando no banco para resolver.
2. PORTUGAL
(Previsão: Quartos-de-Final)
- Guarda-Redes: Rui Patrício (--), Beto (Göztepe), Anthony Lopes (Lyon)
- Defesas: Cédric (Southampton), Ricardo Pereira (Leicester City), Pepe (Besiktas), José Fonte (Dalian Yifang), Bruno Alves (Rangers), Rúben Dias (Benfica), Raphaël Guerreiro (Dortmund), Mário Rui (Nápoles)
- Médios: William Carvalho (Sporting), Adrien Silva (Leicester City), João Moutinho (Mónaco), Manuel Fernandes (Lokomotiv), Bruno Fernandes (Sporting), João Mário (West Ham)
- Extremos: Bernardo Silva (Manchester City), Gonçalo Guedes (Valência), Ricardo Quaresma (Besiktas), Gelson Martins (Sporting)
- Avançados: Cristiano Ronaldo (Real Madrid), André Silva (AC Milan)
Baixa: Danilo Pereira; Ausências: Rúben Neves, João Cancelo, Rony Lopes
Equipa-Base (4-4-2): Rui Patrício; Cédric, Pepe, José Fonte, R. Guerreiro; Bernardo Silva, William Carvalho, Moutinho (Bruno Fernandes, Adrien), João Mário; Cristiano Ronaldo, André Silva (Guedes)
Cá estamos nós. Os campeões da Europa chegam a este Mundial com pouca pressão, inabalável fé e confiança e muita união. Hoje, vê-se em campo que Portugal é uma equipa, e esse sentido colectivo pode fazer muita diferença ao longo da competição.
No habitual 4-4-2, sistema que melhor aproveita aquilo que hoje Cristiano Ronaldo é, Portugal é bem capaz de sofrer algumas afinações no onze ao longo das próximas semanas. A baliza está entregue a Rui Patrício, melhor guarda-redes no Euro-2016, e na defesa um bom Mundial está forçosamente dependente do melhor nível de Pepe (melhor jogador português no Euro-2016). Cédric, Fonte e Raphaël Guerreiro devem ser opções desde a primeira jornada, embora Ricardo Pereira e Rúben Dias possam eventualmente conquistar a titularidade.
Do meio-campo para a frente, William, Bernardo Silva e Cristiano Ronaldo são os verdadeiros indiscutíveis. Fernando Santos não deve abdicar do acerto no passe e capacidade de ler o jogo do experiente Moutinho, e contra equipas dispostas a dar a iniciativa a Portugal, André Silva faz mais sentido ao lado de CR7. Contra a Espanha, por exemplo, esperamos Guedes-Ronaldo. Com Quaresma pronto para ser o suplente que muda o jogo, veremos como gere FS um onze onde Bruno Fernandes e/ ou Gonçalo Guedes poderão conquistar o seu espaço com o decorrer dos jogos.
No habitual 4-4-2, sistema que melhor aproveita aquilo que hoje Cristiano Ronaldo é, Portugal é bem capaz de sofrer algumas afinações no onze ao longo das próximas semanas. A baliza está entregue a Rui Patrício, melhor guarda-redes no Euro-2016, e na defesa um bom Mundial está forçosamente dependente do melhor nível de Pepe (melhor jogador português no Euro-2016). Cédric, Fonte e Raphaël Guerreiro devem ser opções desde a primeira jornada, embora Ricardo Pereira e Rúben Dias possam eventualmente conquistar a titularidade.
Do meio-campo para a frente, William, Bernardo Silva e Cristiano Ronaldo são os verdadeiros indiscutíveis. Fernando Santos não deve abdicar do acerto no passe e capacidade de ler o jogo do experiente Moutinho, e contra equipas dispostas a dar a iniciativa a Portugal, André Silva faz mais sentido ao lado de CR7. Contra a Espanha, por exemplo, esperamos Guedes-Ronaldo. Com Quaresma pronto para ser o suplente que muda o jogo, veremos como gere FS um onze onde Bruno Fernandes e/ ou Gonçalo Guedes poderão conquistar o seu espaço com o decorrer dos jogos.
Destaques Individuais (Previsão):
Quartos-de-final é um Mundial decente. Mais longe, um excelente Mundial, menos que isso um Mundial abaixo das expectativas. Para nos fazer sonhar e acumular impossíveis, o capitão Cristiano Ronaldo chega à Rússia confiante, com uma Champions no bolso e a consciência que é importante fazer melhor que Messi, sem que Neymar seja figura do Mundial, para juntar mais uma Bola de Ouro ao museu. Esperamos, obviamente, golos do maior finalizador em prova, mas desejamos igualmente um comportamento solidário com os companheiros, mesmo que isso se reflicta em menos impacto na ficha de jogo.
Uma das grandes ausências no Euro-2016, Bernardo Silva está preparado para ser a principal fonte de magia da Selecção Nacional. O melhor pé esquerdo da selecção das Quinas é o tipo de jogador que se pode perfeitamente transcender num palco destes, um pouco à imagem de Gonçalo Guedes e Bruno Fernandes, jogadores inquestionavelmente especiais e que ajudarão Portugal a inventar soluções e criar problemas às defesas contrárias. Na nossa defesa, para que Portugal chegue longe Pepe terá que estar no seu melhor. Verdade seja dita, quando não cabeceia ninguém, nunca desilude.
3. IRÃO
- Guarda-Redes: Amir Abedzadeh (Marítimo), Alireza Beiranvand (Persepolis), Rashid Mazaheri (Zob Ahan)
- Defesas: Ramin Rezaeian (Ostende), Majid Hosseini (Esteghlal), Mohammad Khandzadeh (Padidedh), Morteza Pouraliganji (Al-Saad), Pejman Montazeri (Esteghlal), Roozbeh Cheshmi (Esteghlal), Milad Mohammadi (Akhmat Grozny), Ehsan Hajsafi (Olympiacos)
- Médios: Omid Ebrahimi (Esteghlal), Said Ezatolahi (Amkar Perm), Massoud Shojaei (AEK), Ashkan Dejagah (Nottingham Forest)
- Extremos: Mahdi Torabi (Saipa), Vahid Amiri (Persepolis), Alireza Jahanbakhsh (AZ Alkmaar), Saman Ghoddos (Ostersunds)
- Avançados: Sardar Azmoun (Rubin Kazan), Mahdi Taremi (Al-Gharafa), Karim Ansarifard (Olympiacos), Reza Ghoochannejhad (Heerenveen)
Equipa-Base (4-2-3-1): Beiranvand; Rezaeian, Pouraliganji, Hosseini, Mohammadi; Ezatolahi, Hajsafi; Jahanbakhsk, Dejagah (Ansarifard), Goddos; Azmoun
A selecção que deixou de ter chuteiras da Nike por causa de Trump tem tudo para ser uma gigante dor de cabeça para Espanha e Portugal, sobretudo se vencer a jornada inaugural diante de Marrocos. Com uma defesa segura e um conjunto fisicamente bastante forte, o 4-2-3-1 simples mas eficaz que Queiroz montou explora da melhor maneira as forças num onze bem construído e bem ligado.
Na defesa, particular atenção às subidas do lateral-esquerdo Milal Mohammadi, sendo Ezatolahi (médio que Queiroz muito aprecia e elemento imprescindível no duplo pivô) uma grande baixa no 1.º jogo. Na hora de criar perigo, destacam-se dois nomes: Alireza Jahanbakhsh e Sardar Azmoun. O primeiro foi o melhor marcador da Liga Holandesa pelo AZ Alkmaar com 21 golos (fez ainda 12 assistências), e Azmoun transforma-se ao actuar pela selecção, acumulando uns impressionantes 24 golos em 33 jogos.
Destaques Individuais (Previsão):
Decorem, tanto quanto possível, este nome: Alireza Jhanbakhsh. O extremo direito do Irão e do AZ Alkmaar é um craque, foi o melhor marcador do campeonato holandês, e é um dos 2 jogadores claramente acima da média num Irão muito certinho em tudo o que faz. O outro é Sardar Azmoun. Sem nunca deslumbrar em solo russo, ao serviço do Rubin Kazan e do Rostov, é ao serviço da selecção que Azmoun vira fera - 24 golos em 33 jogos com 23 anos de idade é muita fruta. Por fim, acreditamos que será importante a profundidade e competência no cruzamento de Milal Mohammadi ao longo do corredor esquerdo.
4. MARROCOS
- Guarda-Redes: Munir Mohand (Numancia), Yassine Bounou (Girona), Ahmed Tagnaouti (Tanger)
- Defesas: Nabil Dirar (Fenerbahçe), Achraf Hakimi (Real Madrid), Romain Saiss (Wolves), Manuel Da Costa (Basaksehir), Mehdi Benatia (Juventus), Hamza Mendyl (Lille)
- Médios: Karim El Ahmadi (Feyenoord), Youssef Ait Bennasser (Caen), Sofyan Amrabat (Feyenoord), Mbark Boussoufa (Al Jazira), Amine Harit (Schalke 04)
- Extremos: Faycal Fajr (Getafe), Hakim Ziyech (Ajax), Younès Belhanda (Galatasaray), Nordin Amrabat (Léganes), Mehdi Carcela (Standard Liège)
- Avançados: Youssef En-Nesyri (Málaga), Aziz Bouhaddouz (St. Pauli), Khalid Boutaib (Malatayaspor), Ayoub El Kaabi (RS Berkane)
Ausência: Sofiane Boufal
Equipa-Base (4-5-1): Munir; Dirar, Benatia, Saiss, Hakimi; Belhanda, El Ahmadi, Ziyech, Boussoufa (Harit), N. Amrabat; Boutaib (El Kaabi)
O ex-seleccionador espanhol e futuro treinador do Real Madrid, Julen Lopetegui (estranho e cómico dizer isto), considerou Marrocos a melhor selecção de África. Não partilhamos essa ideia, achando o Senegal superior, mas é um facto que a equipa marroquina tem muita qualidade. Com vários jogadores com muita técnica e elegância no transporte (Ziyech, Belhanda, Boussoufa, Harit e Carcela, por exemplo), Marrocos procurará potenciar a sua força em situações de 1 para 1, num modelo que entrega ao craque Hakim Ziyech (muito provavelmente o melhor jogador da Eredivisie) grandes responsabilidades.
Embora haja mais qualidade individual do que no Irão, Carlos Queiroz parece-nos ter mais equipa.
Embora haja mais qualidade individual do que no Irão, Carlos Queiroz parece-nos ter mais equipa.
Destaques Individuais (Previsão):
O destino de Marrocos passa pelos pés do talentoso Hakim Ziyech. Um predestinado, o jogador de 25 anos do Ajax cumpriu toda a carreira na Holanda e surpreende-nos como é que ainda nenhum tubarão o "roubou". Misto de Payet e Mahrez, é o principal jogador que Portugal terá que ter em conta.
Com vários jogadores acima da média a nível de recepção e drible, Younès Belhanda representa bem a irregularidade regular nas carreiras de elementos como Amrabat, Carcela ou Boussoufa. No entanto, acreditamos que faça um bom Mundial, competição que poderá servir para Amine Harit mostrar tudo o que de bom fez pelo Schalke 04 em 2017/ 18.
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Posters ESPN - MUNDIAL 2018 - Grupo B
por Paul Lacolley