28 de maio de 2015

Balanço Final - Premier League 14/ 15

  Barclays Premier League - Com o término da Premier League e após termos feito um balanço do que foi a Liga NOS em 2014/ 15, fazemos hoje o mesmo com a melhor liga do mundo.
    Um ano repleto de bom futebol, mas com uma campanha bastante pacífica do campeão Chelsea. Ficou confirmado que os segundos anos de Mourinho são invariavelmente bem sucedidos e nesta época os londrinos raramente se viram ameaçado pelos adversários, sendo sempre mais consistente que toda a concorrência.
    O Arsenal melhorou bastante, chegou a ter o 2.º lugar na mão, mas voltou a quebrar no final do campeonato como em quase todos os anos. Manchester City e Manchester United não estiveram à altura e foram incapazes de lutar pelo título, e o Liverpool (2.º classificado na temporada anterior) acabou por ser a maior desilusão entre os principais emblemas de Inglaterra. Southampton foi o clube que mais impressionou pelo segundo ano consecutivo, dando uma incrível resposta depois de perder vários craques, e fazendo inclusive melhor do que em 2013/ 14. Fiquem a par da nossa análise para cada clube:

 CHELSEA (1)

    O justo campeão. Depois do ano passado, Mourinho afinou a máquina e fez contratações cirúrgicas para que fosse campeão da Premier League sem grande esforço. Diego Costa e Fàbregas acabaram por ser determinantes neste novo ano de Mou. O Chelsea foi derrubando os adversários um a um e quando escorregou, o que aconteceu poucas vezes, não tinha nenhum adversário à perna na tabela classificativa. Um ano bem gerido a nível de esforço, embora este Chelsea - com Hazard em grande destaque - tenha sido muito criticado pelos media pelo seu jogo mais defensivo. Mourinho negou que tenha adoptado um jogo mais contido em função de melhores resultados, respondendo que apenas foi aprendendo mais sobre futebol e que quer continuar a evoluir e a ganhar mais - se possível - no Chelsea. Os blues perderam apenas 3 vezes (é preciso recuar a 2008/ 09 para encontrar uma equipa com tão poucas derrotas, na altura o Liverpool de Rafa Benítez), foram a melhor defesa do campeonato com uma diferença de 1 golo para o extraordinário Southampton, e para a História ficam muitos resultados de 2-0, uma vitória por 6-3 em casa do Everton e por 5-0 no terreno do Swansea. nesta Premier League. Em 38 jornadas, o Chelsea só não foi líder na 2.ª jornada, um indicador que traduz bem a qualidade deste elenco e o nível que a equipa apresentou de forma regular.
    Para o ano esperam-se poucas mexidas, mas fulcrais. Mourinho espera atacar não só o campeonato como também a Champions.

Destaques: Hazard, Fàbregas, Diego Costa, Matic, John Terry

 MANCHESTER CITY (2)

    O campeão de 2013/ 14 não teve argumentos para lutar com o Chelsea. O estofo de campeão que nunca faltou ao Chelsea, faltou a um Manchester City no qual Yaya Touré esteve muito distante do que já deu, e sumariamente apenas Agüero e David Silva estiveram num nível sempre elevado. E que nível foi! Agüero tornou-se finalmente o melhor marcador em Inglaterra, com 26 golos, e David Silva realizou porventura a sua melhor temporada em terras de Sua Majestade. Espera-se um Manchester City bem diferente na próxima época, provavelmente sem Yaya, Milner, Dzeko e Lampard; e para o sucesso dos citizens o melhor seria arranjar um treinador de grande qualidade, e não Pellegrini.

Destaques: Agüero, David Silva, Joe Hart, James Milner, Yaya Touré

 ARSENAL (3)

    Como sempre, Wenger colocou o Arsenal na Champions. O Arsenal podia inclusive ter terminado esta Premier League em 2.º lugar, e uma vez mais foi uma das equipas que melhor futebol praticou em Inglaterra. Os gunners continuam a não ter o que é preciso para serem campeões (é preciso um Jackson Martínez, um central, um 8 e um lateral-esquerdo) mas continuam também, quando em dia sim, a deliciar qualquer adepto. Alexis Sánchez foi um dos grandes reforços da Premier League, Cazorla tornou-se um jogador mais completo, e a segunda volta do campeonato ficou marcada por Ospina ter assumido a baliza e por uma enorme surpresa chamada Francis Coquelin.

Destaques: Alexis Sánchez, Cazorla, Coquelin, Ramsey, Ospina

 MANCHESTER UNITED (4)

    Louis van Gaal chegou e conseguiu elevar o Manchester United de um inédito 7.º lugar para uma classificação que pode fazer os red devils regressarem à Champions caso passem o Play-Off. Um lugar entre os 4 primeiros era uma obrigação considerando o brutal investimento (Di María, Falcao, Blind, Shaw, Rojo e Ander Herrera), mas nem tudo foram rosas. Di María desiludiu, dizer o mesmo de Falcao seria pouco, e van Gaal acabou por assentar a valia do clube de Old Trafford em figuras secundárias como Ashley Young, Ander Herrera e Blind. O capitão Wayne Rooney justificou a braçadeira jogando onde foi preciso, mas o Jogador do Ano dos diabos foi o espanhol David De Gea. Se o United segurou o 4.º lugar muito o deve ao contributo de De Gea, melhor guarda-redes desta edição, e que deu pontos atrás de pontos à equipa que maior posse de bola (média de 61,1%) e maior acerto no passe (85,2%) teve esta temporada. A permanência ou não de De Gea, e o super-investimento que poderá ser feito neste Verão (van Gaal tem que contratar para a defesa) deixa antever um 2015/ 16 mais competitivo.

Destaques: De Gea, Wayne Rooney, Ander Herrera, Ashley Young, Blind

 TOTTENHAM (5)

    Tudo na época do Tottenham foi estranho. Os spurs, com Pochettino (treinador do espectacular Southampton de 2013/ 14) no comando mantiveram a média dos últimos anos - desde 2009/ 10 têm alternado sempre entre o 6.º e o 4.º lugares -, mas tirando um fenómeno chamado Harry Kane, a época dos londrinos pareceu pior do que a de Southampton ou mesmo do desorientado Liverpool. A defesa do Tottenham nunca atingiu uma fórmula de sucesso, e o talento do dinamarquês Eriksen ou do belga Chadli ajudou a potenciar o Most Improved Player desta edição, Harry Kane. A Liga Europa está garantida, mas caso o Tottenham queira ser uma equipa de Top-4 terá invariavelmente que fazer um cirúrgico trabalho no próximo defeso.

Destaques: Harry Kane, Eriksen, Lloris, Chadli, Danny Rose

 LIVERPOOL (6)

    A grande desilusão da época entre as equipas candidatas ao título. O clube da cidade dos Beatles bateu o recorde de transferências ao gastar 117 milhões de libras (cerca de 164 milhões de euros), mas com pelo menos 3 tiros errados. Balotelli acabaria por ser o flop do ano da Premier League - não mostrou nada todo o ano e não se entende como é que um clube como o Liverpool se arriscou a gastar tanto dinheiro num jogador tão problemático como Balotelli para render Suárez. Lambert acabaria por ser pouco usado e Origi - apesar de ter feito um bom Mundial e não ter jogado no Liverpool este ano - não justificava um investimento tão alto. A equipa parecia estar bem composta a nível de jogadores, mas a verdade é que demorou um pouco a render, com vários jogadores (Lallana, Lovren, Markovic) a demorarem a sua adaptação. Os resultados não apareciam e notava-se que o "murro no estômago" que haviam levado no ano transacto ainda deixava algumas mazelas. Especialmente em Steven Gerrard. O capitão desde cedo anunciou a sua partida do clube do coração no fim da época, mas a sua saída não foi tão gloriosa como merecia. O seu último jogo em Anfield - apesar da derrota - foi uma bonita homenagem, mas o fim do campeonato quer de Gerrard, quer da equipa foi tão mau que culminou numa derrota de 6-1 no Britannia Stadium. E não foi numa noite chuvosa e fria frente ao Stoke...
    Para o ano vindouro os reds necessitam de fazer algumas contratações cirúrgicas e manter valores como Henderson, Coutinho e Skrtel, retirando ainda mais de Lallana, Markovic e Ibe uma vez que Sterling parece obstinado em abandonar o projecto. A verdade é esta: não é com renovações de Kolo Touré e Wisdom que se começa bem...

Destaques: Jordan Henderson, Coutinho, Skrtel, Sterling, Emre Can

 SOUTHAMPTON (7)

    A verdadeira sensação da época! Outra vez. O Southampton perdeu a identidade (Lallana, Lovren, Shaw, Lambert e Chambers foram vendidos, e Jay Rodriguez passou toda a época lesionado), mas Ronald Koeman reconstruiu a equipa e praticamente todos os reforços foram tiros certeiros.
    A Liga Europa ainda é possível, caso o Arsenal vença o Aston Villa na final da FA Cup, e seria um prémio justo para um plantel no qual todos os jogadores tiveram um papel determinante (Shane Long, Davis, Yoshida, Ward-Prowse e Elia, sem serem habituais titulares, corresponderam sempre quando chamados). Koeman foi, para além de Mourinho, quem mostrou mais "dedo de treinador" ao alterar em algumas situações a equipa de acordo com o adversário, e por 1 golo o Chelsea foi Melhor Defesa do que o Southampton. O português José Fonte, capitão e líder da defesa, foi um dos grandes destaques, tal como os excelentes laterais e o irreverente Sadio Mané. Temos muita curiosidade para acompanhar o defeso do Southampton..

Destaques: José Fonte, Sadio Mané, Bertrand, Fraser Forster, Clyne

 SWANSEA (8)

    Nem a saída do costa-marfinense Wilfried Bony no mercado de Inverno fez os galeses do Swansea "tombar". A equipa de Gary Monk teve um início de época espantoso, e aguentou-se sempre perto das grandes equipas do campeonato até à última jornada. A melhor forma de perceber o valor da época da equipa que teve no islandês Sigurdsson a principal figura, é olhar para a tabela: o Swansea terminou a apenas 4 pontos do Southampton, 6 do Liverpool e 8 do Tottenham. O passado com Rodgers e Laudrup como treinadores do Swansea caracterizou-se por um futebol de posse, sempre entusiasmante, mas - embora com um ligeiro decréscimo na qualidade apresentada - nenhum tinha conseguido ficar tão acima na classificação.

Destaques: Sigurdsson, Wilfried Bony, Ashley Williams, Shelvey

 STOKE (9)

    Acreditámos no Stoke ao ponto de arriscarmos que poderiam terminar em 8.º lugar, mas a equipa de Mark Hughes ficou a 2 pontos do Swansea. Como era esperado, um pouco como o West Ham, a equipa transformou-se e passou a praticar um futebol em que a velocidade e a qualidade técnica passaram a suplantar o jogo aéreo; os adeptos lamentaram a lesão de Bojan, quando o pequeno espanhol estava a mudar a forma de estar da equipa, mas o seu legado ficou - Mame Biram Diouf fez uma boa época, Charlie Adam uma boa segunda volta e, sem o brilho defensivo dos últimos anos (Begovic ou Shawcross não estiveram brilhantes como antes) acabou por ser o ataque a ditar este 9.º lugar. A goleada de 6-1 contra o Liverpool permitiu ao Stoke fechar a época com chave de ouro, e depois do Verão espera-se mais de Diouf, Bojan e Arnautovic.

Destaques: Mame Biram Diouf, Charlie Adam, Walters, Bojan

 CRYSTAL PALACE (10)

    Se o Newcastle apresentou uma curva descendente a partir do momento em que Alan Pardew saiu, o contrário aconteceu com o Crystal Palace. Os adeptos no Selhurst Park têm tido a sorte de contar sempre com um "salvador": no ano passado Pulis, desta feita Pardew. A equipa acabou por terminar com uma classificação superior ao 11.º lugar de 2013/ 14 e para isso muito contribuiu a lufada de ar fresco que Pardew trouxe, fazendo disparar a confiança e o valor em campo de craques como Bolasie e Puncheon, ressuscitando Murray e servindo-se da qualidade defensiva da equipa. Até Zaha chegou a apresentar regularidade com o novo técnico. O Crystal Palace foi ainda, empatado com o WBA, a equipa que mais golos conseguiu a partir de lances de bola parada: 19. O desafio do Crystal Palace passa agora por dar um subir um degrau e colocar em ponto de mira uma classificação regular entre os Top-8, mas para isso serão necessários os reforços certos. 


Destaques: Yannick Bolasie, Jason Puncheon, Mile Jedinak, Scott Dann

 EVERTON (11)

    Se não fosse a péssima época do Newcastle, o Everton seria a maior desilusão da Premier League. 2013/ 14 foi um ano incrível, com um 5.º lugar como classificação final, mas o desgaste que a Liga Europa deixou na equipa acabou por provocar um decréscimo de qualidade. A defesa do Everton (Baines e Coleman muito longe do nível da temporada anterior) nunca chegou a estabilizar, Lukaku tinha obrigação de retribuir a confiança nele depositada com um impacto maior, e o capitão Jagielka acabou por ser o elemento em destaque. É provável que a ausência das competições europeias faça o Everton voltar a um nível elevado na próxima época, mas resta saber que jogadores formarão o plantel (Coleman e Ross Barkley, muito abaixo do esperado, devem ter mercado) e parece necessário haver novas contratações - um jogador como Yarmolenko, nomeadamente.

Destaques: Jagielka, Romelu Lukaku, Seamus Coleman, James McCarthy

 WEST HAM (12)

    Acabaram exactamente como prevíamos no começo da época, num pacato e simpático 12.º lugar. A equipa de Sam Allardyce reforçou-se muito bem (Sakho foi uma das "pechinchas" da época, mas Valencia, Song, Cresswell e Kouyaté acrescentaram todos valor) e a filosofia de jogo da equipa mudou forçosamente. Foi uma boa Premier League, embora a 1.ª volta tenha sido melhor, e seria interessante ver este plantel entregue a um treinador mais jovem (fala-se de Bilic e Villas-Boas). Em termos individuais, o lateral esquerdo Aaron Cresswell acabou por ser o melhor hammer do ano, Song e Downing assumiram a equipa sempre que foi preciso e a dupla Diafra Sakho/ Enner Valencia, caso nenhum saia, tem tudo para crescer e espalhar o terror nas defesas rivais.

Destaques: Aaron Cresswell, Diafra Sakho, Adrián, Stewart Downing, Alex Song


 WEST BROMWICH (13)

    Achávamos que o WBA estava condenado, mas não contámos com a possibilidade dos baggies garantirem o incrível Tony Pulis como seu treinador. O antigo técnico de Stoke e Crystal Palace voltou a transformar uma equipa, dotando-a de uma boa capacidade defensiva e desde a sua chegada a descida deixou de ser um cenário colocado em cima da mesa. Saido Berahino cresceu e muito (passou de 5 golos marcados para 14), e figuras como Brunt, Gardner ou o ex-United Fletcher representaram bem o ADN Pulis - uma equipa focada primeiro em não sofrer, e que contou com dois bons guarda-redes, Foster e Myhill (que exibição contra os red devils!).

Destaques: Saido Berahino, Chris Brunt, Craig Gardner, Darren Fletcher

 LEICESTER CITY (14)

    O Leicester City é a prova viva de que não há liga como a Premier League. As raposas azuis passaram quase todo o campeonato no último lugar, evidenciando-se apenas contra os grandes (ninguém esquece o Leicester 5-3 Manchester United), mas os meses de Abril e Maio trouxeram o milagre ao King Power Stadium. Os jogadores de Nigel Pearson apresentaram sempre um bom futebol, por vezes algo ingénuo e ofensivo demais, mas durante muito tempo as coisas não correram bem. No final, os vencedores do Championship 2013/ 14 mostraram ter fibra e somaram 7 vitórias nos últimos 9 jogos, atingindo um 14.º lugar (na Antevisão apontámo-los ao 13.º). O experiente Cambiasso e o frenético Vardy foram a alma da equipa, com Ulloa a marcar vários golos e Wes Morgan a mostrar nos momentos certos o porquê de ter a braçadeira de capitão. Schmeichel revelou-se determinante no fecho do campeonato, altura em que Huth ajudou o desempenho defensivo e Albrighton passou a jogar mais; e figuras como Mahrez, Kramaric e Knockaert têm tudo para dar mais na próxima temporada.

Destaques: Cambiasso, Jamie Vardy, Leonardo Ulloa, Wes Morgan

 NEWCASTLE (15)

    Foi mau demais. A meio do campeonato O Newcastle morava num confortável 10.º lugar, mas o abandono de Alan Pardew (seguiu o coração e assumiu o comando do Crystal Palace) originou uma avalanche negativa, e a queda vertiginosa levou a que o Newcastle chegasse à 38.ª jornada como 1 das duas equipas que se poderiam juntar a QPR e Burnley no Championship. Jonas Gutiérrez (justo prémio para um lutador!) acabou por ser decisivo para os magpies mas, para um clube da dimensão do Newcastle, esta época foi uma verdadeira desilusão. O plantel ainda tem várias lacunas - a defesa, nomeadamente -, a lesão prolongada de Siem de Jong em nada ajudou, e na próxima Premier League há que escolher bem o sucessor de John Carver. A locomotiva Janmaat, o goleador Papiss, a consistência do ruivo Colback e a qualidade técnica do francês Cabella (tem muito para mostrar na próxima época, num contexto diferente) acabaram por marcar a época dos órfãos de Pardew.

Destaques: Janmaat, Papiss Cissé, Colback, Cabella

 SUNDERLAND (16)

    O rei dos empates (17) não seria uma ausência muito sentida caso descesse, mas o holandês Dick Advocaat (substituto de Poyet) acabou por inspirar a equipa a uma sobrevivência sofrida. Tal como há 1 ano atrás, o Sunderland voltou a safar-se no limite com uma recta final em que a equipa surpreendeu (as vitórias consecutivas contra Southampton, em casa, e Everton, fora, marcaram a sua edição de 2014/ 15), mas foram poucos os destaques individuais. Os Black Cats precisam de uma pequena revolução no seu plantel.

Destaques: Jordi Gómez, Connor Wickham, Jermain Defoe, van Aanholt

 ASTON VILLA (17)

    Faz alguma confusão a teimosia que Paul Lambert teve no comando do Aston Villa. Só arriscou quando se viu obrigado e privilegiou sempre um futebol defensivo a uma cultura de ataque. A chegada de Tim Sherwood acabou por salvar um plantel capaz, onde Christian Benteke (tem futebol para um grande) e Fabian Delph foram os jogadores mais regulares, e com Sherwood a equipa passou a marcar golos e a acreditar no seu potencial. Os bons resultados começaram em Março, altura em que Benteke "acordou" e, com um estilo de jogo mais partido e arriscado, o Aston Villa acabou por garantir uma justa manutenção. Embora com poucos minutos, o miúdo Jack Grealish (já no Verão passado defendíamos que deviam apostar nele) acabou por ser uma revelação, e uma boa fotografia do que mudou em Birmingham na recta final da Premier. Caso vençam a FA Cup na final com o Arsenal, irão à Liga Europa.

Destaques: Benteke, Delph, Jack Grealish, Tom Cleverley

 HULL CITY (18)

    Os campeonatos de Hull City e Sunderland foram semelhantes: 30 e poucos golos marcados, 50 e poucos golos sofridos; algumas boas actuações em termos defensivos, e um futebol incapaz de ficar na retina. O Hull, que subira na época passada, descerá mas entre as 3 equipas despromovidas é aquela que apresenta maior "estofo" para poder regressar a curto, médio-prazo. Nos tigers houve vários reforços que pouco ou nada acrescentaram (Abel Hernández, Ben Arfa e Ramírez) e a verdade é que o campeonato não fica mais pobre ao ver o Hull a ser substituído por Bournemouth, Watford e Middlesbrough/ Norwich.

Destaques: Michael Dawson, Dame N'Doye, Nikica Jelavic

 BURNLEY (19)

    Desde o início achámos o plantel do Burnley bastante limitado, mas chegou a parecer possível a manutenção quando a equipa de Sean Dyche afinou a defesa, ganhando pontos graças ao rendimento do jovem Danny Ings na frente. Dyche acabou por fazer os possíveis com o que teve nas suas mãos, e a equipa não teve forças para ombrear com equipas mais "experimentadas" nestas andanças. Para a História fica uma equipa que conseguiu 4 pontos nos dois jogos contra o Manchester City, mas o facto de terem marcado apenas 3 golos nos 12 últimos jogos da Premier League diz bem da justiça da descida. A equipa desce, mas Ings mostrou ter nível de Premier League.

Destaques: Danny Ings, Kieran Trippier, George Boyd

 QPR (20)

    O Queens Park Rangers, por larga margem a pior defesa do campeonato com 73 golos sofridos, desce depois de uma época bastante fraca (8 vitórias, 6 empates e 24 derrotas). Nunca apreciámos a política de contratações dos rangers, e o que é certo é que ao longo da época o QPR nunca apresentou um fio de jogo consistente, acabando por perder praticamente sempre fora. Jogadores como Vargas, Isla ou Zárate acabaram por "pagar" por uma má escolha nas suas carreiras, numa equipa que foi sempre Charlie Austin +10. O avançado britânico fechou a época com 18 golos, assumindo-se como 4.º melhor marcador do campeonato, e actualmente não faltarão equipas a quererem garantir os seus serviços (Aston Villa, Newcastle, Crystal Palace e Swansea beneficiariam em tê-lo). O futuro do QPR passa pelo Championship, e para além de Austin, também Phillips, Fer ou Caulker merecem permanecer no principal escalão.

Destaques: Charlie Austin, Matt Phillips, Leroy Fer

0 comentários:

Enviar um comentário