Filme: The Lord of the Rings
Actor: Ian McKellenpor Miguel Pontares
O feiticeiro cinzento, o feiticeiro branco, interpretado por um actor nomeado cavaleiro em 1991. Sir Ian Murray McKellen.
Há tanto de fascinante em "O Senhor dos Anéis" de Peter Jackson que imagino que compreenderão que esta seja a segunda personagem - Samwise Gamgee foi convocado mais cedo - mas que ainda venham mais duas, nos momentos certos. Tolkien criou um mundo mágico, a mais completa das fantasias, com dialectos, mapas e árvores genealógicas, e Peter Jackson permitiu-nos vivê-lo. Cerca de setenta vezes, porque este é um daqueles filmes que, por maiores que sejam as 3 partes, ninguém lhes resiste quando passam na televisão. Ou então quando passam uns anos sem os ver, e fazemos um reset automático.
Para Christopher Lee, o único homem do elenco que conheceu Tolkien em vida, 'The Lord of the Rings' tornou-se, bem antes do filme, uma obra de leitura anual. Um ritual religiosamente respeitado pelo senhor a quem Tolkien disse um dia que gostaria de ver a personagem de Gandalf entregue. Mas não. Coube ao altivo e vampiresco Christopher Lee entregar-se de corpo e voz grave ao papel de Saruman, e o cândido avô Magneto assumiu-se como o feiticeiro mais marcante do Cinema.
Par de Dumbledore ou Merlin na 7.ª Arte, "primo" de Radagast na trilogia da Terra Média, Gandalf é uma tentativa de Sir Ian McKellen em dar vida aos maneirismos e forma de falar do escritor Tolkien. Uma bonita homenagem, e apenas mais um dos pontos que faz de Gandalf a grande personagem que é.
Se bem se lembram, o 1.º contacto que temos com ele é hilariante. Chega na sua carroça, em ritmo lento, no momento exacto em que pretende chegar porque um feiticeiro nunca se atrasa. Depois transforma o seu ar sério num abraço, entre risos, a Frodo.
Sejamos francos, Gandalf é o homem mais popular da Terra Média. Todos o conhecem, todos (tirando uns orcs, Saruman e um olho com conjuntivite) o respeitam, consegue sempre convencer toda a gente a ir com ele em caminhadas gigantes, e é ele quem desencadeia uma série de eventos. Com total conhecimento do que move homens, anões, elfos e hobbits, é ele quem ajuda a formar a Irmandade do Anel, integrando-a, e é ele quem confia a Frodo a sua missão. Porque até a pessoa mais pequena pode mudar o rumo da História, como Tolkien nos ensinou. E mesmo em 'The Hobbit' também é ele quem se encontra inicialmente com Thorin.
Gandalf ou Mithrandir, sempre mais poderoso do que aparenta, farta-se de trabalhar em 'The Lord of the Rings'. Derrota um Balrog, lava as suas vestes com Skip ao fim de anos passando a ser "Gandalf, o Branco", expulsa o mal do corpo do rei Théoden (o célebre e aplicável a muitos contextos You have no power here!) e sabe preparar com pompa e circunstância as suas entradas: Look to my coming, at first light, on the fifth day / At dawn, look to the East.
A personagem de Sir Ian McKellen é, à sua maneira, o nosso velho amigo, o nosso terceiro avô, inseparável do seu cajado e dono do cavalo mais bonito de sempre. É impossível imaginar Gandalf na pele de outro actor, mas o papel foi oferecido primeiro a Sean Connery. O antigo James Bond rejeitou, por "não perceber a história". Brindemos a isso.
Há tanto de fascinante em "O Senhor dos Anéis" de Peter Jackson que imagino que compreenderão que esta seja a segunda personagem - Samwise Gamgee foi convocado mais cedo - mas que ainda venham mais duas, nos momentos certos. Tolkien criou um mundo mágico, a mais completa das fantasias, com dialectos, mapas e árvores genealógicas, e Peter Jackson permitiu-nos vivê-lo. Cerca de setenta vezes, porque este é um daqueles filmes que, por maiores que sejam as 3 partes, ninguém lhes resiste quando passam na televisão. Ou então quando passam uns anos sem os ver, e fazemos um reset automático.
Para Christopher Lee, o único homem do elenco que conheceu Tolkien em vida, 'The Lord of the Rings' tornou-se, bem antes do filme, uma obra de leitura anual. Um ritual religiosamente respeitado pelo senhor a quem Tolkien disse um dia que gostaria de ver a personagem de Gandalf entregue. Mas não. Coube ao altivo e vampiresco Christopher Lee entregar-se de corpo e voz grave ao papel de Saruman, e o cândido avô Magneto assumiu-se como o feiticeiro mais marcante do Cinema.
Par de Dumbledore ou Merlin na 7.ª Arte, "primo" de Radagast na trilogia da Terra Média, Gandalf é uma tentativa de Sir Ian McKellen em dar vida aos maneirismos e forma de falar do escritor Tolkien. Uma bonita homenagem, e apenas mais um dos pontos que faz de Gandalf a grande personagem que é.
Se bem se lembram, o 1.º contacto que temos com ele é hilariante. Chega na sua carroça, em ritmo lento, no momento exacto em que pretende chegar porque um feiticeiro nunca se atrasa. Depois transforma o seu ar sério num abraço, entre risos, a Frodo.
Sejamos francos, Gandalf é o homem mais popular da Terra Média. Todos o conhecem, todos (tirando uns orcs, Saruman e um olho com conjuntivite) o respeitam, consegue sempre convencer toda a gente a ir com ele em caminhadas gigantes, e é ele quem desencadeia uma série de eventos. Com total conhecimento do que move homens, anões, elfos e hobbits, é ele quem ajuda a formar a Irmandade do Anel, integrando-a, e é ele quem confia a Frodo a sua missão. Porque até a pessoa mais pequena pode mudar o rumo da História, como Tolkien nos ensinou. E mesmo em 'The Hobbit' também é ele quem se encontra inicialmente com Thorin.
Gandalf ou Mithrandir, sempre mais poderoso do que aparenta, farta-se de trabalhar em 'The Lord of the Rings'. Derrota um Balrog, lava as suas vestes com Skip ao fim de anos passando a ser "Gandalf, o Branco", expulsa o mal do corpo do rei Théoden (o célebre e aplicável a muitos contextos You have no power here!) e sabe preparar com pompa e circunstância as suas entradas: Look to my coming, at first light, on the fifth day / At dawn, look to the East.
A personagem de Sir Ian McKellen é, à sua maneira, o nosso velho amigo, o nosso terceiro avô, inseparável do seu cajado e dono do cavalo mais bonito de sempre. É impossível imaginar Gandalf na pele de outro actor, mas o papel foi oferecido primeiro a Sean Connery. O antigo James Bond rejeitou, por "não perceber a história". Brindemos a isso.
Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Daniel Machado, Lorena Wildering, Nuno Cunha, Sara Antunes Santos e Carolina Moreira.
Foram tidos em consideração filmes lançados até 20 de Novembro de 2014. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou aos filmes que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.