Liga NOS - A Liga Portuguesa terminou e nós decidimos fazer aqui um balanço da mesma. Um campeonato em que o Benfica se tornou Bicampeão 31 anos depois, em que houve desilusões, surpresas e muita polémica (mais por alguns intervenientes apontarem o dedo ao invés de assumirem os próprios erros). Uma época marcada por «colinho», comunicados de toda a espécie e de muita frustração para alguns.
A Liga Portuguesa voltou a crescer em número de equipas (18) e acabou por ser bem disputada. Um campeonato desvalorizado por muitos, mas que vai mostrando que não fica muito atrás do - por exemplo - Francês. Título disputado do início ao fim por Benfica e Porto e que terminou com a vitória de quem foi mais regular em toda a época e soube ser decisivo nos momentos chave do campeonato, mesmo tendo os seus percalços pelo caminho. Mas vamos por partes:
A Liga Portuguesa voltou a crescer em número de equipas (18) e acabou por ser bem disputada. Um campeonato desvalorizado por muitos, mas que vai mostrando que não fica muito atrás do - por exemplo - Francês. Título disputado do início ao fim por Benfica e Porto e que terminou com a vitória de quem foi mais regular em toda a época e soube ser decisivo nos momentos chave do campeonato, mesmo tendo os seus percalços pelo caminho. Mas vamos por partes:
BENFICA (1)
No ano transacto, o Benfica ganhou quase tudo o que podia. Internamente foi vencedor das 3 competições e foi pela segunda vez consecutiva à final da Liga Europa. Porém, foi perdendo algumas das suas peças nucleares da equipa. A única esperança para uma boa temporada era a manutenção de Jorge Jesus e do trio Gaitán-Enzo-Salvio. E foi essa a base para um bom início de época. Jesus voltou a criar uma equipa praticamente do zero e com o tempo os jogadores foram mostrando nota artística. Embora na maioria dos jogos o Benfica se tenha apresentado q.b. e eficaz, com o avançar da época a nota artística foi aumentando. Muito graças aos pés de Nico Gaitán e Jonas. Talisca foi o talismã no início da época, mas posteriormente foi relegado para o banco por Pizzi. Samaris foi uma preciosa ajuda para a defesa, que contou com um Jardel verdadeiramente imperial. Ainda assim, Jonas foi o jackpot das águias. Oferecido às águias no negócio Enzo - tendo o Benfica rejeitado -, acabaria por assinar pelos campeões nacionais a custo zero. Quando Talisca estava em alta, Jesus já afirmava que Jonas é que iria ser a grande revelação. E foi. Num curto espaço de tempo conseguiu marcar tantos golos quanto Jackson Martínez, embora um deles - no último jogo - tenha sido mal invalidado e fizesse com que a Bota de Prata fosse para o colombiano.
O Benfica acabou por ser demolidor na Luz - onde só não marcou contra o Porto -, mas nos campos adversários as exibições escasseavam em nota artística, o que preocupava alguns adeptos. Todavia, o que é certo é que foram ganhando e só perderam no reduto do Braga, Rio Ave e Paços de Ferreira. Um campeonato fora do normal em que os encarnados não sofreram qualquer golo do rival Porto e não conseguiram ganhar ao rival lisboeta Sporting. E se há jogos-chave a apontar, terão sido certamente o do Dragão (bis de Lima), na Luz contra o Braga (2-0) e o empate à última hora em Alvalade (Jardel a despejar um balde de água fria sobre os "olés" da bancada). Jorge Jesus acabou por fazer mais um trabalho excelente, entrando de novo para a História do clube ao ser o primeiro treinador português bicampeão pelo Benfica. Bicampeonato esse que escapava há 31 anos.
Destaques: Nico Gaitán, Jonas, Jardel, Lima, Maxi Pereira
PORTO (2)
Uma das desilusões do ano. Enquanto o rival perdia as jóias da coroa, o FC Porto reforçava-se com grandes promessas do futebol mundial. Na teoria, tinham que limpar todo e qualquer adversário com o plantel que apresentavam. Porém, isso não aconteceu. Julen Lopetegui chegou com uma postura autoritária dando a entender que este ia ser o ano do Porto, mas a equipa não respondia da mesma forma em campo. Jackson parecia ser o único a querer ganhar jogos, isto quando Quaresma ficava (algumas vezes) no banco. Brahimi começou bem, mas eclipsou-se após a derrota no Dragão aplicada pelo Benfica. Óliver era dos jogadores mais influentes, mas também nem sempre jogava. A resposta para uma época tão desastrosa deve-se única e exclusivamente ao treinador espanhol. Preferiu Fabiano ao seguro Hélton quando o veterano regressou de lesão e mostrou sempre ter alguma inimizade por Ricardo Quaresma (um dos melhores do Porto), rodando a equipa em momentos inoportunos e demorando a estabilizá-la. E quando o rival começou a distanciar-se, Lopetegui não admitiu os erros. Começou a culpar as arbitragens e um eventual "colinho" ao rival. Sempre rude e arrogante perante as perguntas dos jornalistas, o espanhol viu toda a sua frustração culminar quando não conseguiu ganhar na Luz, ameaçando Jorge Jesus em pleno relvado. E quem acredita no karma... Viu certamente o mesmo a bater sobre o clube azul e branco quando Lopetegui se ajoelhou em Belém, após Jackson ter falhado de baliza praticamente aberta.
A nossa questão é a seguinte: se com os «lavagantes» que foram oferecidos a Lopetegui o Porto não conseguiu destronar o campeão nacional, não seria mais sensato ter deixado Paulo Fonseca treinar os ditos «lavagantes» já que não estava a fazer uma época assim tão medíocre face aos «jaquinzinhos» que lhe foram dados? Nós achamos que sim.
Destaques: Jackson Martínez, Óliver, Danilo, Ricardo Quaresma, Brahimi
SPORTING (3)
Esta poderá ter sido uma época de maturação do Sporting, ou não. Explicamo-vos já esta nossa frase inicial: tudo dependerá da decisão do presidente Bruno de Carvalho em manter ou não Marco Silva. E pela imprensa nacional, tudo indica que o técnico português não irá continuar ao comando da equipa leonina. Bruno de Carvalho foi uma das figuras da primeira volta ao disparar para todos os lados com comunicado atrás de comunicado. Nani chegou e a euforia foi tal que parecia que o campeonato estava ganho. Mas um grande jogador não faz uma equipa. Marco Silva foi fazendo um trabalho exímio, mas precisava de tempo. Com uma equipa não tão forte quanto a dos rivais, o ex-Estoril foi fazendo o que podia com o que tinha em mãos. Uma equipa extremamente jovem, característica essa que transparecia para dentro de campo. Faltava sempre maturidade aos jogadores em momentos decisivos. Carrillo fez uma das épocas mais consistentes desde que chegou a Alvalade, Nani foi uma estrela com um brilho intermitente e João Mário afirmou-se no futebol português. A defesa foi a mais difícil de construir, mas Paulo Oliveira foi a chave para a diminuição de erros e consequente melhor desempenho defensivo.
O Sporting foi exemplar fora de portas, mas em casa - junto dos seus adeptos - desiludiu em diversas ocasiões. Essa foi uma das grandes razões por ter ficado tão aquém das expectativas dos adeptos e do presidente. Outra das grandes razões foi a guerra interna que houve a meio do campeonato entre Bruno de Carvalho e Marco Silva que - quer queiramos, quer não -, acabou por desestabilizar o trabalho do técnico. Quando o leão começou a lamber as feridas e a dar o seu fôlego final, deixou escapar a vitória frente ao rival e líder Benfica nos últimos minutos, em Alvalade. Um empate que acabou por deitar de vez o Sporting ao tapete no que dizia respeito ao título.
Destaques: André Carrillo, Nani, Paulo Oliveira, João Mário, Fredy Montero
BRAGA (4)
Depois de uma época miserável que culminou num 9.º lugar, o Braga, comandado pelo rígido ex-Académica Sérgio Conceição, recuperou o seu estatuto de quarta equipa do futebol português. Os bracarenses acabaram por superar o rival do Minho - embora tenham recursos muito superiores e, como tal, muito maior obrigação de atingir resultados - e, no final, terão acabado por cumprir os objectivos definidos internamente. No Estádio Municipal de Braga cresceram esta temporada jovens valores brasileiros (Matheus e Danilo); na defesa a dupla de centrais apresentou-se consistente; Pardo explodiu, Rafa esteve abaixo do esperado e o cabo-verdiano Zé Luís roubou as atenções a Éder. A próxima época deverá implicar alguma renovação porque alguns jogadores deverão ser vendidos, isto depois de um ano em que o Braga aplicou algumas goleadas (6-1 e 4-0 ao Penafiel, 5-0 ao Setúbal; e 7-1 ao Belenenses nos quartos-de-final da Taça), ficando para a História como uma das 3 equipas que conseguiu derrotar o campeão.
Destaques: Matheus, Felipe Pardo, Aderlan Santos, Zé Luís, Danilo
VIT. GUIMARÃES (5)
Há poucos adjectivos para descrever a época do Guimarães, fruto do extraordinário trabalho de Rui Vitória. Só perto de meio do campeonato é que o Vitória perdeu um lugar no pódio, acabando num 5.º lugar com acesso ao Play-Off da Liga Europa, prémio justo para um clube e um treinador que, à falta de reforços, voltaram a encontrar soluções em casa. Rui Vitória fez dos jovens vimaranenses, formados no clube ou integrados na equipa B, jogadores de principal escalão e o grupo correspondeu. Os primeiros meses ficaram marcados pelo jovem fenómeno Bernard Mensah e pelo imprevisível Hernâni (entretanto contratado pelo Porto), sempre com uma ideia de jogo rica, com um futebol fluido, ofensivo e positivo. A falta de profundidade do plantel e algumas mudanças em Janeiro (a perda de Hernâni e as chegadas de Sami, Otávio e Ivo Rodrigues acabaram por quebrar a harmonia da equipa) ditaram uma 2.ª volta pior mas ainda assim a equipa da cidade-berço foi a sensação da Liga NOS, com 2 jovens centrais a emergirem e um senhor chamado André André a justificar outro patamar competitivo. Na próxima época o modelo estrutural deve-se manter (Ricardo Valente e Bruno Gaspar têm valor e devem ficar, e as chamadas de João Vigário e Alexandre Silva às camadas jovens da Selecção reforçam a qualidade da formação vimaranense), o factor Liga Europa pode servir para atrair jogadores, mas dificilmente Rui Vitória - o principal responsável pelo sucesso deste projecto - ficará.
Há poucos adjectivos para descrever a época do Guimarães, fruto do extraordinário trabalho de Rui Vitória. Só perto de meio do campeonato é que o Vitória perdeu um lugar no pódio, acabando num 5.º lugar com acesso ao Play-Off da Liga Europa, prémio justo para um clube e um treinador que, à falta de reforços, voltaram a encontrar soluções em casa. Rui Vitória fez dos jovens vimaranenses, formados no clube ou integrados na equipa B, jogadores de principal escalão e o grupo correspondeu. Os primeiros meses ficaram marcados pelo jovem fenómeno Bernard Mensah e pelo imprevisível Hernâni (entretanto contratado pelo Porto), sempre com uma ideia de jogo rica, com um futebol fluido, ofensivo e positivo. A falta de profundidade do plantel e algumas mudanças em Janeiro (a perda de Hernâni e as chegadas de Sami, Otávio e Ivo Rodrigues acabaram por quebrar a harmonia da equipa) ditaram uma 2.ª volta pior mas ainda assim a equipa da cidade-berço foi a sensação da Liga NOS, com 2 jovens centrais a emergirem e um senhor chamado André André a justificar outro patamar competitivo. Na próxima época o modelo estrutural deve-se manter (Ricardo Valente e Bruno Gaspar têm valor e devem ficar, e as chamadas de João Vigário e Alexandre Silva às camadas jovens da Selecção reforçam a qualidade da formação vimaranense), o factor Liga Europa pode servir para atrair jogadores, mas dificilmente Rui Vitória - o principal responsável pelo sucesso deste projecto - ficará.
Destaques: André André, Bernard Mensah, João Afonso, Hernâni, Josué Sá
BELENENSES (6)
Oito anos depois, o Belenenses regressa às competições europeias. Incrível! Mas sejamos justos: a incrível época do clube do Restelo - juntamente com Guimarães e Boavista uma das equipas-sensação - deve-se principalmente ao trabalho de Lito Vidigal. O treinador angolano abandonou o comando do Belenenses depois da 25.ª jornada, por força de divergências com a Direcção, mas até essa altura edificou e trabalhou as bases que resultaram neste 6.º lugar, por parte de uma equipa que há 1 ano morava no 14.º lugar. Um plantel com mais de 80% de portugueses, uma equipa que roubou pontos ao Sporting nos 2 jogos e que ajudou o Benfica a festejar o título de campeão na jornada 33, com um misto de jogadores que evoluíram (Sturgeon e Pelé) e elementos experientes (Gonçalo Brandão e Carlos Martins). Deyverson ou Rui Fonte poderiam ter tido números diferentes se o primeiro não tivesse rumado ao Colónia ou o segundo tivesse realizado toda a época vestido de azul. Destaque final para o jovem Dálcio, ligado já ao Benfica, mas para quem seria positivo ficar em 2015/ 16 (mesmo emprestado pelas águias) e jogar toda a época.
Destaques: Miguel Rosa, Sturgeon, Deyverson, Gonçalo Brandão, Pelé
NACIONAL (7)
O eloquente Manuel Machado é sinónimo de regularidade. O antigo arqui-inimigo de Jorge Jesus falhou a Liga Europa por pouco, e conseguiu endireitar a tempo uma equipa que no começo parecia torta e que demorou a funcionar como um todo. Curiosamente a equipa insular "acordou" depois do venezuelano Mario Rondón, que estava a ser até então o melhor jogador da equipa, rumar ao futebol chinês. Tiago Rodrigues revolucionou o futebol do Nacional, João Aurélio mostrou-se um dos melhores laterais direitos ao longo da Liga, e Marco Matias foi o grande destaque: numa recta final impressionante tornou-se o melhor marcador português do campeonato, com um registo de 17 golos (a apenas 2 golos do pódio, e 4 do melhor marcador Jackson Martínez).
Destaques: Marco Matias, João Aurélio, Tiago Rodrigues, Mario Rondón
PAÇOS FERREIRA (8)
Paulo Fonseca tem valor, e nesta época voltou a demonstrá-lo. O treinador ao qual tudo correu mal no Dragão pode não ter os maiores conhecimentos de Geografia, mas definitivamente sabe como ser feliz na Capital do Móvel. Em 2012/ 13 o Paços ficou em 3.º lugar. No ano seguinte lutou com o Aves para não descer. O regresso de Paulo Fonseca, um treinador que não teve nem de perto os recursos de Lopetegui no Dragão, trouxe de volta o bom futebol a Paços de Ferreira, cidade que viu a sua equipa derrotar o Benfica, e na qual vários jogadores saíram valorizados. Bruno Moreira marcou golos, Urreta (até partir para o Peñarol) e Hurtado tiveram os seus momentos, Seri apresentou tremenda regularidade e Sérgio Oliveira carimbou o seu bilhete para o Porto. Com poucos minutos, o jovem Diogo Jota apareceu nas últimas jornadas mas promete muito - mais uma promessa a beneficiar da coragem do seu treinador, e a justificar em campo a aposta.
Destaques: Bruno Moreira, Seri, Hurtado, Urreta
MARÍTIMO (9)
Para o Marítimo, foi um campeonato a meias. Começou Leonel Pontes, terminou o adjunto Ivo Vieira. Maazou tratou de marcar golos até ir embora, e Marega recebeu o testemunho marcando ele na segunda volta. Foi, sobretudo, uma época tranquila para um clube que teve como ponto alto da época a vitória frente ao Porto. Danilo Pereira foi um dos jogadores que mais cresceu nesta edição 14/ 15, e provou que merece uma equipa de um nível superior; Rúben Ferreira fartou-se de assistir os colegas e os avançados Maazou e Marega dividiram a factura de golos, embora tenhamos bastante curiosidade de ver o que é que o portento explosivo Marega pode fazer na próxima época.
Destaques: Danilo Pereira, Maazou, Rúben Ferreira, Marega
RIO AVE (10)
Quando o campeonato começou, era fácil criar maiores expectativas para a equipa de Pedro Martins. Tal como o Estoril, o Rio Ave sofreu um pouco com o facto de ter alcançado a fase de grupos da Liga Europa. Embora com um plantel amplo, a equipa vilacondense ressentiu-se da lesão prolongada de Marcelo, esperando-se mais de Pedro Moreira e sobretudo de Renan Bressan. Ukra e Del Valle foram regulares nas asas do Rio Ave, Hassan marcou vários golos mas poderia ter marcado mais, e Diego Lopes acabou por revelar-se o elemento mais valioso da equipa. Ninguém se esquecerá do impacto que teve a sua entrada no Rio Ave 2-1 Benfica.
Destaques: Diego Lopes, Hassan, Ukra, Del Valle
MOREIRENSE (11)
Colocados na Liga NOS pelo espectacular Vítor Oliveira, os jogadores de Moreira de Cónegos ficaram órfãos de treinador (Oliveira abandona sempre os projectos depois de subir as suas equipas) mas a Direcção resgatou Miguel Leal, treinador do também recém-promovido Penafiel. Este "cheque-mate" levou a que o Moreirense garantisse uma época tranquila, e condenasse o Penafiel a uma época de horrores. Sob o comando de Miguel Leal a equipa onde André Simões, João Pedro, Marafona, Danielson foram as principais figuras mostrou-se sempre uma equipa segura defensivamente.
Destaques: André Simões, João Pedro, Marafona, Danielson
ESTORIL (12)
Perdeu-se Marco Silva, perdeu-se (quase) tudo. O Estoril foi a grande desilusão da época, depois de um indiscutível 4.º lugar na época passada. José Couceiro não deu sequência ao bom trabalho feito no Setúbal e acabou por ser o brasileiro Fabiano Soares a terminar a temporada, mas faltou muita coisa à equipa da Linha. A cultura e ideia de jogo que havia noutras épocas, graças a Marco Silva, desapareceu e salvou-se a espantosa 1.ª metade da época de Kuca; e alguns jogadores de rendimento oscilante como Tozé, Kléber e Sebá.
Destaques: Kuca, Tozé, Kléber, Sebá
BOAVISTA (13)
Quem previa isto? Provavelmente, ninguém. O Boavista subiu do CN Seniores para o principal escalão do futebol português, e a equipa aguentou-se. Um verdadeiro milagre operado por Petit, que contou com uma equipa guerreira e na qual o colectivo foi sempre a principal força. Não houve grandes figuras neste Boavista, embora os jovens Afonso Figueiredo e Zé Manuel tenham aproveitado para marcar pontos, com o Bessa a servir de porto de abrigo para o Boavista anular os seus adversários. Jornada após jornada os jogadores mantiveram-se profissionais, concentrados e crentes no objectivo "manutenção", embora achemos que o facto de jogar num relvado sintético contribuiu para alguma incompetência dos visitantes no Bessa. Mas é um facto: juntamente com Guimarães e Belenenses, uma excelente surpresa.
Quem previa isto? Provavelmente, ninguém. O Boavista subiu do CN Seniores para o principal escalão do futebol português, e a equipa aguentou-se. Um verdadeiro milagre operado por Petit, que contou com uma equipa guerreira e na qual o colectivo foi sempre a principal força. Não houve grandes figuras neste Boavista, embora os jovens Afonso Figueiredo e Zé Manuel tenham aproveitado para marcar pontos, com o Bessa a servir de porto de abrigo para o Boavista anular os seus adversários. Jornada após jornada os jogadores mantiveram-se profissionais, concentrados e crentes no objectivo "manutenção", embora achemos que o facto de jogar num relvado sintético contribuiu para alguma incompetência dos visitantes no Bessa. Mas é um facto: juntamente com Guimarães e Belenenses, uma excelente surpresa.
Destaques: Brito, Afonso Figueiredo, Zé Manuel, Mika
VIT. SETÚBAL (14)
Em boa hora o Setúbal despediu Domingos Paciência. O Setúbal, depois de uma boa época com José Couceiro e o avançado Rafael Martins, fez um 2014/ 15 fraco. O plantel mostrou-se sempre heterogéneo e mal planeado e a equipa sadina acabou por sobreviver porque houve quem conseguisse ser pior, basicamente. João Schmidt, Dani (trabalhador incansável) e o jovem Frederico Venâncio (esperávamos mais, mesmo assim) conseguiram dar cor a uma temporada bastante cinzenta e que foi um passo atrás por parte de um clube que parecia estar no bom caminho. Por esta altura já se sabe que Bruno Ribeiro não continuará como treinador.
Destaques: João Schmidt, Suk, Dani, Frederico Venâncio
ACADÉMICA (15)
A Académica garantiu a manutenção e José Viterbo ficará sempre como uma das figuras deste campeonato. Personagens, melhor dizendo. Com o seu bigode inconfundível e uma página de Facebook bastante activa, o treinador português fez melhor que Paulo Sérgio e o suficiente para os estudantes permanecerem entre as grandes equipas. Verdade seja dita, a "Briosa" fez um campeonato fraco. A maior prova é verificar o rendimento do seu melhor jogador, Rui Pedro - uma autêntica desilusão.
Destaques: Rui Pedro, Fernando Alexandre, Aderlan Silva
AROUCA (16)
Pedro Emanuel deverá ter feito a sua última época em Arouca, e embora tenha ficado apenas 1 lugar acima dos lugares de descida, o Arouca acabou por dar mais aos adeptos da Liga NOS do que Académica ou Vit. Setúbal. Para esta ideia muito contribuiu a aposta no jogador português (David Simão, Artur, Roberto, André Claro, Pintassilgo, Rui Sampaio) e na juventude: na segunda volta o Arouca serviu de rampa de lançamento para o portista Kayembe e, principalmente, para o leão Iuri Medeiros.
Pedro Emanuel deverá ter feito a sua última época em Arouca, e embora tenha ficado apenas 1 lugar acima dos lugares de descida, o Arouca acabou por dar mais aos adeptos da Liga NOS do que Académica ou Vit. Setúbal. Para esta ideia muito contribuiu a aposta no jogador português (David Simão, Artur, Roberto, André Claro, Pintassilgo, Rui Sampaio) e na juventude: na segunda volta o Arouca serviu de rampa de lançamento para o portista Kayembe e, principalmente, para o leão Iuri Medeiros.
Destaques: Iuri Medeiros, Roberto, Kayembe, David Simão
GIL VICENTE (17)
25 golos marcados e 60 golos sofridos. Os números contam rapidamente a história de uma época para esquecer. Em Barcelos começou João de Deus, e terminou José Mota. Mas os resultados foram sempre iguais: maus. Diogo Viana e Caetano deveriam ter feito muito mais, e a Segunda Liga é um destino justo para uma equipa em que curiosamente foi - uma vez mais - o guardião Adriano Facchini o jogador mais valorizado, e que merece ficar numa equipa da Liga NOS.
25 golos marcados e 60 golos sofridos. Os números contam rapidamente a história de uma época para esquecer. Em Barcelos começou João de Deus, e terminou José Mota. Mas os resultados foram sempre iguais: maus. Diogo Viana e Caetano deveriam ter feito muito mais, e a Segunda Liga é um destino justo para uma equipa em que curiosamente foi - uma vez mais - o guardião Adriano Facchini o jogador mais valorizado, e que merece ficar numa equipa da Liga NOS.
Destaques: Adriano Facchini, Simy, João Vilela
PENAFIEL (18)
Vinte e dois (22) pontos num campeonato de 34 jornadas é realmente pouco. O Penafiel foi a pior defesa do campeonato (69 golos sofridos) e nunca se encontrou depois de ver o seu treinador Miguel Leal rumar na pré-época ao Moreirense. Cedo antecipámos que o plantel era débil para estes andanças, mas ao contrário de equipas como Boavista, Belenenses e Guimarães que souberam encontrar soluções para os seus problemas, o Penafiel esteve a anos-luz do sucesso. Ao longo da época, 3 treinadores - Ricardo Chéu, Rui Quinta e Carlos Brito - e pouco futebol.
Vinte e dois (22) pontos num campeonato de 34 jornadas é realmente pouco. O Penafiel foi a pior defesa do campeonato (69 golos sofridos) e nunca se encontrou depois de ver o seu treinador Miguel Leal rumar na pré-época ao Moreirense. Cedo antecipámos que o plantel era débil para estes andanças, mas ao contrário de equipas como Boavista, Belenenses e Guimarães que souberam encontrar soluções para os seus problemas, o Penafiel esteve a anos-luz do sucesso. Ao longo da época, 3 treinadores - Ricardo Chéu, Rui Quinta e Carlos Brito - e pouco futebol.
Destaques: Guedes, João Martins, Quiñones