9 de abril de 2015

Crítica: Furious 7

Realizador: James Wan
Argumento: Chris Morgan
Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Jason Statham, Michelle Rodriguez, Tyrese Gibson, Dwayne Johnson, Ludacris, Kurt Russell
Classificação IMDb: 7.2 | Metascore: 67 | RottenTomatoes: 79%
Classificação Barba Por Fazer: 71

    Paul Walker merecia aqueles minutos finais.
   O 7.º filme da saga Velocidade Furiosa, cujo nome desta vez até é um simples 'Furious 7', estreou nas salas portuguesas e corre sérios riscos de ultrapassar nas próximas semanas 'Fifty Shades of Grey' como o filme mais visto do ano em Portugal.
     Assombrado pela dolorosa morte do actor Paul Walker, o universo de um dos mais consistentes filmes de acção para aficionados por carros e não só, 'Furious 7' soube lidar com os acontecimentos, não se preocupando em jogar com a morte do actor californiano, optando sim por celebrar a sua vida e eternizá-lo no grande ecrã. Mas primeiro, a sinopse.
    Na sequência do sexto filme, no qual a equipa de Dominic Toretto (Vin Diesel) e Brian O'Conner (Paul Walker) derrotaram Owen Shaw, um dos principais tópicos da sétima vez que os carros aceleram é a vingança que o irmão Deckard Shaw (Jason Statham, figura recorrente em filmes de acção) quer levar a cabo. Deckard Shaw provoca uma "baixa" na equipa de Dom, e a personagem do actor que tantas vezes disse "I am Groot" quer encontrá-lo, precisando para isso de um dispositivo criado por um pirata informático misterioso chamado Ramsey. Um dispositivo que também Frank Petty (Kurt Russell) pretende ter nas suas mãos, dando assim o apoio necessário à equipa de Dom - Brian, Roman (Tyrese Gibson), Letty (Michelle Rodriguez) e Tej (Ludacris).
    Daí para a frente o pé não sai do acelerador, passando pelo Abu Dhabi e terminando em casa. Globalmente até se trata de um filme moroso, refrescado pelos momentos cómicos de Roman, com um enredo menos entusiasmante do que os 2 filmes anteriores do franchise, apetecendo dizer que a personagem de Jason Statham é um chato que nunca mais morre. Mas, pelo fim - os melhores e mais emocionais minutos que alguma vez esta saga terá - vale a pena esperar.
    A Weta Digital, empresa de Peter Jackson que desenvolveu Gollum em 'The Lord of the Rings' e Caesar em 'Rise / Dawn of the Planet of the Apes', ajudou a recriar a cara e o corpo de Paul Walker nas cenas póstumas, servindo ainda a tecnologia CGI (nota-se quando não é Paul, mas não importa) para manter Paul no filme, nomeadamente com os irmãos Cody e Caleb Walker a contribuírem. E é com isto que o filme de James Wan escrito por Chris Morgan leva meia sala às lágrimas no fim - passamos os olhos por uma longa jornada, que termina como começou, com Paul Walker e Vin Diesel lado a lado, antes de arrancarem pela última vez. 
    Desde a praia até ao plano em que o carro segue o seu caminho para um lugar melhor, com Wiz Khalifa e Charlie Puth como banda sonora, é impossível não sentir nada, caia ou não a lágrima. Caleb ou Cody a finalizarem o legado do irmão, e o outro "irmão" Vin Diesel a rematar com: I used to say I live my life a quarter mile at a time and I think that's why we were brothers - because you did too. No matter where you are, whether it's a quarter mile away or half way across the world. The most important thing in life will always be the people in this room, right here, right now. Salute mi familia. You'll always be with me. And you'll always be my brother.
    Esteja onde estiver, será sempre através daqueles minutos finais que recordaremos Paul Walker. Mãos no volante. Sorriso aberto.
    

0 comentários:

Enviar um comentário