9 de junho de 2021

Euro 2020: Previsão Grupo E

A dois dias do arranque do Euro 2020 (disputado em 2021), prosseguimos a nossa análise detalhada a cada um dos grupos da competição. Pretendemos realizar uma sumária retrospectiva do apuramento de cada selecção, identificando forças e fraquezas, esquematizando como deve jogar cada equipa, até que fase imaginamos que chegue e que jogadores devem ser tidos em conta.
    Neste torneio disputado em 11 cidades diferentes (Londres, Roma, Sevilha, Munique, Amesterdão, Glasgow, Copenhaga, Budapeste, Bucareste, São Petersburgo e Baku) espalhadas por toda a Europa, no Grupo E o "factor casa" pertence à Espanha, uma vez que os jogos serão disputados em Sevilha e em São Petersburgo, cidade russa que também acolhe alguns jogos do Grupo B.

    Ao contrário do Grupo D, que analisámos ontem, o E é talvez o grupo que menos nos encanta. Bem longe do nível de 2008, 2010 e 2012, a Espanha tem visto os seus símbolos terminarem as suas carreiras, iniciando-se agora um ciclo novo. Da velha guarda, Sergio Ramos deveria ser o último grande resistente mas Luis Enrique não perdoou o facto do capitão ter disputado apenas 5 jogos em 2021; Sergio Busquets herdou assim a braçadeira, mas um teste positivo à Covid-19 marginalizou-o, deixando o universo espanhol assustado com um eventual surto. Ironicamente, Luis Enrique (um dos treinadores mais capazes neste Euro 2020) optou por abdicar da chance de convocar 26 jogadores, chamando apenas 24 para em cada jogo ter apenas o 3.º guarda-redes na bancada, mas acabou a ligar de emergência a 5 jogadores para acautelar qualquer desenvolvimento infeliz, acrescentando posteriormente 11 jogadores dos Sub-21 à "bolha" hispânica. A jornada inaugural tem no menu um Espanha-Suécia que está neste momento 2-2 em casos de Covid-19.
    No caminho até ao Euro, a Espanha não vacilou na qualificação, num grupo que incluía precisamente a Suécia (os espanhóis ganharam por 3-0 em casa e empataram 1-1 em Solna); mais relevante o 1.º lugar na Liga A da Liga das Nações, com uma goleada (6-0) diante da Alemanha como ponto alto e a lembrar os bons velhos tempos espanhóis.

    Junta-se à Espanha a Polónia, orientada pelo português Paulo Sousa e com o máximo goleador do planeta nas últimas duas épocas como estrela. As lesões de Milik e Piatek, que deveriam disputar a vaga ao lado de Robert Lewandowski, só acentuam a responsabilidade que o avançado do Bayern Munique terá na jornada do seu país. Mas se a Polónia pode contar com o seu maior craque, o mesmo não se pode dizer da Suécia, que viu o quase quarentão Zlatan regressar à selecção para depois acabar por falhar na Hora H, lesionado. Fecha o grupo a Eslováquia, que ultrapassou no play-off a República da Irlanda e a Irlanda do Norte, conseguindo assim bilhete para o lote de 24 equipas.

    Cá vai então a análise completa ao Grupo E:


1. ESPANHA  
(Previsão: Quartos-de-final, eliminada pela Alemanha)

  • Guarda-Redes: Unai Simón (Athletic Bilbao), David De Gea (Manchester United), Robert Sánchez (Brighton)
  • Defesas: Marcos Llorente (Atlético Madrid), César Azpilicueta (Chelsea), Éric García (Manchester City), Diego Llorente (Leeds United), Pau Torres (Villarreal), Aymeric Laporte (Manchester City), José Gayá (Valência), Jordi Alba (Barcelona)
  • Médios: Sergio Busquets (Barcelona), Rodri (Manchester City), Thiago Alcântara (Liverpool), Fábian Ruiz (Nápoles), Koke (Atlético Madrid), Pedri (Barcelona)
  • Extremos/ Avançados: Pablo Sarabia (PSG), Dani Olmo (RB Leipzig), Mikel Oyarzabal (Real Sociedad), Ferrán Torres (Manchester City), Adama Traoré (Wolves), Gerard Moreno (Villarreal) Álvaro Morata (Juventus)
Seleccionador: Luis Enrique;
Baixas: Sergio Ramos, Dani Carvajal; Ausências: Jesús Navas, Mario Hermoso, Angeliño, Iago Aspas

Forças: Óptima incorporação dos laterais no jogo ofensivo, bem temporizada; Thiago Alcântara é um pensador com características únicas; Não se espera qualquer timidez de Dani Olmo, Ferrán, Pedri e Gerard Moreno; 
Fraquezas: Dupla Laporte-Pau sem rotinas, com o central do City algo desconfortável ao actuar do lado direito; Falta de liderança ou voz de comando; Morata não é garantia de golos. 

Equipa-Base (4-3-3): U. Simón; M. Llorente, Laporte, P. Torres, Alba (Gayá); Rodri, Thiago, Fábian (Pedri); F. Torres, Dani Olmo, G. Moreno (Morata)

Se algumas das selecções mais cotadas e candidatas à vitória poderão evidenciar bastante flexibilidade táctica neste Euro, da parte da Espanha não há margem para dúvidas e o 4-3-3 é sagrado.
    Com Luis Enrique, é natural que a Espanha domine a posse de bola em todos os jogos das fase de grupos, mas procurando maior vertigem sem mastigar demasiado o jogo. A principal arma desta equipa é a forma como incorpora os laterais no último terço, com Jordi Alba/ Gayá à esquerda e o adaptado Marcos Llorente à direita como peças-chave num esquema em que a pauta pertence ao maestro Thiago Alcântara.
    Olhando para o 11, espera-se a titularidade de Unai Simón, com De Gea a ser encostado para o banco, e na defesa Luis Enrique deve apostar em dois centrais esquerdinos, Pau Torres e Laporte (Eric García também é hipótese). O teste positivo de Busquets ajudou a resolver quaisquer dúvidas que o seleccionador podia ainda ter no duelo entre o médio defensivo do Barcelona e Rodri, com Thiago absolutamente indiscutível no trio de médios, faltando apenas perceber se a titularidade será dada depois a Fabián Ruiz, Koke ou Pedri. O nosso instinto diz-nos que Fabián deve começar, mas o diamante Pedri deve acabar por conquistar o seu espaço no 11 à medida que a competição se desenrolar.
    No trio de ataque, perdura ainda uma questão: será que Luis Enrique vai insistir em manter Morata como avançado centro? Achamos que essa insistência pode eventualmente ter o seu preço, parecendo a Espanha um animal mais perigoso com Gerard Moreno em substituição do dianteiro da Juventus, acompanhado por Ferrán Torres e Dani Olmo.

Destaques Individuais (Previsão):


    Achamos difícil que a Espanha atinja as meias-finais da competição, parecendo-nos uma eliminação nos quartos-de-final o cenário mais provável. Isto, claro está, se a Covid-19 (apanhou Busquets e Diego Llorente) não proliferar no seio do grupo.
    Se tudo correr como todos desejamos e não se registarem mais baixas de última hora, Thiago Alcântara é o farol criativo desta Espanha e o epicentro e cérebro de todo o jogo. Após adaptação complicada ao Liverpool e à Premier League, Thiago tem neste Euro uma hipótese de reescrever a sua história nas páginas de 2020/ 21, num ecossistema onde se sente bem mais cómodo.
    À partida, a Espanha deve cumprir na fase de grupos e Gerard Moreno é uma das nossas principais apostas, merecendo conquistar a titularidade habitualmente entregue a Morata. Se Luis Enrique conciliar o avançado/ extremo direito do Villarreal com Ferrán Torres e Dani Olmo, a Espanha pode sonhar um bocadinho mais.
    Ultrapassámos a fase em que ficámos desagradados ao perceber que Marcos Llorente (12 golos e 11 assistências esta época pelo Atlético) seria mesmo adaptado a lateral direito, mas neste momento já nos rendemos à opção do seleccionador espanhol, e não será surpreendente se a locomotiva preferida de Simeone continuar a marcar e assistir, mesmo começando bem longe da baliza contrária. Finalmente, Pedri é a coqueluche de La Roja e, apesar de ter apenas 18 anos, é bem possível que conquiste a titularidade ao fim de 1 ou 2 jogos.


2. POLÓNIA  
(Previsão: Oitavos-de-Final, eliminada pela Croácia)

  • Guarda-Redes: Wojciech Szczesny (Juventus), Lukasz Fabianski (West Ham), Lukasz Skorupski (Bologna)
  • Defesas: Tomasz Kedziora (Dínamo Kiev), Bartosz Bereszynski (Sampdoria), Jan Bednarek (Southampton) Kamil Glik (Benevento), Pawel Dawidowicz (Hellas Verona) Michal Helik (Barnsley), Kamil Piatkowski (Raków), Maciej Rybus (Lokomotiv) Tymoteusz Puchacz (Lech Poznan)
  • Médios: Grzegorz Krychowiak (Lokomotiv), Mateusz Klich (Leeds United), Piotr Zielinski (Nápoles), Karol Linetty (Torino), Jakub Moder (Brighton), Kacper Kozlowski (Pogon Szczecin)
  • Extremos/ Avançados: Przemyslaw Placheta (Norwich), Kamil Jozwiak (Derby County), Przemyslaw Frankowski (Chicago Fire), Robert Lewandowski (Bayern Munique), Jakub Swierdzok (Piast Gliwice), Karol Swiderski (PAOK), David Kownacki (Fortuna Dusseldorf)
Seleccionador: Paulo Sousa;
Baixas: Krzysztof Piatek, Arkadiusz Milik

Forças: Neste momento, ninguém no mundo marca golos com a facilidade de Robert Lewandowski; Defesa imponente; Zielinski é habitualmente subvalorizado mas é a peça que pode fazer tudo funcionar;
Fraquezas: Dificuldade em criar elevado volume de oportunidades; Falta drible e jogo exterior.

Equipa-Base (4-4-2): Szczesny; Bereszynski, Glik, Bednarek, Rybus; Krychowiak, Klich, Zielinski, Jozwiak; Swiderski, Lewandowski

A Polónia do português Paulo Sousa não deverá desistir do seu 4-4-2, mesmo depois de perder por lesão Piatek e Milik. Caso o faça, poderá recorrer a um 3-5-2 onde Zielinski, mais solto, ganhará especial importância.
    Numa equipa a que seguramente falta um banco melhor, o antigo médio português há-de dormir descansado ao ver a equipa bem entregue ao triângulo Szczesny-Glik-Bednarek. O guarda-redes da Juventus é hoje muito mais jogador do que há uns anos atrás, Glik sabe sempre como se impor e Bednarek (8 anos mais novo do que o central do Benevento) iguala a concentração e determinação do veterano. Bereszynski e Rybus (será convidado a transportar jogo pelo seu corredor muitas vezes) ocupam as laterais desta Polónia, uma selecção muito mais forte a jogar por dentro do que por fora, possuindo vários médios centro, mas faltando um extremo desequilibrador e criativo, capaz de desmontar uma defesa. À falta de melhor, terá que ser Jozwiak a agigantar-se nesse papel.
    Quem tem Krychowiak, Klich, Moder ou Zielinski (a Polónia estará muito dependente da sua química com a dupla de ataque, e capacidade em ligar sectores) tem muito apoio para a defesa, e é possível que esta selecção acabe por dar maiores garantias - colectivamente - na sua disciplina e teimosia em manter a baliza sem golos sofridos do que propriamente na frente.
    Sem Milik e Piatek, Swiderski pode ver caída do céu a oportunidade da sua vida, servindo como fiel escudeiro de Robert Lewandowski. Temos dúvidas que a bola chegue muitas vezes em condições ao actual melhor jogador do mundo, mas acreditem que quase sempre que chegar lá, será golo.

Destaques Individuais (Previsão):


    Robert Lewandowski marcou 41 golos em 29 jogos da Bundesliga. Desde 2016, nas últimas seis épocas marcou em Munique 42, 43, 41, 40, 55 e 48 golos. O homem é uma máquina, mas na selecção não tem Müller, Kimmich ou Gnabry. Longe disso. O ponta de lança polaco, capitão de equipa, é o principal motivo pelo qual apontamos a Polónia ao 2.º posto (depois disso, a eliminação deve acontecer nos oitavos ou quartos-de-final no máximo) e Lewa sabe bem que, com o Euro a pesar muito na entrega da próxima Bola de Ouro, é crucial manter-se vivo com muitos golos agora no panorama internacional.
    Não havendo Milik e Piatek, que teriam o importante papel de retirar atenções do camisola 9, caberá claramente a Piotr Zielinski a tarefa de alimentar Lewandowski, actuando por certo como elemento mais liberto do meio-campo polaco. Na defesa, sector que achamos que poderá aparecer a bom nível, Jan Bednarek é o jogador em que confiamos mais.


3. SUÉCIA  

  • Guarda-Redes: Robin Olsen (Everton), Kristoffer Nordfeldt (Gençlerbirligi), Karl Johnsson (Copenhaga)
  • Defesas: Mikael Lustig (AIK), Emil Krafth (Newcastle), Victor Lindelof (Manchester United), Pontus Jansson (Brentford), Filip Helander (Rangers) Andreas Granqvist (Helsinborg), Marcus Danielsson (Dalian Pro), Ludwig Augustinsson (Werder Bremen) Martin Olsson (Hacken)
  • Médios: Gustav Svensson (Guangzhou), Jean Cajuste (Midtjylland), Albin Ekdal (Sampdoria), Mattias Svanberg (Bologna), Sebastian Larsson (AIK), Kristoffer Olsson (Krasnodar), Viktor Claesson (Krasnodar), Emil Forsberg (RB Leipzig)
  • Extremos: Dejan Kulusevski (Juventus), Ken Sema (Watford), Robin Quaison (Mainz), Jordan Larsson (Spartak Moscovo) Marcus Berg (Goteborg), Alexander Isak (Real Sociedad)
Seleccionador: Jan Andersson;
Baixa: Zlatan Ibrahimovic.

Forças: Equipa mais do que habituada ao 4-4-2; Augustinsson pode colmatar a falta de criatividade ao criar caos nas suas aventuras pela esquerda; Sem Zlatan, Isak pode aparecer;
Fraquezas: Com Kulusevski inicialmente de fora, o futebol sueco pode ser previsível, a não ser que Forsberg puxe pela imaginação; Dupla de centrais pode ser vítima fácil de Lewandowski, naquele que pode ser um jogo decisivo.

Equipa-Base (4-4-2): Nordfeldt; Lustig, Lindelof, Helander (Jansson), Augustinsson; Claesson, S. Larsson (Ekdal), K. Olsson, Forsberg; Berg, Isak

Sem acusar propriamente a ausência de Zlatan Ibrahimovic (39 anos), que já ninguém esperava que fosse uma opção realista para este Euro 2020 quando regressou à selecção antes de se lesionar, a Suécia encaixa um pouco na Polónia, esperando-se um confronto interessante, e que à partida decidirá muita coisa, quando se encontrarem na 3.ª e última jornada.
    Espera-se que Nordfeldt roube a baliza a Robin Olsen, e a defesa tem a seu favor o facto de já se conhecer há vários anos. Lindelof é o elemento mais desse sector, onde Pontus Jansson e Danielsson farão por tirar o lugar a Helander, e onde as arrancadas de Augustinsson poderão revelar-se cruciais.
    Claesson e Forsberg são jogadores bastante fiáveis, tendo o craque do Leipzig que pegar na equipa, especialmente não havendo Zlatan e o seu ego, e a experiência de Seb Larsson pode forçar a rotação com Ekdal e a utilização em alguns minutos do jovem Cajuste.
    Kulusevski (potencial figura central desta Suécia nos próximos anos) não estará disponível no arranque da competição ao testar positivo à Covid-19, e a ausência do extremo da Juventus simplifica a vida a Andersson, que assim não hesitará em lançar a dupla Berg-Isak.

Destaques Individuais (Previsão):


    Dujan Kulusevski é o grande talento da nova fornada sueca e, lamentavelmente, falhará o começo da fase de grupos por ter testado positivo à Covid-19. O extremo direito da Juventus, jogador letal nas diagonais e com excelente meia distância, resulta bem melhor num 4-3-3 do que neste 4-4-2 sueco mas mesmo assim seria estranho se Jan Andersson não encontrasse maneira de o aproveitar. Oxalá esteja disponível para os encontros com Eslováquia e Polónia.
    O ataque conta com a experiência de Marcus Berg, mas é em Alexander Isak que cairão todos os olhares, com o ponta de lança de 21 anos da Real Sociedad a ser a grande esperança da nação sueca para chegar ao golo. Kulusevski e Isak são malta nova, mas uma boa campanha da Suécia implicará sempre elevado rendimento de Forsberg, Lindelof, Augustinsson e Viktor Claesson, um daqueles jogadores que toma quase sempre a melhor decisão.


4. ESLOVÁQUIA  


  • Guarda-Redes: Martin Dubravka (Newcastle), Marek Rodák (Fulham), Dusan Kuciak (Lechia Gdansk)
  • Defesas: Martin Koscelnik (Slovan Liberec), Peter Pekarik (Hertha), Tomas Hubocan (Omonia), Lubomir Satka (Lech Poznan), Milan Skriniar (Inter), Martin Valjent (Maiorca), Denis Vavro (Huesca), Dávid Hancko (Sparta Praga)
  • Médios: Jakub Hromada (Slavia Praga), Stanislav Lobotka (Nápoles), Patrik Hrosovsky (Genk), Ján Gregus (Minnesota United), Juraj Kucka (Parma), Marek Hamsik (Goteborg), Lászlo Bénes (Augsburgo), Tomás Suslov (Groningen)
  • Extremos/ Avançados: Ondrej Duda (Colónia), Róbert Mak (Ferencváros), Vladimír Weiss (Slovan Bratislava), Lukás Haraslín (Sassuolo), Ivan Schranz (FK Jablonec), Michal Duris (Omonia), Róbert Bozeník (Feyenoord)
Seleccionador: Pavel Hapal;

Forças: Sector defensivo competente, com especial destaque para Skriniar e Dubravka; Hamsik deve rejuvenescer assim que o árbitro apitar; Médios criativos arregaçam as mangas para trabalhar;
Fraquezas: Avançados com registo pouco convincente; 34 anos do lateral Pekarik pesam.

Equipa-Base (4-1-4-1): Dubravka; Pekarik, Skriniar, Satka, Hancko; Hrosovsky (Hromada); Duda (Weiss), Kucka, Hamsik, Mak; Bozenik (Schranz)

Preservando a grande maioria dos jogadores que deixaram boa imagem no Euro 2016, a Eslováquia não tem o nome da Polónia e da Suécia, mas não será uma surpresa se conseguir criar muitos problemas a ambos. Mesmo diante da Espanha, é fácil de prever que La Roja tenha que suar muito para igualar a capacidade de sacrifício eslovaca, sedentos de pressionar uma Espanha que, se aparecer aburguesada, vai-se arrepender.
    Num 4-1-4-1 bem definido, Dubravka é garantia de várias defesas por jogo, Skriniar é um centralão, e tanto Satka como Hancko verão neste Euro uma rampa de lançamento.
    Caberá a Hrosovsky ou Hromada segurar o barco junto da defesa, libertando Duda, Kucka, Suslov ou Mak, todos longe de serem jogadores preguiçosos diga-se, no ataque. Hamsik não é o mesmo do último europeu, mas aos 33 anos ainda deve conseguir ser o craque desta equipa. Mais preocupante é facto de nem Bozenik nem Schranz serem garantia absoluta de conversão de oportunidades.

Destaques Individuais (Previsão):


    Andou pela China, jogou esta época na Suécia e na próxima temporada será uma das novidades do futebol turco. Marek Hamsik já está com 33 anos e afastado dos seus tempos áureos como máxima figura napolitana, mas esta última oportunidade de representar o país num Europeu puxará pelo melhor de um líder nato, com e sem bola.
    Numa selecção para a qual não temos, no geral, grandes expectativas, tiraremos notas de Satka e Hancko, e principalmente do jovem Tomas Suslov, se lhe forem dados alguns minutos para dizer olá ao mundo.
    Acreditando que a Eslováquia será "teimosa" a defender, pode-se esperar muito trabalho para Milan Skriniar e o central do Inter, que passou de ignorado de Antonio Conte a imprescindível, pode mascarar e adiar muita coisa.



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