7 de junho de 2021

Euro 2020: Previsão Grupo C

Em contagem decrescente para o Euro 2020 (disputado em 2021), prosseguimos a nossa análise detalhada a cada um dos grupos da competição. Pretendemos realizar uma sumária retrospectiva do apuramento de cada selecção, identificando forças e fraquezas, esquematizando como deve jogar cada equipa, até que fase imaginamos que chegue e que jogadores devem ser tidos em conta.

    Neste torneio disputado em 11 cidades diferentes (Londres, Roma, Sevilha, Munique, Amesterdão, Glasgow, Copenhaga, Budapeste, Bucareste, São Petersburgo e Baku) espalhadas por toda a Europa, no Grupo C o "factor casa" pertence à Holanda, uma vez que os 6 jogos serão disputados em Amesterdão e em Bucareste (Roménia).
    É sempre uma bela moldura a que os adeptos da Laranja Mecânica compõem na bancada, mas a união do país contra o seleccionador Frank de Boer pode indiciar que a oportunidade de jogar em casa possa até ser prejudicial para os Países Baixos. Convém recordar que a Holanda se qualificou logo atrás da Alemanha (vitória por 4-2 em solo germânico, derrota caseira por 3-2) numa altura em que Koeman era o seleccionador. A ida de Ronald para Barcelona levou à escolha de De Boer e desde então as polémicas e acusações de demência do antigo central sucedem-se: a derrota por 4-2 frente à Turquia no caminho para o Mundial 2022 deixou o país em alerta; de Boer cometeu uma gaffe ao afirmar que Queensy Menig seria perfeito para actuar a ala direito neste Euro, faltando perceber se o estaria a confundir com Quincy Promes ou se apenas se esqueceu que não convocara Menig; cometeu nova gaffe ao baralhar os minutos de utilização de van de Beek e Klaassen esta época; e a sua recente teimosia em obrigar a equipa a actuar em 5-3-2 tem causado desconforto junto dos jogadores e dos adeptos, eternamente apaixonados pelo seu 4-3-3.

    Mas se na Holanda um antigo jogador é odiado por toda a nação, na Ucrânia passa-se o inverso: Shevchenko foi uma lenda enquanto jogador e continua muitíssimo respeitado na sua nova função. Como talvez se recordem, a Ucrânia qualificou-se em 1.º no grupo de Portugal, não sofrendo qualquer derrota. Ao impressionante ano civil de 2019 ucraniano sucedeu-se um 2020 bastante deprimente (salvou-se uma vitória por 1-0 frente à Espanha num ano em que uma humilhação de 7-1 em França terá sido o pior momento), mas 2021 trouxe melhorias, incluindo um empate (1-1, na qualificação para o Mundial 2022) em França com travezinho a redenção.
    Áustria e Macedónia do Norte fizeram parte do mesmo grupo na fase de apuramento. Na altura, os austríacos levaram a melhor em ambas as partidas (4-1 em Skopje, 2-1 em Viena), com a Macedónia a conseguir o acesso a este Euro 2020 por via do play-off, ao ultrapassar Kosovo e Geórgia. Com o seleccionador mais desconfortável para os relatadores portugueses - Franco Foda - a Áustria procura em 2020 deixar uma imagem bem melhor do que em 2016, quando terminaram em último lugar no Grupo de Portugal com apenas 1 ponto, conseguido precisamente através de um 0-0 contra a nossa selecção.

    Fiquem então com a análise do Grupo C:


1. UCRÂNIA  
(Previsão: Oitavos-de-Final, eliminada por Portugal)

  • Guarda-Redes: Georgiy Bushchan (Dínamo Kiev), Anatoliy Trubin (Shakhtar Donetsk), Andriy Pyatov (Shakhtar Donetsk)
  • Defesas: Oleksandr Tymchyk (Dínamo Kiev), Denys Popov (Dínamo Kiev), Illia Zabarnyi (Dínamo Kiev), Serhiy Kryvtsov (Shakhtar Donetsk), Vitaliy Mykolenko (Dínamo Kiev), Mykola Matvienko (Shakhtar Donetsk), Eduard Sobol (Club Brugge), Oleksandr Karavaev (Dínamo Kiev)
  • Médios: Taras Stepanenko (Shakhtar Donetsk), Serhiy Sydorchuk (Dínamo Kiev), Yevhenii Makarenko (Kortrijk), Heorhii Sudakov (Shakhtar Donetsk) Mykola Shaparenko (Dínamo Kiev), Ruslan Malinovskyi (Atalanta), Roman Bezus (Gent), Oleksandr Zinchenko (Manchester City)
  • Extremos/ Avançados: Marlos (Shakhtar Donetsk), Viktor Tsygankov (Dínamo Kiev), Andriy Yarmolenko (West Ham), Oleksandr Zubkov (Ferencváros), Artem Biesiedin (Dínamo Kiev), Arte Dovbyk (Dnipro-1), Roman Yaremchuk (Gent)
Seleccionador: Andriy Shevchenko;
Baixa: Junior Moraes

Forças: Momento de forma de Rulan Malinovskyi; Ataque com muitas soluções; Andriy Shevchenko é muito respeitado pelo grupo e quando inventa tacticamente costuma fazer sentido; 
Fraquezas: Plano A exigirá uma quase-omnipresença de Stepanenko; Entusiasmo ofensivo pode partir a equipa em alguns momentos.  

Equipa-Base (4-3-3): Bushchan; Karavaev, Zabarnyi, Matvienko, Mykolenko; Stepanenko, Zinchenko, Malinovskyi; Shaparenko (Tsygankov), Yarmolenko (Marlos), Yaremchuk

Andriy Shevchenko é um daqueles treinadores que, embora tenha princípios de jogo enraizados, procura quase sempre adornar adaptando algumas valências da sua Ucrânia ao adversário. Normalmente corre bem.
    Sem afastar por completo a possibilidade de ser privilegiada em algum jogo uma defesa a 3 com Zabarnyi (apenas 18 anos), Matvienko e Kryvtsov, o mais certo é o técnico de 44 anos apostar numa linha de 4, com Bushchan a pôr fim aos dias de Pyatov na baliza.
    Adaptado a lateral-esquerdo por Pep Guardiola no Manchester City, Zinchenko pisa na selecção terrenos mais adiantados, acompanhando Stepanenko (recai sobre ele a responsabilidade de anular ou destruir a iniciativa adversária) e Malinovskyi, o jogador ucraniano em melhor forma e de quem se esperam golos e assistências.
    No ataque, Yaremchuk será o elemento mais central, mas Shevchenko tem boas dores de cabeça ao poder escolher dois entre Yarmolenko, Marlos, Tsygankov e Shaparenko.

Destaques Individuais (Previsão):


    Naquela que pode ser uma ligeira surpresa neste Grupo C, apontamos a Ucrânia ao 1.º posto por identificarmos uma selecção mais saudável e estável do que a Holanda. Tida como uma das 3 potenciais equipas-sensação (e talvez o grande destaque da fase de grupos nesse âmbito), a Ucrânia poderá cair depois nos oitavos-de-final.
    Enquanto estiver em prova, Ruslan Malinovskyi promete ser o herói dos ucranianos. Aos 28 anos, o médio ofensivo da Atalanta está no ponto, atravessa um momento de enorme confiança depois de encerrar a Serie A em grande, e o seu pé esquerdo deve ser protagonista neste Grupo C.
    Orientado pelo melhor jogador da História do futebol ucraniano, e um dos melhores pontas de lança europeus, Roman Yaremchuk encontrará no banco a inspiração e o seu role model, parecendo muito difícil que o dianteiro de 25 anos e 1,91m continue no Gent e no futebol belga (marcou 23 golos esta época) se corresponder ao que esperamos dele neste torneio. Uma boa prestação da Ucrânia implicará sempre bom nível de Stepanenko (o tampão da equipa) e de Bushchan a impedir golos, e Oleksandr Zinchenko pode crescer ao sentir-se mais importante, actuando em terrenos que lhe são mais naturais. Finalmente, não sabemos que dose de minutos terão, mas é muita a curiosidade para ver como aparece o central Illia Zabarnyi (um dos poucos jogadores de 18 anos que pode ser titular neste Euro 2020) e o que acrescenta Viktor Tsygankov, o extremo da moda na Ucrânia, grande figura do Dínamo Kiev.


2. HOLANDA  
(Previsão: Oitavos-de-Final, eliminada pela Itália)

  • Guarda-Redes: Tim Krul (Norwich), Maarten Stekelenburg (Ajax), Marco Bizot (AZ)
  • Defesas: Denzel Dumfries (PSV), Joel Veltman (Brighton), Stefan de Vrij (Inter), Matthijs de Ligt (Juventus), Nathan Aké (Manchester City), Jurriën Timber (Ajax), Daley Blind (Ajax), Patrick van Aanholt (Crystal Palace), Owen Wijndal (AZ)
  • Médios: Marten de Roon (Atalanta), Teun Koopmeiners (AZ), Frenkie de Jong (Barcelona), Ryan Gravenberch (Ajax), Georginio Wijnaldum (Liverpool), Donny van de Beek (Manchester United), Davy Klaassen (Ajax)
  • Extremos/ Avançados: Steven Berghuis (Feyenoord), Quincy Promes (Spartak Moscovo), Cody Gakpo (PSG), Luuk de Jong (Sevilha), Wout Weghorst (Wolfsburgo), Donyell Malen (PSV), Memphis Depay (Lyon)
Seleccionador: Frank de Boer;
Baixas: Virgil van Dijk, Jasper Cillessen; Ausências: Sven Botman, Hans Hateboer, Calvin Stengs, Myron Boadu

Forças: Qualidade de Depay, Wijnaldum e Frenkie de Jong é imune às asneiras do seleccionador; Factor casa na fase de grupos;
Fraquezas: Teimosia de Frank de Boer, um dia chamado por José Mourinho "o pior treinador da História da Premier League", pode custar caro; 5-3-2 fica muito dependente de Depay. 

Equipa-Base (5-3-2): Stekelenburg; Dumfries, de Ligt (Timber), de Vrij, Blind, Wijndal; de Roon (Gravenberch), F. de Jong, Wijnaldum; Depay, Weghorst (L. de Jong)

Entre as selecções com mais tradição nos Europeus, a Holanda é a que chega a esta competição num clima de maior crispação e instabilidade, com Frank de Boer a vincar o seu estatuto de persona non grata entre os seus.
    O seleccionador tem insistido recentemente num 5-3-2 que vai contra a tradição da Laranja, sempre fiel ao seu 4-3-3, e o mais certo é mesmo começar o Euro com Dumfries, de Ligt (ou o menino Timber, se o central da Juventus continuar lesionado), de Vrij, Blind e Wijndal titulares. Escusado será dizer que Virgil van Dijk é gigantesca baixa nesta Holanda. A baliza, depois de Cillessen ter sido dispensado ao acusar positivo à Covid-19, será entregue a Stekelenburg ou Krul.
     No meio-campo, Frenkie de Jong e Wijnaldum são indiscutíveis, faltando saber se a opção complementar recairá num trinco como de Roon (cenário mais provável) ou num médio ofensivo como Klaassen. Pessoalmente, parece-nos que o maior equilíbrio seria atingido com de Jong, Gravenberch e Wijnaldum, com o médio que vai deixar Anfield neste Verão a poder aparecer mais vezes em zonas de finalização.
    No ataque, Memphis Depay é a estrela da companhia, e jogadores como Berghuis e Promes perdem espaço se a aposta continuar a ser o 5-3-2 e não o 4-3-3. Assim sendo, espera-se que entre Weghorst, Malen e Luuk de Jong, um deles acompanhe Depay. 

Destaques Individuais (Previsão):


    Adoramos a Holanda e o seu equipamento, mas uma eventual derrota no jogo inaugural com a Ucrânia, conjugada com o caos em que de Boer está a deixar toda a envolvente da Laranja Mecânica, unindo-se inúmeras vozes contra o seleccionador, leva-nos a desconfiar do rumo holandês. E se pensarmos que um apuramento em 2.º lugar pode resultar num Itália-Holanda nos oitavos, é precisamente nessa fase que prevemos a queda desta equipa, com consequente despedimento do gémeo de Boer.
    Não se sabe se de Boer vai até ao fim com o seu 5-3-2 ou se "cede" e regressa ao 4-3-3 que os seus jogadores querem, mas seja como for Georginio Wijnaldum parece-nos poder emergir como principal valor deste conjunto, imúne a tudo o que possa existir extra-futebol (a sua transferência, as polémicas em torno do seleccionador) e brilhando com números que atinge pouco habitualmente no Liverpool.
    Frenkie de Jong não sabe jogar mal, e consegue brilhar seja em que sistema for, e Memphis Depay tem o perfil certo para se "alimentar" de todas as incertezas à volta deste grupo, marimbando-se em campo e marcando em diagonais venenosas e disparos sem hipóteses para os guarda-redes.
    Berghuis ou Malen são jogadores a ter em conta, caso joguem, e Ryan Gravenberch pode deixar os tubarões loucos caso de Boer tenha a decência intelectual de o lançar e deixar actuar junto a Gigi e De Jong. 


3. ÁUSTRIA  


  • Guarda-Redes: Alexander Schlager (LASK Linz), Pavao Pervan (Wolfsburgo), Daniel Bachmann (Watford)
  • Defesas: Christopher Trimmel (Union Berlin), Stefan Laimer (Gladbach), Aleksandar Dragovic (Bayer Leverkusen), Martin Hinteregger (Eintracht Frankfurt), Stefan Posch (Hoffenheim), Philipp Lienhart (Friburgo), David Alaba (Bayern Munique), Marco Friedl (Werder Bremen), Andreas Ulmer (RB Salzburgo)
  • Médios: Julian Baumgartlinger (Bayer Leverkusen), Florian Grillitsch (Hoffenheim), Stefan Ilsanker (Eintracht Frankfurt), Konrad Laimer (RB Leipzig), Xaver Schlager (Wolfsburgo), Christoph Baumgartner (Hoffenheim), Marcel Sabitzer (RB Leipzig), Alessandro Schöpf (Schalke 04)
  • Extremos/ Avançados: Louis Schaub (Luzern), Karim Onisiwo (Mainz), Valentino Lázaro (Gladbach), Michael Gregoritsch (Augsburgo), Sasa Kalajdzic (Estugarda), Marko Arnautovic (Shanghai Port)
Seleccionador: Franco Foda;

Forças: Jogadores habituados à competitividade da Bundesliga; Flexibilidade táctica conferida pela largura que os laterais oferecem, pelos movimentos interiores de Alaba e Baumgartner e pela mobilidade de Sabitzer.
Fraquezas: Centro da defesa permeável e pouco confortável a progredir com bola; Foda desejaria ter 3 Alabas, um para jogar a central, outro a médio centro e outro a interior esquerdo.

Equipa-Base (4-4-2): Schlager; Lainer, Dragovic, Hinteregger, Ulmer; Ilsanker, Grillitsch, Baumgartner, Alaba; Sabitzer, Kalajdzic (Arnautovic)

Não será difícil Foda fazer melhor do que o suiço Marcel Koller conseguiu no comando desta Áustria em 2016. A respirar Bundesliga por todos os lados, a geração é essencialmente a mesma, com Baumgartner e Kalajdzic como principais novidades.
    O 4-4-2 é o esquema mais provável, e é de esperar que Alexander Schlager roube a baliza a Pervan. A defesa tem em Lainer e Ulmer dois laterais que gostam muito de subir, e poderão fazê-lo mediante as características dos jogadores que formam a linha de 4 no meio-campo. Se todos estivessem em perfeitas condições físicas a dupla de médios centro deveria ser formada por Laimer e pelo capitão Baumgartlinger, mas a época marcada por lesões para ambos pode beneficiar Ilsanker e Grillitsch.
    Baumgartner e o polivalente Alaba (nesta Áustria é médio, a actuar pela esquerda, não sendo nem central nem lateral esquerdo) devem ocupar as faixas, embora acabem ambos por jogar muito por dentro, e na frente à partida será Sabitzer +1. Arnautovic é sinónimo de confiança em excesso e experiência, Kalajdzic oferece mais capacidade de choque, convidando a equipa a abastecê-lo com cruzamentos. No entanto, não deve ser afastada ainda uma solução com Sabitzer a pegar na equipa mais atrás, conjugando Foda a dupla Arnautovic-Kalajdzic.

Destaques Individuais (Previsão):


    O motivo pelo qual só colocamos duas selecções a seguir para os oitavos-de-final neste Grupo é um só: suspeitamos que a Macedónia do Norte estrague a vida a alguém. Quiçá saindo prejudicada a Áustria.
    O nosso olhar sobre esta Áustria seria porventura diferente se tivéssemos a garantia que Konrad Laimer estava a 100%, perspectivando-se por isso Marcel Sabitzer como a potencial figura dos austríacos. O lançador do Leipzig está na plenitude das suas capacidades, estando inserido numa ideia de jogo que pode dispensá-lo de grandes responsabilidades a nível defensivo.
    Não é garantido ainda em que posição vai jogar, mas David Alaba (oficializado como reforço do Real Madrid) é um jogador sem igual nesta selecção. Por ser tão esclarecido como é nas suas opções com bola, gostávamos de o ver como médio centro, mas é natural que acabe encostado à esquerda, embora com muita integração no corredor central.
    Entre os jogadores menos badalados, Sasa Kalajdzic foi uma revelação na Bundesliga pelo Estugarda e pode chamar para si muitas atenções; e Stefan Lainer é um daqueles laterais com pilhas Duracell.


4. MACEDÓNIA DO NORTE  


  • Guarda-Redes: Stole Dimitrievski (Rayo Vallecano), Damjan Siskovski (DOXA), Risto Jankov (Rabotnicki)
  • Defesas: Stefan Ristosvski (Dínamo Zagreb), Darko Velkovski (Rijeka), Kire Ristevski (Újpest), Visar Musliu (Fehérvár), Gjoko Zajkov (Charleroi), Egzon Bejtulai (Shkendija), Ezgjan Alioski (Leeds United)
  • Médios: Arijan Ademi (Dínamo Zagreb), Elif Elmas (Nápoles), Stefan Spirovski (AEK Larnaca), Boban Nikolov (Lecce), Enis Bardhi (Levante), Ferhan Hasani (Partizani Tirana), Tihomir Kostadinov (Ruzomberok), Daniel Avramovski (Kayserispor)
  • Extremos/ Avançados: Ivan Trickovski (AEK Larnaca), Darko Churlinov (Estugarda), Aleksandar Trajkovski (Maiorca), Goran Pandev (Génova), Milan Ristovski (Spartak Trnava), Krste Velkoski (FK Sarajevo), Marjan Radeski (Akademija Pandev), Vlatko Stojanovski (FC Chambly)
Seleccionador: Igor Angelovski;
Baixa: Ilija Nestorovski.

Forças: Equipa bélica, com motivação extra de estreante; Macedónia não é só Pandev, e Elmas e Bardhi têm neste Euro palco para evidenciar o seu reportório;
Fraquezas: Vulnerabilidade defensiva a nível técnico contra selecções que consigam originar situações de 1 para 1; Ausência de Nestorovski retira capacidade finalizadora. 

Equipa-Base (5-3-2): Dimitrievski; Ristovski, Ristevski, Musliu, Velkovski, Alioski; Ademi (Spirovski), Bardhi, Elmas; Pandev, Trajkovski

Um pouco à imagem da Finlândia, a Macedónia do Norte chega a este Euro 2020 como estreante, sem qualquer pressão e com a noção que qualquer ponto será festejado como outros países festejarão vitórias.
    É certo que na qualificação esta Macedónia perdeu por 4-1 quando recebeu a Áustria, mas meses mais tarde melhorou (derrota por 2-1) já com o novo figurino táctico (5-3-2). A atestar o crescimento macedónio, uma vitória em Março de 2021 na Alemanha, por 2-1, na qualificação para o Mundial 2022; o tipo de resultado que deixa no ar a possibilidade desta equipa provocar alguma surpresa neste Grupo C.
    Angelovski não poderá contar com Nestorovski (óptimo finalizador e parceiro de ataque de Pandev), fazendo Trajkovski sociedade com o veterano de 37 anos, mais internacional de sempre e melhor marcador de sempre desta selecção.
    No meio-campo, Ademi é quem mais defende, Bardhi distingue-se pela meia distância e nas bolas paradas, e Elmas é seguramente o melhor jogador macedónio da actualidade. Atrás de toda esta malta estará uma linha de 5, que conta com o ex-Sporting Ristovski. Dimitrievski será o guardião.

Destaques Individuais (Previsão):


    É compreensível que a Macedónia do Norte seja considerada a selecção mais fraca das 24 presentes neste Euro 2020. Mas se da Finlândia não esperamos pontuação, da Macedónia esperamos o baralhar das contas do grupo, para amargura de alguém (Áustria e Holanda como maiores candidatas).
    Podíamos juntar Ademi (muito forte na recuperação) aos destaques que elegemos, mas Elif Elmas (participação em 44 jogos esta época pelo Nápoles) é quem deve sobressair no meio-campo de forma mais evidente; Goran Pandev (119 internacionalizações) facilmente mostrará que a idade é apenas um número, esperando-se que seja ele a carregar a equipa; e na defesa, Ezgjan Alioski é de quem esperamos mais, pela apetência para criar situações de superioridade numérica a partir da asa esquerda, e por ser alguém que trabalhou nos últimos 3 anos sob a exigente batuta de Marcelo Bielsa.



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