Ano após ano a Barclays Premier League é considerada a liga mais vibrante, mais equilibrada e imprevisível. Todos os anos é assim. Mas nesta temporada de 2015/ 16 a palavra "imprevisível" ganhou outros contornos. Podemos estar gratos por ter assistido a uma época histórica para o futebol inglês, europeu e mundial. O Leicester City provou que não há impossíveis, e que a entrega e o espírito de sacrifício conjugados com uma crença e profissionalismo descomunais podem bater quaisquer super-orçamentos. Chamem-lhe conto de fadas, chamem-lhe história para contar aos netos. Pareceu um filme, um sonho. Mas foi a realidade, com um final feliz.
Depois de Gareth Bale, Luis Suárez e Eden Hazard, o melhor jogador de 2015/ 16 foi o primeiro jogador africano a ser considerado Jogador do Ano pelos futebolistas em terras de Sua Majestade. A electricidade e garra do Leicester City contagiam e muito as escolhas do nosso 11 do ano, com 5 raposas azuis no onze inicial, acompanhadas por 2 representantes do Tottenham, 2 do Arsenal e 1 jogador de West Ham e Manchester United. Numa época que pode ser vista como um verdadeiro milagre, houve um enorme rebranding comparativamente com 2014/ 15 - só há um repetente no 11 do ano, e o nosso Jovem Jogador do Ano é o mesmo de 2015, mas tudo o resto ilustra bem quão surpreendente foi este campeonato, marcado pelo Leicester, mas também pelo excelente futebol do Tottenham de Pochettino, pelo papa-grandes West Ham, e por mais uma excelente época do Southampton. Em sentido inverso, City, United e Liverpool apresentaram todos um rendimento abaixo do esperado, mas foi o Chelsea, último campeão, a maior desilusão. São os jogadores que nos trazem aqui, portanto é chegada a altura de indicarmos as nossas preferências: o nosso 11 do Ano, o Jogador do Ano e Jovem Jogador do Ano, o Treinador do Ano e algumas categorias acessórias.
Vamos lá a isto.
Depois de Gareth Bale, Luis Suárez e Eden Hazard, o melhor jogador de 2015/ 16 foi o primeiro jogador africano a ser considerado Jogador do Ano pelos futebolistas em terras de Sua Majestade. A electricidade e garra do Leicester City contagiam e muito as escolhas do nosso 11 do ano, com 5 raposas azuis no onze inicial, acompanhadas por 2 representantes do Tottenham, 2 do Arsenal e 1 jogador de West Ham e Manchester United. Numa época que pode ser vista como um verdadeiro milagre, houve um enorme rebranding comparativamente com 2014/ 15 - só há um repetente no 11 do ano, e o nosso Jovem Jogador do Ano é o mesmo de 2015, mas tudo o resto ilustra bem quão surpreendente foi este campeonato, marcado pelo Leicester, mas também pelo excelente futebol do Tottenham de Pochettino, pelo papa-grandes West Ham, e por mais uma excelente época do Southampton. Em sentido inverso, City, United e Liverpool apresentaram todos um rendimento abaixo do esperado, mas foi o Chelsea, último campeão, a maior desilusão. São os jogadores que nos trazem aqui, portanto é chegada a altura de indicarmos as nossas preferências: o nosso 11 do Ano, o Jogador do Ano e Jovem Jogador do Ano, o Treinador do Ano e algumas categorias acessórias.
Vamos lá a isto.
Guarda-Redes: O único jogador que repete a presença em 2014/ 15 e 2015/ 16. De Gea, guarda-redes do Manchester United, foi dado como certo no Real Madrid, mas a transferência falhou por minutos. Louis van Gaal bem pode agradecer. Não nos atrevemos a imaginar o lugar que o United ocuparia na tabela sem o espanhol, um coleccionador de defesas impossíveis e um jogador que dá pontos. É um dos 3 melhores guarda-redes da actualidade, e entre os 5 que escolhemos, aquele que foi mais determinante no trajecto da sua equipa. No último minuto da competição um auto-golo tirou-lhe a hipótese de ganhar a Golden Glove juntamente com Cech (16 clean sheets), mas pode gabar-se de ter sido o principal responsável pelo registo do Manchester United como melhor defesa - igual ao Tottenham - da competição.
A acompanhá-lo temos Jack Butland, "tramado" por uma lesão que o afastou do Euro-2016 (seria justo a baliza de Inglaterra ser-lhe entregue a ele e não a Hart, caso pudesse viajar para França) depois de revelar ter ainda maior potencial do que o seu antecessor Begovic, e de ter marcado a primeira volta do campeonato como melhor GR por larga margem. Destaque ainda para Kasper Schmeichel, peça importante no trajecto do campeão Leicester, a fugir ao rótulo de "o filho de Schmeichel" afirmando-se individualmente, e deixando o pai babado. Os veteranos Petr Cech (luvas de ouro) e Gomes completam o nosso Top-5, com menção honrosa para Lloris.
Lateral Direito: Parece impossível quando o vemos jogar, mas Bellerín tem apenas 21 anos. Na posição mais fraca em termos de rendimento médio dos 5 representantes escolhidos, Bellerín foi o grande destaque. O lateral do Arsenal esteve sempre num nível alto, com alto impacto nos dois lados do campo (1 golo e 6 assistências), e conseguindo ser ligeiramente mais constante do que Kyle Walker, que voltou ao nível de outrora e terminou a época em grande.
Nyom, Sagna e Clyne ocupam as restantes vagas, numa posição que pelo 2.º ano consecutivo fica marcada por 2 grandes destaques (Bellerín e Walker este ano, Ivanovic e Clyne na época passada) e uma clivagem acentuada na transposição para os restantes destaques.
Defesa Central (Lado Dto.): O melhor central desta edição da Premier League. Que temporada monstruosa do defesa belga! Depois de trocar o Southampton pelo Tottenham, Alderweireld assumiu-se como o "patrão" da rectaguarda dos spurs e juntou a isso o seu impacto junto às balizas adversárias (4 golos e 3 assistências). Sempre concentrado, agressivo na medida certa, excelente na antecipação e a sair a jogar... Não se podia pedir mais.
A vaga de Alderweireld no Southampton foi ocupada pelo holandês van Dijk, e que adaptação teve o ex-Celtic à Premier League... Bate-se com Alderweireld na elegância a sair a jogar, e mostrou-se intransponível em diversos jogos, limpando a sua área como poucos, fazendo por vezes tanto o seu papel como o de José Fonte, atropelado pela fome do colega de sector. Smalling cresceu e tornou-se o esteio dos red devils, Wes Morgan foi o líder de uma equipa de guerreiros, e Scott Dann foi uma dor de cabeça para os adversários nas bolas paradas ofensivas do Crystal Palace.
Defesa Central (Lado Esq.): Se há um ano atrás nos dissessem que Robert Huth estaria no nosso 11 do ano da temporada seguinte, ter-nos-íamos rido. Muito. O alemão de 31 anos teve um ano incrível, formou uma dupla clássica (nem Huth nem Morgan querem ter bola no pé, são centrais "duros", fortíssimos no jogo aéreo e que só desligam quando o árbitro apita) com o capitão jamaicano, e juntou a tudo isto 3 golos absolutamente decisivos - deu a vitória em White Hart Lane, e bisou em casa do Manchester City. Consciente das suas limitações, é também a principal fonte de boa disposição de um balneário unido e solidário, e avisou toda a gente que a qualificação para a Champions o obrigaria a praticar as suas rabonas. Nunca é tarde.
Koscielny perdeu fulgor com o decorrer da época, Ashley Williams foi uma vez mais a alma do Swansea, ficando a ideia que a defesa é "apenas" ele, Vertonghen foi menos exuberante que o companheiro e compatriota Alderweireld, mas formou uma dupla afinada (curioso o contraste entre o estilo moderno do Tottenham, e conservador dos centrais do Leicester) e, por fim, numa vaga que poderia ficar atribuída a vários jogadores, optámos por Blind, sempre muito fiável, sem nunca se queixar de estar numa posição que não é aquela em que rende mais.
Lateral Esquerdo: Escolher entre Fuchs, Cresswell e Danny Rose foi-nos difícil. Os dois ingleses, do West Ham e do Tottenham, destacaram-se no plano ofensivo, Fuchs sobretudo no capítulo defensivo. No desempate, pesou a importância de defender - o lateral austríaco faz tudo bem atrás, e ajudou durante toda a época com cruzamentos venenosos, alguns na marcação de cantos e livres indirectos. Cresswell mostrou, pelo 2.º ano consecutivo, quão bom é, a locomotiva chamada Danny Rose evoluiu imenso, apresentando-se sobretudo na segunda metade da época num nível como nunca antes na carreira. Patrick van Aanholt foi o defesa que mais golos (6) marcou esta temporada, e Charlie Daniels outro caso de sucesso ofensivo (3 golos e 5 assistências) e um dos principais responsáveis pela manutenção do Bournemouth.
Médio Centro: Slaven Bilic, treinador do West Ham, descreveu bem Kanté: ao fim de algum tempo a vê-lo em campo, qualquer pessoa começa a achar que se tratam de gémeos. Steve Walsh, o olheiro que o recomendou a Ranieri, tocou num ponto decisivo no desfecho deste campeonato - é como se o meio-campo fosse formado por Drinkwater, e um Kanté de cada lado. Tudo ficou mais fácil para os foxes ao jogarem com 12 em campo, um autêntico 4-5-2. N'Golo não pára de correr, bate tudo e todos em termos de desarmes e intercepções por jogo, e se Mahrez e Vardy ajudaram a desequilibrar os adversários, Kanté foi quem equilibrou o campeão Leicester. O ditado que virou moda não é exagero: 70% do mundo é coberto por água, o resto por N'Golo Kanté. O médio francês é ouro.
O nosso esquema de 4-4-2 no 11 do Ano obriga-nos a fazer alguma ginástica, e por isso mesmo para esta posição - na qual incluímos os médios mais recuados, mestres na pressão e em fazer as suas equipas respirar - acrescentámos dois jogadores do 4-2-3-1 do Tottenham (Dembélé, a quem ninguém tira a bola, e que foi um dos melhores jogadores mais invisíveis desta edição; e Dier, que se fez um senhor médio defensivo), Drinkwater (tremendo crescimento, e o parceiro perfeito para Kanté) e ainda o capitão do West Ham, Mark Noble - marcou vários golos, a maioria de grande penalidade, mas foi o seu trabalho em conjunto com Kouyaté que permitiu soltar o génio de Payet na frente.
Médio Centro: O homem das assistências. É certo que Özil perdeu impacto na 2.ª metade da época, mas analisando friamente, merece de qualquer forma marcar presença no onze inicial. O alemão foi o maestro do Arsenal e demonstrou a sua inigualável qualidade de passe - 19 assistências (ficou a uma do recorde de Henry em 2002/ 03). Fica-nos ainda assim a sensação que Özil ainda tem mais para dar, e é fácil prever que teria outros números caso tivesse um avançado de topo para servir.
A escolha de Özil deixa o miúdo Dele Alli à boca do onze. O médio ofensivo inglês, um dos talentos mais interessantes que explodiu este ano no futebol europeu, teve um ano de sonho (10 golos, 12 assistências), fez por merecer a titularidade no Euro-2016 e tenham atenção, porque Alli tem tudo para ser um dos médios mais espectaculares da próxima década.
Barkley (caiu quando o Everton caiu como colectivo), Sigurdsson (o jogador mais consistente dos swans, e com a sua melhor época em Inglaterra) e Wijnaldum (merece melhor que o Newcastle) completam as nossas escolhas.
Extremo Direito: "O Mahrez é a nossa luz, e quando ele brilha, o King Power Stadium é fantástico". A frase é de Claudio Ranieri sobre o Jogador do Ano da Premier League 15/ 16. A raposa do deserto exibiu-se ao nível dos melhores do mundo, massacrando os adversários com momentos mágicos e o talento de um predestinado em lances de 1 para 1. Fartou-se de marcar (17 golos), fartou-se de assistir (11 golos), e criou oportunidades umas a seguir às outras, com pormenores para ver e rever, formando uma dupla imparável com Vardy e assumindo o estatuto de jogador que faz as coisas acontecer. A sua explosão não foi uma surpresa completa, porque a magia esteve sempre à vista de todos, mas a consistência e a confiança que apresentou durante toda a época tornaram-no um jogador verdadeiramente especial, sempre criativo, vagabundo e imprevisível.
Alexis Sánchez foi um dos melhores do Arsenal, De Bruyne mostrou porque é que no ano civil de 2015 foi um dos 5 melhores jogadores do mundo (e atenção porque com Guardiola tornar-se-á um sério candidato a Jogador do Ano), Willian foi o único jogador do Chelsea capaz de remar contra a crise com regularidade a alto nível todo o ano e, por fim, optámos por Michail Antonio, um jogador polivalente (jogou a extremo direito, extremo esquerdo e terminou a época a lateral-direito) que deu o salto com Bilic.
Extremo Esquerdo: Para os adeptos do West Ham é perfeitamente legítimo que considerem que é Deus no céu, e Payet na Terra. O extremo francês, contratação do ano a par do seu compatriota N'Golo Kanté, espalhou classe nos relvados ingleses e rivalizou com Mahrez no nº de momentos de magia pura. Foi claramente o grande responsável pela época do West Ham (é o talismã da equipa, composta por jogadores que não se importam de correr mais para o manter fresco e inspirado) e os seus livres directos são qualquer coisa... Parece não ser capaz de tomar decisões erradas, cada cruzamento seu sai açucarado, e é bom ver um jogador no auge da sua carreira.
Eriksen (pouco falado, mas termina a época com 6 golos e 16 assistências), Coutinho, Arnautovic (finalmente consistente) e Tadic (grande final de temporada) juntam-se ao mago Payet.
Avançado: Recordista. Eléctrico. Festivo. Jamie Vardy deu uma festa que entrou para a História do futebol mundial. O avançado do Leicester, exemplar na pressão constante que exerce e na forma como nunca se esconde, cresceu mais do que qualquer outro jogador esta época (a capacidade que hoje apresenta a jogar no limite do fora-de-jogo e a explorar as costas das defesas é um exemplo disso) e formou com Mahrez e Kanté o trio de jogadores mais determinantes na caminhada do campeão. Importa não esquecer um "pequeno" pormenor: o sprinter Vardy bateu o recorde de van Nistelrooy, com 11 jogos consecutivos a marcar, uma sequência fundamental para ajudar o Leicester a acreditar que o milagre era possível.
Agüero brilhou como sempre, marcou como sempre, esteve lesionado como sempre (sem as lesões seria o melhor marcador sem qualquer dificuldade), e tem tudo para render ainda mais com Guardiola. Nas restantes 3 vagas decidimos escalar o portentoso Deeney (grande capitão, imparável nas alturas, um trabalhador incansável e o complemento perfeito de Ighalo) e 2 elementos que jogaram adaptados a "falso 9" em diferentes fases da época - Roberto Firmino e André Ayew.
Avançado: Se no início da época alguns (nós incluídos) tinham dúvidas em relação à capacidade de Kane manter o nível, caso não começasse a embalar cedo no campeonato, agora ninguém as tem. Harry Kane é, aos 22 anos, um ponta de lança incrível e ainda com uma margem de progressão assinalável. Carregou o Tottenham em vários jogos, mantendo a pressão sobre o Leicester até quando foi possível. Conseguiu marcar ainda mais golos do que em 2014/ 15 e a tendência será continuar a melhorar. O melhor para o Melhor Marcador desta época seria continuar em Inglaterra, porque as comparações com Shearer começam a fazer cada vez mais sentido.
Romelu Lukaku, tal como Barkley, foi melhor na 1.ª volta e alcançou a sua melhor marca de golos em Inglaterra; Ighalo também caiu substancialmente na segunda metade, mas foi uma das figuras do campeonato até à passagem de ano; Defoe contribuiu de forma decisiva para que o Sunderland se mantivesse no primeiro escalão, e Pellè exibiu-se de forma inconsistente, mas com pujança suficiente para constar aqui.
Ao contrário de anos anteriores, estamos totalmente de acordo com o Top-6 eleito pela associação dos futebolistas de Inglaterra. Tal como para a PFA, também para o Barba Por Fazer, Riyad Mahrez foi o Jogador do Ano. Não houve nenhum jogador com impacto igual ao argelino, sempre num nível altíssimo (quando não marcou ou assistiu, ajudou a desbloquear defesas e espalhou magia e fantasia mas sempre de forma objectiva). Trouxe um pouco de futebol de rua para os relvados da Premier League, e tornou-se assim o primeiro jogador africano a ser considerado o Jogador do Ano, e o jogador mais barato de sempre a ser distinguido. Ele, que idolatra Messi, foi o Messi da Premier League e é impossível esquecer o momento em que calou o Etihad, na altura com um 0-2 no começo da 2.ª parte ao qual os jogadores do Leicester nem pareciam saber reagir: naquele momento, começaram a acreditar que o título era realmente possível.
O melhor amigo de Mahrez, Jamie Vardy, fica logo atrás, ele que representa melhor que ninguém a história do Leicester - um jogador que há poucos anos era amador, mas que lutou e bateu recordes. Vardy que foi eleito Jogador do Ano pelos jornalistas e pela Barclays, enquanto que nos prémios internos do Leicester foi Mahrez o eleito (e Kanté o escolhido pelos jogadores campeões), ele que também arrancou o prémio atribuído pela PFA na versão adeptos. Payet foi o jogador com mais classe pura em Inglaterra - momentos de "valeu o bilhete" foram com ele e Mahrez, sobretudo -, Kane o melhor marcador do campeonato e porta-estandarte goleador de uma equipa jovem mas extraordinária pela qual torceríamos em qualquer outra época, excepto nesta; Özil criou oportunidades e desenhou linhas de passe impensáveis para o comum dos mortais, e o pequeno N'Golo Kanté não precisou de números para nos cansar de o ver a correr. Um dos obreiros do título, omnipresente e incansável, ao ponto de criar a ilusão de que a sua equipa entrou sempre em campo em superioridade numérica.
Aqui no Barba Por Fazer consideramos candidatos ao título de "Jovem Jogador do Ano" elementos que tenham até 22 anos de idade. Assim, ao contrário da realidade, elementos como Coutinho, Butland e Lukaku não contam para nós. Por não distinguirmos a Revelação do Ano (seria Dele Alli) mas sim o Jovem Jogador, que cumpra os critérios, com melhor rendimento durante a época, o nosso eleito é pelo segundo ano consecutivo Harry Kane (na próxima época já não é elegível). Marcou golos de todas as maneiras e feitios, é o único dos Jovens que tem também lugar nos nossos 6 melhores jogadores deste campeonato, depois de funcionar como farol da equipa que praticou o futebol mais bonito em Inglaterra.
A juventude deste Tottenham 15/ 16 fica aqui expressa, com metade dos nomeados a pertencerem aos spurs - também Alli e Dier marcam presença. Bellerín, Ross Barkley e o francês Anthony Martial completam o sexteto de jovens promessas.
Treinador do Ano: O homem do milagre. Quando vemos uma equipa em que todos os jogadores estão a jogar acima do nível que alguma vez tinham apresentado, há trabalho de treinador. O azarado Ranieri acumulou infortúnios toda a carreira para, quando ninguém esperava, escrever o seu nome associado a um dos maiores feitos da História do futebol e do desporto. Deu liberdade aos jogadores, soube sempre estar (no começo da época forrou a sua sala com imagens dos outros treinadores para eles se sentirem bem recebidos quando visitassem o King Power Stadium) e manteve o plantel sempre focado, "afinando" a defesa (pizzas em troca de clean sheets) em 2016. Incutiu a crença, a determinação, a garra e a solidariedade constante que caracterizou o Leicester City, e teve a arte e o engenho de simplificar. Fez magia.
Pochettino colocou o Tottenham a jogar um futebol de encher o olho, com muito trabalho de casa (os spurs foram a equipa em que se viu processualmente mais "dedo de treinador") e nesta altura não restam dúvidas do futuro brilhante que o técnico argentino tem pela frente. Slaven Bilic correspondeu exactamente às nossas expectativas, com um West Ham entusiasmante e talhado para os jogos grandes (na próxima época, os hammers têm o estádio Olímpico como nova casa e será muito interessante acompanhar o crescimento de um projecto bem estruturado nos próximos anos), enquanto que Eddie Howe e Quique Flores fizeram trabalhos meritórios no Bournemouth e Watford. O Watford de Quique realizou uma 1.ª volta impressionante, e é completamente absurdo o facto da Direcção ter abdicado dos serviços do espanhol, e Howe, com um plantel limitado, várias adversidades e uma ideia de jogo ambiciosa, comprovou porque é que é um dos jovens treinadores com mais margem da actualidade. Destaque ainda para mais um sensacional trabalho de Koeman, e para as boas rectas finais de Allardyce no Sunderland e Guidolin no Swansea.
Pochettino colocou o Tottenham a jogar um futebol de encher o olho, com muito trabalho de casa (os spurs foram a equipa em que se viu processualmente mais "dedo de treinador") e nesta altura não restam dúvidas do futuro brilhante que o técnico argentino tem pela frente. Slaven Bilic correspondeu exactamente às nossas expectativas, com um West Ham entusiasmante e talhado para os jogos grandes (na próxima época, os hammers têm o estádio Olímpico como nova casa e será muito interessante acompanhar o crescimento de um projecto bem estruturado nos próximos anos), enquanto que Eddie Howe e Quique Flores fizeram trabalhos meritórios no Bournemouth e Watford. O Watford de Quique realizou uma 1.ª volta impressionante, e é completamente absurdo o facto da Direcção ter abdicado dos serviços do espanhol, e Howe, com um plantel limitado, várias adversidades e uma ideia de jogo ambiciosa, comprovou porque é que é um dos jovens treinadores com mais margem da actualidade. Destaque ainda para mais um sensacional trabalho de Koeman, e para as boas rectas finais de Allardyce no Sunderland e Guidolin no Swansea.
Clube-Sensação: Leicester City
Desilusão: Chelsea
Most Improved Player: 1. Jamie Vardy, 2. Danny Drinkwater, 3. Eric Dier
Reforço do Ano: N'Golo Kanté (Leicester City) | Dimitri Payet (West Ham)
Flop do Ano: Radamel Falcao (Chelsea)
Melhor Golo: Jamie Vardy (Leicester City 2 - 0 Liverpool) (Link)