Barclays Premier League - O ano depois do milagre, é assim que deve ser encarada esta Premier League, na sequência do conto de fadas do Leicester City. O campeonato mais competitivo e entusiasmante (as equipas jogam para ganhar, privilegiam o ataque concedendo mais espaços e "partindo" o jogo, num ritmo frenético em que quase todas as equipas quando em casa querem ser donas do jogo) da Europa é este ano um sonho em termos de treinadores. Quase que se pode dizer que só lá falta Simeone. José Mourinho e Pep Guardiola iniciam novos ciclos na mesma cidade (Manchester), fazendo-se acompanhar pelo recém-chegado Antonio Conte, e contando ainda com treinadores de qualidade como Klopp, Pochettino, Wenger, Ranieri, Bilic ou Koeman.
O melhor desta Premier League, Liga com orçamentos astronómicos graças aos direitos televisivos (mérito de todos os intervenientes que contribuem para um produto sem igual), é que inevitavelmente haverá várias equipas a falhar os seus objectivos: o fenómeno Leicester ajudou os clubes pequenos a perceberem que não há impossíveis, e se poucos dirão à partida que são candidatos ao título, inúmeras são as equipas que terão definido internamente o Top-4 como objectivo. Mas não há espaço para todos. Numa prova de regularidade na qual é bem difícil ganhar 4 ou 5 jogos consecutivos, pode fazer diferença na tabela a total ausência de competições europeias por parte de Chelsea e Liverpool, que lutarão contra os favoritos Manchester United e Manchester City. O Arsenal de Wenger parte para a nova época com os mesmos prós e contras do costume, para o Leicester - com presença na fase de grupos da Champions - ficar nos 8 primeiros será um resultado positivo, e depois muita atenção à ambição do West Ham e Everton, bem como do Southampton. No meio disto, há ainda uma equipa jovem orientada pelo fantástico Pochettino, que encantou com o seu futebol em 2015/ 16 e que mantém a harmonia, com o tempo a jogar a seu favor. Muitos pontos perdidos, jogos grandes todas as jornadas, e uma alternância de loucos na tabela é tudo o que se pode esperar. Mas o melhor da Premier é que, mesmo quando esperamos algo, acontece sempre algo que quase ninguém previa.
Recordamos que Aston Villa, Newcastle e Norwich foram as três equipas despromovidas, dando lugar a Burnley, Middlesbrough e Hull City; em termos de jogadores, Ibrahimovic, Pogba, Mkhitaryan, Xhaka, Sané, Feghouli, Nolito, Llorente e Musa são alguns dos novos ingredientes deste cocktail de imprevisibilidade, a que se juntaram várias transferências internas (casos de Mané, Wijnaldum, Stones, Kanté, Ayew e Townsend).
Sem mais demoras, viajem connosco nesta Antevisão da Premier League 2016/ 17, equipa a equipa:
Obrigação: vencer. O Manchester United, depois de vários anos em que perdeu fulgor entre a nata dos grandes europeus, apostou no português José Mourinho, e conseguiu (o fair-play financeiro praticamente não existe para clubes com a dimensão comercial de United ou Real Madrid) oferecer-lhe um plantel de sonho, com as 3 maiores contratações do defeso em Inglaterra a rumarem todas ao teatro dos sonhos, Old Trafford.
Vamos por partes. Depois de ficar em 7.º, 4.º e 5.º nas últimas 3 edições, achamos muito difícil que o United desta vez não fique num dos dois primeiros lugares, com o troféu a ficar muito provavelmente em Manchester. As vantagens do United são várias: Mourinho conhece muitíssimo bem o futebol inglês, tendo já vencido a Premier por 3 ocasiões; os red devils estarão focados quase só no campeonato (veremos que importância é dada à Liga Europa, na qual haverá muita gestão); e há ainda o factor Zlatan (é impressionante, mas entre 2001/ 02 e 2015/ 16, o sueco foi sempre campeão por onde passou, incluindo Ajax, Juventus, Inter, Barcelona, AC Milan e PSG, excepção feita às temporadas de 2002/ 03 e 2011/ 12). Ibrahimovic, com 34 anos mas uma ambição e fome de triunfar inesgotáveis, é apenas uma das novidades da equipa, que conta também com o arménio Mkhitaryan (será ele o principal criador de oportunidades e a força criativa) e com o agora jogador mais caro da História do futebol, o regressado a casa Paul Pogba.
De Gea é, para nós e hoje em dia, o melhor guarda-redes a actuar em Inglaterra, a dupla Smalling-Bailly pode ter um crescimento interessante, e Luke Shaw desde que não se lesione, tem tudo para explodir. Por esta altura a única questão prende-se com o médio que jogará ao lado de Pogba (Carrick, Ander Herrera, Schneiderlin, Fellaini, Blind ou mais um reforço?), podendo Martial e Depay revezar-se no corredor esquerdo, e Rooney tornar-se o novo melhor amigo de Ibrahimovic, ambos magnificamente servidos por Mkhitaryan, que terá a concorrência do jovem Lingard, cujo talento nos tem surpreendido. Em relação a outro jovem, Rashford, treinar diariamente com Ibra e Rooney é o melhor que lhe poderia acontecer nesta fase.
Estamos convictos que o título será de Mourinho ou Guardiola, mas apostamos tangencialmente no United. Uma coisa é certa: o verdadeiro Manchester United está de volta. E quer ganhar. Já.
Treinador: José Mourinho
Onze-Base (4-2-3-1): De Gea; Valencia, Smalling, Bailly, Shaw; Pogba, Carrick; Mkhitaryan, Rooney, Martial; Ibrahimovic
Atenção a: Zlatan Ibrahimovic, Henrikh Mkhitaryan, Wayne Rooney, David De Gea, Paul Pogba
MANCHESTER CITY (2)
Pep Guardiola. Duas palavras que prometem revolucionar o futebol inglês, e marcar o início dum novo ciclo no Manchester City. Como Jamie Carragher escreveu há dias num jornal britânico, este momento para o City pode-se equivaler à importância da chegada de Cruyff para treinar e pensar o Barcelona a partir de 1988. Guardiola, para nós provavelmente o melhor treinador do mundo, é um visionário, criador de tendências e alguém para quem o futebol e as suas ideias estão em constante mutação (um dos poucos problemas de Pep, capaz de transformar jogadores e arriscar coisas impensáveis, é apenas o facto de às vezes inventar ou complicar demais o que poderia ser simples). Se acima mencionámos o registo de Zlatan (13 campeonatos em 15 anos), Guardiola ganhou 6 campeonatos em 7 épocas de treinador, acumulando nesse período 21 troféus, média de 3 por época portanto.
Pep Guardiola. Duas palavras que prometem revolucionar o futebol inglês, e marcar o início dum novo ciclo no Manchester City. Como Jamie Carragher escreveu há dias num jornal britânico, este momento para o City pode-se equivaler à importância da chegada de Cruyff para treinar e pensar o Barcelona a partir de 1988. Guardiola, para nós provavelmente o melhor treinador do mundo, é um visionário, criador de tendências e alguém para quem o futebol e as suas ideias estão em constante mutação (um dos poucos problemas de Pep, capaz de transformar jogadores e arriscar coisas impensáveis, é apenas o facto de às vezes inventar ou complicar demais o que poderia ser simples). Se acima mencionámos o registo de Zlatan (13 campeonatos em 15 anos), Guardiola ganhou 6 campeonatos em 7 épocas de treinador, acumulando nesse período 21 troféus, média de 3 por época portanto.
A questão é, mesmo que Guardiola o negue, este é por larga margem o maior desafio da sua carreira. O Manchester City tem um plantel incrível, e revelou neste defeso preocupação em preparar o futuro (Zinchenko, Moreno, Stones, Sané e Gabriel Jesus), mas o que Guardiola tirará do trio já presente, De Bruyne (candidato a MVP desta Premier), Agüero e Silva, deixa-nos com água na boca. Ao contrário do United com Mourinho, neste caso há uma adaptação a ser feita (será Guardiola, obcecado pelo controlo do jogo e da bola, a adaptar-se ao mais louco e imprevisível futebol do mundo, ou a Premier a adaptar-se aos princípios de Guardiola?) e ao longo da temporada veremos muitas experiências: Kolarov já arrancou a época a central, Guardiola referiu que adora Fernandinho por poder fazer todas as posições, e temos o feeling que David Silva pegará no jogo mais atrás.
Parece-nos que o defeso ainda não terminou para o City - pelo menos um guarda-redes (Bravo seria uma enorme contratação) e talvez um lateral devem chegar - mas para já temos as maiores expectativas para De Bruyne, Agüero e Silva, acreditando que entre os reforços, Stones crescerá muito, Sané pode tornar-se um caso sério nas mãos do novo treinador, e importa não esquecer o alemão Gündogan, brevemente disponível. Não sabemos o que acontecerá a Nasri ou Navas, mas Nolito, Sterling e Iheanacho prometem agitar o futebol inglês orientados pelo novo treinador.
Que ele percebe do jogo como ninguém, e vê o que poucos conseguem, não duvidem. Mas na Premier muitas vezes a lógica não impera, e por isso é que este é o maior teste da carreira dum génio chamado Guardiola.
Treinador: Pep Guardiola
Onze-Base (4-1-4-1): Hart; Sagna, Stones, Otamendi, Clichy; Fernandinho; De Bruyne, Gündogan, Silva, Sané (Nolito, Sterling); Agüero
Atenção a: Kevin De Bruyne, Kun Agüero, David Silva, Leroy Sané, Ilkay Gündogan
Aquele Chelsea perdido de ideias parece estar longe. A chegada do italiano Antonio Conte a Stamford Bridge deve originar o regresso ao nível de 2014/ 15, embora com uma paixão pelo jogo típica do ex-seleccionador de Itália, homem que não se coíbe de festejar os golos com a massa adepta. O raciocínio é simples: com Conte, e sem Europa, este Chelsea terá maior organização, com o bloco defensivo a ser afinado durante os próximos meses, maior confiança entre os jogadores e, por tudo isto, maior rendimento.
Com o actual elenco o mais lógico é Conte colocar a equipa num 4-3-3 ou 4-2-3-1, embora não seja de todo impossível uma equipa assente em 3 centrais, caso os blues identifiquem no mercado um novo defesa central. Certo é que tendo N'Golo Kanté (estamos gratos por ter continuado no futebol inglês) e Matic, será muito difícil para qualquer equipa ganhar meio-campo ao Chelsea, soltando os criativos Hazard, Willian e Fàbregas ou Oscar. De Hazard espera-se tudo, voltando a exibir-se ao nível dos melhores do mundo, desbloqueando jogos com a sua habilidade individual e porventura conseguindo mais golos do que nunca. A regularidade de Willian já é conhecida, Conte parece gostar de Oscar, tem Cuadrado e Pedro, e veremos que papel terá Fàbregas, agora que já não é necessária a sua contribuição no duplo pivot.
Embora fique a ideia que o Chelsea deve começar a rejuvenescer a sua defesa (importa não esquecer que há Zouma, a recuperar de lesão grave), temos também a sensação que ainda chegará um avançado (Lukaku?) para o qual está guardada a camisola 9. Seja como for, há Diego Costa e o reforço Batshuayi.
A capacidade de Conte em unir a equipa e agregar tudo à sua volta deve chegar para que este Chelsea volte a estar na luta pelo título, sendo favorito a terminar no Top-4. A equipa deve apresentar em campo maior harmonia, maior objectividade e intensidade na procura do golo, com transições bem trabalhadas mas um equilíbrio constante graças a um modelo em que os jogadores se mantêm numa estrutura compacta.
Treinador: Antonio Conte
Onze-Base (4-3-3): Courtois; Ivanovic, Terry, Cahill, Azpilicueta; Matic, Kanté, Fàbregas (Oscar); Willian, Hazard, Diego Costa
Atenção a: Eden Hazard, N'Golo Kanté, Willian, Cesc Fàbregas, Matic
Novo ano, novo "acreditar" para os adeptos do Liverpool. Os reds têm em Klopp a esperança de que o tão almejado título seja possível, já que o alemão é um autêntico apaixonado pelo futebol espectáculo. Não sendo perfeito tacticamente (nem o quer ser), tem o dom de transmitir garra, crer e paixão aos jogadores. E isso vê-se em campo. O Boss entrou já a meio do ano passado, mas é este ano que podemos dizer - esta já é a sua equipa. Limpou a casa (Skrtel e Touré saíram, fazendo bom dinheiro com Allen e Ibe, e parece-nos que falta apenas contratar um lateral-esquerdo titular), renovou a confiança de Lovren, contratando ainda o experiente central Ragnar Klavan e ainda Joël Matip. Embora ainda não seja certa a aposta em Klavan, é o estoniano que parte em vantagem no onze. Mas será legítimo falar em onze base nesta equipa do Liverpool? A quantidade aliada à qualidade que existe neste plantel é tão vasta que Klopp vai ter imensas dores de cabeça para gerir tanto talento junto. Mas a verdade é que se conseguir conjugar tudo, deixando o grupo apaixonado pelo futebol praticado (praticamente certo), os resultados só podem ser bons.
Acontecerão certamente algumas desconcentrações no sector defensivo, naturais com a equipa balanceada para o meio-campo adversário. Mas assim é o futebol de Klopp (não o melhor mas o nosso treinador preferido), contagiante e asfixiante. Um treinador que é quase um irmão para todos os seus pupilos e que vibra com os golos como se fosse ele a marcar. Prevemos muitos óculos perdidos como naquele hino ao futebol no Emirates (3-4), no passado Domingo.
As soluções ofensivas são imensas. Benteke parece ter guia de marcha, mas ainda sobram os irreverentes Sturridge, Origi e Ings... E nenhum deles parece ser 1.ª opção do técnico. O lugar é dado a Firmino numa frente móvel com Coutinho e Mané. O centro de terreno parece um esquadrão suicida, mas tudo o que não envolva risco é tédio para Klopp. Para o alemão, o tiki-taka não é solução. Não transmite a magia do futebol. Jürgen quer velocidade, luta e vertigem. Quer paixão e alegria na cara dos seus jogadores e, principalmente, na dos seus adeptos. Assim sendo, é muito provável que repita o meio-campo que apresentou contra o Arsenal por mais ocasiões - Henderson, Lallana e Wijnaldum parecem ser os escolhidos, embora Can e Milner terão certamente muitos minutosn, sem esquecer Grujic. O tridente Mané, Coutinho e Firmino parece ser demolidor e são estes três que destacamos de toda a equipa. Capazes de desequilibrar até no último minuto de jogo serão sempre um caso sério. Principalmente Coutinho que tem magia nos pés. Capaz de marcar um golaço quando o jogo parece estar cada vez mais pendente para o lado adversário, capaz de rasgar uma defesa toda com um passe magistral ou com um drible desconcertante. Já Mané é um animal selvagem. Um predador autêntico, cheio de ousadia e com a força de um Mustang. Embora o grande destaque seja este trio, acreditamos que Wijnaldum seja extremamente importante, assim como Loris Karius. O alemão recupera de uma fractura da mão e quando recuperar é bem provável que encoste Mignolet, já que o belga teima em ser inconstante. Numa equipa como esta, é importante ter um guarda-redes que segure o resultado fazendo o possível e por vezes o impossível. Mignolet não é capaz disso e acreditamos que o alemão seja.
Novo ano, novo "acreditar" para os adeptos do Liverpool. Os reds têm em Klopp a esperança de que o tão almejado título seja possível, já que o alemão é um autêntico apaixonado pelo futebol espectáculo. Não sendo perfeito tacticamente (nem o quer ser), tem o dom de transmitir garra, crer e paixão aos jogadores. E isso vê-se em campo. O Boss entrou já a meio do ano passado, mas é este ano que podemos dizer - esta já é a sua equipa. Limpou a casa (Skrtel e Touré saíram, fazendo bom dinheiro com Allen e Ibe, e parece-nos que falta apenas contratar um lateral-esquerdo titular), renovou a confiança de Lovren, contratando ainda o experiente central Ragnar Klavan e ainda Joël Matip. Embora ainda não seja certa a aposta em Klavan, é o estoniano que parte em vantagem no onze. Mas será legítimo falar em onze base nesta equipa do Liverpool? A quantidade aliada à qualidade que existe neste plantel é tão vasta que Klopp vai ter imensas dores de cabeça para gerir tanto talento junto. Mas a verdade é que se conseguir conjugar tudo, deixando o grupo apaixonado pelo futebol praticado (praticamente certo), os resultados só podem ser bons.
Acontecerão certamente algumas desconcentrações no sector defensivo, naturais com a equipa balanceada para o meio-campo adversário. Mas assim é o futebol de Klopp (não o melhor mas o nosso treinador preferido), contagiante e asfixiante. Um treinador que é quase um irmão para todos os seus pupilos e que vibra com os golos como se fosse ele a marcar. Prevemos muitos óculos perdidos como naquele hino ao futebol no Emirates (3-4), no passado Domingo.
As soluções ofensivas são imensas. Benteke parece ter guia de marcha, mas ainda sobram os irreverentes Sturridge, Origi e Ings... E nenhum deles parece ser 1.ª opção do técnico. O lugar é dado a Firmino numa frente móvel com Coutinho e Mané. O centro de terreno parece um esquadrão suicida, mas tudo o que não envolva risco é tédio para Klopp. Para o alemão, o tiki-taka não é solução. Não transmite a magia do futebol. Jürgen quer velocidade, luta e vertigem. Quer paixão e alegria na cara dos seus jogadores e, principalmente, na dos seus adeptos. Assim sendo, é muito provável que repita o meio-campo que apresentou contra o Arsenal por mais ocasiões - Henderson, Lallana e Wijnaldum parecem ser os escolhidos, embora Can e Milner terão certamente muitos minutosn, sem esquecer Grujic. O tridente Mané, Coutinho e Firmino parece ser demolidor e são estes três que destacamos de toda a equipa. Capazes de desequilibrar até no último minuto de jogo serão sempre um caso sério. Principalmente Coutinho que tem magia nos pés. Capaz de marcar um golaço quando o jogo parece estar cada vez mais pendente para o lado adversário, capaz de rasgar uma defesa toda com um passe magistral ou com um drible desconcertante. Já Mané é um animal selvagem. Um predador autêntico, cheio de ousadia e com a força de um Mustang. Embora o grande destaque seja este trio, acreditamos que Wijnaldum seja extremamente importante, assim como Loris Karius. O alemão recupera de uma fractura da mão e quando recuperar é bem provável que encoste Mignolet, já que o belga teima em ser inconstante. Numa equipa como esta, é importante ter um guarda-redes que segure o resultado fazendo o possível e por vezes o impossível. Mignolet não é capaz disso e acreditamos que o alemão seja.
Treinador: Jürgen Klopp
Onze-Base (4-3-3): Karius (Mignolet); Clyne, Lovren, Klavan (Matip), Moreno; Henderson (Can), Wijnaldum, Lallana (Milner); Mané, Coutinho, Firmino (Sturridge)
Atenção a: Coutinho, Sadio Mané, Roberto Firmino, Georginio Wijnaldum, Loris Karius
TOTTENHAM (5)
Causa-nos alguma confusão apontarmos o Tottenham apenas ao 5.º lugar, mas a força do duo de Manchester, e a total ausência de competições europeias de Chelsea e Liverpool podem atirar a equipa que melhor futebol praticou em 2015/ 16 para fora do Top-4. Se noutros clubes se recomendava uma abordagem forte no mercado, ao Tottenham pede-se apenas tempo - o plantel é muito jovem (o mais jovem na época passada) e por isso estes jogadores precisam de continuar a crescer juntos, estando o projecto bem entregue a Pochettino, pouco valorizado mas um dos melhores treinadores da actualidade.
A verdade é que os spurs mantêm exactamente o mesmo 11, com uma defesa que não perde para nenhuma outra em comparações, e jogadores como Dele Alli ou Eriksen no apoio a Harry Kane, melhor marcador da temporada passada com 25 golos.
Tudo o que se pode esperar é bom futebol, com jogadores que sabem o que fazer à bola e onde têm que estar, imprimindo uma dinâmica e uma intensidade extraordinárias. Pode dar-se o caso da equipa voltar a quebrar quando as coisas não estiverem a correr de feição, como na recta final de 15/ 16, mas para que tal não aconteça é necessário não só um amadurecimento desta juventude, como uma ou duas contratações capazes de retirar algum peso dos ombros do 11 base. O holandês Vincent Janssen (muito, muito potencial) e o portentoso Wanyama foram adquiridos precisamente nesse sentido. Ter Dembélé ao nível da temporada passada fará toda a diferença, ele que falha as primeiras jornadas, mas todos sabemos o que podem dar Kane, Alli, Eriksen, Lamela, Dier e aquele quarteto defensivo de luxo, numa fase do seu desenvolvimento como jogadores em que cada ano que passa é uma coisa boa. É fácil de adivinhar o futebol espectáculo, a classificação final, nem por isso.
A verdade é que os spurs mantêm exactamente o mesmo 11, com uma defesa que não perde para nenhuma outra em comparações, e jogadores como Dele Alli ou Eriksen no apoio a Harry Kane, melhor marcador da temporada passada com 25 golos.
Tudo o que se pode esperar é bom futebol, com jogadores que sabem o que fazer à bola e onde têm que estar, imprimindo uma dinâmica e uma intensidade extraordinárias. Pode dar-se o caso da equipa voltar a quebrar quando as coisas não estiverem a correr de feição, como na recta final de 15/ 16, mas para que tal não aconteça é necessário não só um amadurecimento desta juventude, como uma ou duas contratações capazes de retirar algum peso dos ombros do 11 base. O holandês Vincent Janssen (muito, muito potencial) e o portentoso Wanyama foram adquiridos precisamente nesse sentido. Ter Dembélé ao nível da temporada passada fará toda a diferença, ele que falha as primeiras jornadas, mas todos sabemos o que podem dar Kane, Alli, Eriksen, Lamela, Dier e aquele quarteto defensivo de luxo, numa fase do seu desenvolvimento como jogadores em que cada ano que passa é uma coisa boa. É fácil de adivinhar o futebol espectáculo, a classificação final, nem por isso.
Treinador: Mauricio Pochettino
Onze-Base (4-2-3-1): Lloris; Walker, Alderweireld, Vertonghen, Rose; Dier, Dembélé (Wanyama); Lamela, Alli, Eriksen; Kane
Atenção a: Harry Kane, Dele Alli, Christian Eriksen, Moussa Dembélé, Toby Alderweireld
ARSENAL (6)
O eterno 4.º classificado, que até ficou em segundo em 2015/ 16. Podemos naturalmente estar enganados, mas não acreditamos que este ano consigam mais que um quinto ou sexto lugar. O clube do Norte de Londres bem tenta contratar uma estrela para o ataque, mas parece que nem o dinheiro seduz os jogadores pretendidos. Assim sendo, Wenger tem que se contentar com Granit Xhaka e com todo o plantel (bastante bom, diga-se de passagem) que tem.
É complicado uma equipa que ano após ano quer o título, acabando por fraquejar e vacilar no decorrer da prova (no ano mágico do Leicester, com vários "grandes" irreconhecíveis, Arsenal e Tottenham não conseguiram aproveitar) ou perto do fim. É frustante e desgastante para os jogadores. E é por essa mesma razão que não acreditamos muito neste Arsenal. É provável que o paradigma só mude com uma chicotada psicológica agressiva com a saída de Arsène Wenger. Porém, essa parece-nos uma realidade bem distante.
Será uma equipa novamente a praticar bom futebol, mas - para além de fraquejar em jogos decisivos - é provável que deslize mais vezes durante a época mostrando um futebol um pouco mais irregular. Ainda assim, quem tem estrelas como Alexis Sánchez, Özil, Xhaka, Cazorla ou Ramsey tem futebol espectáculo garantido. No Emirates, a bola é sempre respeitada, e esperamos golos e muita imprevisibilidade de Sánchez (quão brutal ele estiver, pode fazer diferença na tabela), assistências do mago Mesut, e muita regularidade exibicional do trio Xhaka, Cazorla e Ramsey. Claro que há ainda nomes como Cech e Bellerín no onze, e áses como Oxlade-Chamberlain, Iwobi e Walcott como soluções secundárias. Para nós, tudo dependerá de dois factores: a chegada ou não de um avançado de topo (Giroud não chega, já deu para perceber), que não é tão certa, e a chegada de uma onda de lesões no decorrer da época, atormentando o clube como é tradicional, e isso é mais certo, infelizmente.
Treinador: Arsène Wenger
Onze-Base (4-2-3-1): Cech; Bellerín, Mertesacker, Koscielny, Monreal; Xhaka, Cazorla; Ramsey, Özil, Sánchez; Giroud
Atenção a: Alexis Sánchez, Mesut Özil, Héctor Bellerín, Granit Xhaka, Aaron Ramsey
LEICESTER CITY (7)
O campeão em título. Depois de nos darem uma história para contar aos netos, os foxes não têm qualquer pressão esta época, na qual disputarão também a Champions League. A presente temporada pode servir de ponto de viragem para o Leicester, caso o clube consiga passar a terminar regularmente no Top-8, e qualquer lugar dentro dos oito primeiros será um bom resultado para a equipa de Ranieri, agora encarada de forma diferente pelas outras equipas, sem o efeito-surpresa. O clube perdeu o jogador que permitia ao clube ter 12 jogadores em campo - N'Golo Kanté - mas segurou Vardy, e até ver Mahrez (Jogador do Ano da PFA em 2015/ 16, e que falhará a Premier League em Janeiro quando estiver ao serviço da Argélia) continua no plantel. Parece-nos que a quebra não será significativa, conseguindo o Leicester manter-se entre os melhores (entre 6.º e 9.º possivelmente), embora com uma performance defensiva abaixo do ano anterior. Nampalys Mendy chegou para tentar fazer de Kanté, Ahmed Musa foi o maior reforço do clube - ainda não percebemos se funcionará melhor a fazer dupla com Vardy ou no corredor esquerdo - e as expectativas continuam altíssimas para os amigos Jamie Vardy e Riyad Mahrez, prontos para continuar a semear o terror nas defesas adversárias.
O King Power Stadium deve continuar uma fortaleza, e o ADN da equipa de Ranieri permanecerá - enorme capacidade de sacrifício e humildade, transições vertiginosas e muita electricidade (Vardy e Mahrez estão sempre ligados à corrente, e Musa entrará no comprimento de onda, havendo ainda os jovens Gray e Kapustka).
Treinador: Claudio Ranieri
Onze-Base (4-4-2): Schmeichel; Simpson, Morgan, Huth, Fuchs; Mendy, Drinkwater, Mahrez, Musa; Okazaki, Vardy
Atenção a: Jamie Vardy, Riyad Mahrez, Ahmed Musa, Nampalys Mendy, Danny Drinkwater
WEST HAM (8)
Agora no estádio Olímpico de Londres, o West Ham quer escrever novas páginas na sua História e, depois do 6.º lugar em 2015/ 16 (embora os hammers tenham lutado até ao fim por um lugar no Top-4) a tendência é continuar a crescer, com a Champions em ponto de mira. O problema é a elevada concorrência, que torna absolutamente imprevisível a ordem deste nosso Top-10.
Embora Dimitri Payet, um dos destaques do Euro-2016, continue a ser a estrela da companhia, a qualidade ao dispor de Bilic aumentou com as aquisições de Feghouli, André Ayew, Calleri e Töre, sem esquecer Nordtveit, Ashley Fletcher e Masuaku, este último responsável por fazer de Cresswell nos primeiros meses de competição. A presença na fase de grupos da Liga Europa - o West Ham está a 2 jogos com o Astra Giurgiu de se qualificar - terá o seu peso na gestão da época, embora o plantel tenha soluções suficientes para que Bilic possa rodar.
Veremos se o West Ham consegue manter-se como um papa-grandes sistemático, agigantando-se nos jogos contra os principais candidatos ao título como em 2015/ 16, numa época em que esperamos muito do tridente Payet, Ayew e Feghouli (atenção ao mês de Janeiro, com Feghouli e Ayew na CAN). Michail Antonio deve jogar todo o ano a lateral-direito, na defesa a saída de Tomkins pode ajudar a evoluir o precoce Reece Oxford, no ataque torcemos para uma rápida adaptação do talentoso Calleri e quem tem Noble e Kouyaté sabe que entra sempre em campo com muito pulmão, músculo e alma. Mas atenção, ainda deve faltar pelo menos 1 reforço a este elenco.
Embora Dimitri Payet, um dos destaques do Euro-2016, continue a ser a estrela da companhia, a qualidade ao dispor de Bilic aumentou com as aquisições de Feghouli, André Ayew, Calleri e Töre, sem esquecer Nordtveit, Ashley Fletcher e Masuaku, este último responsável por fazer de Cresswell nos primeiros meses de competição. A presença na fase de grupos da Liga Europa - o West Ham está a 2 jogos com o Astra Giurgiu de se qualificar - terá o seu peso na gestão da época, embora o plantel tenha soluções suficientes para que Bilic possa rodar.
Veremos se o West Ham consegue manter-se como um papa-grandes sistemático, agigantando-se nos jogos contra os principais candidatos ao título como em 2015/ 16, numa época em que esperamos muito do tridente Payet, Ayew e Feghouli (atenção ao mês de Janeiro, com Feghouli e Ayew na CAN). Michail Antonio deve jogar todo o ano a lateral-direito, na defesa a saída de Tomkins pode ajudar a evoluir o precoce Reece Oxford, no ataque torcemos para uma rápida adaptação do talentoso Calleri e quem tem Noble e Kouyaté sabe que entra sempre em campo com muito pulmão, músculo e alma. Mas atenção, ainda deve faltar pelo menos 1 reforço a este elenco.
Treinador: Slaven Bilic
Onze-Base (4-2-3-1): Adrián; Antonio, Reid, Ogbonna, Cresswell (Masuaku); Noble, Kouyaté; Feghouli, Ayew, Payet; Carroll
Atenção a: Dimitri Payet, Sofiane Feghouli, André Ayew, Michail Antonio, Aaron Cresswell
EVERTON (9)
O dinheiro transformou o clube de Liverpool, novo tubarão nesta piscina que é a Premier League. Depois de já contarem com jogadores como Lukaku e Barkley e de terem ainda assim decepcionado no ano anterior com Roberto Martínez, os dirigentes do clube deram um murro na mesa e decidiram fazer uma mudança. Tudo começou num heist que retirou Koeman ao Southampton, acenando com milhões ao holandês, para o próprio e para o reforço do plantel (até ver, acertado).
Pescar Stekelenburg, Ashley Williams e Bolasie aos rivais foi inteligente e cirúrgico. Não estamos convencidos relativamente à continuidade do belga Lukaku (se ficar, aumenta as chances dos toffees subirem na tabela), parecendo-nos provável que ainda chegue um guarda-redes, um defesa central e, caso Lukaku saia, um grande avançado a Goodison Park.
Uma das nuances mais interessantes deste Everton de Koeman poderá ser a versatilidade táctica: com o elenco actual a equipa parece feita para ter Bolasie e Deulofeu no apoio a Lukaku, mas o facto de contar com Jagielka, Ashley Williams e Funes Mori, querendo ainda contratar Koné ao Sunderland, leva-nos a crer num 3-5-2 ou 3-4-3 em muitos jogos do futuro. O esqueleto faz, de resto, todo o sentido, numa equipa que tem Coleman e Baines, aproximando assim Ross Barkley (este é o ano dele!) e Bolasie (vai marcar mais golos) da baliza.
Esperam-se reforços de peso até final de Agosto, e também consoante a versão final deste plantel, a época deste Everton pode oscilar entre uma classificação final de 6.º ou 9.º.
Pescar Stekelenburg, Ashley Williams e Bolasie aos rivais foi inteligente e cirúrgico. Não estamos convencidos relativamente à continuidade do belga Lukaku (se ficar, aumenta as chances dos toffees subirem na tabela), parecendo-nos provável que ainda chegue um guarda-redes, um defesa central e, caso Lukaku saia, um grande avançado a Goodison Park.
Uma das nuances mais interessantes deste Everton de Koeman poderá ser a versatilidade táctica: com o elenco actual a equipa parece feita para ter Bolasie e Deulofeu no apoio a Lukaku, mas o facto de contar com Jagielka, Ashley Williams e Funes Mori, querendo ainda contratar Koné ao Sunderland, leva-nos a crer num 3-5-2 ou 3-4-3 em muitos jogos do futuro. O esqueleto faz, de resto, todo o sentido, numa equipa que tem Coleman e Baines, aproximando assim Ross Barkley (este é o ano dele!) e Bolasie (vai marcar mais golos) da baliza.
Esperam-se reforços de peso até final de Agosto, e também consoante a versão final deste plantel, a época deste Everton pode oscilar entre uma classificação final de 6.º ou 9.º.
Treinador: Ronald Koeman
Onze-Base (4-3-3): Stekelenburg; Coleman, Jagielka, A. Williams, Baines; Gueye, McCarthy, Barkley; Deulofeu, Bolasie, Lukaku
Atenção a: Ross Barkley, Romelu Lukaku, Yannick Bolasie, Seamus Coleman, Ashley Williams
SOUTHAMPTON (10)
A saída de Koeman para o adversário directo Everton foi uma surpresa, e o clube da cidade portuária, que agora é patrocinado pela Virgin, surpreendeu ao escolher o francês Claude Puel (bom trabalho no Nice). Considerando que Pochettino e Koeman foram as últimas escolhas, a Direcção merece todo e qualquer benefício da dúvida. Como tem sido recorrente nos últimos anos, alguns jogadores foram vendidos - Wanyama transferiu-se para o Tottenham, Mané para o Liverpool e Pellè rumou à China. A abordagem ao mercado tem sido relativamente tímida, com Redmond e Hojbjerg a serem as principais novidades, juntando-se a estes Pied e Alex McCarthy. Verdade seja dita, há vários jogadores que já estão no clube e têm muito mais para dar (Austin só agora deve começar a sério nos saints, Jay Rodriguez é um dos melhores da equipa caso consiga provar que está fisicamente apto, e mesmo Clasie, Ward-Prowse e Reed têm tudo para se desenvolver).
Com Puel, a ideia de jogo deve alterar-se um pouco, estando o francês a tentar implementar um 4-4-2 losango, capaz de oferecer ao sérvio Tadic (esperamos muito dele) o papel de nº 10 da equipa, e acreditando que Nathan Redmond pode ser opção na dupla de avançados. Mesmo que Redmond comece aí, tendo Austin e Long, o mais provável é o extremo contratado ao Norwich com o decorrer da época ocupar uma faixa. A defesa continua a mesma, com o holandês Virgil van Dijk a ser o jogador em relação ao qual temos maiores expectativas, e caso não haja saídas nesse sector não deve haver mexidas, embora pareçam faltar reforços para o ataque, para que o Southampton tenha um plantel ao nível dos últimos anos.
Nas últimas temporadas o Southampton tem melhorado sempre (8.º em 2013/ 14, 7.º em 2014/ 15 6.º em 2015/ 16) mas não só o quinto lugar parece bastante difícil, como a apertada concorrência pode atirar a equipa dos portugueses e campeões europeus Cédric e José Fonte para a cauda deste Top-10. Mas já sabem, a ordem destes dez é um exercício de loucos, com uma potencial ausência de qualquer uma destas equipas dos 10 primeiros lugares a representar um tremendo falhanço, e a presença no Top-10 duma das dez equipas que colocamos do 11.º ao 20.º lugar a significar forçosamente uma época sensacional.
Com Puel, a ideia de jogo deve alterar-se um pouco, estando o francês a tentar implementar um 4-4-2 losango, capaz de oferecer ao sérvio Tadic (esperamos muito dele) o papel de nº 10 da equipa, e acreditando que Nathan Redmond pode ser opção na dupla de avançados. Mesmo que Redmond comece aí, tendo Austin e Long, o mais provável é o extremo contratado ao Norwich com o decorrer da época ocupar uma faixa. A defesa continua a mesma, com o holandês Virgil van Dijk a ser o jogador em relação ao qual temos maiores expectativas, e caso não haja saídas nesse sector não deve haver mexidas, embora pareçam faltar reforços para o ataque, para que o Southampton tenha um plantel ao nível dos últimos anos.
Nas últimas temporadas o Southampton tem melhorado sempre (8.º em 2013/ 14, 7.º em 2014/ 15 6.º em 2015/ 16) mas não só o quinto lugar parece bastante difícil, como a apertada concorrência pode atirar a equipa dos portugueses e campeões europeus Cédric e José Fonte para a cauda deste Top-10. Mas já sabem, a ordem destes dez é um exercício de loucos, com uma potencial ausência de qualquer uma destas equipas dos 10 primeiros lugares a representar um tremendo falhanço, e a presença no Top-10 duma das dez equipas que colocamos do 11.º ao 20.º lugar a significar forçosamente uma época sensacional.
Treinador: Claude Puel
Onze-Base (4-4-2): Forster; Cédric, van Dijk, Fonte, Bertrand; Davis, Romeu, Hojbjerg (Ward-Prowse), Tadic; Redmond (Austin), Long
Atenção a: Dusan Tadic, Virgil van Dijk, Charlie Austin, Nathan Redmond, Shane Long
STOKE (11)
No Stoke praticamente nada se altera. Mark Hughes quer continuar a fazer um trajecto consistente e apenas acrescentou o galês Joe Allen no seu lote de jogadores-chave. A equipa já vem com processos assimilados do ano passado e certamente dará novamente bastante luta e cada vez mais sentido à pergunta: But can they do it on a cold rainy night in Stoke?
Será certamente complicado, seja que adversário for, é a resposta que daríamos. Jack Butland recupera ainda de lesão e é esperado que regresse a meio de Setembro. Referimos o guardião inglês porque quando regressar ao 11 será certamente um dos jogadores mais importantes para Mark Hughes e também para a Selecção Inglesa (ainda mais com o aparente afastamento de Joe Hart das redes do City). Arnautovic e Xherdan Shaqiri serão os bad boys de serviço, apresentando em campo momentos de génio (conseguirão ser consistentes?), e podendo o jovem egípcio Sobhi (muito talento, veremos se tem cabeça) entrar no espírito do austríaco e do suiço. No meio, a dupla Allen-Imbula promete bastante. Embora o público português tenha má ideia de Imbula, acreditamos que se tornará cada vez mais importante neste Stoke, e Allen será fulcral não só no jogo do francês, como na manobra defensiva e ofensiva da equipa.
Não nos espantaria que os potters ficassem um lugar acima daquele que aqui apontamos, mas o mais provável é mesmo terminar abaixo do Top-10, onde a competição é mesmo muita.
Será certamente complicado, seja que adversário for, é a resposta que daríamos. Jack Butland recupera ainda de lesão e é esperado que regresse a meio de Setembro. Referimos o guardião inglês porque quando regressar ao 11 será certamente um dos jogadores mais importantes para Mark Hughes e também para a Selecção Inglesa (ainda mais com o aparente afastamento de Joe Hart das redes do City). Arnautovic e Xherdan Shaqiri serão os bad boys de serviço, apresentando em campo momentos de génio (conseguirão ser consistentes?), e podendo o jovem egípcio Sobhi (muito talento, veremos se tem cabeça) entrar no espírito do austríaco e do suiço. No meio, a dupla Allen-Imbula promete bastante. Embora o público português tenha má ideia de Imbula, acreditamos que se tornará cada vez mais importante neste Stoke, e Allen será fulcral não só no jogo do francês, como na manobra defensiva e ofensiva da equipa.
Não nos espantaria que os potters ficassem um lugar acima daquele que aqui apontamos, mas o mais provável é mesmo terminar abaixo do Top-10, onde a competição é mesmo muita.
Treinador: Mark Hughes
Onze-Base (4-2-3-1): Butland; G. Johnson, Shawcross, Wollscheid, Pieters; Allen, Imbula; Shaqiri, Bojan, Arnautovic; Diouf
Atenção a: Jack Butland, Marko Arnautovic, Joe Allen, Xherdan Shaqiri, Bojan
MIDDLESBROUGH (12)
Embora o campeão do Championship tenha sido o Burnley, é do Middlesbrough que esperamos uma melhor adaptação ao primeiro escalão. A equipa comandada por Aitor Karanka, antigo adjunto de José Mourinho, reforçou-se em quantidade e qualidade, tratando-se dum histórico que saudamos ver de regresso à prova máxima do futebol inglês.
Embora continuem no clube várias pedras basilares da subida (Clayton, Ayala, Friend, Downing, Adomah ou Rhodes), Karanka - treinador que costuma "rodar" bastante a sua equipa, sobretudo o meio-campo e ataque - poderá casar essa base com vários reforços, alguns deles compatriotas do treinador, casos de Valdés, Barragán e Negredo. O antigo guardião do Barcelona pode ter nova vida na baliza do Boro, esperando nós que o esqueleto continue a contar com a assertividade defensiva de Ayala, a profundidade de Friend a lateral-esquerdo e a extrema qualidade de Adam Clayton no coração do jogo. Por falar em coração, Downing terá que ser líder, rodando nos flancos com Adomah, Fischer (muita curiosidade para ver como se dá em Inglaterra, porque pézinhos não lhe faltam) e o uruguaio Ramírez, que se for regular, pode ser (finalmente) um caso sério. Na frente, Karanka tudo fará para que Negredo mostre ser material de Premier League como em alguns dos seus jogos pelo Manchester City na sua anterior passagem na competição, embora haja ainda Jordan Rhodes, cuja chegada à Premier League já poderia ter acontecido há mais anos.
Embora continuem no clube várias pedras basilares da subida (Clayton, Ayala, Friend, Downing, Adomah ou Rhodes), Karanka - treinador que costuma "rodar" bastante a sua equipa, sobretudo o meio-campo e ataque - poderá casar essa base com vários reforços, alguns deles compatriotas do treinador, casos de Valdés, Barragán e Negredo. O antigo guardião do Barcelona pode ter nova vida na baliza do Boro, esperando nós que o esqueleto continue a contar com a assertividade defensiva de Ayala, a profundidade de Friend a lateral-esquerdo e a extrema qualidade de Adam Clayton no coração do jogo. Por falar em coração, Downing terá que ser líder, rodando nos flancos com Adomah, Fischer (muita curiosidade para ver como se dá em Inglaterra, porque pézinhos não lhe faltam) e o uruguaio Ramírez, que se for regular, pode ser (finalmente) um caso sério. Na frente, Karanka tudo fará para que Negredo mostre ser material de Premier League como em alguns dos seus jogos pelo Manchester City na sua anterior passagem na competição, embora haja ainda Jordan Rhodes, cuja chegada à Premier League já poderia ter acontecido há mais anos.
Treinador: Aitor Karanka
Onze-Base (4-2-3-1): Valdés; Barragán, Ayala, Gibson, Friend; de Roon (Leadbitter), Clayton; Downing, Ramírez, Adomah (Fischer); Negredo (Rhodes)
Atenção a: Álvaro Negredo, Gaston Ramírez, Viktor Fischer, George Friend, Adam Clayton
CRYSTAL PALACE (13)
Os adeptos do Palace torcem para que esta época seja, transversalmente, idêntica à primeira metade de 2015/ 16 (na qual o Crystal Palace foi uma das equipas-sensação) e em nada igual à segunda metade (uma das piores equipas, terminando no 16.º lugar). Quando olhamos para o elenco de Alan Pardew saltam à vista 2 reforços: Mandanda e Townsend. O guardião francês parece-nos destinado a ganhar a baliza a Hennessey mais cedo ou mais tarde, e o ex-Newcastle pode ter nesta equipa a possibilidade de fazer a melhor temporada da carreira, sentindo-se importante e assumindo a responsabilidade de carregar a equipa. Das camadas jovens, Kaikai pode ser uma das novidades, tenha ele minutos para demonstrar o seu potencial.
A transferência de Bolasie para o Everton deve obrigar o Palace a atacar o mercado, e tem dinheiro para isso, falando-se ainda da possibilidade da chegada de Benteke, igualmente pretendido pelo WBA. Para já, há Wickham, mas a contratação dum avançado de créditos firmados pode fazer toda a diferença na batalha pelos lugares do meio da tabela. Depois, mantêm-se as figuras do costume. Scott Dann, Ward, Cabaye, Puncheon ou Zaha, pode-se contar com todos eles. Pardew quer 2 reforços, um que desequilibre e o outro que concretize, veremos quem são. E a época depende muito disso.
A transferência de Bolasie para o Everton deve obrigar o Palace a atacar o mercado, e tem dinheiro para isso, falando-se ainda da possibilidade da chegada de Benteke, igualmente pretendido pelo WBA. Para já, há Wickham, mas a contratação dum avançado de créditos firmados pode fazer toda a diferença na batalha pelos lugares do meio da tabela. Depois, mantêm-se as figuras do costume. Scott Dann, Ward, Cabaye, Puncheon ou Zaha, pode-se contar com todos eles. Pardew quer 2 reforços, um que desequilibre e o outro que concretize, veremos quem são. E a época depende muito disso.
Treinador: Alan Pardew
Onze-Base (4-2-3-1): Mandanda (Hennessey); J. Ward, Dann, Delaney, Souaré; Ledley, Cabaye; Townsend, Puncheon, Zaha; Wickham
Atenção a: Andros Townsend, Wilfried Zaha, Connor Wickham, Scott Dann, Sullay Kaikai
BOURNEMOUTH (14)
Somos fãs confessos de Eddie Howe, e ficámos surpreendidos quando um clube como o Southampton, sem treinador, não escolheu o técnico de 38 anos. Para o Bournemouth, ainda bem. O 15.º lugar em 2015/ 16 foi pouco falado, uma vez que é preciso contextualizar as coisas - os cherries jogavam na League Two em 2010 e a temporada passada foi a primeira da sua História na Premier League. E depois junta-se a tudo isto o futebol praticado, com muita posse, mobilidade e qualidade técnica, ideia de jogo de equipa grande, bem pensada e executada.
Sem nomes sonantes, mas com um plantel pronto para crescer em sintonia com a ambição do jovem treinador, o Bournemouth pode muito bem terminar esta época entre o 11.º e o 14.º lugares, parecendo-nos possível colocar-se longe da luta pela manutenção mais cedo do que na época passada. Ter Callum Wilson (grande arranque em 2015/ 16, travado por uma grave lesão) e Gradel toda a época são duas grandes notícias, e os jovens Jordon Ibe e Lewis Cook parecem encaixar que nem uma luva no espírito desta equipa, que contratou ainda outros 2 jovens cuja evolução queremos acompanhar, Lys Mousset e Hyndman. O único contra, para nós, é mesmo a baliza, que merecia alguém superior a Boruc.
Sem nomes sonantes, mas com um plantel pronto para crescer em sintonia com a ambição do jovem treinador, o Bournemouth pode muito bem terminar esta época entre o 11.º e o 14.º lugares, parecendo-nos possível colocar-se longe da luta pela manutenção mais cedo do que na época passada. Ter Callum Wilson (grande arranque em 2015/ 16, travado por uma grave lesão) e Gradel toda a época são duas grandes notícias, e os jovens Jordon Ibe e Lewis Cook parecem encaixar que nem uma luva no espírito desta equipa, que contratou ainda outros 2 jovens cuja evolução queremos acompanhar, Lys Mousset e Hyndman. O único contra, para nós, é mesmo a baliza, que merecia alguém superior a Boruc.
Treinador: Eddie Howe
Onze-Base (4-4-2): Boruc; Smith, Francis, Steve Cook, Daniels; Ibe, Arter (Surman), Lewis Cook, Gradel; King (Afobe), Wilson
Atenção a: Callum Wilson, Jordon Ibe, Lewis Cook, Max Gradel, Simon Francis
WATFORD (15)
Saindo Quique, perde-se alguma confiança que tínhamos na equipa do Watford, na qual ficamos de pé atrás relativamente ao italiano Mazzarri. O Watford, não tendo uma equipa de craques, tem uma equipa equilibrada com dois craques na frente. Falar deste Watford é, invariavelmente, falar de Ighalo e Deeney, uma dupla temível para qualquer defesa que os enfrente. O casamento perfeito dos 2 avançados do Watford leva agora Ighalo a compará-los à antiga dupla do Man. United, Dwight Yorke e Andy Cole. São completamente diferentes, mas acabam por se completar. Ighalo é mais individualista e muitas das vezes peca por não passar a bola a um colega melhor posicionado, já Deeney é um jogador mais solidário. Como capitão, dá sempre o exemplo aos colegas e quando é preciso vem atrás recuperar a bola dando mais confiança aos seus colegas, ganhando ainda tudo o que são bolas no ar. Ambos se completam na actualidade e é muito difícil uma defesa ter ambos pela frente, estando neles depositadas todas as esperanças do clube.
O foco em Deeney-Ighalo deve levar Mazzarri a privilegiar um 3-5-2. Britos, Prödl e Cathcart foram os 3 centrais escolhidos no primeiro jogo, embora nos pareça que o reforço Kabasele acabe por ganhar o seu espaço, destacando-se pela positiva. A boa forma de Capoue e Behrami (apresentou-se em boa forma no Euro-2016) será importante no controlo dos adversários, tal como o guardião Gomes, tantas vezes homem de defesas impossíveis e peça fundamental em 2015/ 16.
O foco em Deeney-Ighalo deve levar Mazzarri a privilegiar um 3-5-2. Britos, Prödl e Cathcart foram os 3 centrais escolhidos no primeiro jogo, embora nos pareça que o reforço Kabasele acabe por ganhar o seu espaço, destacando-se pela positiva. A boa forma de Capoue e Behrami (apresentou-se em boa forma no Euro-2016) será importante no controlo dos adversários, tal como o guardião Gomes, tantas vezes homem de defesas impossíveis e peça fundamental em 2015/ 16.
Treinador: Walter Mazzarri
Onze-Base (3-5-2): Gomes; Britos (Kabasele), Prödl, Cathcart; Amrabat (Nyom), Capoue, Behrami, Watson, Zúñiga; Deeney, Ighalo
Atenção a: Odion Ighalo, Troy Deeney, Valon Behrami, Christian Kabasele, Gomes
SUNDERLAND (16)
Já chega de lutar pela descida. A tradição dos black cats é despedir para sobreviver (foi assim nas transições entre Di Canio, Poyet, Advocaat e Allardyce), mas esta temporada tiveram que repensar a sua estrutura mais cedo, com Sam Allardyce a abandonar o clube para ser novo seleccionador inglês. O substituto, David Moyes, veio para contrariar esta força que puxa o clube sistematicamente para o Championship, e o escocês parece-nos uma escolha acertada, podendo com tempo colocar o clube a respirar muito melhor.
Para já, nesta época, é normal que o Sunderland continue pelos lugares mais baixos da tabela classificativa, ainda para mais se perder o central Lamine Koné, pretendido pelo Everton e um dos heróis da manutenção em 15/ 16. Será importante que Moyes consiga canalizar a incrível aptidão do Sunderland em lutar pela permanência nos últimos jogos, com uma paixão e entrega dos jogadores na luta por cada ponto conquistado, para uma época com maior regularidade, e sem estar todo o campeonato à beira do abismo (mais tarde ou mais cedo, o piso cede e acontece o mesmo que aconteceu ao Aston Villa em 2015/ 16).
Numa equipa em que o veterano Defoe garante golos, Moyes terá em Khazri um trunfo importante, contando ainda com nomes como Lens, Borini e o jovem Watmore no último terço, e o lateral van Aanholt a contribuir com constantes desequilíbrios no lado esquerdo. Em termos de reforços, parece-nos que faltam alguns (ofensivos, sobretudo) caso o Sunderland procure um caminho tranquilo, tendo chegado Djilobodji, Love e McNair para a defesa, e podendo Moyes tirar o melhor de Januzaj, emprestado pelo Manchester United.
Para já, nesta época, é normal que o Sunderland continue pelos lugares mais baixos da tabela classificativa, ainda para mais se perder o central Lamine Koné, pretendido pelo Everton e um dos heróis da manutenção em 15/ 16. Será importante que Moyes consiga canalizar a incrível aptidão do Sunderland em lutar pela permanência nos últimos jogos, com uma paixão e entrega dos jogadores na luta por cada ponto conquistado, para uma época com maior regularidade, e sem estar todo o campeonato à beira do abismo (mais tarde ou mais cedo, o piso cede e acontece o mesmo que aconteceu ao Aston Villa em 2015/ 16).
Numa equipa em que o veterano Defoe garante golos, Moyes terá em Khazri um trunfo importante, contando ainda com nomes como Lens, Borini e o jovem Watmore no último terço, e o lateral van Aanholt a contribuir com constantes desequilíbrios no lado esquerdo. Em termos de reforços, parece-nos que faltam alguns (ofensivos, sobretudo) caso o Sunderland procure um caminho tranquilo, tendo chegado Djilobodji, Love e McNair para a defesa, e podendo Moyes tirar o melhor de Januzaj, emprestado pelo Manchester United.
Treinador: David Moyes
Onze-Base (4-2-3-1): Mannone; Love, Koné, Kaboul, van Aanholt; Kirchhoff, Rodwell (Cattermole); Borini, Khazri, Januzaj (Watmore, Lens); Defoe
Atenção a: Wahbi Khazri, Jermain Defoe, Patrick van Aanholt, Adnan Januzaj, Lamine Koné
WEST BROMWICH (17)
Bastante difícil avaliar a vida do West Bromwich. Embora tenham dos plantéis mais francos em relação às outras equipas, a verdade é que conseguem muitas vezes ter uma organização defensiva tão grande que parece que todo e qualquer adversário não consegue colocar as suas ideias em campo, parecendo sempre estar a jogar o jogo que o WBA quer. Tony Pulis enfrenta mais um ano com a permanência como principal objectivo e a verdade é que com uma defesa tão bem organizada e com um Foster na baliza, tudo é possível, juntando-se a isto o impressionante registo de Pulis: em tantas épocas de futebol em Inglaterra, salvou sempre as suas equipas. Por isso, para este West Brom descer, será preciso que obriguem Pulis a saltar do barco antes.
Mas não só de processos defensivos se faz este West Brom. Lá se vão os tempos em que tudo era defender e o futebol era mais feio. Com Berahino e Rondón é inevitável haver golos (Berahino forçou muitas vezes a saída, mas ao que tudo indica deve permanecer; já Rondón será dos jogadores mais influentes, e até ver a principal referência); parecendo-nos importante o que Matt Phillips pode dar à equipa, bem como a espaços o miúdo Leko.
Como poderíamos dizer de Sunderland, Crystal Palace ou Everton, o defeso dos baggies não deve estar terminado, e não sendo certo que consigam a permanência, arriscamos que terão mais uma vez a estrelinha da permanência consigo.
Mas não só de processos defensivos se faz este West Brom. Lá se vão os tempos em que tudo era defender e o futebol era mais feio. Com Berahino e Rondón é inevitável haver golos (Berahino forçou muitas vezes a saída, mas ao que tudo indica deve permanecer; já Rondón será dos jogadores mais influentes, e até ver a principal referência); parecendo-nos importante o que Matt Phillips pode dar à equipa, bem como a espaços o miúdo Leko.
Como poderíamos dizer de Sunderland, Crystal Palace ou Everton, o defeso dos baggies não deve estar terminado, e não sendo certo que consigam a permanência, arriscamos que terão mais uma vez a estrelinha da permanência consigo.
Treinador: Tony Pulis
Onze-Base (4-4-2): Foster; Dawson, McAuley, Olsson, Evans (Brunt); Phillips, Yacob (Gardner), Fletcher, McClean (Leko); Berahino, Rondón
Atenção a: Saido Berahino, Matt Phillips, Salomon Rondón, Jonathan Leko, Craig Dawson
SWANSEA (18)
Sempre simpatizámos com os galeses. Porém, longe vai a grande equipa que tinham e o desinvestimento tem-se vindo a agravar. Não um desinvestimento monetário, mas no plantel, que cada vez parece mais desequilibrado. Gylfi Sigurdsson (renderá mais ao ter avançados para servir) vem com o fôlego todo do Euro e terá que ser uma vez mais o herói nesta guerra atroz que será a Premier League. Sem espaço para equipas macias, Guidolin terá que montar muito bem a sua estratégia para permanecer no primeiro escalão inglês.
Apesar de terem contratado Llorente e Borja Bastón para o ataque, que poderão formar uma dupla bastante interessante, adquirindo também Leroy Fer em definitivo, é a defesa que nos preocupa. O central e capitão Ashley Williams tinha um peso gigante no balneário, transcendendo-se e contagiando a equipa em campo como poucos na Premier, e caso o Swansea queira permanecer entre as melhores equipas inglesas, jogar com Fernández-Amat é insuficiente (é preciso outro central para além de van der Hoorn), sobretudo numa equipa que tem como laterais Naughton e Taylor. Por outro lado, Fabianski tentará evitar males maiores, e nas alas Montero, Routledge e Barrow terão que saltar para outro patamar exibicional. Não queremos que os swans desçam, mas a fraca defesa e a falta de banco pode condenar o clube outrora orientado por Laudrup e Rodgers.
Treinador: Francesco Guidolin
Onze-Base (4-4-2): Fabianski; Naughton, Fernández, van der Hoorn, N. Taylor; Fer, Ki (Cork), Montero (Routledge, Barrow), Sigurdsson; Borja, Llorente
Apesar de terem contratado Llorente e Borja Bastón para o ataque, que poderão formar uma dupla bastante interessante, adquirindo também Leroy Fer em definitivo, é a defesa que nos preocupa. O central e capitão Ashley Williams tinha um peso gigante no balneário, transcendendo-se e contagiando a equipa em campo como poucos na Premier, e caso o Swansea queira permanecer entre as melhores equipas inglesas, jogar com Fernández-Amat é insuficiente (é preciso outro central para além de van der Hoorn), sobretudo numa equipa que tem como laterais Naughton e Taylor. Por outro lado, Fabianski tentará evitar males maiores, e nas alas Montero, Routledge e Barrow terão que saltar para outro patamar exibicional. Não queremos que os swans desçam, mas a fraca defesa e a falta de banco pode condenar o clube outrora orientado por Laudrup e Rodgers.
Treinador: Francesco Guidolin
Onze-Base (4-4-2): Fabianski; Naughton, Fernández, van der Hoorn, N. Taylor; Fer, Ki (Cork), Montero (Routledge, Barrow), Sigurdsson; Borja, Llorente
Atenção a: Gylfi Sigurdsson, Fernando Llorente, Borja Bastón, Jefferson Montero, Ki Sung-Yueng
BURNLEY (19)
Os vencedores do último Championship querem contrariar a História. É de elogiar a força mental e capacidade de resposta que o Burnley teve em 2015/ 16, conseguindo regressar à Premier League depois de ser 19.º em 2014/ 15. O padrão, aliás, é esse mesmo. Das duas vezes que o Burnley conseguiu chegar à piscina dos grandes, desceu logo a seguir.
Não se deve a esta maldição ou preciosismo estatístico mas nós de facto apontamos o Burnley de Sean Dyche ao penúltimo lugar e, como tal, à descida. Contra equipas perfeitamente rotinadas e com pedigree de Premier League, o Burnley - e ainda mais o Hull - precisaria de um maior reforço do plantel, algo que não se tem verificado. Por isso mesmo, e embora acreditemos que Dyche colocará a equipa a jogar um bom futebol, batendo o pé aos grandes num ou outro jogo, o cenário mais provável é a descida.
Pelo lado positivo, o avançado Andre Gray (uma história quase ao nível de Vardy) tem potencial para ser uma das revelações desta época, isto depois de marcar 23 golos no Championship, sagrando-se melhor marcador. Boyd e Vokes já são nomes conhecidos para quem acompanha a Liga inglesa, e o miúdo Michael Keane, produto da formação dos red devils que muito cresceu entretanto, pode também deixar uma boa imagem, bem como o islandês Gudmundsson.
Não se deve a esta maldição ou preciosismo estatístico mas nós de facto apontamos o Burnley de Sean Dyche ao penúltimo lugar e, como tal, à descida. Contra equipas perfeitamente rotinadas e com pedigree de Premier League, o Burnley - e ainda mais o Hull - precisaria de um maior reforço do plantel, algo que não se tem verificado. Por isso mesmo, e embora acreditemos que Dyche colocará a equipa a jogar um bom futebol, batendo o pé aos grandes num ou outro jogo, o cenário mais provável é a descida.
Pelo lado positivo, o avançado Andre Gray (uma história quase ao nível de Vardy) tem potencial para ser uma das revelações desta época, isto depois de marcar 23 golos no Championship, sagrando-se melhor marcador. Boyd e Vokes já são nomes conhecidos para quem acompanha a Liga inglesa, e o miúdo Michael Keane, produto da formação dos red devils que muito cresceu entretanto, pode também deixar uma boa imagem, bem como o islandês Gudmundsson.
Treinador: Sean Dyche
Onze-Base (4-4-2): Heaton; Flanagan, Keane, Mee, Ward; Gudmundsson, Defour, Arfield, Boyd; Gray, Vokes
Atenção a: Andre Gray, Michael Keane, Johann Gudmundsson, George Boyd, Sam Vokes
HULL CITY (20)
Se em muitos blocos de equipas temos dúvidas na ordem, em relação ao último lugar achamos difícil que seja outra equipa. O Hull City, ainda sem treinador, teve até ver garantidamente o pior defeso destas 20 equipas. Steve Bruce saiu, ainda não chegou ninguém (o alvo desejado, Chris Coleman, decidiu continuar no País de Gales), e o plantel - um dos dois mais fracos deste lote - não só não recebeu qualquer reforço, como ainda perdeu um dos melhores jogadores (Diamé). Como se tudo isto não bastasse, há ainda uma série de lesões (McGregor, Dawson, Bruce, Maguire e por último Odubajo, em relação ao qual tínhamos alguma curiosidade)
Não podemos afirmar que o Hull fará uma época semelhante à do Aston Villa no ano passado, mas a vitória na ronda inaugural diante do campeão Leicester não chega para nos iludir - a nova época foi mal planeada, o dossier treinador (até pode ficar o interino Mike Phelan) não está resolvido e o reforço do plantel em cima do joelho poderá pagar-se caro.
Globalmente, o plantel não mudou muito desde a última vez que os tigers estiveram na Premier League (desceram juntamente com o Burnley em 2014/ 15, e subiram juntos, que romântico), com Elmohamady a ser um dínamo para a equipa a partir do lado direito, Robertson mais jogador hoje em dia, Snodgrass continua a ser um dos elementos com maior qualidade, e a dupla Livermore/ Huddlestone tem qualidade, mas pouca intensidade. Os golos, a não ser que cheguem reforços de peso, serão provavelmente marcados na sua maioria por Abel Hernández e Diomandé.
Não podemos afirmar que o Hull fará uma época semelhante à do Aston Villa no ano passado, mas a vitória na ronda inaugural diante do campeão Leicester não chega para nos iludir - a nova época foi mal planeada, o dossier treinador (até pode ficar o interino Mike Phelan) não está resolvido e o reforço do plantel em cima do joelho poderá pagar-se caro.
Globalmente, o plantel não mudou muito desde a última vez que os tigers estiveram na Premier League (desceram juntamente com o Burnley em 2014/ 15, e subiram juntos, que romântico), com Elmohamady a ser um dínamo para a equipa a partir do lado direito, Robertson mais jogador hoje em dia, Snodgrass continua a ser um dos elementos com maior qualidade, e a dupla Livermore/ Huddlestone tem qualidade, mas pouca intensidade. Os golos, a não ser que cheguem reforços de peso, serão provavelmente marcados na sua maioria por Abel Hernández e Diomandé.
Treinador: -
Onze-Base (4-4-2): Jakupovic (McGregor); Elmohamady, Davies, Livermore (Dawson), Robertson; Snodgrass, Meyler, Huddlestone, Clucas; Diomandé, Hernández
Atenção a: Abel Hernández, Robert Snodgrass, Adama Diomandé, Ahmed Elmohamady, Tom Huddlestone