Série: Doctor Who
Actriz: Karen Gillanpor Lorena Wildering
Geronimoooooooo! Aqui vou eu debruçar-me sobre uma icónica série britânica de ficção
científica, muitas vezes ignorada fora da terra de Sua Majestade e que data
desde 1963 (com uma interrupção entre 1989 e 2005).
Embora esteja a falar de “Doctor Who”, é importante fazer referência às
suas acompanhantes antes de falar do Doctor (não, não é “Doutor”) em si. Neste caso, de Amelia Pond (Karen Gillan), the girl who waited. Metam isto a tocar e vamos em
frente.
O Doctor (neste caso, Matt Smith) conhece Amy pela primeira vez quando esta
tem sete anos e graças a uma fenda na parede do seu quarto (que “engole” os seus pais e
que, na verdade, é um rasgão no universo de onde o Prisioneiro Zero saiu). A
sua TARDIS (vulgo, máquina do tempo), que ficou danificada depois da sua
regeneração, cai no jardim do quintal de Amy, precisamente quando esta pedia ao
Pai Natal para enviar um polícia para investigar a fenda. Com a TARDIS a
precisar de rápida manutenção, promete que em cinco minutos volta ao seu
encontro e que levará Amy consigo.
Acidentalmente, regressa doze anos mais tarde, numa altura em que Amy já o
encara como amigo imaginário. Fez bonecos e banda desenhada com o Doctor,
vestia-se como ele e obrigava os amigos a participarem. É levada a quatro
psiquiatras pela tia, que lhe diziam que o Doctor não era real. Quando se
reencontram e se apercebe de que ele é, de facto, real, decide viajar com ele
no dia anterior ao seu casamento. É aqui que começa a primeira de muitas
viagens de Amy na TARDIS, decoradas com o seu delicioso sotaque escocês e
marcadas pela presença de Van Gogh, Hitler, e uma prova de amor que dura dois
mil anos. Mais tarde, o seu noivo, Rory Williams (Arthur Darvil), junta-se aos
dois e também ele viaja por todos os cantos do universo. No final da quinta
temporada casam-se e, na sexta, Amy dá à luz uma filha, a identidade da qual
foi uma das maiores “bombas” da série, e a qual não vou revelar.
Steven Moffat, actual escritor e produtor principal da série, é conhecido
como o homem que adora espezinhar o coração dos Whovians. No que toca a Amy,
não foi excepção. A história de Amy tem voltas e reviravoltas que só paradoxos
temporais podem provocar, e é demasiado longa e complexa para recontar aqui.
O facto de ter tido uma infância consumida por pensamentos sobre o seu raggedy
man, tornou-a numa pessoa desconfiada e bruta. Mas também é isso que torna
Amy numa das acompanhantes mais diferentes de “Doctor Who” e, pessoalmente, na
minha preferida. Amy não se deixa levar pela admiração que tem pelo Doctor e
não fica a contar os segundos até à sua próxima visita. Faz o que quer, seja
isso lutar contra extraterrestres em mundos estranhos ou seguir a sua vida na
sua aldeia. “Come along, Pond!”
Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Lorena Wildering, Nuno Cunha, Cê e SWP.
Foram tidos em consideração séries com pelo menos 1 temporada, concluída a 1 de Outubro de 2015. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou às séries que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.