Balanço Final - Liga NOS 18/ 19
A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.
Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19
Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.
Balanço Final - Premier League 18/ 19
Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.
Os Filmes mais Aguardados de 2019
Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.
21 Novas Séries a Não Perder em 2019
Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.
28 de junho de 2015
Crítica: Mad Max - Fury Road
26 de junho de 2015
100 Melhores Personagens de Filmes - Nº 24
por Tiago Moreira
Hoje temos aqui presente Danny Archer do filme Blood Diamond. Bem recebido pela crítica e bem pontuado no IMDb (8.0) e teve dedo tanto americano como alemão na sua produção.
Não se trata apenas de uma boa personagem, mas sim de um grande tema revertido para o grande ecrã. Todos nós vivemos confortáveis no nosso mundo calmo e alegre, mas esquecemo-nos que noutros países a realidade é totalmente diferente. Diamante de Sangue dá o exemplo da Serra Leoa que na década de 90 teve uma guerra civil onde as guerrilhas espalhavam o terror perante todos os cidadãos. O grande motivo era político. Movidos pela ganância, queriam que no poder se sentasse alguém que servisse os seus sujos interesses. Um país rico em diamantes onde essas mesmas guerrilhas destruíam famílias para que os homens com maior porte fossem escravizados para achar essas pedras preciosas.
E é aí que entra Danny Archer. Um ex-mercenário que procura um bilhete que o leve para fora de África. E esse mesmo bilhete está nas mãos de Solomon Vandy (Djimon Hounsou), que ao ser obrigado a trabalhar nos campos de diamante encontrou uma pedra cor-de-rosa extremamente rara e consequentemente valiosa. É na prisão que estas duas personagens se cruzam e Archer fica a saber que Solomon tem essa mesma pedra. Vendo em Solomon um bilhete para sair de África, Archer tenta fazer de tudo para resgatar a pedra. Com uma retórica sempre muito bem afinada e conseguindo quase sempre o que quer, Archer acaba por mostrar o seu lado humano perante Solomon Vandy e Maddy Bowen (Jennifer Connelly) uma jornalista americana. No fundo, acabaria por abdicar dos seus próprios interesses em detrimento de duas pessoas que - no seu entender - mereciam muito mais. Um final forte só ao nível dos melhores filmes.
Revisão: 'Game of Thrones' (5.ª Temporada)
David Benioff e D.B. Weiss
Elenco
Peter Dinklage, Emilia Clarke, Kit Harington, Lena Headey, Nikolaj Coster-Waldau, Stephen Dillane, Maisie Williams, Sophie Turner, Alfie Allen, Aidan Gillen, Conleth Hill, Liam Cunningham.
Canal: HBO
Porém, o início desta temporada foi bem calmo e só no quarto episódio é que ganhou alguma vida com a incerteza criada em torno da morte ou não de Torgo Nudho e Ser Barristan Selmy. Episódios calmos, mas essenciais para mostrar a evolução de Jon Snow.
E é por aí mesmo que começamos - pelo Norte. Com os selvagens a perderem a batalha contra todo o exército da Night's Watch e contra Stannis. Stannis Baratheon pretendia com isto aumentar o seu exército com os selvagens, mas a verdade é que Mance Rayder não se ajoelhou e preferiu ser sentenciado à morte do que lutar pelo legítimo rei. É aqui que Jon Snow ganha alguma preponderância perante os selvagens ao dar uma morte piedosa ao rei para lá da muralha. Jon que se tinha tornado Lord Commander of the Night's Watch e os primeiros episódios são praticamente a sua ascensão como personagem. Após os caminhos de Jon e Stannis se cruzarem, o filho bastardo de Ned Stark partiu para lá da muralha com o objectivo de convencer o restante povo selvagem a lutar pelos vivos, enquanto que Stannis Baratheon partiria para Winterfell com o objectivo de tomar o Norte agora pertencente aos Bolton. E é por aí que seguimos. Theon continua irreconhecível nas mãos de Ramsey como Reek, mas agora torna-se ainda mais insuportável a sua existência por se mostrar sempre apático mesmo com Sansa Stark - com quem cresceu - perto de si... e também nas mãos e mente sempre perversa de Ramsey Bolton. Sim... Sansa acabou em casa, mas não da melhor forma. Casou-se com Ramsey Bolton e tornou-se numa das mais recentes jogadas de xadrez de Petyr Baelish.
Mais a sul, em King's Landing, o caos instala-se quando menos se esperava. Com as recentes mortes de Joffrey e Tywin Lannister é Tommen quem sobe ao trono. No fundo, é Cersei que tem o poder nas mãos já que Tommen não tem o mínimo da autoridade de Joffrey. Ainda assim, a guerra cínica entre Cersei e Margaery chega ao extremo. Ao aparecer um novo "exército" movido pela religião comandado por uma personagem denominada High Sparrow, Cersei acaba por usar isso a seu favor e consegue afastar Loras e Margaery do seu caminho devido aos seus pecados. Era o motivo ideal para que a sua vontade se pudesse concretizar sem que o povo se opusesse. Afinal de contas... São pecados e devem ser punidos. Todavia, esqueceu-se que ela própria também tem os seus pecados e o motivo que a ajudou a subir ao poder, era o mesmo que viria a virar-se contra ela.
A acção continuou em terras mais sulistas com Jaime e Bronn a partirem de King's Landing com destino a Dorne - com o intuito de resgatar a princesa Myrcella (e filha de Jaime, fruto de incesto com Cersei). Dois contra muitos... era demasiado óbvio que não iria correr bem. Ainda por cima com a sede de vingança que Ellaria Sand tinha para com todos os Lannister's depois de ter visto o seu amado príncipe Oberyn morrer em King's Landing, num combate contra The Mountain.
E finalmente chegamos a Meereen. Com Daenerys Targaryen a padecer de uma guerra civil no seu império juntamente com um ataque dos Sons of Harpy. Talvez seja o primeiro pico no gráfico de ascensão de Daenerys, que acabaria por receber das mãos de Jorah Mormont um Lannister - Tyrion. Jorah acabaria por raptar o assassino de Tywin das mãos de Varys para que a única Targaryen viva lhe perdoasse... Porém, nem tudo corre como planeado e os diálogos de Tyrion e Daenerys acabaram por ser dos mais interessantes de toda a série.
Não foi das temporadas mais empolgantes de Game of Thrones, mas - na nossa opinião - acabou por ter o melhor final de temporada de sempre com os três últimos episódios a serem memoráveis.
Coube a Jon Snow ser a surpresa total desta Season. Verdadeiramente fiel aos seus irmãos de Castle Black, Jon Snow liderou as tropas contra os selvagens - ainda na temporada anterior - e venceu a mesma. Para espanto de Ser Alliser Thorne, tornou-se Lord Commander of the Night's Watch com a ajuda de Maester Aemon - o membro mais respeitado em Castle Black. Sempre vimos um Jon Snow muito preso nas suas acções com medo das consequências. O facto de querer agradar a gregos e troianos ao se limitar a não agir, fazia com que os outros olhassem para ele como um homem sem qualquer autoridade. No entanto, foi na batalha de Castle Black - ainda antes de se tornar comandante - que começou a ganhar alguma preponderância perante todos os seus irmãos. O momento da viragem foi quando Snow executou Janos Slynt após este ter desobedecido a uma ordem. Slynt ainda pediu misericórdia, mas Jon cumpriu o seu dever fazendo lembrar o seu honrado pai Eddard Stark logo no primeiro episódio - tudo isto perante o olhar orgulhoso de Stannis Baratheon. Mais tarde tomou a decisão mais difícil de todas: partir para lá da muralha para salvar todos os selvagens da morte e convencendo-os a lutar pelos vivos contra os White Walkers. Alliser obviamente sempre se opôs e com ele a grande maioria dos seus "irmãos". A dúvida gerou-se na cabeça de Snow, mas Maester Aemon desfez todas essas dúvidas com uma das citações mais fortes desta 5ª temporada: «Kill the boy and let the man be born». Jon acaba por partir com Tormund e mais alguns aliados e juntos acabam por cumprir o objectivo ainda que com uma batalha inesperada pelo caminho. Ser Alliser Thorne não esperava que Snow retornasse vivo e muito menos que regressasse com um exército. A ascensão de Jon parecia cada vez mais evidente até que o mesmo sofre uma traição nada esperada.
Não há melhor personagem desta temporada do que Jon Snow. Teve um impacto gigante na história e os melhores episódios foram feitos à volta da sua personagem. Não só vimos a ascensão que todos esperávamos que acontecesse como também ficou uma grande incógnita quanto à sua personagem.
O Episódio: 10 'Mother's Mercy'.
O último episódio - Mother's Mercy - acabou por conter algumas surpresas. Algumas boas outras exasperantes. Stannis acabaria por ser refém da sua teimosia e de toda a sua ambição que se sobrepunha a tudo e a todos ao arriscar em travar uma batalha com os Bolton, mesmo em inferioridade numérica. Theon aproveitou essa mesma distracção para finalmente dar um ar da sua graça que tantos de nós esperávamos, mas uma atitude que só saberemos as suas repercussões na próxima temporada. Quem está na mesma situação é Arya. Depois de ter sido submetida a um treino intensivo sob o olhar atendo do Many-faced God, não conseguiu abstrair-se do seu passado e acabou por infringir um código implícito por Jaqen H'ghar, tendo sido castigada por isso mesmo sendo que temos que esperar 1 ano para saber as suas consequências. Em King's Landing, Cersei acabou por fazer parte de uma das cenas mais fortes desta temporada. Ao ter que fazer uma longa caminhada desprovida de roupa, para ser absolvida de todos os seus pecados. Apesar de "ferida", ficou bem claro que não ficou "morta" e avizinha-se uma vingança. Já o seu amado Jaime, acabou por ter um momento inesperado de afecto, mas que duraria pouco tempo. Haverá certamente, uma investida de Jaime na sexta temporada.
Por fim, os destinos mais inesperados neste episódio 10 foram o de Daenerys e Jon Snow. Enquanto que a Khaleesi acabou numa situação desesperante, Jon Snow acabou traído por quem se esperava e por quem não se esperava assim tanto.
O Futuro:
Ponto positivo: a partir de agora George R. R. Martin não participa mais na construção dos argumentos. Portanto, julgamos que podemos contar com um desenrolar do enredo mais interessante e não tão destrutivo como aquele que o escritor nos habituou.
A nossa teoria vai um pouco de encontro com a maioria dos fãs dos livros de George R. R. Martin. Tentámos juntar todas as peças do puzzle que nos deram e decidimos dar numa de profetas. Mas vamos por partes:
Cersei e Jaime terão algo em comum - vingança. Cersei por tudo o que passou com a Faith of the Seven e Jaime por ter perdido a sua filha por envenenamento após uma confissão da mesma que o deixou extremamente feliz. Apostamos em Jaime como uma das personagens mais relevantes da próxima temporada, onde travará uma guerra com as Sand Snakes e quiçá contará com a ajuda de Trystane.
Quanto a Theon, Sansa, Tyrion e Daenerys não temos qualquer palpite. São quatro personagens que acabaram praticamente numa verdadeira incógnita. Com Theon e Sansa a terem uma atitude suicida e Daenerys a reencontrar-se - sozinha - com um exército Dothraki, não nos sobra qualquer palpite para o desenrolar das suas personagens. Já de Tyrion, o pouco que poderemos prever é que tomando a liderança de Meereen na ausência de Daenerys voltaremos a reaver o pequeno líder que encontrámos na Season 4, mas agora a tempo inteiro e sem qualquer restrição (como Joffrey). Varys será importantíssimo e extremamente relevante no que se avizinha.
Por fim, apresentamos agora a nossa - e a da maioria dos fãs dos livros - grande teoria. E a teoria rebate-se na morte de Jon Snow. Traído pelos seus irmãos de Castle Black por quem foi diversas vezes esfaqueado, Jon viu a sua vida sucumbir numa emboscada encabeçada por Alliser e na qual Olly foi fulcral. Pois bem... No nosso entender, Jon Snow não estará fora das próximas séries e voltará à vida pelas mãos de Melisandre. A sacerdotisa não faz nada por acaso. Mede sempre todos os seus passos. E após verificar que se equivocou com Stannis Baratheon, voltou a Castle Black. Movida pelo seu Lord of the Light, Melisandre busca a reencarnação do Azor Ahai - um herói que derrotará o Great Other - o grande inimigo do Lord of the Light e que representa o Deus da escuridão, frio e morte. Com o decorrer da história de Stannis, Melisandre foi apercebendo-se que se equivocou e desertou quando o sacrifício da princesa Shireen não deu resultado. Nesse momento, juntou todas as peças que o seu Deus lhe tinha dado e que vos fazemos recordar com citações suas:
"It is not the foes who curse you to your face that you must fear, but those who smile when you are looking and sharpen their knives when you turn your back. You would do well to keep your wolf close beside you. Ice, I see, and daggers in the dark. Blood frozen red and hard, and naked steel. It was very cold"
"I pray for a glimpse of Azor Ahai, and R'hllor shows me only snow (Snow)."
"When the red star bleeds and the darkness gathers, Azor Ahai shall be born again amidst smoke and salt to wake dragons out of stone."
A primeira citação remete-nos a um diálogo entre Melisandre e Snow, em Castle Black, onde a mesma já previa qual seria o seu destino. Ao mesmo tempo que avisava Snow de forma indirecta, anteriormente já tinha afirmado perante Stannis - num momento de introspecção em que olhava as chamas - que rezava por uma pista de Azor Ahai, mas R'hllor só lhe mostrava neve (Snow). E finalmente juntamos a última peça em que Melisandre havia declarado a terceira citação também a Jon. Tudo isto faz com que acreditemos que Jon Snow voltará à vida pelas mãos de Melisandre e que o mesmo tem sangue Targaryen. Significa então que não interpretamos a parte "to wake dragons out of stone" como apenas uma afirmação metafórica. Voltando a fita um pouco atrás, sempre conhecemos Jon Snow como o filho bastardo de Ned Stark. Mas traçando o perfil do honrado Eddard, o facto de ter um filho bastardo é uma contradição à sua personalidade. Com a ajuda de outros opinadores, chegámos à conclusão de que Jon poderá não ser filho de Ned, mas sim seu sobrinho fruto da relação de Lyanna Stark (falecida irmã de Ned) e Rhaegar Targaryen (irmão falecido de Daenerys). Rhaegar, apesar de casado com Elia Martell, teve em Lyanna a sua grande paixão. Uma paixão que acabou por derramar muito sangue, já que o mesmo Rhaegar decidiu raptar a irmã de Ned como uma grande prova de amor segundo a tradição Targaryen. Esta atitude inesperada levou a uma rebelião pelas mãos de Robert Baratheon onde culminou na morte do mad king Aerys II Targaryen e num reinado de Robert. Rhaegar acabaria por falecer num combate com o "pai" de Joffrey, Elia Martell também acabaria brutalmente assassinada pelo The Mountain (o grande motivo de vingança de Oberyn) e Lyanna - alojada em Dorne - morreria pouco tempo depois, mas ainda a tempo de uma visita do seu irmão Ned. Lyanna fez com que o irmão fizesse uma promessa e como honrado que é, Ned cumpriu. Nem nós - acompanhantes da série - nem os fãs dos livros sabem no que consistiu essa promessa. Mas juntando um mais um, deduzimos que Jon é essa mesma promessa. Sendo assim fruto de uma relação entre Lyanna e Rhaegar e não duma relação extra-conjugal de Ned Stark. E para salvar a vida de Jon, Lyanna fez desse o seu último desejo perante Ned. A palavra de Eddard permaneceu até ao fim, mesmo que isso mexesse com o valor sentimental da sua família. Uma atitude que se encaixa mais no perfil do senhor de Winterfell, do que propriamente ter um caso extra-conjugal.
Para finalizar, tendo Daenerys apenas controlo de Drogon, acreditamos que Viserion e Rhaegal pertencerão a Jon Snow e a Bran Stark. A Jon por ter sangue Targaryen e a Bran por ser um warg, um dos escolhidos pelo corvo de três olhos (o mesmo que acabaria - na Season 4 - por dizer que Bran iria aprender a voar) e também por uma das suas visões consistir num voo sobre King's Landing do ponto de vista de um dragão.
24 de junho de 2015
Garganta Afinada. Top 20 ( nº 107 )
23 de junho de 2015
Revisão: 'Orange is the New Black' (3.ª Temporada)
Jenji Kohan
Elenco
Taylor Schilling, Uzo Aduba, Kate Mulgrew, Laura Prepon, Nick Sandow, Danielle Brooks, Taryn Manning, Jackie Cruz, Dascha Polanco, Laverne Cox, Ruby Rose
Canal: Netflix
Depois de uma season em que Vee, magnífica interpretação de Lorraine Toussaint, virou Litchfield de pernas para o ar, à terceira a prisão acalma um pouco. A fórmula mantém-se: um humor muito próprio, a valorização das personagens secundárias, e o respeito pela mulher. Porque não há série que saiba melhor o que é ser mulher, mesmo que várias personagens estejam longe de ser respeitadas ao longo do seu percurso. E, já sabemos, que ampla riqueza e diversidade que existe em tons de laranja! Nesta temporada um dos pontos-chave é a privatização de Litchfield, solução encontrada por Caputo para que a prisão não feche - a redução de gastos precipita muita coisa, não só na realidade dos guardas (são contratados elementos novos, mas sem preparação) como na das reclusas (Piper Chapman entra em modo empreendedor..), acabando por surgir a maior das mudanças nos segundos finais da temporada, a aguçar o apetite para 2016. Para além da privatização e do triângulo amoroso de Piper, Alex e da rookie Stella, o foco está essencialmente nas relações familiares e na liberdade espiritual. A fé tem um papel significativo, quer no culto que envolve Norma, Leanne e muitas outras, mas também na conversão de Cindy ao judaísmo (uma brincadeira, inicialmente, mas que nos convence a todos na hora H).
Como sempre há novidades imprevisíveis como o facto de Crazy Eyes se tornar a E.L. James do universo prisional ou o "clima" entre Red e Healy. Desta vez não há uma antagonista clara - possivelmente a 4.ª temporada tratará disso - e há sim evoluções inesperadas de determinadas personagens. E, principalmente e como sempre, informações adicionais do seu passado.
Estar abaixo da temporada 1 e 2 não significa que a série assuma agora uma curva descendente. Pelo contrário. Esta temporada sabe sempre a preparação e enriquecimento, para 2016 ser um grande ano para a Netflix e 'Orange is the New Black'. Fé, liberdade, maternidade e família, é isto que irão encontrar na prisão mais cativante da actualidade.
O Episódio: 13 'Trust No Bitch'.
No entanto, o episódio que melhor representa a temporada é mesmo a finale. Em 'Trust No Bitch', a frase tatuada por Stella no braço de Piper, voltamos a testemunhar a frieza que Piper Chapman esconde atrás do seu sorriso e inocência habituais. É felizmente um dos episódios mais agitados numa temporada mais leve que as anteriores, mas a cena do lago acaba por ser o remate adequado - o verdadeiro momento de ode à mulher e à liberdade, reforçando temas focados ao longo da temporada como a família e a maternidade, a fé e a religião, e a capacidade de perdoar.
O Futuro:
É impossível antecipar a criatividade de Jenji Kohan e da sua equipa de argumentistas. No entanto, depois de uma temporada mais leve, espera-se que em 2016 Litchfield volte a "pegar fogo". E o aumento do nº de reclusas, expresso no fim ao som dos Foreigner, deixa antever a chegada de novas personagens (Judy King?) e criação de mais fracções. A 4.ª Temporada responderá ainda a várias questões: como fica a situação de Stella? O que aconteceu a Alex Vause? Nicky voltará depois de um desaparecimento precoce? Soso junta-se ao clã afro-americano? Que novos dias viverá a relação de Sophia e Gloria?
Faltando alegadamente cerca de 8 meses de pena para Piper cumprir, isso equivalerá talvez a mais 2 temporadas, salvo novas circunstâncias que surjam. A 3.ª temporada acaba por ser uma temporada de transição e construção, e nesse sentido exigir-se-á mais acção e momentos de deixar o espectador com o coração na boca na próxima vez que a prisão abrir portas.
22 de junho de 2015
100 Melhores Personagens de Filmes - Nº 25
por Miguel Pontares
ÚLTIMA HORA: Mitrović certo no Benfica; Jonas e Lima saem
20 de junho de 2015
100 Melhores Personagens de Filmes - Nº 26
por Miguel Pontares
17 de junho de 2015
100 Melhores Personagens de Filmes - Nº 27
por Miguel Pontares
15 de junho de 2015
100 Melhores Personagens de Filmes - Nº 28
por Nuno Cunha (Escritor Convidado)
13 de junho de 2015
Arménia 2-3 Portugal: Ronaldo reserva bilhetes para França
Na Arménia, Portugal fez uma má primeira parte, contrariamente à equipa da casa. A equipa arménia, alicerçada na visão de jogo e qualidade de Mkhitaryan, jogador do Dortmund, castigou a pôs em sentido a defesa portuguesa, e o golo chegou aos 14 minutos. Marcos Pizzelli assumiu de muito longe um livre directo e disparou para um grande golo. Houve, no entanto, culpas de Rui Patrício, claramente surpreendido pela opção do jogador nascido no Brasil. Na 1.ª parte a presença de Danny em campo foi sempre supérflua, Moutinho e Tiago sofreram com a quantidade de adversários e com as movimentações dos mesmos, e o empate acabou por chegar com alguma sorte - João Moutinho foi derrubado dentro de área, e Cristiano Ronaldo não perdoou na conversão. Para além do 1-1, Portugal deixou apenas outro aviso, com Fábio Coentrão a testar o guarda-redes da Arménia.
O arranque da 2.ª parte voltou a ter mais Arménia, com Mkhitaryan e Pizzelli novamente em evidência, mas entre os 55 e os 58 minutos Ronaldo achou que Portugal devia ganhar o jogo. O 7 de Portugal pressionou até ao limite e aproveitou um erro da defesa no 1-2 e três minutos depois não pediu licença a ninguém e rematou uma bomba do meio da rua, sem qualquer hipótese nem para aquele guarda-redes, nem para qualquer outro. O 1-3 deixava Portugal com algum conforto, mas Tiago (2.º amarelo) foi expulso aos 61' e deixou Portugal a suar até ao fim. Principalmente porque Mkoyan reduziu para 2-3, numa recarga de um remate de Aras, depois de uma abordagem deficiente de Rui Patrício. Nos minutos finais Portugal reforçou o meio-campo, João Moutinho disse finalmente presente à equipa, Aras Özbiliz foi o mais inconformado dos arménios, mas Portugal segurou 3 pontos determinantes.
Portugal esteve longe de encantar mas, mais uma vez, ganhou. Com Fernando Santos como seleccionador a equipa ainda nunca deslumbrou nem apresentou uma ideia de jogo capaz de encher o olho, mas depois de Portugal perder 1-0 com a Albânia ainda sob o comando de Paulo Bento, com o ex-seleccionador da Grécia soma 4 vitórias em 4 jogos oficiais. Com o actual formato de qualificação para o Euro-2016 é quase uma certeza absoluta a presença de Portugal no certame francês.
Esta tarde até foi a Arménia a apresentar maior qualidade colectiva (Mkhitaryan contagiou os colegas) mas, verdade seja dita, Cristiano Ronaldo decidiu quase sozinho. O cada-vez-mais avançado de Portugal goza de um estatuto especial e o esquema actual protege-o (não defende, embora pudesse pressionar mais, o lance do 2.º golo foi excepção), e hoje iluminou o caminho até terras gaulesas. Vieirinha justificou a continuidade na sua aposta a lateral direito, Ricardo Carvalho vincou que é actualmente o melhor central português, embora tivéssemos colocado José Fonte ao seu lado e não Bruno Alves; e João Moutinho evoluiu na 2.ª parte e ajudou Portugal nos minutos finais, já com William e Adrien perto de si, a congelar o ímpeto adversário. Portugal tem sido eficaz mas precisa de assimilar melhor o modelo de jogo, e Danny pelo que (não) tem feito não merece ser titular. Segue-se agora um amigável contra Itália, no qual Pizzi e André André já poderão contribuir, ao contrário de William Carvalho e Bernardo Silva que seguirão para o Europeu de Sub-21.
3 de junho de 2015
100 Melhores Personagens de Filmes - Nº 29
por Miguel Pontares