Filme: The Lord of the Rings
Actor: Viggo Mortensenpor Miguel Pontares
Ainda está para nascer o primeiro homem que não ache o abrir de portas de Aragorn em 'The Lord of The Rings: The Two Towers' uma das entradas mais épicas de sempre, e ainda está também para nascer a primeira mulher que diga que esse momento não é sexy.
Aragorn, filho de Arathorn, herdeiro de Isildur e um dos Dúnedain, é um homem de 87 anos incrivelmente bem conservado para a sua idade. E pronto, por aqui ficamos, até para a semana pessoal! Retomando, como aqui escrevi anteriormente, Samwige Gamgee é talvez quem mais merece o título de herói da obra-prima de Tolkien mas, para além dele, a carapuça também serve a Gandalf e Aragorn. O Rei que regressa no derradeiro filme da saga é um líder por natureza, a voz da razão capaz de aturar a rivalidade saudável entre Legolas e Gimli.
Nunca perdendo a postura e a sua eloquência e elegância tanto a falar como a lutar, Aragorn - para além de ser a personagem que eu seleccionava ao jogar o videojogo do filme - é um dos que mais evolui ao longo da trilogia. Sam transcende-se, Frodo suporta o peso do anel, Gandalf renasce em tons de branco, mas 'The Lord of the Rings' é também a história do homem que começa como um ranger que responde pelo nome de Strider, mas que com o tempo passa a estar preparado e abraça o seu verdadeiro destino, assumindo o trono de Gondor.
Todos sabemos identificar um líder carismático, que nem precisa de muito para que uma legião o siga e lute por/ com ele, quando o Cinema nos oferece um. Tolkien interligou os destinos das diferentes raças da Terra Média, mas fez de Aragorn a esperança dos homens propriamente ditos. Para além da sua história de amor com Arwen (impossível encontrar melhor elfa do que Liv Tyler), embora sempre incomodado pela chatinha Eowyn ("I am no man"), são vários os momentos que marcam o percurso da personagem interpretada por Viggo Mortensen, americano filho de pai dinamarquês. Ficam na memória as palavras de Boromir - My brother, my captain, my king - no leito de morte para Aragorn; e se esse é um dos instantes em que alguém o aceita como seu rei, também outros momentos carregam esse simbolismo, como a espada Anduril entregue por Elrond e, claro está, a capacidade de Aragorn em convocar o exército dos mortos. Exército esse que proporciona mais uma entrada épica a meio da Batalha dos campos de Pelennor.
Fonte de inspiração, confiança e coerência, Aragorn tem ainda assim a sua grande cena quando discursa em frente ao portão negro de Mordor. Muito do desempenho de Mortensen nesta personagem está presente no olhar, e a convicção presente nesse discurso emblemático engrandece-o:
Hold your ground, hold your ground! Sons of Gondor, of Rohan, my brothers! I see in your eyes the same fear that would take the heart of me. A day may come when the courage of men fails, when we forsake our friends and break all bonds of fellowship, but it is not this day. An hour of wolves and shattered shields, when the age of men comes crashing down! But it is not this day! This day we fight! By all that you hold dear on this good Earth, I bid you stand, Men of the West!
Alguns de vocês talvez não saibam, mas as primeiras escolhas para o papel de Aragorn eram Daniel Day-Lewis e Russell Crowe, e Stuart Townsend acabou por ser substituído por Viggo já com as gravações a decorrer por ter um ar demasiado jovem. Nicolas Cage recusou o papel e Vin Diesel fez uma audição para ele. Tudo isto é cómico e assustador, até porque é muito difícil a personagem assentar tão bem a alguém como a Viggo Mortensen, o homem que se tornou o melhor esgrimista aprendiz do veterano que ensinou os actores a manejar espadas.
Assim é Aragorn, aquele cavaleiro que conhecemos na sombra, a fumar o seu cachimbo, e que muitas horas de filme mais tarde, já coroado rei, se ajoelha perante os hobbits, uma imagem marcante. Depois de Sam e Gandalf, esta é a terceira personagem de 4 de 'The Lord of the Rings' que integram este conjunto de 100 personagens. Certamente adivinharão quem será a quarta.
Aragorn, filho de Arathorn, herdeiro de Isildur e um dos Dúnedain, é um homem de 87 anos incrivelmente bem conservado para a sua idade. E pronto, por aqui ficamos, até para a semana pessoal! Retomando, como aqui escrevi anteriormente, Samwige Gamgee é talvez quem mais merece o título de herói da obra-prima de Tolkien mas, para além dele, a carapuça também serve a Gandalf e Aragorn. O Rei que regressa no derradeiro filme da saga é um líder por natureza, a voz da razão capaz de aturar a rivalidade saudável entre Legolas e Gimli.
Nunca perdendo a postura e a sua eloquência e elegância tanto a falar como a lutar, Aragorn - para além de ser a personagem que eu seleccionava ao jogar o videojogo do filme - é um dos que mais evolui ao longo da trilogia. Sam transcende-se, Frodo suporta o peso do anel, Gandalf renasce em tons de branco, mas 'The Lord of the Rings' é também a história do homem que começa como um ranger que responde pelo nome de Strider, mas que com o tempo passa a estar preparado e abraça o seu verdadeiro destino, assumindo o trono de Gondor.
Todos sabemos identificar um líder carismático, que nem precisa de muito para que uma legião o siga e lute por/ com ele, quando o Cinema nos oferece um. Tolkien interligou os destinos das diferentes raças da Terra Média, mas fez de Aragorn a esperança dos homens propriamente ditos. Para além da sua história de amor com Arwen (impossível encontrar melhor elfa do que Liv Tyler), embora sempre incomodado pela chatinha Eowyn ("I am no man"), são vários os momentos que marcam o percurso da personagem interpretada por Viggo Mortensen, americano filho de pai dinamarquês. Ficam na memória as palavras de Boromir - My brother, my captain, my king - no leito de morte para Aragorn; e se esse é um dos instantes em que alguém o aceita como seu rei, também outros momentos carregam esse simbolismo, como a espada Anduril entregue por Elrond e, claro está, a capacidade de Aragorn em convocar o exército dos mortos. Exército esse que proporciona mais uma entrada épica a meio da Batalha dos campos de Pelennor.
Fonte de inspiração, confiança e coerência, Aragorn tem ainda assim a sua grande cena quando discursa em frente ao portão negro de Mordor. Muito do desempenho de Mortensen nesta personagem está presente no olhar, e a convicção presente nesse discurso emblemático engrandece-o:
Hold your ground, hold your ground! Sons of Gondor, of Rohan, my brothers! I see in your eyes the same fear that would take the heart of me. A day may come when the courage of men fails, when we forsake our friends and break all bonds of fellowship, but it is not this day. An hour of wolves and shattered shields, when the age of men comes crashing down! But it is not this day! This day we fight! By all that you hold dear on this good Earth, I bid you stand, Men of the West!
Alguns de vocês talvez não saibam, mas as primeiras escolhas para o papel de Aragorn eram Daniel Day-Lewis e Russell Crowe, e Stuart Townsend acabou por ser substituído por Viggo já com as gravações a decorrer por ter um ar demasiado jovem. Nicolas Cage recusou o papel e Vin Diesel fez uma audição para ele. Tudo isto é cómico e assustador, até porque é muito difícil a personagem assentar tão bem a alguém como a Viggo Mortensen, o homem que se tornou o melhor esgrimista aprendiz do veterano que ensinou os actores a manejar espadas.
Assim é Aragorn, aquele cavaleiro que conhecemos na sombra, a fumar o seu cachimbo, e que muitas horas de filme mais tarde, já coroado rei, se ajoelha perante os hobbits, uma imagem marcante. Depois de Sam e Gandalf, esta é a terceira personagem de 4 de 'The Lord of the Rings' que integram este conjunto de 100 personagens. Certamente adivinharão quem será a quarta.
Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Daniel Machado, Lorena Wildering, Nuno Cunha, Sara Antunes Santos e Carolina Moreira.
Foram tidos em consideração filmes lançados até 20 de Novembro de 2014. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou aos filmes que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.