16 de março de 2012

Man City 3 - 2 Sporting

    Uns loucos 45 minutos do Manchester City, quase deixaram o Sporting fora da Liga Europa. Joe Hart, no último segundo, quase afastou a equipa leonina, numa eliminatória onde os verde e brancos fizeram 135 minutos fantásticos.

    A primeira parte foi completamente controlada pela equipa portuguesa. O Manchester City tentava sair a jogar, mas a criatividade era nula. Os jogadores do Sporting, por sua vez, esperavam pelo erro do adversário para mostrar as suas garras em contra-ataque. Diego Capel era dos leoninos que mais velocidade dava ao ataque e que mais dificuldades dava à defesa do City. Por outro lado, Matias era o que mais desequilibrava no miolo.

    Balotelli a cada minuto que passava, mais irado ficava. Porquê? Talvez porque estava a perder e devia ser daqueles meninos que partiam o comando da Playstation quando perdiam. Neste jogo não podendo partir o comando, mandou uma buja para onde estavam os adeptos do Sporting após ter falhado um lance em que começara isolado. Descontente, decidiu descer e ajudar a defesa. Não ajudou. Carregou Insua pelas costas e criou um livre perigoso bem ao jeito do chileno do Sporting. O pequeno Mogli concentrou-se e marcou um autêntico golaço. Joe Hart bem se esticou, mas o pontapé de Matias levava fogo.

    Os ingleses estavam incrédulos e em menos de 10 minutos viriam a ficar pior. Kolarov fica no chão ao disputar uma bola com Izmailov, Pereirinha devolve ao russo que, sem oposição, serviu Van Wolfswinkel para o segundo do jogo e o terceiro da eliminatória. O Sporting ia assim para o intervalo com uma vantagem de três golos na eliminatória, sendo que dois deles foram marcados fora de portas.

    Roberto Mancini lançou De Jong no início da segunda parte em detrimento de Adam Johnson. O Manchester City passaria a jogar de um 4-4-2 para um 4-3-3. Porém, limitavam-se bastante à criatividade de Silva que nos últimos jogos tem andado bastante aquém. Passaram dez minutos e o City sem marcar. Assim sendo, o treinador italiano decidiu meter Dzeko no jogo retirando o peruano David Pizarro. Era  o tudo ou nada de Mancini.

    E o que é certo é que deu frutos. O City começava a cair em cima dos jogadores leoninos e o golo surgiu mesmo. Yaya Touré viu Aguero solto na área e não hesitou em fazer a assistência para o golo do seu companheiro de equipa.

    O Sporting defendia como podia e o City, ao invés de tentar jogar em equipa, tentava superar a defesa leonina com as suas individualidades. Quer Dzeko, quer Balotelli não conseguiam colocar-se a jeito de rematar à baliza. Demérito de Mancini e mérito dos jogadores leoninos que foram bastante solidários. Eis que Aguero começava a surgir no jogo e a mostrar toda a sua qualidade técnica. Os jogadores verde e brancos sentiam o perigo e começavam a entrar mais à queima, por vezes, desnecessariamente. Desnecessária foi também a entrada de Renato Neto, dentro da área sobre Kun Aguero. Na conversão, Balotelli não vacilou e marcou mesmo (sempre de uma forma algo cínica).

    Entre o segundo e o terceiro golo dos ingleses só houve tempo para Pereirinha deslocar o ombro, perto da linha lateral, o que levou o holandês De Jong a tentar pegar o pequeno Bruno Pereirinha ao colo. Depois disso, chega o golo da equipa de Manchester. Canto para os ingleses, Edin Dzeko ganha nas alturas e envia para a Aguero que completamente solto de marcação não perdoa. Restavam 7 minutos para os 90 fora os minutos de compensação que já se adivinhava que não seriam poucos devido aos momentos de ronha estratégica por parte dos jogadores do Sporting (há que ser inteligente em alguns momentos).

    Até ao fim do jogo viu-se um Sporting que sabia sofrer e um autêntico "chuveirinho" por parte do City. Os 5 minutos de compensação estavam prestes a ser alcançados. Canto para o Manchester City. Joe Hart não fica atrás e ajuda a equipa no ataque. Canto batido, corte da defesa leonina, mas o árbitro não apita e permite mais um cruzamento (talvez porque durante o tempo de desconto, Pereirinha voltou a deitar-se no chão). Cruzamento de De Jong e Hart aparece sozinho contra Patrício. O guarda-redes britânico cabeceia e Rui Patrício defende com a ponta dos dedos para fora. Os adeptos do Sporting tiveram que sofrer até ao último segundo, mas valeu a pena.



    Apesar de Matias Fernandez merecer o título de melhor jogador em campo, eu escolho Rui Patrício. E escolho o número 1 português porque foi ele que acabou por qualificar o Sporting com uma excelente defesa no último segundo do jogo. A meu ver, o Sporting é um justo vencedor e julgo que poderia ter evitado tanto sofrimento nos últimos minutos. Porém, estas vitórias são as que dão mais gosto aos adeptos, isto na minha modesta opinião.

    Sorteio: Amanhã realizar-se-á o sorteio da Liga Europa e da Liga dos Campeões, onde se saberão os adversários de Sporting e Benfica respectivamente. Relativamente ao Sporting, julgo que Schalke, Atl. Madrid e Bilbao são de evitar. Quanto ao Benfica, é inegável que Real Madrid, Barcelona, Bayern e Milan são os tubarões menos desejados, embora todas as equipas da piscina dos grandes sejam de grande qualidade (senão, não estariam presentes nos Quartos da prova). TM

Man. City 3 - 2 Sporting

Man. City: Joe Hart; Richards, Savic, Toure, Kolarov; A. Johnson(De Jong), Yaya, Pizarro(Dzeko), Silva(Nasri); Balotelli, Aguero.
Treinador: Roberto Mancini

Sporting: Patrício; Pereirinha, Xandão, Polga, Insúa; Carriço, Schaars, Izmailov, Matias(R. Neto), Capel(Jeffrén), Wolfswinkel(Carrillo).
Treinador: Ricardo Sá Pinto.

Golos: 0-1 33' Matias Fernandez; 0-2 40' Wolfswinkel; 1-2 60' Aguero; 2-2 75' Balotelli; 3-2 83' Aguero.

Melhor em campo "Barba Por Fazer": Rui Patrício.

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