A encerrar o nosso lançamento e análise aprofundada aos 3 grandes na antecâmara de mais uma temporada de futebol português, temos o campeão nacional Futebol Clube do Porto.
Depois de 4 títulos consecutivos do Benfica, o Porto garantiu em 2017/ 18 que o "penta" era propriedade exclusiva dos dragões, conquistando o campeonato com um registo expressivo (88 pontos, 28 vitórias em 34 jogos), sendo simultaneamente o melhor ataque e melhor defesa - 82 marcados contra 18 sofridos. Sérgio Conceição viu o Benfica assaltar a liderança momentaneamente entre as jornadas 28 e 29, mas na jornada seguinte e em pleno Estádio da Luz o mexicano Herrera decidiu a contenda.
Os azuis e brancos viveram uma época complexa, com várias lesões a obrigarem SC a inventar sistematicamente novas soluções. O crescimento de Sérgio Oliveira ou Herrera foi o espelho de uma época em que Alex Telles, Brahimi e o fortíssimo Marega (o Porto só largou o 1º lugar quando não pôde contar com o maliano) como principais destaques.
No ano em que o Porto procura o bicampeonato, tem sido notório que a Direcção azul e branca já não trabalha como antes. Brahimi e Herrera terminam contrato com o clube em 2019 e podem ser donos do seu destino no próximo Verão, como aconteceu com Marcano neste, e o dossier Marega jamais sucederia no passado quando o Porto tinha sempre tudo sob controlo. Para além da infeliz venda de Gonçalo Paciência (3 Milhões? A sério?) e dos estranhos negócios com o Portimonense, o caso mais grave deste defeso foi mesmo a gestão da posição de lateral-direito - o Porto vendeu Ricardo Pereira ao Leicester acreditando que teria em Diogo Dalot o substituto e que este renovaria, mas o lateral-prodígio acabou por rumar ao Manchester United.
Embora com menos plantel que o Benfica, em termos de 11 o Porto certamente não perde para ninguém. Nesta recta final de Agosto, Sérgio Conceição desespera por 2 ou 3 reforços, e isto se não sair ninguém. Seja como for, podem esperar um candidato forte, um dos 2 principais favoritos ao título, com o físico e as bolas paradas como principais armas, e um treinador que costuma encontrar os melhores reforços no banco de suplentes.
Depois de 4 títulos consecutivos do Benfica, o Porto garantiu em 2017/ 18 que o "penta" era propriedade exclusiva dos dragões, conquistando o campeonato com um registo expressivo (88 pontos, 28 vitórias em 34 jogos), sendo simultaneamente o melhor ataque e melhor defesa - 82 marcados contra 18 sofridos. Sérgio Conceição viu o Benfica assaltar a liderança momentaneamente entre as jornadas 28 e 29, mas na jornada seguinte e em pleno Estádio da Luz o mexicano Herrera decidiu a contenda.
Os azuis e brancos viveram uma época complexa, com várias lesões a obrigarem SC a inventar sistematicamente novas soluções. O crescimento de Sérgio Oliveira ou Herrera foi o espelho de uma época em que Alex Telles, Brahimi e o fortíssimo Marega (o Porto só largou o 1º lugar quando não pôde contar com o maliano) como principais destaques.
No ano em que o Porto procura o bicampeonato, tem sido notório que a Direcção azul e branca já não trabalha como antes. Brahimi e Herrera terminam contrato com o clube em 2019 e podem ser donos do seu destino no próximo Verão, como aconteceu com Marcano neste, e o dossier Marega jamais sucederia no passado quando o Porto tinha sempre tudo sob controlo. Para além da infeliz venda de Gonçalo Paciência (3 Milhões? A sério?) e dos estranhos negócios com o Portimonense, o caso mais grave deste defeso foi mesmo a gestão da posição de lateral-direito - o Porto vendeu Ricardo Pereira ao Leicester acreditando que teria em Diogo Dalot o substituto e que este renovaria, mas o lateral-prodígio acabou por rumar ao Manchester United.
Embora com menos plantel que o Benfica, em termos de 11 o Porto certamente não perde para ninguém. Nesta recta final de Agosto, Sérgio Conceição desespera por 2 ou 3 reforços, e isto se não sair ninguém. Seja como for, podem esperar um candidato forte, um dos 2 principais favoritos ao título, com o físico e as bolas paradas como principais armas, e um treinador que costuma encontrar os melhores reforços no banco de suplentes.
O Plantel
- Guarda-Redes: Iker Casillas, José Sá, Vaná
- Defesas: Maxi Pereira, João Pedro (Palmeiras), Felipe, Éder Militão (São Paulo), Chancel Mbemba (Newcastle), Diogo Leite, Alex Telles, François Moubandje (Toulouse)
- Médios: Danilo Pereira, Olivier Ntcham (Celtic), Héctor Herrera, Afonso Sousa, Sérgio Oliveira, Óliver
- Extremos: Moussa Marega, Otávio, Jesús Corona, Yacine Brahimi, Shoya Nakajima (Portimonense)
- Avançados: Vincent Aboubakar, Adrián, Soares, André Pereira
Importante na conquista do título, Iker Casillas mantém-se na Invicta a gritar entre os postes Fuera! Fuera! quando quiser que a sua defesa suba após uma bola parada. Aos 37 anos e naquela que pode ser a sua última temporada de dragão ao peito, o guardião espanhol promete agigantar-se nos jogos grandes como vem sendo hábito, e transmitir tranquilidade a uma defesa semi-renovada.
José Sá e Vaná devem ser as alternativas ao ex-portero do Real Madrid, beneficiando o verdadeiro fenómeno do Olival, Diogo Costa (a quem entregaríamos a baliza quando Iker a abandonar), de um empréstimo a um Rio Ave desta vida.
Na temporada passada, Ricardo Pereira, Felipe, Marcano e Alex Telles formaram aquele que foi claramente o melhor quarteto defensivo do campeonato. Uma dupla de centrais em perfeita sintonia, comunicação e com características complementares, fazendo a diferença com o seu jogo aéreo nas bolas paradas ofensivas, e dois laterais que foram um dos factores mais importantes (embora pouco referido) na jornada azul e branca rumo ao título.
Ricardo Pereira mantém-se a mesma locomotiva, embora agora na Premier League com o Leicester City, e Diogo Dalot - que o Porto pretendia que fosse o lateral-direito titular este ano - foi ter com Mourinho a Manchester. Assim, Maxi Pereira (bom início de época) parece querer agarrar o lugar, mesmo tendo o clube contratado João Pedro.
No centro da defesa, Felipe mantém-se, mas falta perceber quem será o novo Marcano. O jovem Diogo Leite (19 anos) tem convencido, ele que curiosamente foi durante toda a formação "o outro central" ao lado do sempre capitão Diogo Queirós. Mbemba representou um investimento significativo, e dado o seu perfil físico pode ser dominante na Liga Portuguesa, faltando perceber se está em perfeitas condições de servir um clube de máxima exigência. Nos últimos dois anos nunca fez mais de 13 jogos, e a lesão nesta pré-época não ajudou. A fechar o quarteto de centrais, o reforço defensivo que realmente nos enche as medidas: Éder Militão. É certo que ainda há Chidozie, mas o ex-São Paulo de 20 anos é jogador para entrar no 11 portista. Polivalente (joga a central, médio defensivo ou lateral), vemo-lo curiosamente - a não ser que Maxi mantenha o nível apresentado - a agarrar a posição 2.
Do lado esquerdo, pouco há a dizer. Alex Telles é um dos melhores do mundo na sua posição, e um jogador imprescindível neste Porto. Perante a necessidade de encontrar uma alternativa, Moubandje parece ser um alvo realista.
No meio-campo, Danilo Pereira acabará por parecer um reforço quando no decorrer da temporada voltar a pisar os relvados. Sérgio Conceição sabe que precisa de ter outro "monstro" no miolo, e daí o clube querer Ntcham. Pode ser difícil tirá-lo do Celtic, mas vinha preencher uma lacuna.
Herrera deve manter o nível que fez dele um dos principais rostos (atenção, agora tem um novo rosto) de 17/ 18, Sérgio Oliveira conquistou o seu espaço neste FC Porto e Óliver, embora sinta dificuldades em integrar a dinâmica deste Porto versão Sérgio Conceição, pode num ápice passar de corpo estranho a craque maior. Assim como o Benfica incorporou João Félix, gostávamos de ver um dos principais talentos do Olival, Afonso Sousa, começar a sentir o que é estar com a equipa A. Finalmente, não esqueçamos Nwakali, que consoante o que apresentar no Porto B, logo merecerá ou não oportunidade na primeira equipa.
Moussa Marega (dizima equipas e decide jogos em Portugal com o seu arcaboiço) continua por cá depois de um pequeno castigo, Otávio e Corona são claramente dois jogadores a quem Sérgio Conceição vai exigir muito mais esta época, podendo dar o salto como outros deram na edição anterior, e Brahimi (pode ser a última época que o temos em Portugal, caso saia a custo zero em 2019) é um iluminado. Não obstante, para aproximar este plantel do nível qualitativo e em termos de nº de opções do Benfica, começando também a preparar o pós-Brahimi, faríamos do japonês Shoya Nakajima uma das prioridades nestes últimos dias de mercado. O nipónico é especial e tem indiscutivelmente nível de clube grande.
A fechar, Aboubakar e Soares mantêm-se como opções no ataque, exigindo-se muito maior regularidade por parte do camaronês. Vê-se que Sérgio Conceição gosta de André Pereira, e Adrián, caso fique no plantel, pode ter uma palavra a dizer ao longo da época.
José Sá e Vaná devem ser as alternativas ao ex-portero do Real Madrid, beneficiando o verdadeiro fenómeno do Olival, Diogo Costa (a quem entregaríamos a baliza quando Iker a abandonar), de um empréstimo a um Rio Ave desta vida.
Na temporada passada, Ricardo Pereira, Felipe, Marcano e Alex Telles formaram aquele que foi claramente o melhor quarteto defensivo do campeonato. Uma dupla de centrais em perfeita sintonia, comunicação e com características complementares, fazendo a diferença com o seu jogo aéreo nas bolas paradas ofensivas, e dois laterais que foram um dos factores mais importantes (embora pouco referido) na jornada azul e branca rumo ao título.
Ricardo Pereira mantém-se a mesma locomotiva, embora agora na Premier League com o Leicester City, e Diogo Dalot - que o Porto pretendia que fosse o lateral-direito titular este ano - foi ter com Mourinho a Manchester. Assim, Maxi Pereira (bom início de época) parece querer agarrar o lugar, mesmo tendo o clube contratado João Pedro.
No centro da defesa, Felipe mantém-se, mas falta perceber quem será o novo Marcano. O jovem Diogo Leite (19 anos) tem convencido, ele que curiosamente foi durante toda a formação "o outro central" ao lado do sempre capitão Diogo Queirós. Mbemba representou um investimento significativo, e dado o seu perfil físico pode ser dominante na Liga Portuguesa, faltando perceber se está em perfeitas condições de servir um clube de máxima exigência. Nos últimos dois anos nunca fez mais de 13 jogos, e a lesão nesta pré-época não ajudou. A fechar o quarteto de centrais, o reforço defensivo que realmente nos enche as medidas: Éder Militão. É certo que ainda há Chidozie, mas o ex-São Paulo de 20 anos é jogador para entrar no 11 portista. Polivalente (joga a central, médio defensivo ou lateral), vemo-lo curiosamente - a não ser que Maxi mantenha o nível apresentado - a agarrar a posição 2.
Do lado esquerdo, pouco há a dizer. Alex Telles é um dos melhores do mundo na sua posição, e um jogador imprescindível neste Porto. Perante a necessidade de encontrar uma alternativa, Moubandje parece ser um alvo realista.
No meio-campo, Danilo Pereira acabará por parecer um reforço quando no decorrer da temporada voltar a pisar os relvados. Sérgio Conceição sabe que precisa de ter outro "monstro" no miolo, e daí o clube querer Ntcham. Pode ser difícil tirá-lo do Celtic, mas vinha preencher uma lacuna.
Herrera deve manter o nível que fez dele um dos principais rostos (atenção, agora tem um novo rosto) de 17/ 18, Sérgio Oliveira conquistou o seu espaço neste FC Porto e Óliver, embora sinta dificuldades em integrar a dinâmica deste Porto versão Sérgio Conceição, pode num ápice passar de corpo estranho a craque maior. Assim como o Benfica incorporou João Félix, gostávamos de ver um dos principais talentos do Olival, Afonso Sousa, começar a sentir o que é estar com a equipa A. Finalmente, não esqueçamos Nwakali, que consoante o que apresentar no Porto B, logo merecerá ou não oportunidade na primeira equipa.
Moussa Marega (dizima equipas e decide jogos em Portugal com o seu arcaboiço) continua por cá depois de um pequeno castigo, Otávio e Corona são claramente dois jogadores a quem Sérgio Conceição vai exigir muito mais esta época, podendo dar o salto como outros deram na edição anterior, e Brahimi (pode ser a última época que o temos em Portugal, caso saia a custo zero em 2019) é um iluminado. Não obstante, para aproximar este plantel do nível qualitativo e em termos de nº de opções do Benfica, começando também a preparar o pós-Brahimi, faríamos do japonês Shoya Nakajima uma das prioridades nestes últimos dias de mercado. O nipónico é especial e tem indiscutivelmente nível de clube grande.
A fechar, Aboubakar e Soares mantêm-se como opções no ataque, exigindo-se muito maior regularidade por parte do camaronês. Vê-se que Sérgio Conceição gosta de André Pereira, e Adrián, caso fique no plantel, pode ter uma palavra a dizer ao longo da época.
O que muda? Há um ano atrás, Benfica e Sporting continuavam com os seus treinadores (Vitória e Jesus) e o Porto era o único a mudar, agitando as águas. Sérgio Conceição chegou ao Dragão e não deixou ninguém indiferente. Enérgico e disciplinador, inventou soluções e fez crescer jogadores (quem achava que Sérgio Oliveira acabaria a época como indiscutível titular?), num Porto que viveu alguns períodos de bom futebol, essencialmente assente num estilo muito físico - quando o Porto consegue levar o jogo para as divididas e para o pulmão, não há quem consiga competir em Portugal com os dragões, equipa forte nas bolas paradas e, claro, com lampejos de arte de Brahimi ou Alex Telles.
O ADN do Porto continuará o mesmo, sendo necessário substituir meia defesa titular. Recordamos que um dos pecados do Benfica pós-tetra foi precisamente não ter sabido substituir Ederson, Nélson Semedo e Lindelöf, enfrentando o Porto agora o desafio de encontrar os substitutos de Ricardo Pereira e Marcano. Até ver, Maxi Pereira e Diogo Leite (soluções internas) estão a agarrar a oportunidade, considerando nós como já dissemos que Éder Militão pode entras nas contas para qualquer uma das duas posições.
Entre o 4-4-2 e o 4-3-3, por força do posicionamento habitual de Marega a flectir do corredor direito para junto do ponta-de-lança, o Porto continuará com um meio-campo em alta rotação e uma ala esquerda que promete ser a fonte dos principais desequilíbrios através da magia de Brahimi e dos cruzamentos perfeitos de Alex Telles. A época de Óliver é uma incógnita, mas acreditamos que Otávio e Corona dêem bastante mais este ano.
O ADN do Porto continuará o mesmo, sendo necessário substituir meia defesa titular. Recordamos que um dos pecados do Benfica pós-tetra foi precisamente não ter sabido substituir Ederson, Nélson Semedo e Lindelöf, enfrentando o Porto agora o desafio de encontrar os substitutos de Ricardo Pereira e Marcano. Até ver, Maxi Pereira e Diogo Leite (soluções internas) estão a agarrar a oportunidade, considerando nós como já dissemos que Éder Militão pode entras nas contas para qualquer uma das duas posições.
Entre o 4-4-2 e o 4-3-3, por força do posicionamento habitual de Marega a flectir do corredor direito para junto do ponta-de-lança, o Porto continuará com um meio-campo em alta rotação e uma ala esquerda que promete ser a fonte dos principais desequilíbrios através da magia de Brahimi e dos cruzamentos perfeitos de Alex Telles. A época de Óliver é uma incógnita, mas acreditamos que Otávio e Corona dêem bastante mais este ano.
Como nos fartamos de dizer, a solução para o futebol português subir novamente alguns degraus no Ranking UEFA, passa pela capacidade de segurar jogadores como Gedson Fernandes, João Félix, Jota, Diogo Dalot, Rúben Neves ou Renato Sanches 3 ou 4 anos e não apenas um.
Quando a temporada passada terminou, achávamos que Diogo Dalot seria um dos mais fortes candidatos a jovem jogador do ano nesta edição. Infelizmente, o lateral foi transferido pelo valor aproximado da cláusula (um crime um jogador daqueles estar "protegido" por apenas 20 milhões de euros), e à partida a nível de projectos de futuro apenas constará esta época no plantel sénior Diogo Leite.
Como acima dissemos, Afonso Sousa era um jogador que gostávamos de começar a ver pelo menos nas taças, e parece-nos que Diogo Costa, Diogo Queirós e Bruno Costa têm tudo a ganhar ao ser emprestados, cumprindo épocas inteiras ao serviço de clubes da I Liga. Ainda entre os juvenis e os júniores, Fábio Silva deve ser olhado pela Direcção com máximo cuidado: que o Porto não venha a cometer com aquele que é nesta fase o avançado mais promissor das camadas jovens em Portugal o mesmo erro que cometeu com Dalot...