ESTORIL (9)
O Estoril terá esta época, salvo erro, o único treinador ruivo em Portugal e um dos 4 estrangeiros (Schmidt, García e Bacci são os restantes). O escocês Ian Cathro (38 anos) chegou à Linha claramente com o patrocínio de Jorge Mendes, depois de ter sido adjunto de Nuno Espírito Santo durante vários anos.
A "cunha" tem o contra de demonstrar que o Estoril passa a estar semi(?) dependente do empresário português, como o Famalicão também está e o Rio Ave já esteve mais, mas também é sintoma que os canarinhos terão um plantel com reforços improváveis para a sua realidade. Sem o promissor João Marques (há muito anunciado como reforço do Braga) e Rodrigo Gomes (terminou o empréstimo e o Braga vendeu-o ao Wolves), o Estoril optou por emprestar Rodrigo Ramos ao Tondela, uma opção que nos desagrada já que o jovem de 20 anos merecia uma chance.
Rafik Guitane continua no Mágico, mas é altamente provável que o fantasista argelino dê o salto para um clube com outras ambições (substituirá Neres no Benfica?) até ao último dia de Agosto. Joel Robles certamente assumirá a baliza, Hélder Costa regressa a Portugal com 30 anos e Gonçalo Costa (ex-Portimonense) tem condições para conquistar a pole position à esquerda a Pedro Amaral e Tiago Araújo, podendo este último ainda sair.
Guitane à parte, o principal fator de interesse deste Estoril parece-nos poder ser Jandro Orellana. O médio defensivo espanhol de 23 anos, outrora visto como um potencial sucessor de Busquets no Barcelona, tem obrigação de fazer com que esta seja a sua equipa.
Treinador: Ian Cathro
Onze-Base (4-3-3): Joel Robles; Wagner Pina, Mangala (Vital), Pedro Álvaro, Gonçalo Costa; Orellana, Zanocelo, Michel Costa; Guitane (Fabrício), Hélder Costa, Marqués
Atenção a: Rafik Guitane, Jandro Orellana, Vinícius Zanocelo, Hélder Costa, Gonçalo Costa
MOREIRENSE (10)
O Moreirense surpreendeu tudo e todos com o seu sexto lugar, mas parece-nos difícil que seja dada continuidade ao ótimo momento. Moreira de Cónegos teve a quarta melhor defesa da temporada passada, e César Peixoto (técnico a que se associa um futebol mais ofensivo) procurará por certo manter o mais possível os elementos do setor recuado - Kewin na baliza, e a defesa com Fabiano e Godfried Frimpong como laterais, e 2 centrais saídos do trio Maracás, Marcelo e Ponck.
Certamente em 4-3-3, é natural que a equipa sinta a falta do incansável Gonçalo Franco, transferido para o Swansea do Championship, surgindo Benny (ou André Castro) como provável novo companheiro de Ofori e Alanzinho.
No tridente mais adiantado, João Camacho rumou à Turquia e Kodisang voltou à África do Sul. Madson já vinha a jogar com frequência e, assim, a sua promoção ao 11 titular não causará estranheza. O extremo Pedro Santos, emprestado pelo Benfica, pode afirmar-se como um dos jovens desta edição, estando Gabrielzinho à espreita de uma oportunidade. E entre Asué e Guilherme Schettine, confiamos mais na veia goleadora do brasileiro.
César Peixoto tem matéria-prima para fazer uma época tranquila, e bons hábitos deixados por Rui Borges. Falhando, começará a ser difícil imaginar que o namorado de Diana Chaves volte a merecer a confiança de qualquer clube da Primeira Liga.
Treinador: César Peixoto
Onze-Base (4-3-3): Kewin; Fabiano, Marcelo (Ponck), Maracás, Frimpong; Ofori, Benny (Castro), Alanzinho; Madson, Pedro Santos, Guilherme Schettine (Asué)
Atenção a: Alanzinho, Pedro Santos, Guilherme Schettine, Maracás, Kewin
SANTA CLARA (11) O Santa Clara está de regresso. Clube habituado a boas classificações na sua estadia no principal escalão (entre 2019 e 2022 ficou sempre entre 6º e 10º caindo brutalmente em 22/ 23), o emblema açoriano não perdeu tempo na SABSEG e à primeira oportunidade voltou à piscina dos grandes. Também na Taça de Portugal houve boa campanha, durando até aos quartos-de-final, fase em que o Santa Clara perdeu com o FC Porto (2-1) num jogo invulgar disputado em 2 dias diferentes devido às condições climatéricas.
Vasco Matos realizou um trabalho meritório e viu o seu contrato renovado até 2026, impressionando sobretudo o registo defensivo da equipa - apenas 19 golos sofridos em 34 jogos.
Dos 10 jogadores com mais minutos disputados na época passada, todos continuam no clube, e é segundo essa noção de estabilidade, conjugada com o rigor a defender, que nos faz confiar numa época convincente. Pedro Pacheco, Lucas Soares (sólido lateral/ ala direito) e Paulo Henrique fizeram parte do onze do ano da II Liga, onde estranhamente não figurou Bruno Almeida. O médio ofensivo canhoto de 27 anos marcou 15 golos e estamos ansiosos para ver se é desta que transporta para o patamar mais alto todo o brilho e magia que o têm caraterizado nos escalões secundários.
Com um plantel de apenas duas nacionalidades (63% brasileiro e 37% português), o Santa Clara deposita as suas esperanças em Alisson Safira como homem-golo, Gabriel Silva pode virar um caso sério se der o "clique", e é de certa forma um pequeno luxo poder contar à esquerda com MT e Matheus Pereira em simultâneo.
Treinador: Vasco Matos
Onze-Base (3-4-3): Gabriel Batista; Pedro Pacheco, Frederico Venâncio (Sidney Lima), Paulo Henrique; Lucas Soares, Klismahn, Adriano Firmino (Ricardinho), MT (Matheus Pereira); Gabriel Silva, Bruno Almeida, Safira
Atenção a: Bruno Almeida, Safira, Matheus Pereira, Gabriel Silva, Pedro Pacheco
FARENSE (12)
O facto de prevermos um registo idêntico a 23/ 24 (décimo segundo lugar em vez de 10º) traduz a impressão que temos que poderá ser uma temporada nos mesmos moldes para a turma de José Mota.
Entre as equipas do 6º até este 12º lugar, o Farense será porventura a que ainda pode enfrentar uma reta final de mercado mais problemática, caso tenha ainda que vir a reforçar-se para suprir potenciais saídas de Ricardo Velho e Mohamed Belloumi, os dois melhores jogadores da equipa. O guarda-redes de 25 anos foi o melhor na sua posição na época passada, acumulando 135 defesas e defendendo 77,9% dos remates que enfrentou, e custa a acreditar como é que continua nos leões de Faro.
Com algumas perdas significativas (Fabrício Isidoro, Mattheus, Gonçalo Silva, Zé Luís e o goleador Bruno Duarte), os algarvios passarão a ter Raúl Silva e Lucas Áfrico como dupla de centrais, e no miolo Cláudio Falcão tem Ângelo Neto e Filipe Soares como novos amigos. Este último interessa-nos especialmente, visto que não resultou em Famalicão mas exibiu-se em grande plano no Moreirense, antes de se mudar para o estrangeiro. Na frente, o argelino Belloumi continua, e se ficar é expectável que marque mais e assista mais, e caberá ao hispânico Darío Poveda ou a Tomané fazerem esquecer Bruno Duarte.
Treinador: José Mota
Onze-Base (4-3-3): Ricardo Velho; Pastor, Lucas Áfrico, Raúl Silva, Talocha; Cláudio Falcão, Ângelo Neto, Filipe Soares; Belloumi, Marco Matias, Poveda (Tomané)
Atenção a: Ricardo Velho, Mohamed Belloumi, Darío Poveda, Filipe Soares, Ângelo Neto
ESTRELA DA AMADORA (13)
Colocamos o Estrela apenas um lugar acima da classificação final de 2023/ 24, mas gostamos do trabalho desenvolvido pelo clube neste defeso. Na última edição, os tricolores ficaram a somente 1 ponto do despromovido Portimonense e, com 33 golos marcados, foram a segunda pior defesa da competição.
A saída do grande central Kialonda Gaspar (mudou-se para o Lecce, da Serie A italiana, por 2 milhões de euros) era uma inevitabilidade, e temos muita curiosidade para ver se Issiar Dramé (1,97m) mostra ser um legítimo herdeiro. A defesa conta também com o antigo benfiquista Ferro, e na baliza surpreende-nos como é que o FC Porto libertou Francisco Meixedo em definitivo. O jovem guardião de 23 anos, que numa primeira fase talvez seja suplente de Brígido, pode ser um dos destaques das balizas nesta Liga Portugal Betclic.
Filipe Martins (3 épocas e mais uns meses no Casa Pia) parece um match perfeito para este plantel. O meio-campo viu chegar Alan Ruiz, que da última vez que esteve em Portugal deslumbrou no Arouca, e Nani é o reforço mais mediático. Campeão europeu, 112 vezes internacional por Portugal, pode acrescentar se for bem gerida a sua utilização, festejando com o seu caraterístico mortal quando marcar. A equipa teve pouco golo na temporada passada, mas é precisamente a pensar nos golos que pode representar desta feita o trio Rodrigo Pinho, André Luiz e Kikas que confiamos ao Estrela da Amadora um lugar tão distante das posições de aperto. Têm a palavra os homens da frente.
Treinador: Filipe Martins
Onze-Base (3-4-3): Francisco Meixedo; Miguel Lopes, Dramé, Ferro; Jean Filipe (Danilo), Léo Cordeiro, Alan Ruiz, Rúben Lima (Nilton Varela); Nani (Kikas), Rodrigo Pinho, André Luiz
Atenção a: Rodrigo Pinho, André Luiz, Kikas, Francisco Meixedo, Alan Ruiz
CASA PIA (14) Numa Liga em que a idade média dos treinadores é 43 anos, o Casa Pia apresenta-se com o treinador mais jovem de todos. João Pereira, o homem que guiou o Alverca à Segunda Liga, tem 32 anos.
Os resultados nos jogos de preparação não têm impressionado, mas o arranque de campeonato (nas primeiras 6 jornadas, a deslocação à Luz é o único jogo verdadeiramente difícil) pode ajudar a ganhar confiança. O sistema encabeçado por 3 centrais era a preferência tanto de Filipe Martins como de Gonçalo Santos (mudou-se para Inglaterra para colaborar como adjunto de Marco Silva) e João Pereira deverá seguir a mesma disposição tática, até porque o seu Alverca também jogava assim.
Além de passar a contar com a liderança de José Fonte (40 anos) no coração da defesa e no balneário, os casapianos continuam a ter em Pablo Roberto e Segovia dois jogadores que podem dar muito mais, e há muita variedade de extremos à disposição do treinador. Henrique Pereira era há uns anos uma das promessas mais cativantes do Seixal e Nuno Moreira parece estar sempre a um pequeno passo de explodir. No entanto, as principais armas no ataque renovado podem mesmo ser dois jogadores vindos de Espanha - o esquerdino Raúl Blanco, novo camisola 10, era capitão no Celta de Vigo B, e Clau Mendes tem excelentes caraterísticas para singrar em Portugal.
Uma defesa experiente, um velocista pela direita (Larrazabal), um meio-campo com boa capacidade de ligar jogo (será que Beni vai dar o salto?) e um ataque com criatividade e alguma potência parecem os ingredientes certos para almejar até o meio da tabela. Um autêntico mistério a continuidade de Leonardo Lelo nesta equipa, com qualidade para voos mais altos.
Treinador: João Pereira
Onze-Base (3-4-3): Ricardo Batista; João Goulart (Zolotic), José Fonte, Tchamba; Larrazabal, Segovia (Beni), Pablo Roberto, Lelo; Raúl Blanco, Nuno Moreira (Henrique Pereira), Clau Mendes
Atenção a: Raúl Blanco, Clau Mendes, Pablo Roberto, Gaizka Larrazabal, Telasco Segovia
NACIONAL (15)
Segundo classificado na II Liga quando a prova terminou, o Nacional veio à posteriori a ser considerado campeão quando o Tribunal Arbitral do Desporto deu razão aos alvinegros, transformando um empate diante do Leixões numa vitória. Os 2 pontos conquistados na secretaria foram suficientes para ultrapassar o Santa Clara (73 vs 73), mediante a vantagem nos jogos entre ambos. No segundo escalão, os açorianos impressionaram pelo rigor defensivo, os madeirenses pelo ataque.
A subida do Nacional traz consigo uma claque emblemática nos decibéis e na percussão e um aumento da probabilidade de jogos adiados por causa do nevoeiro. Tiago Margarido (35 anos) é um dos treinadores a seguir com atenção.
Num 4-3-3 que tem entre os postes um verdadeiro especialista a defender grandes penalidades (Lucas França defendeu 9 penáltis em 23/ 24) é bom ver regressar ao 1º escalão o veterano João Aurélio, numa defesa que perdeu Paulo Vitor, em que Chico Gonçalves pode ser boa surpresa e que contará com duelo à esquerda entre José Gomes e Afonso Freitas. No meio-campo, o #10 Luís Esteves é sinónimo de consistência, podendo fazer-se acompanhar por Bruno Costa e uma de duas novidades, Matheus Dias ou Miguel Baeza.
Temos pena que o extremo Carlos Daniel não tenha acompanhado a equipa na subida, mas no ataque o principal sinal de alarme será a necessidade de substituir os 2 jogadores mais produtivos - Chuchu Ramírez (20 golos) e Gustavo Silva (15 golos e 12 assistências) assinaram pelo Vitória. Margarido tentará fazer de Isaac Tomich (muito potencial e excelentes números na formação do Atlético Mineiro) o seu novo goleador, embora deva começar Butzke a titular, esperando-se desequilíbrio de elementos como Nigel Thomas (teve bons momentos no Paços de Ferreira), Arvin Appiah e Gabriel Santos.
Temos consciência do grande desafio que é colmatar as saídas de Chuchu e Gustavo Silva, mas o meio-campo equilibrado e a crença em Tiago Margarido levam-nos a acreditar que serão encontradas soluções, podendo o Nacional da Madeira garantir uma respiração mais folgada perto do fim da prova.
Treinador: Tiago Margarido
Onze-Base (4-3-3): Lucas França; João Aurélio, Chico Gonçalves, Ulisses Wilson (Zé Vitor), José Gomes (Afonso Freitas); Luís Esteves, Bruno Costa, Baeza (Matheus Dias); Nigel Thomas, Appiah, Isaac (Butzke)
Atenção a: Luís Esteves, Isaac, Lucas França, Chico Gonçalves, Arvin Appiah
GIL VICENTE (16)
Depois de um razoavelmente tranquilo 12º lugar na época passada, pensamos que o Gil Vicente pode acabar envolvido na acesa luta pela manutenção este ano. Os galos de Barcelos têm um plantel curto e nunca é abonatório arrancar em falso. Tozé Marreco (orientou a equipa nas cinco jornadas finais da última edição) esteve no comando toda a pré-época, mas alegadas divergências com a direção originaram o fim do seu trabalho na véspera do campeonato começar. Segue-se, tudo indica, Bruno Pinheiro, que terá que fazer a sua pré-época já em competição, com um calendário inicial nada fácil para os gilistas.
No plantel, a principal baixa é mesmo o central Gabriel Pereira (venda mais cara de sempre, mudando-se para o Copenhaga a troco de 5 milhões + 2 em objetivos), tendo também o seu peso o fim dos préstimos de Pedro Tiba e Martim Neto. Pela positiva, os emprestados Félix Correia e Mory Gbane (excelente médio defensivo) passaram a ser jogadores do Gil em definitivo. E na hora de estudar o mercado, as divisões secundárias de Espanha foram a base de recrutamento privilegiada - Santi García (médio ofensivo interessante que fez boa pré-época), Jorge Aguirre (avançado com bons movimentos) e o extremo Diego Collado são as novidades.
Com mais ou menos sofrimento, o Gil Vicente pode safar-se depois do tumulto inicial autoinfligido, tendo o bónus de ser uma equipa que muito dificilmente tratará mal a bola. Se Maxime Domínguez estiver toda a temporada ao nível do que fez no primeiro quarto de 23/ 24 e se entre Depú e Aguirre um deles virar matador, então a vida será mais tranquila.
Treinador: Bruno Pinheiro (?)
Onze-Base (4-3-3): Andrew; Zé Carlos, Rúben Fernandes, Felipe Silva (Josué Sá), Marcos Fernández (Sandro Cruz); Gbane, Maxime Domínguez, Santi García; Kanya Fujimoto (Touré), Félix Correia, Depú (Aguirre)
Atenção a: Maxime Domínguez, Santi García, Mory Gbane, Félix Correia, Depú
AVS (17)
O AVS (antigo Vilafranquense e sem qualquer relação com o Desportivo das Aves para além da partilha das instalações) carimbou a subida ao vencer o Portimonense, em casa e fora, duas vezes por 2-1, no Play-Off de promoção/ despromoção. O 3º lugar na Liga SABSEG foi determinado pela vantagem no confronto direto com o Marítimo, caso contrário os insulares até tinham mais golos marcados e menos golos sofridos do que a equipa então orientada por Jorge Costa.
Como é sabido, Jorge Costa tornou-se diretor de futebol do FC Porto, e Vítor Campelos (boa escolha) é o novo treinador. Mesmo que o plantel não impressione, se a direção acreditar no projeto e for paciente com o ex-Gil Vicente e Chaves, é claramente razoável falar-se num cenário de manutenção.
Falar do AVS é falar de Nenê. O ponta de lança brasileiro de 41 anos, que em 2008/ 09 foi o melhor marcador da Liga Sagres ao serviço do Nacional da Madeira e acima de Cardozo e Liedson, continua com o instinto apurado, brilhando com pouca mobilidade mas muita experiência e técnica. Jogador especial, ícone do clube, ótimo cobrador de livres, não nos surpreende se mesmo quarentão marcar marcar 15 ou mais golos.
Léo Alaba (não se deixem levar pelo nome, é destro e atua pela direita) e Clayton são bons valores que vêm da época passada, o equatoriano Jhon Mercado será a principal contracena de Nenê no ataque, e o mercado tem servido para acrescentar qualidade (Aburjania deixou boas indicações no Gil Vicente, Lucas Piazón tem o seu pedigree e Rafael Rodrigues quererá aproveitar a oportunidade para regressar à Luz com outra cotação).
Podemos estar a ser injustos com o AVS, dada a competência de Campelos e o fator Nenê (ter um avançado assim pode fazer toda a diferença), visto que na verdade vemos o clube a terminar algures entre este 17º e o 14º lugares.
Treinador: Vítor Campelos
Onze-Base (3-4-3): Pedro Trigueira; Clayton, Roux, Devenish; Léo Alaba, Aburjania, Lucas Piazón, Rafael Rodrigues; Samuel Granada (Vasco Lopes), Jhon Mercado, Nenê
Atenção a: Nenê, Jhon Mercado, Léo Alaba, Clayton, Giorgi Aburjania
BOAVISTA (18)
Não deverá ser chocante apontarmos o Boavista ao posto de "lanterna vermelha". Os axadrezados evitaram uma perigosa experiência no Play-Off de descida/ subida com uma grande penalidade convertida por Miguel Reisinho (que responsabilidade!) aos 90+10 da última jornada diante do Vizela, e têm procurado sobreviver numa realidade de grande aperto financeiro, acumulando inclusive na temporada passada salários em atraso e enfrentando problemas quanto à inscrição de jogadores.
Fary (presidente da SAD) escolheu Cristiano Bacci como novo treinador. O italiano esteve longe de ser brilhante quando orientou o Olhanense há alguns anos, tendo desde então assumido um papel secundário como adjunto na Grécia, na Arábia Saudita e em Itália. Suspeitamos que até ao final da época haja pelo menos uma mudança no comando técnico.
Desconstruindo o plantel, as preocupações adensam-se. Pedro Malheiro, Makouta e Bruno Lourenço saíram para o futebol turco, e excetuando o lateral direito (transferência de 2 milhões de euros) as restantes saídas não permitiram ao Boavista encaixar qualquer montante. Houve encaixe sim com Chidozie, central que se mudou para os EUA por 500 mil euros, um décimo do que o clube pagou por ele ao Porto em 2021. A custo zero, as principais novidades são Bruninho (emprestado pelo Atlético Mineiro) e o gigante Ibrahim Alhassan. Para já, o ponta de lança eslovaco Bozeník continua no clube das panteras regras, e no meio-campo há qualidade e esforço com Reisinho, Vukotic e Seba Pérez.
Tudo somado, é o clube cujo diagnóstico apresenta mais pontos críticos. Acabará o Boavista a chamar Petit de urgência?
Treinador: Cristiano Bacci
Onze-Base (3-5-2): João Gonçalves; Pedro Gomes, Abascal, Filipe Ferreira; Salvador Agra, Vukotic, Sebastián Pérez (Alhassan), Miguel Reisinho, Onyemaechi; Bruninho (Tiago Machado), Bozeník
Atenção: Róbert Bozeník, Miguel Reisinho, Ilija Vukotic, Bruninho, Rodrigo Abascal