O seleccionador nacional Fernando Santos anuncia a sua lista de convocados para o Mundial-2018 daqui a umas horas, mas nós decidimos antecipar-nos, aproveitando o momento para reintroduzirmos a rubrica "Os Nossos 23" (algo que já fizemos na cobertura ao Euro-2016 e ao Mundial-2014). Durante as próximas semanas, e até ao iniciar da competição, poderão consultar aqui quais seriam as nossas escolhas para as selecções mais mediáticas e que oferecem mais dores de cabeça aos seleccionadores na hora de eleger apenas 23 jogadores. Para além de Portugal, mais 6 selecções surgirão neste exercício. A isso juntar-se-ão as nossas análises/ antevisões a cada um dos grupos do Mundial.
Portugal chegará à Rússia com um estatuto inédito: campeão europeu. A Selecção das Quinas venceu o Europeu de França com muitos empates e muito coração, e qualificou-se directamente com uma fase de grupos sólida - 9 vitórias e uma derrota, 32 golos marcados e 4 sofridos. Homem conservador, crente e habitualmente justo, Fernando Santos procurará manter a espinha dorsal que conquistou o Euro, fazendo afinações nessa estrutura e premiando as boas épocas de alguns jogadores. E um dos problemas de Portugal passa precisamente por aí: vários jogadores quase indiscutíveis na Selecção tiveram pouca competição nas pernas esta época (ex.: João Mário, Adrien, André Silva), e alguns dos principais destaques lusos foram jogadores que até há pouco tempo não figuravam nas escolhas de Fernando Santos (ex.: Rúben Neves, Bruno Fernandes, Rony Lopes).
Da lista de 35 pré-convocados por Fernando Santos, já sabemos que Rui Patrício, Anthony Lopes e Beto serão os três guarda-redes. Apostamos que o engenheiro leve os laterais Cédric, Cancelo, Raphael Guerreiro e Mário Rui (pode eventualmente ser chamado Ricardo Pereira em vez do jogador do Nápoles), tendo perdido com a lesão do polivalente Danilo Pereira a chance de escolher apenas 3 centrais. Pepe é o único realmente indiscutível, devendo Rúben Dias, Rolando e José Fonte/ Bruno Alves completar o lote.
Antes de olhar para o meio-campo, onde devem surgir mais dúvidas na cabeça do seleccionador e onde, invariavelmente, serão cometidas algumas injustiças, interessa olhar para o ataque. Lá, tudo parece mais simples. Jogadores fundamentais na conquista do Euro como Éder e Nani devem ficar de fora, sendo o mais provável surgirem na convocatória Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva, Gonçalo Guedes, Gelson Martins, Quaresma e André Silva. Complicado mas não impossível Rony Lopes ser o jóker.
No meio-campo, são em teoria 8 candidatos para 6 vagas. A não ser que a nossa Selecção viaje até à Rússia apenas com 3 centrais ou 3 laterais; entre William, Moutinho, Adrien, João Mário, André Gomes, Bruno Fernandes, Manuel Fernandes e Rúben Neves, dois devem ser riscados. Cenário mais provável: Manuel Fernandes e André Gomes ou Adrien não terem bilhete.
Mais logo saberemos as escolhas de Fernando Santos. Estas seriam as nossas:
Portugal chegará à Rússia com um estatuto inédito: campeão europeu. A Selecção das Quinas venceu o Europeu de França com muitos empates e muito coração, e qualificou-se directamente com uma fase de grupos sólida - 9 vitórias e uma derrota, 32 golos marcados e 4 sofridos. Homem conservador, crente e habitualmente justo, Fernando Santos procurará manter a espinha dorsal que conquistou o Euro, fazendo afinações nessa estrutura e premiando as boas épocas de alguns jogadores. E um dos problemas de Portugal passa precisamente por aí: vários jogadores quase indiscutíveis na Selecção tiveram pouca competição nas pernas esta época (ex.: João Mário, Adrien, André Silva), e alguns dos principais destaques lusos foram jogadores que até há pouco tempo não figuravam nas escolhas de Fernando Santos (ex.: Rúben Neves, Bruno Fernandes, Rony Lopes).
Da lista de 35 pré-convocados por Fernando Santos, já sabemos que Rui Patrício, Anthony Lopes e Beto serão os três guarda-redes. Apostamos que o engenheiro leve os laterais Cédric, Cancelo, Raphael Guerreiro e Mário Rui (pode eventualmente ser chamado Ricardo Pereira em vez do jogador do Nápoles), tendo perdido com a lesão do polivalente Danilo Pereira a chance de escolher apenas 3 centrais. Pepe é o único realmente indiscutível, devendo Rúben Dias, Rolando e José Fonte/ Bruno Alves completar o lote.
Antes de olhar para o meio-campo, onde devem surgir mais dúvidas na cabeça do seleccionador e onde, invariavelmente, serão cometidas algumas injustiças, interessa olhar para o ataque. Lá, tudo parece mais simples. Jogadores fundamentais na conquista do Euro como Éder e Nani devem ficar de fora, sendo o mais provável surgirem na convocatória Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva, Gonçalo Guedes, Gelson Martins, Quaresma e André Silva. Complicado mas não impossível Rony Lopes ser o jóker.
No meio-campo, são em teoria 8 candidatos para 6 vagas. A não ser que a nossa Selecção viaje até à Rússia apenas com 3 centrais ou 3 laterais; entre William, Moutinho, Adrien, João Mário, André Gomes, Bruno Fernandes, Manuel Fernandes e Rúben Neves, dois devem ser riscados. Cenário mais provável: Manuel Fernandes e André Gomes ou Adrien não terem bilhete.
Mais logo saberemos as escolhas de Fernando Santos. Estas seriam as nossas:
A Convocatória
- Guarda-Redes: Rui Patrício (Sporting), Anthony Lopes (Lyon), Cláudio Ramos (Tondela)
- Defesas: João Cancelo (Inter Milan), Cédric (Southampton), Pepe (Besiktas), Rúben Dias (Benfica), Rolando (Marselha), Raphaël Guerreiro (Borussia Dortmund), Ricardo Pereira (Porto)
- Médios: William Carvalho (Sporting), Rúben Neves (Wolves), Adrien Silva (Leicester City), Manuel Fernandes (Lokomotiv Moscovo), Bruno Fernandes (Sporting), João Mário (West Ham)
- Extremos: Bernardo Silva (Manchester City), Gonçalo Guedes (Valência), Ricardo Quaresma (Besiktas), Rony Lopes (Mónaco), Gelson Martins (Sporting)
- Avançados: Cristiano Ronaldo (Real Madrid), André Silva (AC Milan)
Lista de Contenção: Diogo Costa (Porto), Nélson Semedo (Barcelona), José Fonte (Dalian Yifang), João Moutinho (Mónaco), Bruma (Leipzig), Diogo Jota (Wolves), Paulinho (Braga)
Para a baliza não há muito a dizer. Rui Patrício foi um dos heróis do Euro-2016 e é o titular absoluto da baliza portuguesa. Anthony Lopes e Beto vão à Rússia, mas pessoalmente preferíamos abdicar do experiente atleta do Goztepe, conscientes que é um jogador que dá "bom balneário", em prol de Cláudio Ramos. O guarda-redes do Tondela esteve fantástico na Liga NOS e, embora não esteja habituado a estas andanças e à pressão de um Mundial, merecia este prémio. Como contenção, o futuro da baliza da nossa Selecção - Diogo Costa.
Na defesa, tudo começa em Pepe. A condição física do central do Besiktas será determinante no caminho de Portugal na competição. Estando bem, a questão passará sempre por encontrar o jogador para actuar ao lado do "patrão" da defesa. Confiando na disciplina de William (seguindo a "fórmula Danilo") em recuar para central numa situação de emergência, acrescentamos a Pepe apenas dois colegas: Rúben Dias e Rolando. Riscávamos assim os veteranos José Fonte e Bruno Alves, privilegiando o jovem central do Benfica, que nos parece ter tudo para agarrar já a titularidade, e Rolando, após boa Ligue 1 e presença na final da Liga Europa.
Se nos centrais fomos poupadinhos, nos laterais nem por isso. Embora o Southampton tenha feito uma época fraca, Cédric será porventura o melhor lateral português em termos defensivos e, por isso mesmo, tem que ser opção para nós. Do lado esquerdo, Raphaël Guerreiro é um dos melhores e mais completos jogadores portugueses da actualidade, e um titular indiscutível. Esperemos que o calvário de lesões que pontuou a sua época na Alemanha não afecte o rendimento do craque de 24 anos durante a prova. Embora haja Nélson Semedo ou Mário Rui, privilegiamos depois a polivalência de João Cancelo e Ricardo Pereira. Cancelo (ao contrário de Semedo, por exemplo) apresentou um rendimento elevadíssimo sempre que foi opção na Selecção AA (7 jogos, 3 golos), é um dos jogadores lusos que melhor dribla e que mais arrisca, tendo o bónus de poder funcionar noutras funções: tanto Cancelo como o lateral do Porto são hoje, de raíz, laterais direitos, mas podem jogar do lado esquerdo e como extremos.
No meio-campo, é um verdadeiro 31 e não gostávamos de estar na pele de Fernando Santos. No entanto, importa procurar um equilíbrio entre o rendimento dos jogadores ao longo da época, as suas características e o histórico em representação do país. Como William Carvalho, sobretudo depois da lesão de Danilo, não há mais nenhum. O que torna o médio defensivo do Sporting um jogador absolutamente imprescindível. E, explicando já os nossos "sacrifícios", são eles André Gomes e Moutinho. Riscar o médio do Barcelona não custa muito: afinal, embora FS goste dele, trata-se de um jogador que esta época não esteve bem, nunca convencendo também ao serviço da Selecção. Já Moutinho (jogador que jamais Fernando Santos irá riscar) custa mais. O médio do Mónaco é um farol para os colegas, sabendo eles que podem passar-lhe a bola em qualquer situação dado o conforto que apresenta em posse, mas pela forma como imaginamos Portugal a jogar, achamos que o médio de 31 anos e 107 jogos por Portugal não seria tão importante como outros.
A assombrosa época de Rúben Neves no Championship faz dele um dos jogadores que mais queremos ouvir Fernando Santos chamar na hora de divulgar os convocados. O médio do Wolves tem tudo: meia distância, brutal capacidade de passar longo, sabe gerir ritmos e posicionar-se sem bola. Depois, os Fernandes. Bruno Fernandes e Manuel Fernandes foram dois dos portugueses em melhor forma em 2017/ 18. O médio do Sporting fartou-se de marcar, pode dotar o meio-campo de Portugal de uma lacuna evidente até à data - a capacidade de arriscar do meio da rua - e é um jogador talhado para os grandes momentos e grandes palcos. Já Manuel Fernandes pode ter o dom de ser uma espécie de Renato Sanches neste certame: aos 32 anos, o centro-campista do campeão russo (7 golos no campeonato, 6 golos na Liga Europa) é uma versão madura de Renato Sanches, uma força da natureza que preservou a sua classe e irreverência de sempre, acrescentando-lhes experiência. A fechar, por muito que as suas épocas não tenham sido como gostaríamos, João Mário e Adrien Silva têm que estar na Rússia. Um por tudo o que é com bola no pé, e o outro porque em jogos em que seja expectável Portugal ter menos bola, torna-se peça fulcral pelo pressing e intensidade.
À frente, e com alguma pena nossa de elementos como Bruma, Diogo Jota, Paulinho e do nosso "deus" Éder, Cristiano Ronaldo teria connosco a companhia de Bernardo Silva, Gonçalo Guedes, Ricardo Quaresma, Gelson Martins e André Silva. Bernardo e Guedes têm tudo para fazer um Mundial muito interessante, esperando-se deles criatividade, genialidade, desequilíbrios e velocidade, pedindo-se o mesmo a Gelson, sendo o craque do Sporting um elemento importante para ter no banco podendo mexer com o jogo como ultimamente Quaresma faz sempre. A época de André Silva foi péssima, mas joga a seu favor a qualificação - no apuramento Cristiano Ronaldo marcou 15 golos e o ponta de lança do AC Milan marcou 9. O facto de ter mostrado em campo uma boa dinâmica e empatia com CR7, ganhando o capitão português com a presença deste ao seu lado a nível táctico, colocam-no na Rússia e um passo acima da concorrência.
Finalmente, embora seja improvável vir a ser convocado por Fernando Santos, o facto de levarmos apenas 3 centrais permite-nos fechar a convocatória com Rony Lopes. Aos 22 anos, o jogador do Mónaco foi claramente um dos melhores jogadores portugueses em 2017/ 18, evoluindo imenso e marcando 13 golos na Ligue 1.
O Onze
Acreditamos que Fernando Santos irá descobrir o melhor onze de Portugal, ao longo da competição. E, com o elenco à disposição, faz sentido por exemplo encarar a Espanha de uma forma diferente, privilegiando jogadores com certas características, àquilo que depois faremos com Marrocos e Irão.
Tendo por base os nossos 23 acima apresentados, entre os postes não há discussão. Rui Patrício é senhor da baliza das Quinas e, depois de um final de época stressante (claro eufemismo este), esperamos que o nº 1 dê uma excelente resposta, recuperando a importância que teve no título de 2016.
Na defesa, dois indiscutíveis: Pepe e Raphaël Guerreiro. Curiosa e infelizmente, dois jogadores que não têm estado a 100% fisicamente nos últimos tempos. Pepe é o melhor central português, um líder nato no sector, e quanto a nós face às opções que existem, o jovem Rúben Dias (21 anos feitos há três dias) seria o parceiro ideal. Se à esquerda Guerreiro é titularíssimo, do lado direito pode fazer sentido apostar em Cédric em jogos em que Portugal precise de adoptar uma postura mais conservadora (ex.: Espanha), tendo na verdade um defesa direito e em teoria pouca bola, entregando a posição a João Cancelo quando houver maior liberdade para subir no corredor.
Para os 6 lugares restantes, William, Bernardo Silva e Cristiano Ronaldo são as escolhas mais fáceis de fazer. E a necessidade de tirar o melhor do capitão português (81 golos por Portugal), fará Portugal manter o seu 4-4-2. Também por isto, sai beneficiado André Silva. O avançado do AC Milan, apesar de ter desiludido e muito em Itália, realizou uma excelente fase de qualificação ao lado de Ronaldo, construindo ambos um bom entendimento a nível de movimentos e percebendo-se que, um pouco como o factor Benzema em Madrid, o rendimento de CR7 é superior ao orbitar sobre um colega que "agarre" centrais. Ainda assim, pode ser útil em determinados contextos apostar em Ronaldo-Guedes na frente, podendo o jogador do Valência actuar ainda do lado esquerdo.
Com André Silva e Ronaldo na frente, importa num primeiro esboço de melhor 11 para o Mundial encontrar um quarteto de meio-campo equilibrado e que dê diferentes coisas ao jogo português. Sendo William Carvalho o jogador mais posicional, a nossa aposta em Rúben Neves explica-se por vários factores: o momento de confiança, a capacidade de progredir com bola e distribuir, a soberba qualidade de inventar linhas de passe com bolas longas e a boa meia distância. Com o tecnicista Bernardo Silva do lado direito, a flectir para dentro com a bola colada ao seu pé esquerdo, João Mário podia ser uma opção válida à esquerda. Mas Bruno Fernandes agrada-nos mais. O médio do Sporting é um jogador especial, que quer sempre a bola nos momentos em que esta pesa mais, e para além dos seus tiros a 25 metros, possibilitaria a nuance de, ao explorar terrenos interiores, permitir as subidas de Raphaël ou até alguma tendência de CR7 em procurar o corredor como ponto de partida.
Fernando Santos tem muita qualidade disponível e, com estes nossos 23, existia por exemplo margem para ter Gonçalo Guedes como 12º jogador, Gelson e Rony Lopes como alternativas a Bernardo, Quaresma a saltar do banco para agitar como só ele sabe, tendo ainda como cartadas Manuel Fernandes (passada longa, exímio a queimar linhas e ampliar a dimensão física e a raça do jogo português) e Adrien Silva (nenhum médio luso "morde" tão bem como ele, chateando os médios adversários).
Tendo por base os nossos 23 acima apresentados, entre os postes não há discussão. Rui Patrício é senhor da baliza das Quinas e, depois de um final de época stressante (claro eufemismo este), esperamos que o nº 1 dê uma excelente resposta, recuperando a importância que teve no título de 2016.
Na defesa, dois indiscutíveis: Pepe e Raphaël Guerreiro. Curiosa e infelizmente, dois jogadores que não têm estado a 100% fisicamente nos últimos tempos. Pepe é o melhor central português, um líder nato no sector, e quanto a nós face às opções que existem, o jovem Rúben Dias (21 anos feitos há três dias) seria o parceiro ideal. Se à esquerda Guerreiro é titularíssimo, do lado direito pode fazer sentido apostar em Cédric em jogos em que Portugal precise de adoptar uma postura mais conservadora (ex.: Espanha), tendo na verdade um defesa direito e em teoria pouca bola, entregando a posição a João Cancelo quando houver maior liberdade para subir no corredor.
Para os 6 lugares restantes, William, Bernardo Silva e Cristiano Ronaldo são as escolhas mais fáceis de fazer. E a necessidade de tirar o melhor do capitão português (81 golos por Portugal), fará Portugal manter o seu 4-4-2. Também por isto, sai beneficiado André Silva. O avançado do AC Milan, apesar de ter desiludido e muito em Itália, realizou uma excelente fase de qualificação ao lado de Ronaldo, construindo ambos um bom entendimento a nível de movimentos e percebendo-se que, um pouco como o factor Benzema em Madrid, o rendimento de CR7 é superior ao orbitar sobre um colega que "agarre" centrais. Ainda assim, pode ser útil em determinados contextos apostar em Ronaldo-Guedes na frente, podendo o jogador do Valência actuar ainda do lado esquerdo.
Com André Silva e Ronaldo na frente, importa num primeiro esboço de melhor 11 para o Mundial encontrar um quarteto de meio-campo equilibrado e que dê diferentes coisas ao jogo português. Sendo William Carvalho o jogador mais posicional, a nossa aposta em Rúben Neves explica-se por vários factores: o momento de confiança, a capacidade de progredir com bola e distribuir, a soberba qualidade de inventar linhas de passe com bolas longas e a boa meia distância. Com o tecnicista Bernardo Silva do lado direito, a flectir para dentro com a bola colada ao seu pé esquerdo, João Mário podia ser uma opção válida à esquerda. Mas Bruno Fernandes agrada-nos mais. O médio do Sporting é um jogador especial, que quer sempre a bola nos momentos em que esta pesa mais, e para além dos seus tiros a 25 metros, possibilitaria a nuance de, ao explorar terrenos interiores, permitir as subidas de Raphaël ou até alguma tendência de CR7 em procurar o corredor como ponto de partida.
Fernando Santos tem muita qualidade disponível e, com estes nossos 23, existia por exemplo margem para ter Gonçalo Guedes como 12º jogador, Gelson e Rony Lopes como alternativas a Bernardo, Quaresma a saltar do banco para agitar como só ele sabe, tendo ainda como cartadas Manuel Fernandes (passada longa, exímio a queimar linhas e ampliar a dimensão física e a raça do jogo português) e Adrien Silva (nenhum médio luso "morde" tão bem como ele, chateando os médios adversários).